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190 PARTE II – DINÂMICA

Analise as afirmativas a seguir:


Tópico 4 I. Essas órbitas são elípticas, estando o Sol em um dos focos dessas
elipses.
II. Os três astros representados executam movimento uniforme em
1 Adotando o Sol como referencial, aponte a alternativa que con- torno do Sol, cada um com um valor de velocidade diferente do
dos outros.
diz com a 1a Lei de Kepler da Gravitação (Lei das órbitas): III. Dentre os astros representados, quem gasta menos tempo para
a) As órbitas planetárias são quaisquer curvas, desde que fechadas. completar uma volta em torno do Sol é Urano.
b) As órbitas planetárias são espiraladas. Indique:
c) As órbitas planetárias não podem ser circulares. a) se todas as afirmativas são corretas.
d) As órbitas planetárias são elípticas, com o Sol ocupando o centro da b) se todas as afirmativas são incorretas.
elipse. c) se apenas as afirmativas I e II são corretas.
e) As órbitas planetárias são elípticas, com o Sol ocupando um dos d) se apenas as afirmativas II e III são corretas.
focos da elipse. e) se apenas as afirmativas I e III são corretas.

Resolução: Resolução:
As órbitas planetárias podem ser eventualmente circulares. Isso está (I) Correta.
de acordo com a 1a Lei de Kepler, já que a circunferência é uma elipse 1a Lei de Kepler.
de focos coincidentes.
(II) Incorreta.
Resposta: e Os movimentos são variados.

2 Na figura a seguir, está representada a órbita elíptica de um pla- (III) Correta.


neta em torno do Sol: Quanto menor for o raio médio de órbita, menor será o período
P de revolução (3a Lei de Kepler).

Resposta: e
S
4 A 2a Lei de Kepler (Lei das áreas) permite concluir que:
A1 A2
a) as áreas varridas pelo vetor-posição de um planeta em relação ao
R centro do Sol são diretamente proporcionais aos quadrados dos
respectivos intervalos de tempo gastos;
b) a intensidade da velocidade de um planeta ao longo de sua órbita
Q em torno do Sol é máxima no periélio;
c) a intensidade da velocidade de um planeta ao longo de sua órbita
a) Se os arcos de órbita PQ e RS são percorridos em intervalos de tem- em torno do Sol é máxima no afélio;
po iguais, qual a relação entre as áreas A1 e A2? d) o intervalo de tempo gasto pelo planeta em sua translação do afé-
b) Em que lei física você se baseou para responder ao item a? lio para o periélio é maior que o intervalo de tempo gasto por ele na
translação do periélio para o afélio;
Resolução: e) o movimento de translação de um planeta em torno do Sol é uni-
a) Se Δt1 = Δt2 ⇒ A1 = A2 forme, já que sua velocidade areolar é constante.

A1
Logo: =1 Resposta: b
A2
b) 2a Lei de Kepler 5 O astrônomo alemão Johannes Kepler apresentou três generali-
A1 zações a respeito dos movimentos planetários em torno do Sol, conhe-
Respostas: a) =1; b) 2a Lei de Kepler cidas como Leis de Kepler.
A2
Fundamentado nessas leis, analise as proposições a seguir:
(01) O quociente do cubo do raio médio da órbita pelo quadrado do
3 (PUC-MG) A figura abaixo representa o Sol, três astros celestes e período de revolução é constante para qualquer planeta do Siste-
suas respectivas órbitas em torno do Sol: Urano, Netuno e o objeto na ma Solar.
década de 1990, descoberto, de nome 1996 TL66. (02) Quadruplicando-se o raio médio da órbita, o período de revolu-
ção de um planeta em torno do Sol octuplica.
(04) Quanto mais próximo do Sol (menor raio médio de órbita) gravi-
Sol tar um planeta, maior será seu período de revolução.
1996 TL66 (08) No Sistema Solar, o período de revolução dos planetas em torno
do Sol cresce de Mercúrio para Netuno.
(16) Quando a Terra está mais próxima do Sol (região do periélio), a
estação predominante no planeta é o verão.
Urano Dê como resposta a soma dos números associados às proposições
Netuno corretas.
Tópico 4 – Gravitação 191

Resolução: a) Em que ponto da órbita o planeta tem velocidade de translação


(01) Correta. com intensidade máxima? E em que ponto sua velocidade de trans-
R3 lação tem intensidade mínima?
= Kp (3a Lei de Kepler)
T2 b) Segundo Kepler, a linha imaginária que liga o planeta ao centro do
(02) Correta. Sol “varre” áreas iguais em intervalos de tempo iguais. Fundamen-
R32 R31 R2 3 2 tado nessa informação, coloque em ordem crescente os intervalos
2 ⇒ T2 =
2
2 = T1
T2 T1 R1 de tempo necessários para o planeta realizar os seguintes percur-
4R1 2 3 sos: ABC, BCD, CDA e DAB.
T22 = T1 ⇒ T2 = 8 T1
R1
Resolução:
(04) Incorreta. a) A velocidade de translação tem intensidade máxima no ponto A
Quanto menor for o raio médio da órbita, menor será o período (periélio) e intensidade mínima no ponto C (afélio).
de revolução ( 3a Lei de Kepler) b) Quanto menor for a área “varrida” pela linha imaginária que liga o
(08) Correta. planeta ao centro do Sol, menor será o correspondente intervalo de
(16) Incorreta. tempo gasto na “varredura”. Portanto:
As estações do ano estão relacionadas com a inclinação do eixo
da Terra, não com a sua distância em relação ao Sol. ΔtDAB < ΔtABC = ΔtCDA < ΔtBCD

Resposta: 11
Respostas: a) Máxima no ponto A e mínima no ponto C;
6 (Cesgranrio-RJ) Um satélite de telecomunicações está em sua ór-
b) ΔtDAB < ΔtABC = ΔtCDA < ΔtBCD
bita ao redor da Terra com período T. Uma viagem do Ônibus Espacial
fará a instalação de novos equipamentos nesse satélite, o que duplicará 9 E.R. Considere um planeta hipotético gravitando em órbita
sua massa em relação ao valor original. Considerando que permaneça circular em torno do Sol. Admita que o raio da órbita desse plane-
com a mesma órbita, seu novo período T’ será: ta seja o quádruplo do raio da órbita da Terra. Nessas condições,
1 qual o período de translação do citado planeta, expresso em anos
a) T’ = 9T. d) T’ = T. terrestres?
3
1
b) T’ = 3T. e) T’ = T. Resolução:
9
c) T’ = T. Sejam:
Resolução: rT : raio da órbita da Terra (rT = R);
O período de revolução do referido satélite só depende da massa da rH : raio da órbita do planeta hipotético (rH = 4R);
Terra. TT : período de translação da Terra (ano da Terra);
TH : período de translação do planeta hipotético (ano do planeta).
Resposta: c

7 Planeta
Com relação às Leis de Kepler, podemos afirmar que:
hipotético
a) não se aplicam ao estudo da gravitação da Lua em torno da Terra;
b) só se aplicam ao Sistema Solar a que pertencemos;
c) aplicam-se à gravitação de quaisquer corpos em torno de uma Terra
grande massa central; R
d) contrariam a Mecânica de Newton;
e) não preveem a possibilidade da existência de órbitas circulares.

