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Prefácio
A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras,
cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização
Setorial (ABNT/ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores
envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).
Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ABNT/ONS, circulam para Consulta Pública
entre os associados da ABNT e demais interessados.
Esta Norma contém o anexo A, de caráter informativo.
Esta Norma incorpora os conceitos revisados da extinta NBR 7250, bem como faculta ao executor a introdução de
sistemas de levantamento e soltura do martelo diferentes dos contidos nesta Norma, desde que sejam feitas
medidas de energia conforme descrito no Anexo B (Método padrão para avaliação da energia nos ensaios SPT).
De modo algum é permitido o processo de cravação e/ou avanço contínuo do amostrador.
Para os dois sistemas descritos nesta norma, sistema de sondagem manual e sistema de sondagem mecanizado,
bem como para os diferentes sistemas de levantamento e soltura do martelo, os resultados obtidos nos ensaios
SPT não serão necessariamente os mesmos.
Esta Norma também incorpora o procedimento para a medida do torque após a cravação do amostrador, em
caráter apenas informativo e não obrigatório, Anexo C.
1 – Objetivo Escopo
Esta Norma prescreve o método de execução de sondagens de simples reconhecimento de solos com o ensaio de
SPT e tem por finalidade fornecer as seguintes informações:
a) tipos de solos e suas respectivas profundidades de ocorrência;
b) indicação da posição do nível de água (quando ocorrer) durante a execução de cada sondagem;
c) índice de resistência à penetração (N) a cada metro.
2 Referências Normativas
As normas relacionadas a seguir contêm disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições
para esta Norma. As edições indicadas estavam em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está
sujeita a revisão, recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de
se usarem as edições mais recentes das normas citadas a seguir. A ABNT possui a informação das normas em
vigor.
NBR 6502: - Rochas e solos – Terminologia
NBR 6459: – Solo – Determinação do Limite de Liquidez – Método de Ensaio. DEVE SER CITADA NO CORPO
DA NORMA
NBR 7180: – Solo – Determinação do Limite de Plasticidade – Método de Ensaio. DEVE SER CITADA NO
CORPO DA NORMA
NBR 7181: - Solo - Análise granulométrica - Método de ensaio DEVE SER CITADA NO CORPO DA NORMA
NBR 8036: - Programação de sondagens de simples reconhecimento dos solos para fundações de edifícios
– Procedimento. DEVE SER CITADA NO CORPO DA NORMA
3 Definições Gerais
Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as definições da NBR 6502 e as seguintes:
3.1 - SPT (standard penetration test): Abreviatura do nome do ensaio pelo qual se determina o índice de
resistência à penetração (N).
3.2 - N: Abreviatura do índice de resistência à penetração do SPT, cuja determinação se dá pelo número de golpes
correspondente à cravação de 30 cm do amostrador-padrão, após a cravação inicial de 15 cm, utilizando-se
martelo de 65 kg de massa.
3.3 - solos grossos: Aqueles nos quais a fração predominante dos grãos é visível a olho nu, compreendendo as
areias e os pedregulhos.
3.4 - solos finos: Aqueles nos quais a fração predominante dos grãos não é visível a olho nu; compreendendo as
argilas e os siltes.
3.5 - solos orgânicos: Aqueles que contêm a indicação da presença de matéria orgânica, apresentando
geralmente cores escuras (por exemplo, preto e cinza escuro).
3.6 - plasticidade: Propriedade dos solos finos de sofrerem grandes deformações permanentes, sem separação,
fissuramento ou variação de volume apreciável.
3.7 -Sistema de Sondagem Manual: Procedimento de execução do ensaio onde o amostrator é cravado no solo
com o uso do martelo elevado manualmente através de uma cabo têxtil que passa pela roldana localizada na
parte superior do tripé ou torre de sondagem até a altura de 75cm, a partir da qual é deixado cair livremente.
3.8 - Sistema de Sondagem Mecanizado: procedimento de execução do ensaio onde o amostrador é cravado no
solo com o uso de martelo acionado mecanicamente. Ressalta-se que o martelo deve possuir massa total de 65 kg
e a queda deve ser livre e da altura de 0,75m. Todo o sistema deve ser protegido por camisa metálica com
aberturas que permitem monitorar o movimento do martelo.
4 Princípio
5. Sistema Manual
5.1 Equipamento
5.1.1 - Lista de componentes do equipamento do Sistema Manual
a) torre com roldana, moitão e corda;
b) tubos de revestimento;
c) haste de perfuração/ cravação;
d) trado concha ou cavadeira manual;
e) trado helicoidal;
f) trépano de lavagem;
g) amostrador padrão;
h) cabeça de bater;
i) martelo padronizado para cravação do amostrador;
j) baldinho para esgotar o furo;
k) medidor de nível de água;
l) metro de balcão ou trena;
m) recipientes para amostras;
n) bomba d´água centrífuga motorizada;
o) caixa d´água ou tambor com divisória interna para decantação;
p) ferramentas gerais necessárias para a operação.
5.1.2.7 – Amostrador-padrão
O amostrador-padrão, de diâmetro externo de 50,8 mm ± 2 mm e diâmetro interno de 34,9 mm ± 2 mm, deve ter
a forma e dimensões indicadas nas figuras 2a) e 3a) (para fabricação) e 2b) e 3b) (para verificações expeditas em
obras), estando descritas a seguir as partes que o compõem:
a) cabeça, devendo ter dois orifícios laterais para saída da água e do ar, bem como devendo conter
interiormente uma válvula constituída por esfera de aço recoberta de material inoxidável (ver figura 2);
b) corpo, devendo ser perfeitamente retilíneo, isento de amassamentos, ondulações, denteações,
estriamentos, rebordos ou qualquer deformação que altere a seção e rugosidade superficial, podendo ou
não ser bipartido longitudinalmente (ver figura 3), comprimento mínimo aceitável após eventual
recuperação das roscas de 500 mm; e
c) sapata ou bico, devendo ser de aço temperado e estar isenta de trincas, amassamentos, ondulações,
denteações, rebordos ou qualquer tipo de deformação que altere a seção (ver figura 2).
