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1. INTRODUÇÃO

O presente trata da possibilidade de os trabalhadores auferirem, de forma cumulada,


os adicionais de insalubridade e de periculosidade.
O trabalho se inicia pela análise do adicional de insalubridade, sua previsão
constitucional e legal, a quem é devido, qual o órgão responsável pela classificação, quais
as condições para o seu recebimento, e quais os instrumentos para classifica-lo.
Após, passa se a análise da base de cálculo do adicional de insalubridade, a indicação
da legislação e da norma, o posicionamento da doutrina e da jurisprudência, e a sua
interpretação.
Após a análise do adicional de insalubridade passa-se a análise do adicional de
periculosidade, sua previsão constitucional e legal, a quem é direcional, qual o órgão
responsável pela classificação, quais as condições para sua classificação e quais os
instrumentos para classificá-lo, bem como sua base de cálculo.
Em seguida passa-se a analisar a possibilidade de cumulação dos adicionais, sua
natureza, distinção e quais a finalidade. Qual o entendimento majoritário da doutrina e da
jurisprudência, sua vasta jurisprudência do sentido de vedação da cumulação e precedentes
de mudança de entendimento quanto a não vedação do ordenamento jurídico brasileiro da
possibilidade de cumulação dos adicionais. Demostrando que o recebimento do acional de
insalubridade e periculosidade cumulado vai mais além do que simples ressarcimento pela
exposição do trabalhador a agentes nocivos a saúde e a integridade física do obreiro, mas
trata de direitos fundamentais e direitos sociais com sede constitucional.
Acredita-se que a matéria analisada no presente trabalho é de suma importância,
tendo em vista que a realização do que se defende teria repercussão positiva na vida de
inúmeros trabalhadores do país, além de efetividade dos direitos fundamentais sociais.

Registre-se que o método de abordagem adotado no estudo é o dedutivo e que o


procedimento é o de análise bibliográfica e jurisprudencial.
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7. CONCLUSÃO

Por todos exposto, depreende-se que o tema proposto à exame merece especial atenção
da doutrina, da legislação e dos operadores do direito como um todos, uma vez que se trata da
saúde, da integridade física e mental e da vida da pessoa humana no ambiente de trabalho,
condição esta que deve o Estado tutelar a proteção da classe trabalhadora do País, que
diariamente estão expostos a condições ou métodos de trabalho inadequadas para o labor.
Deve-se levar em conta que as normas autorizadoras do recebimento dos adicionais de
insalubridade e periculosidade, que tratam da saúde e segurança do trabalhador no ambiente
de trabalho não visam uma compensação pelos danos que o trabalhador está exposto, mas a
efetiva realização dos direitos fundamentais e sociais.
Observa-se também como os Tribunais Regionais do Trabalho e o Tribunal Superior
do Trabalho tratam do tema, entendendo de forma majoritária pela vedação do recebimento
cumulado com fundamento em um dispositivo que não se coaduna com a atual ordem
constitucional.
Nesse cenário, se torna imprescindível a atuação do Estado e dos operadores do direitos
a adoção de mecanismos para que a saúde e segurança dos obreiros sejam preservadas,
permitindo o recebimento cumulado dos adicionais de insalubridade e de periculosidade,
afastando a visão de enriquecimento sem causa, mas a efetiva preservação do trabalhador na
condição de pessoa humana.

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