Resposta: c 4R

8 (Unicamp-SP) A figura a seguir representa a órbita descrita por


um planeta em torno do Sol. O sentido de percurso está indicado pela
seta. Os pontos A e C são colineares com o Sol, o mesmo ocorrendo
com os pontos B e D. O ponto A indica o local de maior aproximação do
Aplicando a 3a Lei de Kepler (Lei dos períodos) para os dois planetas,
planeta em relação ao Sol e o ponto C, o local de maior afastamento.
D temos:
r3
= Kp (constante de Kepler)
T2
Assim:
r3H
• para o planeta hipotético: 2 = Kp (I)
A C TH
r3T
• para a Terra: 2 = Kp (II)
B Sol TT
Comparando (I) e (II), segue que:
r3H r3T rH 3
= 2 ⇒ T2H = T2
Planeta 2
TH TT rT T
192 PARTE II – DINÂMICA

Como estabelecemos que rH = 4R e rT = R, temos: 13 (UFRGS-RS) Um planeta descreve trajetória elíptica em torno de
4R 3 2 uma estrela que ocupa um dos focos da elipse, conforme indica a figu-
T2H = TT ⇒ T2H = 64T 2T
R ra abaixo. Os pontos A e C estão situados sobre o eixo maior da elipse
e os pontos B e D, sobre o eixo menor.
TH = 8TT B
Logo:
Planeta
O ano do planeta hipotético é oito vezes o terrestre.
C A
Estrela
10 Dois satélites de um planeta têm períodos de revolução iguais
a 32 dias e 256 dias, respectivamente. Se o raio da órbita do primeiro
D
satélite vale 5 unidades, qual o raio da órbita do segundo?
Se tAB e tBC forem os intervalos de tempo para o planeta percorrer os res-
Resolução: pectivos arcos de elipse, e se FA e FB forem, respectivamente, as forças
R32 R31 T 2 resultantes sobre o planeta nos pontos A e B, pode-se afirmar que:
= ⇒ R32 = 2 R31
T22 T21 T1 a) tAB < tBC e que FA e FB apontam para o centro da estrela.
2
b) tAB < tBC e que FA e FB apontam para o centro da elipse.
R32 = 256 (5)3 ⇒ R32 = 64 (5)3
32
c) tAB = tBC e que FA e FB apontam para o centro da estrela.
Donde: R2 = 20 unidades d) tAB = tBC e que FA e FB apontam para o centro da elipse.
e) tAB > tBC e que FA e FB apontam para o centro da estrela.
Resposta: 20 unidades
Resolução:
(I) De A (periélio) para C (afélio), o movimento do planeta é retarda-
11 Em torno de um planeta fictício gravitam, em órbitas circulares
do; logo:
e coplanares, dois satélites naturais: Taurus e Centaurus. Sabendo que
o período de revolução de Taurus é 27 vezes o de Centaurus e que o tAB < tBC
raio da órbita de Centaurus vale R, determine: Mm
a) o raio da órbita de Taurus; (II) F = G ( Lei de Newton)
d2
b) o intervalo de valores possíveis para a distância que separa os dois FA e FB apontam para o centro da estrela e, como dA < dB, decorre
satélites durante seus movimentos em torno do planeta. que FA > FB.
Resolução: Resposta: a
T 2 27 TC 2
a) R3T = T R ⇒ R =
3 3
TC R 3
TC C T
14 Duas partículas de massas respectivamente iguais a M e m estão
RT = 9 R no vácuo, separadas por uma distância d. A respeito das forças de inte-
ração gravitacional entre as partículas, podemos afirmar que:
b) d = 9 R + R ⇒ d = 10 R
máx máx a) têm intensidade inversamente proporcional a d;
⇒ 8 R  d  10 R b) têm intensidade diretamente proporcional ao produto M m;
dmín = 9 R – R ⇒ dmín = 8 R
c) não constituem entre si um par ação-reação;
Respostas: a) 9 R; b) 8 R  d  10 R d) podem ser atrativas ou repulsivas;
e) teriam intensidade maior se o meio fosse o ar.

12 Admita que o período de revolução da Lua em torno da Terra Resolução:


seja de 27 dias e que o raio da sua órbita valha 60 R, sendo R o raio Lei de Newton:
da Terra. Considere um satélite geoestacionário, desses utilizados em Mm
F=G 2
telecomunicações. Em relação ao referido satélite, responda: d
a) Qual o período de revolução? b) Qual o raio de órbita? F é diretamente proporcional ao produto Mm e inversamente propor-
cional ao quadrado de d.
Resolução:
a) Os satélites geoestacionários têm órbitas contidas no plano equa- Resposta: b
torial da Terra e seu período de revolução é igual ao período de
rotação da Terra, isto é, 24 h. 15 (Unifor-CE) A força de atração gravitacional entre dois corpos de
T 2 1 2
b) R3S = S R3L ⇒ R3S = 27 (60 · R)3 massas M e m, separados de uma distância d, tem intensidade F. En-
TL
tão, a força de atração gravitacional entre dois outros corpos de massas
RS ⯝ 6,7 R M m, d
e separados de uma distância , terá intensidade:
2 2 2
F F
Respostas: a) 24 h; b) RS ⯝ 6,7 R a) . b) . c) F. d) 2F. e) 4F.
4 2
Tópico 4 – Gravitação 193

Resolução: Sabendo que as massas de A, B e C valem, respectivamente, 5M, 2M


Mm e M, determine a relação entre as intensidades das forças gravitacio-
1o caso: F = G 2
d nais que B recebe de A e de C.
M M
·
2 2 Resolução:
o 2
2 caso: F’ = G (I) FAB = G 5 M · 22 M ⇒ FAB = 5 G M2
d 2 (2d) 2 d
2 2
4 Mm (II) FCB = G 2 M · m ⇒ FCB = 1 G M2
F’ = G 2 ⇒ F’ = F (4d) 2
8 d
4 d 5
F 2
Resposta: c (III) FAB =
CB 1
8
16 E.R. Considere uma estrela A e dois planetas B e C alinhados
FAB
em determinado instante, conforme indica a figura. A massa de A Donde: = 20
FCB
vale 200 M e as massas de B e C, M e 2M, respectivamente.
A
C Resposta: 20
B

18 Na situação esquematizada na figura, os corpos P e P estão fixos


1 2
5x x nas posições indicadas e suas massas valem 8M e 2M, respectivamente.
P1 P2
Sendo dada a distância x e a Constante da Gravitação (G), calcule, no A B C D E
instante da figura, a intensidade da força resultante das ações gravi-
tacionais de A e C sobre B. x x x x x x

Resolução: Deve-se fixar no segmento que une P1 a P2 um terceiro corpo P3, de


O planeta B é atraído gravitacionalmente pela estrela A e pelo plane- massa M, de modo que a força resultante das ações gravitacionais dos
ta C, recebendo, respectivamente, as forças FAB e FCB , representadas dois primeiros sobre este último seja nula. Em que posição deve-se
no esquema abaixo: fixar P3?
A a) A. b) B. c) C. d) D. e) E.
C
FAB B FCB
Resolução:
Sendo d a distância entre as posições d e P1 e P3, tem-se:
F1,3 = F2,3
5x x
G 8 M 2· M = G 2 M · M2
As intensidades de FAB e de FCB ficam determinadas pela Lei de d ( 6x – d)
2
Newton da Atração das Massas. d =4⇒ d =2
6x – d 6x – d
200M · M M2
FAB = G 2
⇒ FAB = 8G 2 d = 12x – 2d ⇒ 3d = 12x
(5x) x
2M · M M2 d=4x ( ponto D)
FCB = G ⇒ FCB = 2G 2
x2 x
A intensidade (F) da força resultante das ações gravitacionais de A e Resposta: d
C sobre B é calculada por:
M2 M2 19 E.R. Um satélite de massa m descreve uma órbita circular de
F = FAB – FCB ⇒ F = 8G 2 – 2G 2
Donde: x x raio R em torno de um planeta de massa M. Sendo G a Constante da
2 Gravitação, responda:
M
F = 6G a) Qual a velocidade angular ω do satélite?
x2 b) O valor de ω depende de m?
Nota:
• A força resultante calculada é dirigida para a estrela A. Resolução:
a)
17 Em determinado instante, três corpos celestes A, B e C têm seus
R
centros de massa alinhados e distanciados, conforme mostra o esque-
ma abaixo: m
A ω F
B C M