5.2.2.1 - A sondagem deve ser iniciada com emprego do trado-concha ou cavadeira manual até a profundidade de
1 m, seguindo-se a instalação, até essa profundidade, do primeiro segmento do tubo de revestimento dotado de
sapata cortante. A critério do contratante e por determinação deste, este procedimento pode ser estendido até
profundidades maiores. Neste caso o contratante deve especificar o tipo de avanço e as profundidades de coleta
de amostras de execução dos ensaios.
5.2.2.2 - Nas operações subsequentes de perfuração, intercaladas às de ensaio e amostragem, deve ser utilizado
trado helicoidal até se atingir o nível d’água freático ou quando o avanço da perfuração com emprego do trado
helicoidal for inferior a 50 mm após 10 min de operação. Nesse caso passa-se ao método de perfuração por
circulação de água, também chamado de lavagem.
5.2.2.3 - Não é permitido que, nas operações com trado, o mesmo seja cravado dinamicamente com golpes do
martelo ou por impulsão da composição de perfuração.
5.2.2.4 - Pode-se utilizar outros tipos de trado para perfuração desde que seja garantida a eficiência quanto à
limpeza do furo, bem como quanto à não perturbação do solo no ponto de ensaio.
Estes casos, considerados especiais, devem ser devidamente justificados no relatório definitivo.
5.2.2.5 - A operação de perfuração por circulação de água é realizada utilizando-se o trépano de lavagem.
O material escavado é removido por meio de circulação de água, realizada pela bomba d’água motorizada,
através da composição de perfuração.
A operação em si consiste na elevação da composição de perfuração em cerca de 300mm do fundo do furo e na
sua queda, que deve ser acompanhada de movimentos de rotação alternados (vai-e-vem), aplicados
manualmente pelo operador.
À medida que se for aproximando da cota de ensaio e amostragem, recomenda-se que essa altura seja
progressivamente diminuída.
Quando se atingir a cota de ensaio e amostragem, a composição de perfuração deve ser suspensa a uma altura de
200mm do fundo do furo, mantendo-se a circulação de água por tempo suficiente, até que todos os detritos da
perfuração tenham sido removidos do interior do furo.
5.2.2.6 - Atenção especial deve ser dada para não se descer o tubo de revestimento à profundidade além do
comprimento perfurado. Toda a vez que for descida a composição de perfuração com o trépano ou instalado
novo segmento de tubo de revestimento, seus comprimentos devem ser medidos.
5.2.2.7 - Durante a perfuração, caso a parede do furo se mostre instável, é obrigatória a adoção de medidas que
garantam a limpeza do furo e da estabilização do solo na cota de ensaio. Esta estabilização será através do uso de
tubo de revestimento, fluido de estabilização como lama bentonítica, polímeros ou similares.
5.2.2.8 - O tubo de revestimento deve ficar a uma distância de no mínimo 100 mm acima da cota de ensaio,
quando da operação de ensaio e amostragem.
5.2.2.9 - Durante a operação de perfuração, devem ser anotadas as profundidades das transições de camadas
detectadas por exame tátil-visual e da mudança de coloração de materiais trazidos à boca do furo pelo trado em
uso ou pela água de circulação.
5.2.2.10 - Durante todas as operações da perfuração, deve-se manter o nível d’água no interior do furo, em cota
igual ou superior à do nível d’água do lençol freático encontrado e correspondente.
5.2.2.11 -. A profundidade do SPT deve ser verificada a cada ensaio.
5.2.3.7 - A elevação do martelo até a altura de 75 cm, marcada na haste-guia, deve ser feita por meio de cabo
têxtil com diâmetro de 19 mm a 25 mm, de modo a se encaixar com folga no sulco da roldana da torre de forma a
permitir a queda livre do martelo.
Os eixos longitudinais do martelo e da composição de cravação com amostrador devem ser rigorosamente
coincidentes.
5.2.3.8 - Não tendo ocorrido penetração igual ou maior do que 45 cm, após procedimento de 5.2.3.5 e 5.2.3.6 ,
prossegue-se a cravação do amostrador-padrão até completar os 45 cm de penetração por meio de impactos
sucessivos do martelo padronizado caindo livremente de uma altura de 75 cm, anotando-se, separadamente, o
número de golpes necessários à cravação de cada segmento de 15 cm do amostrador-padrão.
NOTA 1 - Frequentemente não ocorre a penetração exata dos 45 cm, bem como de cada um dos segmentos de 15
cm do amostrador-padrão, com certo número de golpes.
Nesse caso deve ser registrado o número de golpes empregados para uma penetração imediatamente superior a
15 cm, registrando-se o comprimento penetrado (por exemplo, três golpes para a penetração de 17 cm).
A seguir, conta-se o número adicional de golpes até a penetração total ultrapassar 30 cm e em seguida o número
de golpes adicionais para a cravação atingir 45 cm ou, com o último golpe, ultrapassar este valor.
O registro é expresso na forma de frações obtidas nas três etapas.
EXEMPLO:
3/17 - 4/14 - 5/15
As penetrações parciais ou acumuladas devem ser medidas com erro máximo de 0,5cm.
