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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

INSTITUTO DE FÍSICA
LABORATÓRIO DE ENSINO

Força Centrípeta

Roteiro de Física Experimental 1


Experimento 9

Maceió
2016
Sumário
1 Introdução.........................................................................................................................................2
2 Objetivo............................................................................................................................................2
3 Material.............................................................................................................................................3
4 Procedimento....................................................................................................................................4
5 Tópicos para análise e discussão......................................................................................................6
Referência.............................................................................................................................................6

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1 Introdução
O movimento circular, ou quase circular, é comum na natureza e em
aparelhagens mecânicas. Assim é que os planetas descrevem órbitas quase
circulares em torno do Sol e o movimento de engrenagens, polias e rodas tem
caráter circular uniforme.
Recordamos que um objeto que se move em um círculo está em aceleração,
mesmo que sua velocidade seja constante. Há uma aceleração durante o
movimento circular uniforme porque o vetor velocidade está continuamente
mudando de direção. Se a velocidade v de um objeto é constante, o movimento é
chamado movimento circular uniforme. Neste movimento, o vetor aceleração aponta
para o centro do círculo, e seu módulo é ac =v 2 /R , onde R é o raio do círculo. Esta
aceleração para o centro do círculo é chamada aceleração centrípeta [2].
Pela segunda lei de Newton, vemos que um objeto em movimento circular
uniforme deve ter uma força exercida sobre ele, dirigida para o centro do círculo.
Como ⃗ a e ⃗
F R=m⃗ a aponta para o centro do círculo com modulo v 2 / R , a força
resultante deve também apontar para o centro do círculo e seu modulo terá valor de:

m v2
Fc = (1)
R
Esta força resultante dirigida para o centro do círculo é chamada força
centrípeta. Nota-se que a expressão “força centrípeta” não se refere a qualquer tipo
de interação, como é o caso com a força gravitacional ou uma força elétrica; indica
simplesmente que a força resultante é dirigida para o centro do movimento circular,
sem nenhuma referência sobre como a força é produzida.

2 Objetivo
Analisar a força centrípeta que atua em objetos descrevendo uma trajetória
circular.
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3 Material
Descrição Quantidade
Tripé tipo A 1
Dinamômetro de 2 N e precisão de 0,02 N 1
Dinamômetro de 1 N e precisão de 0,01 N 1
Barbante 1
Motor 12 V com redutor de velocidade e cabo de ligação 1
Plataforma giratória 50 cm 1
Torre para fixar dinamômetro 1
Torre para pendurar corpo de prova com 100 g e três ganchos 1
Corpo de prova 100 g tipo contrapeso 2
Corpo de prova 50 g 2
Pino marcador de período 1
Cronômetro manual 1
Roldana raiada com 2 microrrolamentos 1
Fonte de alimentação variável 0 a 12 V – 1,5 A 1
Trena 1
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4 Procedimento
1. Montar o equipamento conforme figura 1, abaixo:

Figura 1: Montagem experimental para


força centrípeta. Fonte: Referência [1]

2. Ligar a fonte variável em uma tomada de tensão;


3. Ligar o cabo do motor aos bornes da fonte de tensão variável DC (corrente
contínua);
4. Passar o dinamômetro pela presilha, deixando-o na vertical.

Figura 2: Ajuste do dinamômetro.


Fonte: Referência [1]
5. Passar o barbante pela roldana prendendo suas extremidades ao
dinamômetro e ao corpo de prova.
6. Regular a posição do corpo de prova para que o barbante permaneça na
vertical (fig. 2) e o dinamômetro indicando 0,6 N. (movimentar o dinamômetro
para cima ou para baixo para ajustar a força desejada);
7. Fixar (ajustar) no outro lado da plataforma uma massa 100 g para estabelecer
um equilíbrio;
8. Com uma trena, medir o raio da trajetória (distância entre o dinamômetro e o
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centro do corpo de prova na condição de repouso);


9. Ligar a fonte de tensão e cuidar para que tenha inicialmente uma tensão igual
a zero;
10. Aumentar gradativamente a tensão e observar o movimento de rotação;
Obs.: Ajuste a tensão aplicada ao motor de forma a manter uma rotação
constante, até que a força indicada no dinamômetro se iguale ao valor
inicialmente definido (0,6 N). Nesta situação o barbante do corpo de prova
deve ficar na vertical. Deixe o sistema girar por certo tempo até que se
estabilize;
11. Com um cronômetro manual meça o tempo de 10 rotações e encontre o
período do movimento circular. Anote o valor na tabela 1.
12. Calcular o valor da força centrípeta:
M = 100 g
T = _____________
R = _____________

ω=
T
2
Fc =m R ω

13. Comparar o valor calculado com o valor medido no dinamômetro.


Considerando a margem de erro (definida pelo fabricante) em 5%, pode-se
afirmar que a força centrípeta medida é igual à força centrípeta calculada?
14. Repetir os procedimentos acima para outros valores da força centrípeta
completando a tabela 1.

N F (N) dinamômetro T (s) m (kg) R (m) Fc (N) calculado

1 0,6 0,100

2 0,5 0,100

3 0,4 0,100

4 0,3 0,100

Tabela 1
15. Considerando a margem de erro definida pelo fabricante (5%), podemos
afirmar que a força centrípeta medida é igual/diferente à força centrípeta
calculada?
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16. Nos procedimentos acima, trabalhamos com uma massa de 100 g e uma
força centrípeta de 0,6 N. Dobre a massa pendurada acrescentando duas
massas de 50 g uma de cada lado;
17. Colocar lentamente o sistema em movimento de rotação até que a força
centrípeta fique igual a 0,6 N novamente. Meça o tempo de 10 rotações e
encontre o período;

5 Tópicos para análise e discussão


1) O que aconteceu com o período de rotação quando a massa aumentou?
2) Qual a influência da massa em objetos descrevendo uma trajetória circular?

Referência
[1] Manual de instruções e Guia de Experimentos, Força Centrípeta. Curitiba –
PR, AZEHEB;
[2] KELLER, F. J.; GETTYS, W. E.; SKOVE, M. J. Física; 1ª Edição. São Paulo;
Makron Books; 2004.

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