2d 4d
194 PARTE II – DINÂMICA

A força gravitacional F desempenha a função de resultante centrí- Resolução:


peta no movimento circular e uniforme do satélite. Lei de Newton:
F = Fcp M M
Mm F=G 12 2
Sendo F = G 2 e Fcp = m ω2 R, vem: d 200 · 103 · 200 · 103
R F = 6,7 · 10–11 (N)
Mm GM
G 2 = M ω2 R ⇒ 3 = ω2 (1,0 · 103)2
R R
Donde: F ⯝ 2,7 · 10–6 N
Donde: ω= GM Ordem de grandeza (potência de 10 mais proxima do resultado): 10–6
R3

b) O valor de ω independe de m. Resposta: b


Nota:
• Satélites diferentes percorrendo uma mesma órbita circular não coli- 23 “Nasa quer construir base espacial próxima à Lua
dem entre si, já que suas velocidades angulares são iguais.
Embora a construção da Estação Espacial Internacional (EEI) ainda
esteja longe de acabar, a NASA está fazendo de tudo para deixar claro
20 (UEL-PR) O planeta Vênus descreve uma trajetória pratica- que seu programa espacial tripulado não para por aí. Durante o Con-
mente circular de raio 1,0 · 1011 m ao redor do Sol. Sendo a massa gresso Espacial Mundial, que começou na última quinta-feira e vai até
de Vênus igual a 5,0 · 1024 kg e seu período de translação 224,7 dias sábado, em Houston, EUA, a agência espacial norte-americana apre-
(2,0 · 107 segundos), pode-se afirmar que a força exercida pelo Sol so- sentou o próximo item em sua lista de prioridades aeronáuticas: uma
bre Vênus é, em newtons, aproximadamente: nova base no espaço. (...)
a) 5,0 · 1022. b) 5,0 · 1020. c) 2,5 · 1015. d) 5,0 · 1013. e) 2,5 · 1011.
A base, apelidada de L1 Gateway, ficaria mais de 800 vezes mais
Resolução: distante da Terra que a EEI. Sua localização seria no primeiro dos cinco
F = Fcp ⇒ F = Mω2 R pontos de Lagrange do sistema Terra-Lua (daí o “L1” do nome). O ponto
de Lagrange, nesse caso, é um local do espaço em que as gravidades
F=m 2 R
2
da Terra e da Lua se compensam, fazendo com que um objeto ali co-
T
locado fique mais ou menos no mesmo lugar (com relação à Terra e à
Sendo m = 5,0 · 1024 kg, T = 2,0 · 107s, R = 1,0 · 1011 e adotando-se Lua) o tempo todo. (...)”
 ⯝ 3,1, obtém-se: (Folha de S.Paulo, 15/10/02)
F = 5,0 · 1024 2 · 3,1 7 1,0 · 1011 (N) Considere que a massa da Terra seja cerca de 81 vezes a massa da Lua.
2,0 · 10
Sendo D a distância entre os centros de massa desses dois corpos ce-
Donde: F= 4,8 · 1022 N lestes, a distância d entre o local designado para a base L1 Gateway e o
centro da Terra deve corresponder a que porcentagem de D?
Resposta: a
Resolução:
Terra (81M)
21 (Fuvest-SP) Um satélite artificial move-se em órbita circular ao
L1 Gateway (m)
redor da Terra, ficando permanentemente sobre a cidade de Macapá. Lua (M)
a) Qual o período de revolução do satélite em torno da Terra? FT FL
b) Por que o satélite não cai sobre a cidade?
d
Resolução:
a) Trata-se de um satélite estacionário, por isso, seu período de trans-
lação é igual ao período de rotação da Terra:
T = 24 h D
b) Pelo fato de o satélite estar em movimento ao longo da órbita.
Nesse caso, a força gravitacional aplicada pela Terra sobre ele de- No ponto de equilíbrio gravitacional: FL = FT
sempenha a função de resultante centrípeta, servindo apenas para 2

alterar a direção da velocidade vetorial. G M m 2 = G 81 M2 m ⇒ d = 81


(D – d) d D–d
d = 9 ⇒ d = 9 D – 9 d ⇒ 10 d = 9 D
Respostas: a) 24 h; b) Pelo fato de o satélite estar em movimento ao D–d
longo da órbita. Nesse caso, a força de atração gravitacional da Terra
sobre ele desempenha a função de resultante centrípeta, servindo d = 0,90 D ⇒ d = 90% D
apenas para alterar a direção da velocidade vetorial.
Resposta: 90% D
22 Sabemos que a Constante da Gravitação vale, aproximada-
mente, 6,7 · 10–11 N · m2/kg2. Nessas condições, qual é a ordem de 24 E.R. Considere um satélite estacionário de massa
grandeza, em newtons, da força de atração gravitacional entre dois m = 3,5 · 102 kg descrevendo uma órbita circular de centro coinci-
navios de 200 toneladas de massa cada um, separados por uma dis- dente com o centro da Terra, admitida esférica, com raio R = 6,4 · 106 m.
tância de 1,0 km? Supondo conhecidas a massa do planeta (M = 6,0 · 1024 kg) e a Cons-
a) 10–11. b) 10–6. c) 10–1. d) 105. e) 1010. tante da Gravitação (G = 6,7 · 10–11 N m2/kg2), calcule:
Tópico 4 – Gravitação 195

a) a que altura em relação ao solo terrestre, em km, encontra-se o 2 · 3,14 · (6,4 · 106 + 0,27 · 106)
T= (s)
satélite; 7,8 · 103
b) a intensidade da sua velocidade de translação ao longo da órbita
em km/s. T ⯝ 5,4 · 103 s ⯝ 89 min 33s

Resolução: Respostas: a) 7,8 km/s; b) 89 min 33s


a) A força de atração gravitacional exercida pela Terra sobre o satéli-
te desempenha a função de resultante centrípeta no movimen-
26 Considere o raio médio da órbita de Plutão (planeta-anão) cem
to circular e uniforme descrito por ele.
F = Fcp vezes maior que o raio médio da órbita de Mercúrio e 40 vezes maior
Mm que o raio médio da órbita da Terra. Sabendo que a duração aproxima-
G 2 = m ω2 d da do ano de Mercúrio é de três meses terrestres e que a velocidade
2π d
Sendo ω = , vem: orbital da Terra tem intensidade igual a 30 km/s, determine:
T a) a duração do ano de Plutão expressa em anos terrestres;
G M 2π 2 4π2 3
= d ⇒ G M = d b) a intensidade da velocidade orbital de Plutão.
d2 T T2
Donde: Resolução:
2
d=3 GMT R3 R3 R 3

4π2 a) 2P = 2M ⇒ T2P = P T2M


TP TM RM
Sabendo que G = 6,7 · 10–11 N m2/kg2, M = 6,0 · 1024 kg e T = 24 h = 100 RM 3
1
2

= 86 400 s, calculemos d, que é o raio da órbita do satélite: T2P = ⇒ TP = 250 anos