5.2.3.9 - Quando a cravação atingir 45 cm, o índice de resistência à penetração N é expresso como a soma do
número de golpes requeridos para a segunda e a terceira etapas de penetração de 15 cm, adotando-se os
números obtidos nestas etapas mesmo quando a penetração não tiver sido de exatos 15 cm, como descrito na
nota 1 de 5.2.3.8.
5.2.3.10 - A cravação do amostrador-padrão, nos 45 cm previstos para a realização do SPT, deve ser contínua e
sem aplicação de qualquer movimento de rotação nas hastes.
5.2.3.11 - A cravação do amostrador-padrão é interrompida antes dos 45 cm de penetração sempre que ocorrer
uma das seguintes situações.
a) em qualquer dos três segmentos de 15 cm, o número de golpes ultrapassar 30;
b) não se observar avanço do amostrador-padrão durante a aplicação de cinco golpes sucessivos do martelo.
5.2.3.12 - Quando a penetração for incompleta, como descrito em 5.2.3.11, o resultado da cravação do
amostrador é expresso pelas relações entre o número de golpes e a penetração correspondente.
5.2.3.13 - Quando, com a aplicação do primeiro golpe do martelo, a penetração for superior a 45 cm, o resultado
da cravação do amostrador deve ser expresso pela relação deste golpe com a respectiva penetração. Exemplo:
1/58.
5.2.3.14 - Quando a penetração do amostrador-padrão com poucos golpes exceder significativamente os 45 cm
ou quando não puder haver distinção clara nas três penetrações parciais de 15 cm, o resultado da cravação do
amostrador-padrão deve ser expresso pelas relações entre o número de golpes e a penetração correspondente.
5.2.3.15 – As apresentações das penetrações do amostrador devem seguir os exemplos da Tabela 1.
5.2.3.17 - Cada recipiente de amostra deve ser provido de uma etiqueta, na qual, escrito com tinta indelével, deve
constar o seguinte:
a) designação ou número do trabalho;
b) local da obra;
c) número da sondagem;
d) número da amostra;
e) profundidade da amostra;
f) números de golpes e respectivas penetrações do amostrador.
5.2.3.18 - Os recipientes das amostras devem ser acondicionados em caixas ou sacos, conforme a necessidade, de
forma a não abrirem ou rasgarem e impedindo a mistura de amostras distintas. Nestas caixas ou sacos devem
constar a designação do trabalho e o número da sondagem; as mesmas devem estar permanentemente
protegidas de sol e chuva.
5.2.3.19 - As amostras devem ser conservadas pela empresa executora, à disposição do contratante, por um
período mínimo de 60 dias, a contar da data da apresentação do relatório.
5.2.3.20 – Qualquer mudança nas condições preconizadas nesta Norma (por exemplo: tipo de haste e martelo,
não uso de coxim de madeira, uso de cabo de aço, ou qualquer outro sistema de acionamento de martelo não
previsto nesta norma), que altere o nível de energia incidente disponível para cravação do amostrador-padrão, só
deve ser aceita se acompanhada da determinação da respectiva eficiência do sistema, conforme descrito no
Anexo B. Entretanto, de modo algum é permitido o processo de cravação e avanço contínuo do amostrador.
a) avanço da sondagem até a profundidade na qual tenham sido obtidos 10 m de resultados consecutivos
indicando N iguais ou superiores a 25 golpes;
b) avanço da sondagem até a profundidade na qual tenham sido obtidos 8 m de resultados consecutivos
indicando N iguais ou superiores a 30 golpes;
c) avanço da sondagem até a profundidade na qual tenham sido obtidos 6 m de resultados consecutivos
indicando N iguais ou superiores a 35 golpes;
5.2.4.2.1 - O ensaio de avanço da perfuração por circulação de água consiste no emprego do procedimento
descrito em 5.2.2.5.
5.2.4.2.2 - O ensaio deve ter duração de 30 min, devendo-se anotar os avanços do trépano obtidos em cada
período de 10 min.
5.2.4.2.3 - A sondagem deve ser dada por encerrada quando, no ensaio de avanço da perfuração por circulação
de água, forem obtidos avanços inferiores a 50 mm em cada período de 10 min.
Quando da ocorrência destes casos, constar no relatório a designação de impenetrável ao trépano de lavagem.
5.2.4.3 - Caso haja necessidade técnica de continuar a investigação do subsolo além das profundidades
determinadas no item 5.2.4.2.3, para atender o item 5.2.4.1, o procedimento de perfuração deverá ser
substituído por perfuração rotativa. Observação: O procedimento de perfuração rotativa não faz parte do escopo
desta norma.
5.2.4.4 - Caso ocorra a situação descrita em 5.2.3.11 b), antes da profundidade de 3 m, a sondagem deve ser
deslocada, no mínimo duas vezes para posições diametralmente opostas, a 2 m da sondagem inicial, ou conforme
orientação do cliente ou seu preposto.
Observação: Caso haja a necessidade de uma avaliação acurada das condições hidráulicas do subsolo (dos
diferentes lençóis) para atender os requisitos do projeto, poços, medidores de nível d’água e/ou piezômetros
deverão ser instalados, sendo este procedimento objeto de serviço específico não estando no escopo desta
norma.
a) granulometria;
b) plasticidade;
c) cor;
d) origem, tais como:
- solos residuais; neste caso, deve ser indicada a rocha de origem, sempre que possível
- transportados (coluvionares, aluvionares, fluviais e marinhos);
- aterros.
