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Espaços de Fluxos

Prof. Ivan Piccoli


ago 2014

Reprodução e divulgação proibida sem prévia autorização do autor.


Material para uso exclusivo em sala de aula como apoio e acompanhamento da disciplina
Espaços de Fluxos – TFG 2
Construção do
Espaço-Fluxo
Conceitos
Espaços
dimensões perceptivas
A informação

“os espaços que imaginamos são, em certo sentido, uma


representação diagramática de uma determinada série de
atos prováveis que elegemos como significativos”

Gregotti

“porém, por ser um espaço que se volta às percepções


sensitivas do usuário, a arquitetura é uma experiência
local por depender de uma restrição espacial para existir,
mas, ao mesmo tempo, não é mensurável, já que sempre
posso afirmar em que coisa uma obra pode se tornar
mas, jamais em que coisa será traduzida ao ser
interpretada”

I. Santos
Espaços
dimensões perceptivas
A percepção
“a percepção humana é um agenciamento sobre os módulos
sensoriais que não recebem simplesmente a informação, mas,
filtram, selecionam, interpretam e compõem padrões de
padrões”

Lévy

“pessoas de culturas diferentes não apenas falam línguas diferentes mas, o que é talvez
mais importante, habitam em diferentes mundos sensoriais. O peneiramento seletivo dos
dados sensoriais admite algumas coisas, enquanto elimina outras, de modo que a
experiência, como percebida através de uma série de filtros sensoriais, culturalmente
padronizados, é bastante diferente daquela percebida através de outros. O meio ambiente
arquitetônico e urbano que as pessoas criam são expressões deste processo de filtragem-
peneiramento”

Hall
Espaços
dimensões perceptivas
O Tempo

“o tempo é um número do movimento conforme o


anterior e o posterior”

Aristóteles

“a própria percepção da duração, pressupõe a


duração da percepção”

Husserl

“todas as obras de arquitetura, para serem compreendidas e


vividas, requerem o tempo da nossa caminhada, a quarta
dimensão”

Zevi
Conceitos
condicionantes

FLUXO
DESLOCAMENTO
VELOCIDADE
TEMPO
DISTANCIA
ESPAÇO
MATERIALIDADE
PERCEPÇÃO
INFORMAÇÃO
VIVENCIA
CULTURA
Fluxos
reconhecimento de caminhos
Fluxos
reconhecimento de caminhos

Fluxo Disperso x Fluxo Dirigido


Fluxos
zonas quentes x zonas frias
Espaços
dimensões fisicas
Topologias Operativas
Espaços
dimensões fisicas
Topologias Operativas
Espaços
dimensões fisicas
Espaços para fluxos
elementos basicos

acesso

bloqueios

hall de escadas
areas de mezanino
bilheterias plataformas
circulação
Espaços para fluxos
elementos basicos

captador

resistivo

indutor
direcionador dispersivo
condensador
Espaços para fluxos
natureza

Fluxo
• Obtido por meio da simulação de carregamento do espaço

• Classificado em
diretos = lindeiros – provenientes do tecido urbano
indiretos = circulações-situações internas

Retro-fluxo

• Obtido por meio do fluxo + carregamento máximo do espaço durante o


tempo de segurança

• Tempo base para cálculo = 15 mpp (minutos pico-pico)


Espaços para fluxos
natureza

Fluxo
As projeções de simulação realizadas pelo Metrô disponibiliza o montante
de pessoas que circularão pelos espaços da estação no cenário mais crítico
de ocupação, que é denominada hora-pico, a partir de um cenário pré-
definido da malha metroferroviária e do interesse de deslocamentos
urbanos.

Retro-fluxo
De acordo com a NFPA 130 – Standart for Fixed Guideway Transit
Systems, no item A.5.5.5.1 temos: “Tendo em vista que os dados de
passageiros de pico são usados para determinar a carga de ocupantes (e,
consequentemente, a capacidade de saída necessária), a base para estes
dados deve ser considerada cuidadosamente. O termos período de pico
destina-se a implicar o tempo dentro do horário de pico tendo a vazão
máxima de passageiros. Para muitos sistemas, a duração deste período
varia entre 10 min e 20 min. “. O Metrô adota como referência básica 15
minutos.
Espaços para fluxos
natureza

Passado este cenário dos quinze minutos de hora-pico, o montante de circulação


de pessoas nos espaços da estação é decrescente até a condição de um cenário
constante de utilização dos espaços, denominada hora-vale.
Espaços para fluxos
dados iniciais de carregamento
Espaços para fluxos
dimensionais