RM 4
–11 24 4 2 2
d = 3 6,7 · 10 · 6,0 · 10 · (8,64 · 10 ) (m) b) F = Fcp ⇒ G M 2m = m v ⇒ v = G M
4π2 R R R
d ⯝ 42,3 · 106 m vP R v R
= G M T
⇒ P= T

A altura h do satélite em relação ao solo terrestre fica, então, de- vT RP G M 30 40 RT


terminada por:
h = d – R ⇒ h = 42,3 · 106 – 6,4 · 106 vP ⯝ 4,7 km/s

h = 35,9 · 106 m ⇒ h ⯝ 36 · 103 km Respostas: a) 250 anos; b) ⯝ 4,7 km/s

b) Chamando de v a intensidade da velocidade de translação do sa-


télite ao longo da órbita, temos: 27 (UFRJ) A tabela abaixo ilustra uma das leis do movimento dos
2π d 2π · 42,3 · 103 planetas: a razão entre o cubo da distância média D de um planeta
v= ⇒ v= (km/s) ao Sol e o quadrado do seu período de revolução T em torno do Sol é
T 86 400
constante (3a Lei de Kepler). O período é medido em anos e a distância
v ⯝ 3,1 km/s em unidades astronômicas (UA). A unidade astronômica é igual à dis-
Nota: tância média entre o Sol e a Terra. Suponha que o Sol esteja no centro
• Tanto h como v independem da massa m do satélite. comum das órbitas circulares dos planetas.

25 Pretende-se colocar um satélite em órbita circular em torno da Ter- Planeta Mercúrio Vênus Terra Marte Júpiter Saturno
ra, a uma altitude de 270 km acima da superfície terrestre. Sendo conheci- T2 0,058 0,378 1,00 3,5 141 868
das a Constante da Gravitação (G = 6,7 · 10–11 N m2/kg2), a massa da Terra
D3 0,058 0,378 1,00 3,5 141 868
(M = 6,0 · 1024 kg) e o raio do planeta (R = 6,4 · 106 m), determine:
a) a intensidade da velocidade linear que o satélite manterá ao longo da Um astrônomo amador supõe ter descoberto um novo planeta no Sis-
órbita; tema Solar e o batiza como planeta X. O período estimado do planeta
b) o período de revolução do satélite. X é de 125 anos. Calcule:
a) a distância do planeta X ao Sol em UA;
Resolução: 2 b) a razão entre o módulo da velocidade orbital do planeta X e o mó-
a) Fcp = F ⇒ m v = G M 2m dulo da velocidade orbital da Terra.
d d
v= G M ⇒ v= G M
d R+h Resolução:
D3 D3 T 2
Sendo G = 6,7 · 10 N m2/kg2, M = 6,0 · 1024 kg, R = 6,4 · 106 m e a) 2x = 2T ⇒ D3x = x
–11
D3T
h = 270 · 103 m, obtém-se: Tx TT TT
2

v= 6,7 · 10–11 · 6,0 · 1024 (m/s) D3x = 125 13


1
6,4 · 106 + 0,27 · 106
v ⯝ 7,8 · 103 m/s = 7,8 km/s Dx = 25 UA

2 π (R + h)
b) v = 2 π d ⇒ T =
2
b) Fcp = F ⇒ m v = G · M 2m
T v D D
196 PARTE II – DINÂMICA

Considere as proposições apresentadas a seguir:


v= G M
D (01) Num planeta em que a aceleração da gravidade for menor que a
G M da Terra, o gato Garfield apresentará um peso menor.
vx Dx DT (02) Num planeta em que a aceleração da gravidade for menor que a
= =
vT G M Dx da Terra, o gato Garfield apresentará uma massa menor.
DT (04) Num planeta de massa maior que a da Terra, o gato Garfield apre-
vx vx 1 sentará um peso maior.
= 1 ⇒ = (08) Num planeta de raio maior que o da Terra, o gato Garfield apre-
vT 25 vT 5
sentará um peso menor.
(16) Num planeta de massa duas vezes maior que a da Terra e de raio
Respostas: a) 25 UA; b) 1
5 duas vezes maior que o terrestre, o gato Garfield apresentará um
peso equivalente à metade do apresentado na Terra.
28 (Fuvest-SP) Um anel de Saturno é constituído por partículas gi- (32) O peso do gato Garfield será o mesmo, independentemente do
planeta para onde ele vá.
rando em torno do planeta em órbitas circulares.
Dê como resposta a soma dos números associados às proposições
a) Em função da massa M do planeta, da Constante da Gravitação Uni-
corretas.
versal G e do raio de órbita r, calcule a intensidade da velocidade
orbital de uma partícula do anel.
Resolução:
b) Sejam Ri o raio interno e Re o raio externo do anel. Qual a razão entre
(01) Correta.
as velocidades angulares ωi e ωe de duas partículas, uma da borda
O peso tem intensidade diretamente proporcional ao módulo da
interna e outra da borda externa do anel?
aceleração da gravidade.
P=mg
Resolução:
(02) Incorreta.
m v2 ⇒
a) F = Fcp ⇒ G M 2m = r v= G M A massa de um corpo não se altera quando ele muda de planeta.
r r (04) Incorreta.
O módulo da aceleração da gravidade de um planeta depende da
vi Re ω R R
b) = G M ⇒ i i = e sua massa e do seu raio.
ve Ri G M ωe Re Ri
g0 = G M2
R
ωi R3e ωi Re 3
(08) Incorreta.

2
= =
ωe ωe Ri (16) Correta.
R3i G 2 M2
P = mg = (2R)
ω R 3
P0 mg0
Respostas: a) v = G M ; b) i = e 2
G M2
r ωe Ri R
P0
Donde: P= 2
29 Leia com atenção os quadrinhos abaixo:

(32) Incorreta.
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Resposta: 17

30 E.R. Sabe-se que a massa da Terra é cerca de 81 vezes a massa


da Lua e que o raio da Terra é aproximadamente 3,7 vezes o da Lua.
Desprezando os efeitos ligados à rotação, calcule o módulo da acele-
ração da gravidade na superfície da Lua (gL) em função do módulo da
aceleração da gravidade na superfície da Terra (gT).

Resolução:
Podemos calcular gL por: ML
gL = G (I)
R2L
Podemos calcular gT por:
MT
gT = G (II)
R2T
Dividindo as equações (I) e (II), vem:
ML
G
gL R2L gL ML RT 2
= ⇒ =
gT MT gT MT RL
G
R2T
Tópico 4 – Gravitação 197

Sendo MT = 81ML e RT = 3,7RL, vem: 4 4


gM = 10 gT = 10 · 10 (m/s2)
gL 1
= (3,7)2 ⇒ gL ⯝ 1 gT gM = 4,0 m/s2
gT 81 6
PM = m gM ⇒ PM = 2,0 · 102 · 4,0 (N)
Na superfície lunar, o módulo da aceleração da gravidade
PM = 8,0 · 102 N
é aproximadamente um sexto daquele determinado na
superfície terrestre.
Respostas: a) 2,0 · 102 kg; b) 8,0 · 102 N

31 Em um planeta X, onde a aceleração da gravidade tem inten- 34 E.R. Admita que, na superfície terrestre, desprezados os efei-
sidade 4,0 m/s2, uma pessoa pesa 240 N. Adotando para a aceleração tos ligados à rotação do planeta, a aceleração da gravidade tenha
da gravidade terrestre o valor 10 m/s2, responda: qual a massa e qual o intensidade g0. Sendo R o raio da Terra, a que altitude a aceleração da
peso da pessoa na Terra? g
gravidade terá intensidade 0 ?
16
Resolução:
Em X: Px = m gx Resolução:
B
240 = m 4,0 ⇒ m = 60 kg
Na Terra: PT = m gT
PT = 60 · 10 (N) h