5.2.7.2 - Após sua ordenação pela profundidade, as amostras devem ser examinadas individualmente, devendo
ser agrupadas as amostras consecutivas com características semelhantes.
5.2.7.3 - Inicia-se o procedimento de identificação das amostras de solo pela sua granulometria, procurando-se
separá-las em duas grandes divisões: solos grossos (areias e pedregulhos) e solos finos (argilas e siltes).
NOTA - O ensaio do tato, que consiste em friccionar a amostra com os dedos, permite separar os solos grossos,
que são ásperos ao tato, dos solos finos, que são macios.
5.2.7.4 - O exame visual das amostras permite avaliar a predominância do tamanho de grãos, sendo possível
individualizar grãos de tamanho superior a décimo de milímetro, admitidos como visíveis a olho nu.
5.2.7.5 - Solos com predominância de grãos maiores que 2 mm devem ser classificados como pedregulhos e com
grãos inferiores a 2 mm e superiores a 0,1 mm devem ser classificados como areias.
Deve-se ainda fazer a subdivisão das areias em: grossas (grãos da ordem de 1,0 mm), médias (grãos da ordem de
0,5 mm) e em finas (grãos da ordem de 0,1mm) permitindo a associação de subdivisões no caso de areias bem
graduadas.
Solos com predominância de partículas ou grãos inferiores a 0,1 mm devem ser classificados como argilas ou
siltes.
As argilas se distinguem dos siltes pela plasticidade, quando possuem umidade suficiente, e pela resistência
coesiva, quando secas ao ar.
5.2.7.6 – A classificação deve apresentar, na ordem de predominância, as frações de solo que puderem ser
identificadas pelos critérios já definidos. Pode-se ainda avaliar as propriedades de cada fração utilizando os
advérbios muito e pouco.
Deve ser utilizada nomenclatura onde apareçam, no máximo, três frações de solos, por exemplo: argila silto-
arenosa.
Admite-se a complementação da descrição quando houver presença de pedregulhos, cascalhos, detritos ou
matéria orgânica, concreções, etc..
5.2.7.7 – A nomenclatura das amostras dos solos deve ser acompanhada pela indicação da cor, feita logo após a
coleta das mesmas, utilizando-se até o máximo de duas designações de cores.
Quando as amostras apresentarem mais do que duas cores, deve ser utilizado o termo variegado no lugar do
relacionamento das cores.
5.2.7.8 - Na indicação da cor, devem ser utilizadas as designações branco, cinza, preto, marrom, amarelo,
vermelho, roxo, azul e verde, admitindo-se ainda as designações complementares claro e escuro.
5.2.7.9 - Quando, pelo exame tátil-visual, for constatada a presença acentuada de mica, a designação micácea é
acrescentada à nomenclatura do solo.
6. Sistema Mecanizado
6.1 – Equipamento
6.1.1 - Lista de componentes da aparelhagem do Sistema Mecanizado
Compõe-se dos seguintes:
a) perfuratriz rotativa;
b) tubos de revestimento;
c) haste de perfuração/ cravação;
d) trado oco;
e) trado helicoidal contínuo;
f) tricone;
g) amostrador-padrão;
h) cabeça de bater;
i) martelo automático padronizado para cravação do amostrador;
j) medidor de nível de água;
k) metro de balcão ou trena;
l) recipientes para amostras;
m) ferramentas gerais necessárias para a operação da aparelhagem.
6.1.2.6 – Tricone
Tricones de perfuração devem ter saída de fluido em posição que não interfira no material que será ensaiado, e
também devem possuir diâmetro nominal mínimo de 56mm e máximo de 165mm.
6.1.2.7 – Amostrador-padrão
O amostrador-padrão, de diâmetro externo de 50,8 mm ± 2 mm e diâmetro interno de 34,9 mm ± 2 mm, deve ter
a forma e dimensões indicadas nas figuras 2a) e 3a) (para fabricação) e 2b) e 3b) (para verificações expeditas em
obras), estando descritas a seguir as partes que o compõem:
a) cabeça, devendo ter dois orifícios laterais para saída da água e do ar, bem como devendo conter
interiormente uma válvula constituída por esfera de aço recoberta de material inoxidável (ver figura
2);
b) corpo, devendo ser perfeitamente retilíneo, isento de amassamentos, ondulações, denteação,
estriamentos, rebordos ou qualquer deformação que altere a seção e rugosidade superficial, podendo
ou não ser bipartido longitudinalmente (ver figura 3), comprimento mínimo aceitável após eventual
recuperação das roscas de 500 mm; e
c) sapata ou bico, devendo ser de aço temperado e estar isenta de trincas, amassamentos, ondulações,
denteações, rebordos ou qualquer tipo de deformação que altere a seção (ver figura 2).
6.2 - Procedimento
6.2.1 - Locação do furo e quantidades
A locação dos furos de sondagem em planta deve ser fornecida pelo contratante. Nesta planta deve constar a
referência de nível (RN), cota preferencialmente georreferenciada, que será adotada para o nivelamento dos
pontos de sondagem. Na falta de dados sobre a referência de nível deve-se adotar um RN arbitrário, fora do
perímetro da obra (guia, calçada, etc. ...).
Quando da sua locação, cada sondagem deve ser marcada com a cravação de um piquete de material apropriado.
Este piquete deve ter gravada a identificação do ponto de sondagem e estar suficientemente cravado no solo,
servindo de referência de nível para a execução da sondagem e posterior determinação de cota através de
nivelamento topográfico.
6.2.2 - Processo de perfuração
6.2.2.1 - O procedimento de perfuração deve proporcionar um furo estável e limpo antes da inserção do
amostrador e deve também garantir que o ensaio de penetração seja realizado em solo minimamente
perturbado.