Áreas de acumulo = 4 a 6 pessoas/m²

Áreas de circulação = 3.000 pessoas/hora/m de largura de corredor

Bloqueio entrada = 1.200 pessoas/hora/bloqueio


saída = 1.500 pessoas/hora/bloqueio

Escadas fixas = 2.700 pessoas/hora/m de largura descendente


2.100 pessoas/hora/m de largura descendente

Escadas rolantes = 8.000 pessoas/hora/escada para vel. = 0,55 m/s


9.000 pessoas/hora/escada para vel. = 0,65 m/s
10.000 pessoas/hora/escada para vel. = 0,75 m/s
Espaços para fluxos
conforto

Características físicas do espaço externo lindeiro

Características físicas dos espaços internos

Condicionantes térmicas dos espaços

Ocupação dos espaços

Percepção de segurança

Condicionantes acústicas dos espaços

Qualidade do ar

Ergonomia dos espaços

Tempo de exposição ao espaço


Espaços para fluxos
conforto

Esquema de Conforto em um mesmo Espaço Público. Superposição entre dia e noite. Imagem Cortesia de Enrique Mínguez
Martínez, Pablo Martí Ciriquián, María Vera Moure

Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-143845/fundamentos-para-projetar-espacos-publicos-confortaveis
Espaços para fluxos
conforto
Espaços para fluxos
conforto
Espaços para fluxos
conforto
Espaços para fluxos
conforto

Transit Capacity and Quality of Service Manual


Espaços para fluxos
conforto

Prancha 5. Matriz de Conforto. Como as estratégias influenciam na melhoria dos parâmetros de conforto? Imagem Cortesia de
Enrique Mínguez Martínez, Pablo Martí Ciriquián, María Vera Moure

Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-143845/fundamentos-para-projetar-espacos-publicos-confortaveis
Espaços para fluxos
conforto

Esquema de Conforto em um mesmo Espaço Público. Superposição entre dia e noite. Imagem Cortesia de Enrique Mínguez
Martínez, Pablo Martí Ciriquián, María Vera Moure

Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-143845/fundamentos-para-projetar-espacos-publicos-confortaveis
Espaços para fluxos
conforto

Esquema de Conforto em um mesmo Espaço Público. Superposição entre dia e noite. Imagem Cortesia de Enrique Mínguez
Martínez, Pablo Martí Ciriquián, María Vera Moure

Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-143845/fundamentos-para-projetar-espacos-publicos-confortaveis
Espaços para fluxos
caracterizações
Espaços para fluxos
caracterizações
Espaços para fluxos
caracterizações
Espaços para fluxos
caracterizações
Espaços para fluxos
caracterizações
Espaços para fluxos
caracterizações
Retro-fluxos
Critérios de Retro-Fluxos
NFPA - 130
CONCEITO

rota segura em espaços


metroferroviários
ORIGEM

Aplicação do Decreto Estadual no 46.076


de 31 de agosto de 2001
que institui o regulamento de segurança contra incêndio
das edificações e áreas de risco para os fins da
Lei no 684 de 30 de setembro de 1975 e estabelece
outras providências.
REFERENCIAS

-NFPA 130 – Standart for Fixed Guideway Transit and passenger rail systems da national fire
protection association.
-Decreto Estadual 56819/2011 – Institui o regulamento de segurança contra incêndio nas
edificações e áreas de risco.
-NBR 9050 – Acessibilidade a edificações, imobiliário, espaços e equipamentos urbanos –
Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT.
-NBR 14021 – Transporte – Acessibilidade no sistema de trem urbano ou metropolitanos –
Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT.
-NBR 9077 – Saídas de emergência em edifícios – Associação Brasileira de Normas Técnicas –
ABNT.
PREMISSAS ESPACIAIS

As pessoas sempre deverão caminhar no sentido oposto ao fluxo


de entrada natural de ar

Os espaços exclusivos à circulação devem ser analizados como


canais de circulação (0,55m)

Escadas rolantes são consideradas como elementos seguros de


circulação vertical

A capacidade dos espaços e equipamentos exclusivos aos fluxos


adotam a dinâmica ergonométrica de sua utilização

A definição de área segura depende da análise da espacialidade


frente às características construtivas dos espaços
PARADIGMAS

Tempo máximo de percurso para rota de saída: 6 min*

Distância segura: máx 91,4m


(distância a ser percorrida da plataforma ao local seguro)

Tempo de Evacuação da Plataforma: máx 4 min


(carga ocupante x capacidade de saída da plataforma)
PROCESSO ANALÍTICO

Fluxo
(diretos = lindeiros à estação)
(indiretos = transferências plataforma-plataforma)

Retro-fluxo
(fluxo + carregamento máximo dos trens que param nas plataformas
da estação durante o tempo seguro)

Tempo base para cálculo dos fluxos = 15 mpp (minutos pico-pico)

Rota Segura = caminho pré-estabelecido


(que atende todas as condicionantes da NFPA 130)

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