PT = 600 N
A
Respostas: 60 kg e 600 N
R
32 Um planeta hipotético tem massa um décimo da terrestre e M

raio um quarto do da Terra. Se a aceleração da gravidade nas proxi-


midades da superfície terrestre vale 10 m/s2, a aceleração da gravi-
dade nas proximidades da superfície do planeta hipotético é de: No ponto A: g0 = G M2 (I)
a) 20 m/s2; d) 6,0 m/s2; R
g
2
b) 16 m/s ; e) 4,0 m/s2. No ponto B: 0 = G M 2 (II)
2
c) 10 m/s ; 16 (R + h)
(I) em (I): 1 G M2 = G M 2
Resolução: 16 R (R + h)
MT 2
MP R + h = 16 ⇒ R + h = 4R
10 R
gP = G R2 = G RT 2
P
h=3R
4
16 MT
gP = 10 G R2 = 1,6 gT
T 35 (Ufal) Para que a aceleração da gravidade num ponto tenha in-
gP = 1,6 · 10 (m/s2) ⇒ gP = 16 m/s2 tensidade de 1,1 m/s2 (nove vezes menor que na superfície da Terra), a
distância desse ponto à superfície terrestre deve ser:
Resposta: b a) igual ao raio terrestre. d) o sêxtuplo do raio terrestre.
b) o dobro do raio terrestre. e) nove vezes o raio terrestre.
33 Na Terra, onde a aceleração da gravidade vale 10 m/s2, um as- c) o triplo do raio terrestre.
tronauta vestido com seu traje espacial pesa 2,0 · 103 N. Sabendo que
Resolução:
o diâmetro de Marte é a metade do da Terra e que a massa de Marte é M
um décimo da terrestre, determine: Na superfície: g0 = G 2 (I)
R
a) a massa do conjunto astronauta-traje em Marte; No ponto considerado:
b) o peso do conjunto astronauta-traje em Marte. g0 M M
=G ⇒ g0 = g (II)
g (R + h)2 (R + h)2
Resolução:
a) Na Terra: PT = m gT Comparando-se (I) e (II), vem:
M R+h 2
2,0 · 103 = m 10 ⇒ m = 2,0 · 102 kg G M2 = g 2 ⇒ =g
R (R + h) R
MT
G 4 MT R + h = 3R ⇒ h = 2 R
b) (I) Em Marte: gM = 10 = 10 G R2
RT 2 T
Resposta: b
2
198 PARTE II – DINÂMICA

36 Admita que, na superfície terrestre, desprezados os efeitos liga- 39 E.R. Um planeta perfeitamente esférico A tem raio R e densi-
A
dos à rotação do planeta, a aceleração da gravidade tenha intensidade dade absoluta μA, enquanto outro planeta B, também perfeitamente
10 m/s2. Sendo o raio da Terra aproximadamente igual a 6 400 km, a esférico, tem raio 5RA e densidade absoluta 2μA. Sendo gA o módu-
que altitude a aceleração da gravidade terá intensidade 0,40 m/s2? lo da aceleração da gravidade na superfície de A e gB o módulo da
aceleração da gravidade na superfície de B, calcule a relação gB/gA.
Resolução: Despreze os efeitos ligados às rotações de A e de B.
M
Na superfície: g0 = G 2 (I) Resolução:
R
No ponto considerado: Considere um planeta esférico genérico de massa M, raio R, volume
M V e densidade absoluta μ.
g =G (II)
(R + h)2
Dividindo-se (II) por (I), vem:
G M R
g (R + h)2 R 2
Massa M; volume V.
= =
g0 M R+h
G 2
R
0,40 R 2
=
10 R+h A densidade absoluta do planeta pode ser expressa por:
0,20 =
R
⇒R+h=5R μ= M
R+h V
h = 4 R = 4 · 6 400 (km) Sendo V = 4 π R3 (volume da esfera), vem:
3
h = 25 600 km μ= M ⇒ M = 4 π μ R3 (I)
4 π R3 3
Resposta: 25 600 km 3
O módulo da aceleração da gravidade na superfície do planeta é cal-
37 (Vunesp-SP) Um astronauta flutua no interior de uma nave em culado por:
órbita em torno da Terra. Isso ocorre porque naquela altura: g = G M2 (II)
R
a) não há gravidade. Substituindo (I) em (II), obtemos:
b) a nave exerce uma blindagem à ação gravitacional da Terra. 4 π μ R3
c) existe vácuo. g=G 3 2 ⇒ g= 4 πGμR
R 3
d) o astronauta e a nave têm aceleração igual à da gravidade, isto é,
estão numa espécie de “queda livre”. Para o planeta B, temos:
e) o campo magnético terrestre equilibra a ação gravitacional. gB = 4 π G 2μA 5RA (III)
3
Para o planeta A, temos:
Resposta: d gA = 4 π G μA RA (IV)
3
Dividindo (III) por (IV), obtemos:
38 (UCDB-MT) Em julho de 1997, a sonda norte-americana Mars
4
Pathfinder chegou a Marte para uma nova exploração das condições do gB 3 π G 2μA 5RA gB
planeta. Nessa ocasião, os jornais publicaram comparações entre a Terra = ⇒ gA
= 10
gA 4π Gμ R
e Marte. Numa matéria publicada no jornal Folha de S.Paulo, verifica-se 3 A A
que o raio de Marte é 53% do raio da Terra e a massa de Marte é 11% da
massa da Terra. Partindo desses dados e considerando que a aceleração
da gravidade na Terra é 10 m/s2, podemos concluir que a aceleração da 40 A aceleração da gravidade na superfície de um planeta hipo-
gravidade na superfície de Marte, em m/s2, é um valor mais próximo de: tético, suposto esférico, vale 16 m/s2. Se o volume do planeta for
a) 2,0. b) 3,0. c) 4,0 d) 5,0. e) 6,0. multiplicado por oito, mantida a mesma massa, qual será a nova
aceleração da gravidade na sua superfície? Despreze os efeitos liga-
Resolução: dos à rotação.
M
Em Marte: gM = G 2M
RM Resolução:
MT
Na Terra: gT = G 2 (I) V = 4 π R3
RT 3
3 3
gM MM RT 2 V’ R’ 8 V R’
V = R ⇒ V = R ⇒ R’ = 2 R
gT = MT RM
gM 0,11 MT RT 2 (II) g = G M2
R
10 = MT 0,53 RT
2 2
g’ g’ R
gM ⯝ 3,91 m/s2 (III) g = R ⇒ 16 = 2 R ⇒ g’ = 4,0 m/s2
R’