6.2.2.2 - Sempre que for utilizado revestimento durante o processo de perfuração, este não deve avançar além da
cota de início da amostragem.
6.2.2.3 - Os métodos de perfuração considerados nessa norma são os seguintes:
a) Método de perfuração com trado helicoidal
b) Método de perfuração com trado oco
c) Método de perfuração com tricone
d) Método de perfuração wire-line com barrilete mínimo N
6.2.2.4 - Algumas técnicas de perfuração produzem furos inadequados para a realização do ensaio SPT. O uso do
trado helicoidal abaixo do lençol freático não é permitido. A saída de fluido de perfuração nunca deve estar
localizada em posição que interfira no material que será ensaiado. O revestimento não deve avançar além da cota
de início da amostragem. Não é permitido o avanço da perfuração, para a próxima cota de amostragem, com o
uso do próprio amostrador-padrão.
Em qualquer dos sistemas de perfuração utilizado não é permitida em nenhuma hipótese que o nível de água
dentro da perfuração esteja em uma cota inferior ao do nível do lençol freático do terreno.
6.2.3.18 - Os recipientes das amostras devem ser acondicionados em caixas ou sacos, conforme a necessidade, de
forma a não abrirem ou rasgarem e impedindo a mistura de amostras distintas. Nestas caixas ou sacos devem
constar a designação do trabalho e o número da sondagem; as mesmas devem estar permanentemente
protegidas de sol e chuva.
6.2.3.19 - As amostras devem ser conservadas pela empresa executora, à disposição do contratante, por um
período mínimo de 60 dias, a contar da data da apresentação do relatório.
Os relatórios de campo devem ser conservados à disposição dos interessados por um período mínimo de um ano,
a contar da data da apresentação do relatório definitivo.
Os resultados das sondagens de simples reconhecimento devem ser apresentados em relatórios numerados,
datados e assinados por responsável técnico pelo trabalho, perante o Conselho Regional de Engenharia, e
Agronomia – CREA.
Devem constar no relatório definitivo:
a) nome do interessado/contratante;
b) local e natureza da obra;
c) indicação do sistema utilizado: manual ou mecanizado
d) descrição sumária do método e dos equipamentos empregados na realização das sondagens;
e) total perfurado, em metros;
f) declaração de que foram obedecidas as normas brasileiras relativas ao assunto;
g) outras observações e comentários, se julgados importantes; e
h) referências aos desenhos constantes no relatório.
a) planta do local da obra, cotada e amarrada a referências facilmente encontráveis (logradouros públicos,
acidentes geográficos, marcos topográficos etc.), de forma a não deixar dúvidas quanto à sua localização;
b) planta contendo a posição da referência de nível (RN) tomada para o nivelamento da(s) boca(s) do(s)
furo(s) de sondagem(ens), bem como a descrição sumária do elemento físico tomado como RN;
c) localização das sondagens, cotadas e amarradas a elementos fixos e bem definidos no terreno.
Apresentar os resultados das sondagens em desenhos contendo o perfil individual de cada sondagem, nos quais
devem constar, obrigatoriamente:
a) nome da firma executora das sondagens, o nome do interessado ou contratante, local da obra, indicação
do número do trabalho e os vistos do desenhista, engenheiro civil ou geólogo, responsável pelo trabalho;
b) diâmetro do tubo de revestimento e do amostrador empregados na execução das sondagens;
c) número(s) da(s) sondagem(s);
d) cota(s) da(s) boca(s) dos furo(s) de sondagem, com precisão centimétrica;
e) linhas horizontais cotadas a cada 5 m em relação à referência de nível;
f) posição das amostras colhidas, devendo ser indicadas as amostras não recuperadas e os detritos colhidos
na circulação de água;
g) as profundidades, em relação à boca do furo, das transições das camadas e do final da(s) sondagem(s);
h) índice de resistência à penetração N ou relações do número de golpes pela penetração (expressa em
centímetros) do amostrador;
i) identificação dos solos amostrados e convenção gráfica dos mesmos conforme a NBR 13441;
j) a posição do(s) nível(is) d’água encontrado(s) e a(s) respectiva(s) data(s) de observação(ões), indicando se
houve pressão ou perda de água durante a perfuração;
k) indicação da não ocorrência de nível de água, quando não encontrado;
l) datas de início e término de cada sondagem, bem como a profundidade e nível de água dentro do furo de
sondagem no início e final de cada dia;
m) indicação dos processos de perfuração empregados (TH trado helicoidal, CA - circulação de água) e
respectivos trechos, bem como as posições sucessivas do tubo de revestimento e uso de lama de
estabilização quando utilizada;
n) procedimentos especiais utilizados, previstos nesta Norma; e
o) resultado dos ensaios de avanço de perfuração por circulação d´água.
Desenhar as sondagens na escala vertical de 1:100.
Anexo A – (informativo)
Tabela 3 - Estado de compacidade e consistência.
Índice de resistência à
Solo penetração Designação1)
N
4 Fofa(o)
2 Muito mole
3a5 Mole
B-1Escopo
O objetivo principal desse ensaio é avaliar a quantidade de energia envolvida no ensaio e determinar a eficiência
do equipamento utilizado para a realização do ensaio SPT. Conhecendo-se a eficiência é possível então comparar
valores de N obtidos com diferentes equipamentos.
B-1.1 Os métodos usados por esta norma para especificar como os dados são coletados, calculados, ou gravados
não estão diretamente relacionados à forma como os dados podem ser usados em projetos ou outras aplicações,
uma vez que isso não está contemplado no seu escopo.
B-1.2 Este método de ensaio não pretende abordar todas as questões de segurança, se houver alguma, associada
ao seu uso. É de responsabilidade do usuário desta norma estabelecer prática adequada de segurança e
determinar a aplicabilidade de limitações regulamentares antes da sua utilização.
B-2 Terminologia
B-2.1.1 golpe do martelo: ação da queda do martelo de uma altura padrão de 75 cm e impactando na cabeça de
bater.
B-2.1.2 impacto: contato instantâneo entre o martelo e a cabeça de bater; cada golpe do martelo corresponde
uma sucessão de impactos.
B-2.1.3 impedância (das hastes): propriedade da haste de perfuração igual ao seu módulo de elasticidade
multiplicado pela área da seção transversal e dividido pela velocidade de propagação das ondas de tensão
causadas pelo impacto do martelo.
B-2.1.4 acelerômetro: sensor que mede os valores de aceleração das partículas de uma seção de haste devido à
propagação de uma onda de tensão causada pelo golpe do martelo.
B-2.1.5 transdutor de força: é um dispositivo elétrico destinado a medir forças normais na haste, devido à
propagação de uma onda de tensão causada pelo golpe do martelo.
B-2.1.6 haste instrumentada: segmento de haste com no mínimo 300 mm de comprimento preferencialmente
com a mesma impedância da haste a ser utilizada no equipamento a ser calibrado..
B-2.1.7 conjunto de medições: conjunto de dados de medições de energia para todos os golpes correspondentes
a uma determinada profundidade.
B-2.2 Símbolos:
EP = energia potencial teórica do martelo posicionado em uma altura especifica acima da superfície de
impacto.
L = distância entre posição dos transdutores na haste instrumentada e a extremidade inferior do amostrador.
2L/c = é o intervalo de tempo necessário para a onda de tensão, que se desloca desde a seção instrumentada
com uma velocidade c, atingir a extremidade inferior do amostrador e retorne para a seção de medições.
v(t) = velocidade das partículas na seção instrumentada da haste, determinada pela integração da aceleração
das partículas em função do tempo.
B-3.1 O valor de N depende não só das propriedades do solo, mas também da eficiência do equipamento utilizado
no ensaio SPT. A determinação da energia transferida permite avaliar variações do valor de N resultante de
diferenças nos equipamentos e nos modos de operação.
B-3.2 Existe uma relação linear aproximada entre a penetração incremental de um amostrador no solo e a
quantidade de energia do martelo que é transferida para a composição de hastes de perfuração e, portanto, uma
relação inversa aproximada entre o valor de N e essa energia transferida.
B-4.1 Dispositivo para efetuar medições Uma haste instrumentada, conforme definido em 2.1.6, utilizada para
medir acelerações e forças normais, causadas pela propagação de uma onda de tensão causada pelo golpe do
martelo. A haste instrumentada deve ter uma impedância igual a das hastes de perfuração e a sua resistência
deve ser tal que os golpes de martelo não causem deformações permanentes. Caso necessário, a haste
instrumentada deve ser tratada termicamente para atingir tal resistência. Na haste instrumentada são instalados
um transdutor de força e um par de acelerômetros, em posições diametralmente opostas.
A seção onde são instalados os dispositivos de medição deve estar localizada a uma distância igual ou superior a
três diâmetros das extremidades. Os dispositivos de medição devem estar devidamente impermeabilizados e
mecanicamente protegidos. A haste instrumentada deve ser instalada no topo da composição de hastes de
perfuração, logo abaixo da cabeça de bater. Assim, a energia devido ao impacto do martelo é transmitida através
da cabeça de bater e da haste instrumentada à composição de hastes de perfuração. Tanto o transdutor de força
como os acelerômetros devem receber uma proteção impermeabilizante.
B-4.2 Transdutor de força: As forças normais atuantes nas hastes de perfuração devem ser medidas por um
transdutor de força, montado na haste instrumentada. Esse transdutor deve ser constituído de pares de
extensômetros elétricos fixados diametralmente opostos na superfície da haste, formando um circuito de ponte
completa. Não devem ser usados transdutores de força ou células de carga, que causem alterações substanciais
na impedância das próprias hastes. O sinais de força são obtidos multiplicando-se os sinais de deformação pelo
módulo de elasticidade do aço (210000 Mpa) e pela área da seção transversal da haste.
B-4.3 Dispositivo para medir acelerações: Acelerações devem ser medidas com um conjunto de dois
acelerômetros, fixados diametralmente opostos na haste instrumentada, a uma distância máxima de 100 mm da
seção onde são medidas as forças. As direções dos eixos dos acelerômetros devem coincidir com o eixo da haste
instrumentada. Os acelerômetros são fixados com o auxílio de pequenos suportes metálicos rígidos, com formato
aproximadamente cúbico, que podem ser colados, parafusados ou soldados à haste instrumentada. Os suportes
devem apresentar uma geometria tal que não gerem vibrações adicionais ao sistema. Não devem ser usados
suportes plásticos ou suportes salientes que possam estar sujeitos à flexão durante o impacto. Acelerômetros
devem apresentar resposta linear de pelo menos 10000 g e resposta de frequência utilizável de pelo menos 4.5
kHz. Os sinais de aceleração devem ser integrados em relação ao tempo para se obter sinais de velocidade em
função do tempo.
B-4.4 Sistema de aquisição e digitalização de dados: Os sinais de força e aceleração gerados pelo impacto do
martelo devem ser transmitidos a um sistema de aquisição de dados, que funcionando acoplado a um
computador ou a um sistema dedicado, permita a gravação, processamento e exibição desses dados. O dispositivo
deve ser capaz de proporcionar condicionamento de sinal e fornecer energia de excitação para todos os
transdutores.