Resposta: c Resposta: 4,0 m/s2


Tópico 4 – Gravitação 199

41 Dois planetas esféricos P e P têm raios respectivamente iguais Resolução:


1 2
a R e 5R. Desprezados os efeitos ligados às rotações, verifica-se que a a) Desprezando-se os efeitos de rotação, temos:
intensidade da aceleração da gravidade na superfície de P1 é g0 e na P = F ⇒ mg = GMm
superfície de P2 é 10 g0. Qual a relação entre as densidades absolutas R2
de P1 e P2? M
Donde: g = G 2
R
Resolução: MP
M Em Plutão: gP = G (I)
µ= M = 4 R2P
V π R3 MT
3 Na Terra: gT = G 2 (II)
M = 4 π µ R3 (I) RT
3
Dividindo (I) e (II) membro a membro:
g = G M2 (II) M
R G 2P
gP RP gP MP RT 2 gP MP 5RP 2
Substituindo (I) em (II), temos: = ⇒ = ⇒ 10 = 500 M
4 π µ R3 gT MT gT MT RP P
RP
G 2
g=G 3 RT
R2
Donde: gP = 0,5 m/s2
Donde: g= 4 π µ R Em Plutão: PP = mgp (III)
3
Na Terra: PT = mgT (IV)
Planeta P1:
Dividindo-se (III) e (IV) membro a membro:
g0 = 4 π G µ1 R (III)
3 PP mgP PP gP PP 0,5
Planeta P2: PT = mgT ⇒ PT = gT ⇒ 40 = 10

10 g0 = 4 π G µ2 5 R (IV) Donde: PP = 2,0 N


3
Dividindo-se (III) por (IV), vem: b) Movimento uniformemente variado:
4 π G µ R V2 = V02 + 2α Δs
g0 3 1
= 4 Na subida: 0 = V02 + 2 (–g) H
10 g0 π G µ2 5 R
3 V02
H=
µ1 1 2g
Da qual: =
µ2 2 V02
Em Plutão: HP = (V)
2gp
Resposta: 1 V02
2 Na Terra: HT = (VI)
2gT
42 E.R. (Fuvest-SP) Recentemente Plutão foi “rebaixado”, per- Dividindo-se (V) e (VI) membro a membro:
dendo sua classificação como planeta. Para avaliar os efeitos da gra- V02
vidade em Plutão, considere suas características físicas, comparadas HP 2gP HP g T HP 10
com as da Terra, que estão apresentadas, com valores aproximados, = ⇒ = ⇒ = ⇒ HP = 30 m
HT V02 HT g p 1,5 0,5
no quadro a seguir.
2gT
Massa da Terra (MT) = 500 × Massa de Plutão (MP)
Raio da Terra (RT) = 5 × Raio de Plutão (RP) 43 (IME-RJ) Um astronauta com seu traje espacial e completamente
equipado pode dar pulos verticais e atingir, na Terra, alturas máximas
Note e adote: de 0,50 m. Determine as alturas máximas que esse mesmo astronau-
F = GMm ta poderá atingir pulando num outro planeta de diâmetro igual a um
R2 quarto do da Terra e massa específica equivalente a dois terços da ter-
Peso = mg
Intensidade da aceleração da gravidade na Terra: gT = 10 m/s2 restre. Admita que nos dois planetas o astronauta imprima aos saltos a
mesma velocidade inicial.
a) Determine o peso, na superfície de Plutão (PP), de uma massa que
na superfície da Terra pesa 40 N (PT = 40 N). Resolução:
b) Estime a altura máxima H, em metros, que uma bola, lançada ver- (I) g = 4 π G µ R
ticalmente com velocidade V, atingiria em Plutão. Na Terra, essa 3
2 µ 1 R
mesma bola, lançada com a mesma velocidade, atinge uma altura gP µP RP gP
= 3 gP = 1 g T
T 4 T
= ⇒ ⇒
hT = 1,5 m. gT µT RT gT µT RT 6
200 PARTE II – DINÂMICA

(II) MUV: v2 = v20 + 2 · a · Δs (II) g2 = gT ⇒ g2 = 10 m/s2


v2
0 = v + 2 (–g) H ⇒ H = 0
2
0 2 g
Resposta: e
HP v2 2 g HP 6 gP
= 0 · 2T ⇒ = ⇒ HP = 3,0 m
H T 2 gP v 0,50 gP
0 46 E.R. Admita que a aceleração da gravidade nos polos da Terra
Resposta: 3,0 m tenha intensidade 10 m/s2 e que o raio terrestre valha 6,4 · 106 m. Cha-
memos de ω0 a velocidade angular de rotação do planeta nas circuns-
tâncias atuais. Se a velocidade angular de rotação da Terra começasse
44 Um meteorito adentra o campo gravitacional terrestre e, sob a crescer a partir de ω0, estabelecer-se-ia um valor ω para o qual os
sua ação exclusiva, passa a se mover de encontro à Terra, em cuja su- corpos situados na linha do Equador apresentariam peso nulo.
perfície a aceleração da gravidade tem módulo 10 m/s2. Calcule o mó- a) Qual o valor de ω? Responda em função de ω0.
dulo da aceleração do meteorito quando ele estiver a uma altitude de b) Qual seria a duração do dia terrestre caso a velocidade angular de
nove raios terrestres. rotação do planeta fosse igual a ω?

Resolução: Resolução:
a=g ⇒ a=G M a) O período atual de rotação da Terra é T0 = 24 h = 86 400 s.
(R + h)2 Logo:
a=G M ⇒ a = 1 G M2
(R + 9 R)2 100 R ω0 = 2π ⇒ ω0 = 2π (rad/s)
T0 86 400
a = 1 g0 ⇒ a = 10 (m/s2) ⇒ a = 0,10 m/s2
100 100
ω0 = π (rad/s) (I)
2
43 200
Resposta: 0,10 m/s
A intensidade (aparente) da aceleração da gravidade na linha do
Equador é ge, dada por:
45 (Fuvest-SP) O gráfico da figura a seguir representa a aceleração
da gravidade g da Terra em função da distância d ao seu centro. ge = G M2 – ω2 R ou ge = g 0 – ω 2 R
R
g (m/s2) No caso em que ge anula-se, vem:
18 g0
16
14
0 = g0 – ω2 R ⇒ ω =
R
12
10 Sendo g0 = 10 m/s2 e R = 6,4 · 106 m, calculemos ω.
8
6
4
2 ω= 10 (rad/s) ⇒ ω = 1 (rad/s) (II)
6
6,4 · 106 800
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 d (10 m)

Considere uma situação hipotética em que o valor do raio RT da Terra 1


seja diminuído para R’, sendo R’ = 0,8RT, e em que seja mantida (unifor- ω = 800 ⇒ ω ⯝ 17 ω
De (I) e (II), temos:
memente) sua massa total. Nessas condições, os valores aproximados ω0 π 0

das acelerações da gravidade g1 à distância R’ e g2 a uma distância igual 43 200


a RT do centro da “Terra hipotética” são, respectivamente: 2π T
b) ω ⯝ 17ω0 ⇒ 2π ⯝ 17 · ⇒ T ⯝ 0 ⇒ T ⯝ 24 h
T T0 17 17
g1 (m/s2) g2 (m/s2)
T ⯝ 1,4 h ⯝ 1 h 25 min
a) 10 10
b) 8 6,4
47 Chamemos de I e I as indicações de um dinamômetro ideal
c) 6,4 4,1 1 2
para o peso de um mesmo corpo no Equador e no Polo Sul, respectiva-
d) 12,5 10 mente.
Nas duas medições, o corpo é dependurado no dinamômetro e o con-
e) 15,6 10 junto é mantido em repouso em relação ao solo.
Supondo conhecidos o raio da Terra (R), sua velocidade angular de ro-
Resolução: tação (ω) e a massa do corpo (m), calcule o valor da diferença I2 – I1.
G M2
g1 (R’) R 2 Resolução:
(I) = = T
gT G 2 M R’ No Equador: m ω2 R + I1 = G M 2m
RT R
g1 RT 2
= ⇒ g1 ⯝ 15,6 m/s
2 Da qual: I1 = G M 2m – m ω2 R
10 0,8 RT R
Tópico 4 – Gravitação 201