Os dados devem ser digitalizados com uma resolução mínima de 12 bits. Os sinais dos transdutores individuais
para cada golpe devem ser permanentemente armazenados em formato digital, devendo cada sinal registrado
corresponder a um tempo total após o impacto suficiente para assegurar que todo o movimento da haste tenha
cessado no final do registro.
B-4.5 Conversor analógico/digital: Os dados devem ser analisados com o auxílio de planilhas eletrônicas ou
programas específicos. O computador deve ter memória suficiente para analisar simultaneamente todos os dados
correspondentes a um golpe de martelo.
B-5 Calibração
B-5.1 Dipositivo para medição de força normal: A haste instrumentada deve ser calibrada, tanto para força como
para deformação, com uma acurácia de 2 %. Durante a calibração, a mesma deve ser carregada com pelo menos
50% acima da força prevista durante os ensaios. A dupla calibração permite calcular a área efetiva da seção
transversal da haste (Ac), através da expressão Ac = F/E, onde F é a força medida aplicada, E é o módulo de
elasticidade do aço (210 000 Mpa) e é a deformação medida correspondente à força F aplicada. Se as áreas da
seção transversal, medida e calculada diferirem em mais de 5 %, a haste deve ser recalibrada.
B-5.2 Acelerômetro Os acelerômetros devem ser calibrados com uma acurácia de ±3 %, utilizando uma Barra de
Hopkinson, com um impacto aço-aço de pelo menos 2000 g. A Barra de Hopkinson deve ser de aço, com pelo
menos 10 m de comprimento e sem juntas ou soldas. A barra impactante também deve ser de aço, com mesma
seção transversal da Barra de Hopkinson e comprimento entre 3 m e 6 m. Como as velocidades determinadas
através da integração dos sinais de aceleração são teoricamente proporcionais às deformações medidas na Barra
de Hopkinson, pode-se então verificar o fator de calibração do acelerômetro.
B-6 Procedimento
B-6.1 Antes de iniciar medições de energia, observar uma sequência de golpes no ensaio em andamento, para
verificar a existência de alguma anormalidade. Uma sequência preliminar de golpes tem por objetivo preparar o
equipamento e os operadores para as condições normais de funcionamento.
B-6.2 Registrar informações, incluindo o tipo de equipamento usado para perfuração, tipo de martelo, condição
da corda e disposição da roldana do topo do tripé. Para martelos de segurança, registrar o comprimento da haste-
guia, indicando se a mesma é sólida ou oca. Para martelos automáticos, anotar o sistema de levantamento, altura
de queda e a frequência de golpes. Observar as condições de funcionamento do martelo, tais como oxidação,
verticalidade, ou deficiência na lubrificação. Registrar as dimensões da composição de hastes de perfuração,
incluindo diâmetros internos e externos, comprimentos de cada haste individual e o tipo de luva utilizado. Não é
permitida a combinação de hastes com seções transversais variadas (por exemplo, AW com NW).
B-6.3 Como parte da energia é consumida pela rotação e atrito das roldanas, é importante observar as suas
condições de funcionamento. Como a falta de verticalidade pode afetar o sistema de queda do martelo, a
composição de hastes deve ser alinhada o mais verticalmente possível.
B-6.4 Registar informações do ensaio, incluindo o nome do projeto, o nome e a localização da sondagem, os
nomes dos operadores, as elevações de referência, a profundidade do amostrador, e qualquer outra informação
descritiva considerada útil. Registrar quaisquer condições ou requisitos incomuns que possam afetar os resultados
do teste.
B-6.5 Registrar as características da haste instrumentada e das hastes de perfuração, incluindo diâmetros, massa
por comprimento linear , áreas das seções transversais, distância entre os transdutores e a extremidade inferior
do amostrador.
B-6.7 Instalar a haste instrumentada no topo da composição de hastes de perfuração. Todas as hastes da
composição, incluindo a haste instrumentada, devem ser de aço, possuir o mesmo diâmetro e mesma área
nominal. As luvas devem estar devidamente apertadas.
B-6.8 Conectar os cabos ao sistema de aquisição de dados. Com o programa utilizado para a aquisição dos dados,
verificar se todos os sensores estão respondendo e funcionando corretamente. Seguir os procedimentos
recomendados pelos fabricantes.
B-6.10 Verificar a qualidade das medições através do exame dos gráficos dos sinais.
B-6.11 Quando as hastes de perfuração e a haste instrumentada têm áreas idênticas, os sinais de força e os sinais
de velocidade multiplicados pela impedância devem ser aproximadamente iguais durante o intervalo de tempo
que vai do instante logo após o primeiro impacto até o instante igual a 2L/c.
B-6.12 Os sinais de velocidade e de força, correspondentes a sucessivos golpes devem ser geralmente similares.
B-6.13 Ao final do evento do golpe, os sinais de velocidade e de forças devem ser aproximadamente nulos.
B-6.14 Se o sinal de força se tornar temporariamente menor que o produto do sinal de velocidade multiplicado
pela impedância das hastes, antes do instante 2L/c, as conexões não estão devidamente apertadas. Conexões
frouxas reduzem a transferência de energia. Caso isso seja observado, os operadores devem ser instruídos para
reapertar todas as luvas.
B-6.15 Se os dados coletados são de boa qualidade, os sinais de aceleração correspondentes a um dos
acelerômetros devem ser similares aos sinais correspondentes ao outro acelerômetro. Este é o melhor método
para se avaliar a qualidade e a confiabilidade dos sinais obtidos.
B-6.16 Realizar medições, com dados de boa qualidade, em pelo menos três profundidades do terreno, utilizando
o equipamento SPT da forma mais rotineiramente possível. Para cada profundidade é recomendável realizar
medições para todos os golpes do martelo e considerar a média das quantidades de energia medidas,
desconsiderando-se os golpes aplicados durante o primeiro intervalo de 15 cm. Registrar o número de golpes (N)
e profundidade de penetração do amostrador para cada profundidade do furo de sondagem.
B-6.17 Calcular a quantidade de energia (EFV) transferida à composição de hastes através da seguinte expressão:
t2
EFV F (t )v(t ) dt
t1
onde t1 é o instante quando se inicia o evento do golpe e t2 o primeiro instante quando as velocidades se
tornam aproximadamente nulas, ou seja, o instante de máxima transmissão de energia para a haste. A
integração deverá ser feita até o final do evento do golpe, ou seja incluindo todos os impactos, tomando
como EFV o valor máximo da energia transferida. Pequenos desvios no tempo entre a força e a velocidade
devem ser eliminados através do deslocamento de um sinal em relação ao outro para levar em conta
pequenos desvios de fase até um máximo de 0,1 milissegundos. Deslocamentos de tempo maiores indicam
deficiências no sistema de medição que devem ser corrigidas. A linha de base dos sinais de aceleração deve
ser determinada de tal modo que as velocidades no final do evento sejam aproximadamente nulas. Com a
energia calculada, determina-se a eficiência () ou Razão de Transferência de Energia (RTE) do equipamento,
através da expressão:
EFV /EP *
B-8 Relatório
B-8.4 Especificações do martelo, das hastes, da cabeça de bater e do amostrador, incluindo dimensões e massas.
Indicar a existência de hastes curtas e as suas posições.
B-8.5 No caso de martelos automáticos, descrever o sistema de queda, frequência real de golpes, altura de queda
e condições de lubrificação. Informar também a frequência de operação recomendada pelo fabricante.
B-8.7 Quaisquer condições incomuns de operação do martelo que possam afetar o seu desempenho, ou
quaisquer alterações nas condições operacionais, por exemplo, verticalidade das hastes, oxidações ou lubrificação
entre ensaios.
B-8.9 Informações sobre as mais recentes calibrações dos transdutores de deformação, células de carga e
acelerômetros.
B-8.10 Para cada conjunto de medições, a profundidade do furo de sondagem, o valor da penetração do
amostrador para cada golpe onde elas são realizadas, a profundidade de penetração do amostrador em relação a
uma elevação de referência, a distância total entre a seção instrumentada e a base do amostrador e a distância
entre a superfície de impacto do martelo e seção instrumentada.
B-8.11 Um registro de todos os resultados de medição de energia para cada conjunto de dados, com a sua média
e desvio padrão.
B-8.12 O gráfico representando a força e velocidade normalizada (v Z) em função do tempo para um golpe típico
de cada conjunto de dados.
Anexo C – (informativo)
Procedimento opcional de execução de sondagens de simples reconhecimento de solos com medida de torque:
SPT-T
Este item prescreve o procedimento opcional de execução de sondagens de simples reconhecimento de solos
com medida de torque: SPT-T , cujas finalidades, para aplicações em Engenharia Civil são:
a) o Torque Máximo (Tmax ), em kgf.m ou N.m, necessário para vencer o atrito lateral amostrador-solo. Essa
medida é obtida durante a rotação ininterrupta do torquímetro.
b) o Torque Residual (Tres), em kgf.m ou N.m, medido após o rompimento do atrito lateral entre solo e
amostrador. Essa medida é obtida durante a rotação ininterrupta do torquímetro, quando o torque
permanecer constante.
NOTA. Os valores de torque apresentados no relatório são sempre referidos a uma penetração total do
amostrador de 45cm. Caso essa penetração seja diferente de 45cm, o valor do torque medido deve ser anotado
para interpretação posterior pelo contratante.
C.1 O Ensaio SPT-T consiste na perfuração e cravação dinâmica de amostrador padrão, a cada metro, resultando
na determinação do tipo de solo, do índice de resistência e nas medidas do torque máximo. Quando formalmente
solicitado pelo contratante, anota-se, também, o torque residual.
C.2 Para a execução desse ensaio, além dos os equipamentos já descritos nos itens 5.1 (método manual) e 6.1
(método mecanizado), devem não colocar requisitos em anexo informativo utilizados:
a) na cabeça de bater (item 5.1.2.8), deve haver um chanfro central em forma hexagonal para acoplar o
adaptador do torquímetro, sem a retirada da cabeça-de-bater;
b) torquímetro eletrônico ou mecânico;
c) adaptador para encaixe do torquímetro;
d) disco-centralizador;
C.4 Procedimento
C.4.1 Antes da cravação do amostrador, deve ser estimada a altura final do conjunto haste-amostrador em
relação ao sondador que efetuará a medida do torque, uma vez que, depois de cravado o amostrador para
determinação do SPT, a cabeça de bater deverá estar na altura do peito do operador para facilitar a rotação com
o do torquímetro na horizontal e a leitura do torque.
C.4.2 A amostragem e SPT devem ser executados segundo os itens 5.2.3 e 6.2.3.
C.4.3 Terminada a operação para obtenção de N, instala-se o adaptador para encaixe do torquímetro, o qual deve
ser girado sem interrupções e sem solavancos para obtenção da leitura do torque máximo, prosseguindo-se com
a rotação até a estabilização da leitura que fornecerá o torque residual (mínimo).