Movimento uniforme da luz:


No polo sul: I2 = G M 2m
R c = d ⇒ d = c t (II)
t
Substituindo (II) em (I), temos:
Fazendo I2 – I1, temos: I2 – I1 = m ω2 R
M=4 π
2 (c t)3

G T2
Resposta: m ω2 R
Resposta: b
48 (Fatec-SP) As quatro estações do ano podem ser explicadas:
a) pela rotação da Terra em torno de seu eixo. 51 (Fuvest-SP) Se fosse possível colocar um satélite em órbita ra-
b) pela órbita elíptica descrita pela Terra em torno do Sol. sante em torno da Terra, o seu período seria T. Sendo G a Constante
c) pelo movimento combinado de rotação e translação da Terra. de Gravitação universal, expresse a massa específica média (densidade
d) pela inclinação do eixo principal da Terra durante a translação. média) da Terra em função de T e G.
e) pelo movimento de translação da Terra.
Resolução: 2
Resolução: F = Fcp ⇒ G M 2m = m v
A Terra apresenta três movimentos principais: translação, rotação e R R
⇒ 2 π R = G M
2
precessão, que consiste de o semieixo imaginário em torno do planeta v2 = G M
executar um movimento semelhante ao do eixo de um pião. É devido a R T R
esse movimento que ocorrem as quatro estações do ano. 4 π2 = G M ⇒ = π = M 1
T2 R3 G T2 4 π R3 3
Resposta: d 3
3 π Volume V da esfera
Do qual: µ = M ⇒ 2
V G T
49 Um planeta orbita uma estrela, descrevendo trajetória circular
ou elíptica. O movimento desse planeta em relação à estrela:
a) não pode ser uniforme; Resposta: 3 π2
G T
b) pode ser uniformemente variado;
c) pode ser harmônico simples;
d) tem características que dependem de sua massa, mesmo que esta 52 (Faap-SP) Em um planeta, um astronauta
seja desprezível em relação à da estrela; faz o seguinte experimento: abandona uma bola
e) tem aceleração exclusivamente centrípeta em pelo menos dois na frente de uma tela vertical, que possui marca-
pontos da trajetória. das linhas horizontais, separadas por 50 cm; simul-
taneamente, é acionada uma máquina fotográ-
Resolução: fica de flash-múltiplo, sendo o intervalo entre os
Se a trajetória for circular, a aceleração será exclusivamente centrípeta flashes de 0,10 s. A partir da fotografia da queda da
ao longo de toda a circunferência e, se for elíptica, a aceleração será bola, indicada na figura, o astronauta calcula a ra-
exclusivamente centrípeta apenas no afélio e no periélio. zão entre a massa do planeta e a da Terra, pois ele
sabe que o raio do planeta é o triplo do terrestre.
Resposta: e Qual é o valor encontrado?
Dado: aceleração da gravidade na Terra = 10 m/s2
50 (Olimpíada Brasileira de Física) Considere que a órbita da Terra Resolução:
em torno do Sol seja circular e que esse movimento possua período T. 2 (0,5)2
Sendo t o tempo médio que a luz do Sol leva para chegar à Terra e c (I) MUV: h = gP t ⇒ 2,5 = gP ⇒ gP = 20 m/s2
2 2
2
g R
o módulo da velocidade da luz no vácuo, o valor estimado da massa (II) g = G M2 ⇒ M =
do Sol é: R G
(c t)3 (c T)3 (c t)2 gP R2P
a) G 2 2 . c) G 2 2 . e) G 2 3 . MP G M g RP 2
4π T 4π t 4π T = ⇒ P= P
MT 2
gT R T MT gT RT
2 (c t)3 2 (c T)3
b) 4π . d) 4π . G
G T2 G t2 MP 20 3 RT 2 MP
= ⇒ = 18
MT 10 RT MT
Resolução:
MP
F = Fcp ⇒ G M 2m = m ω2 d Resposta: = 18
MT
d

M= 2 π
2
d3
T G 53 Um astronauta abandonou uma bolinha de aço a partir de um
ponto situado a uma altura H em relação ao solo, na Terra e em Vênus.
Donde: M = 4 π d2
2 3
(I) No primeiro caso, o intervalo de tempo gasto na queda foi de 1,0 s e, no
G T segundo caso, foi igual a T. Sabe-se que a massa de Vênus vale aproxi-
202 PARTE II – DINÂMICA

madamente 0,04 M e que seu diâmetro é da ordem de 0,4 D, em que M com o objeto totalmente suspenso. Retornando à Terra, repetiu-se o
e D são, respectivamente, a massa e o diâmetro da Terra. Desprezando experimento, observando-se uma deformação xT = 2,0 · 10–2 m. Ambas
os efeitos ligados à rotação dos planetas, calcule o valor de T. as deformações estavam na faixa linear da mola. Determine a razão en-
tre o raio do planeta distante e o raio da Terra.
Resolução: Dados:
(I) g = G M2 1) a massa do planeta é 10% da massa da Terra;
R 2) módulo da aceleração da gravidade terrestre: 10,0 m/s2.
gv Mv RT 2 gv 0,04 MT RT 2
= ⇒ =
gT MT RV gT MT 0,4 RT Resolução:
(I)
gV = 0,25 gT
g 2 Fe
t ⇒ t= 2 h
(II) MUV: h =
2 g
tV 2 hV gT gT
= ⇒ T = H
tT gV 2 hT 1,0 0,25 gT H
P
Donde: T = 2,0 s

Resposta: 2,0 s No equilíbrio:


P = Fe ⇒ m g = k x
54 (Unicamp-SP) A Lua tem sido responsabilizada por vários fenô- Donde: g = k x
m
menos na Terra, tais como apressar o parto dos seres humanos e dos k xp
demais animais e aumentar o crescimento de cabelos e plantas. Sabe-se gP m x
= = P
que a aceleração gravitacional da Lua em sua própria superfície é prati- gT k xT xT
camente 1 daquela da Terra (gT = 10 m/s2) e que a distância entre a su- m
6
perfície da Terra e o centro da Lua é da ordem de 200 raios lunares. Para gP 8,0 · 10–3
estimar os efeitos gravitacionais da Lua na superfície da Terra, calcule: = ⇒ gP = 4,0 m/s2
10,0 20 · 10–3
a) a intensidade da aceleração gravitacional provocada pela Lua em
um corpo na superfície da Terra. (II)
b) a variação no peso de um bebê de 3,0 kg devido à ação da Lua. g = G M2 ⇒ R2 = G M
R g
G MP
Resolução:
a) RP 2 gP M g
= = P T
RT G MT MT gP
gL
g‘L gT
RP 2 0,1 MT 10,0
=
RT MT 4,0

Lua RP 1
Donde: =
RT 2
Terra
200 RL
RP 1
Resposta: =
g’ RL 2 RT 2
g = G M2 ⇒ L =
R g L
200 RL
g’L 2 56 (Fuvest-SP) Um satélite artificial em órbita circular em torno da
= 1 ⇒ g’L ⯝ 4,2 · 10–5 m/s2
10 200 Terra mantém um período que depende de sua altura em relação à
6 superfície terrestre.
b) ΔP = m g’L ⇒ ΔP = 3,0 · 4,2 · 10–5 (N)
ΔP = 1,25 · 10–4 N Note e adote:
Raio da Terra: RT = 6,4 · 106 m
Respostas: a) 4,2 · 10–5 m/s2; b) 1,25 · 10–4 N Intensidade da aceleração da gravidade nas proximidades da Terra:
g = 10 m/s2
55 (IME-RJ) Um objeto foi achado por uma sonda espacial durante
a exploração de um planeta distante. Essa sonda possui um braço liga- Desprezando-se os efeitos da atmosfera e adotando-se π ⯝ 3,
do a uma mola ideal presa a garras especiais. Ainda naquele planeta, determine:
observou-se no equilíbrio uma deformação xP = 8,0 · 10–3 m na mola,
Tópico 4 – Gravitação 203

a) o período T0 do satélite, em minutos, quando sua órbita está muito 58 Considere o planeta Marte com raio R e densidade absoluta
próxima da superfície, ou seja, quando está a uma distância do cen- média igual a µ. Supondo que o satélite Fobos descreva em torno de
tro da Terra praticamente igual ao raio do planeta; Marte uma órbita circular de raio r e representando por G a Constante
b) o período T1 do satélite, também em minutos, quando sua órbita da Gravitação, calcule o período de revolução de Fobos.
está a uma distância do centro da Terra aproximadamente igual a
quatro raios terrestres. Resolução: 2

Resolução: (I) F = Fcp ⇒ G M 2m = m v


r r
a) Fcp = F ⇒ m ω2 RT = G M 2m
RT 2
v = G M ⇒ 2 π r 2= G M
r T r
2 π 2 RT 1
RT = g ⇒ T0 = 2 π 4 π2 r2 = G M ⇒ T = 4 π2 r3 2
(I)
T0 g G M
T2 r
6,4 · 106 (II) µ = M = 4 M
T0 = 2 · 3 10 (s) ⇒ T0 = 4 800 s = 80 min V π R3
R 3
R 3 R 3 3
b) 1
= 0
⇒ T21 = 1 T20 M = 4 π µ R3 (II)
T2
T 2 R0 3
1 0
(II) em (I), vem:
4 RT 3
T21 = T20 ⇒ T21 = 64 (80)2 1
RT T= 4 π 2 r3 2

T1 = 8 · 80 (min) ⇒ T1 = 640 min G 4 π · µ R3


3
1
Respostas: T0 = 80 min e T1 = 640 min 3 π r3 2
Da qual: T =
G µ R3

57 Um planeta descreve uma órbita elíptica em torno de uma es- 1

Resposta: 3 π r 3
3
2
trela, conforme representa o esquema. Os pontos P1 e P2 indicados cor-
G µ R
respondem ao periélio e ao afélio, respectivamente, e, nesses pontos,
o planeta apresenta velocidades vetoriais de intensidades v1 e v2.
Supondo conhecidas as distâncias de P1 e P2 ao Sol (d1 e d2), mostre 59 Admita que a Terra tenha raio R e densidade absoluta média µ e
que d1 v1 = d2 v2. descreva em torno do Sol uma órbita circular de raio r, com período de
revolução igual a T. Calcule, em função desses dados, a intensidade da
força de atração gravitacional que o Sol exerce sobre a Terra.
v2
Estrela
P1 P2 Resolução: 2
F = Fcp ⇒ F = m v
R
F = m 2 π r ⇒ F = 4 π 2r m
2
v1 2
d1 d2 r T T
Resolução:
F = 4 π2 r m
2
4 π R3
Devido à simetria, nos pontos P1 (periélio) e P2 (afélio) o raio de curva- T 4 π R3 3
tura da elipse é o mesmo (R); logo: 3
Ponto P1: Sendo m = µ, temos:
Fcp = F1 4 π R3
1
3
m v21
= G M 2m
F = 16 π ·
R d1
3 µ R3 r
(d1 v1)2 = G M R (I) 3 T2
Ponto P2:
Resposta: 16 π ·
3 µ R3 r
Fcp = F2
2 3 T2
m v22
= G M 2m
R d2 60 Seja G a Constante da Gravitação e T o período de rotação de
(d2 v2)2 = G M R (II)
um planeta imaginário denominado Planton. Sabendo que no equa-
Comparando (I) e (II), vem:
dor de Planton um dinamômetro de alta sensibilidade dá indicação
(d1 v1)2 = (d2 v2)2
nula para o peso de qualquer corpo dependurado na sua extremidade,
d1 v1 = d2 v2 calcule a densidade média desse planeta.

A conclusão acima está de acordo com a conservação do movimento Resolução:


angular do sistema planeta-estrela. Se no equador de Planton o peso aparente dos corpos é nulo, temos:
2
Resposta: Ver demonstração. F = Fcp ⇒ G M 2m = m v
R R
204 PARTE II – DINÂMICA

G M = 2 π R M = π
2
62 (Olimpíada Ibero–americana de Física) Uma estrela tripla é for-
⇒ G
R T 4 π R3 T2 mada por três estrelas de mesma massa M que gravitam em torno do
centro de massa C do sistema.
G· m = π2 ⇒ As estrelas estão localizadas nos vértices de um triângulo equilátero
4
3 · π R3 T
3 inscrito em uma circunferência que corresponde à trajetória por elas
Sendo M = µ, temos: descrita, conforme ilustra a figura.
4 π R3
3 E2

µ = 3 µ2 R
G T R
C R
E1
Resposta: 3 µ2
G T E3
Trajetória das
61 (Olimpíada Brasileira de Física) Em seu trabalho sobre gravita- estrelas
ção universal, Newton demonstrou que uma distribuição esférica ho-
mogênea de massa surte o mesmo efeito que uma massa concentrada Considerando-se como dados a massa M de cada estrela, o raio R da
no centro da distribuição. Se no centro da Terra fosse recortado um circunferência que elas descrevem e a constante de gravitação univer-
espaço oco esférico com metade do raio da Terra, o módulo da acelera- sal G, determine o período T no movimento orbital de cada estrela.
ção da gravidade na superfície terrestre diminuiria para (g é o módulo
da aceleração da gravidade na superfície terrestre sem a cavidade): Resolução: E2
(I) Cálculo da distância d entre duas estrelas:
a) 3 g. b) 1 g. c) 5 g. d) 3 g. e) 7 g. d
8 2 8 4 8 2 30°

Resolução: d
(I) Terra maciça: 2 R
cos 30° =
µ=M ⇒ M=µ v R
v
M = µ 4 π R3 (I) d=2 R 3
3 2 C
Terra com a cavidade:
R
d=R 3
E1

Cavidade (II) Cálculo da intensidade da força de atração gravitacional entre


R
2
duas estrelas:
R F = G M 2m
d

F=G M2 ⇒ F = G M2
2

(R 3)2 3 R
M’ = M – mcav
3
M’ = µ 4 π R3 – µ 4 π R (III) Cálculo da intensidade da força resultante em uma das estrelas:
3 3 2
F2R = F2 + F2 + 2 · F · F · cos 60°
M’ = µ 4 π R3 – 1 µ 4 π R3 F2R = 2 · F2 + 2 · F2 · 1 = 3 · F2
3 8 3 2
7
M’ = µ 4 π R3 (II)
FR = 3 G M
2
8 3 FR = 3 F ⇒
Comparando (I) e (II), conclui-se que: 3 R2

(IV) FR tem a função de resultante centrípeta no MCU de cada uma das


M’ = 7 M
8 estrelas.
Fcp = FR ⇒ M ω2 R = 3 G M
2

(II) g’ = G M’2 3 2
R
R 2·π 2= 3 G M
7 M T 3 R3
g’ = G 8 2 = 7 G M2
R 8 R
Do qual: T = 2 π R R 3
G M
g’ = 7 g
8

Resposta: 2 π R R 3
Resposta: e G M

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