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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO – UEMA

CENTRO DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS – CECEN

DISCIPLINAS DO NÚCLEO COMUM

LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL – CURSO DE PEDAGOGIA

PRODUÇÃO DE ATIVIDADE SOMATIVA AVALIATIVA Nº 01 – 20out21

TEMA: TEXTO, TEXTUALIDADE E DISCURSO.

ORIENTAÇÕES PARA A PRODUÇÃO DA ATIVIDADE:

Retome os arquivos de materiais de estudo sobre TEXTO, TEXTUALIDADE E DISCURSO e

produza respostas às questões abaixo:

QUESTÃO – Avalie o processo de produção do discurso que caracteriza o fragmento

abaixo, avaliando a construção da discursividade e explicando os itens questionados em

seguida:

Fragmento-modelo:

FRAGMENTO Nº 1:

O presidente Jair Bolsonaro vetou a distribuição gratuita de absorvente

menstrual para estudantes de baixa renda de escolas públicas e pessoas em situação de

rua ou de vulnerabilidade extrema. A proposta, de origem na Câmara dos Deputados,

foi avalizada pelo Senado no dia 14 de setembro e seguiu para a sanção do presidente.

Bolsonaro sancionou o projeto, criando o Programa de Proteção e Promoção da Saúde

Menstrual, mas vetou o artigo 1º, que previa a distribuição gratuita de absorventes

higiênicos, e o artigo 3º, que estabelecia a lista de beneficiárias:

• estudantes de baixa renda matriculadas em escolas da rede pública de ensino;

• mulheres em situação de rua ou em situação de vulnerabilidade social extrema;

• mulheres apreendidas e presidiárias, recolhidas em unidades do sistema penal;

e mulheres internadas em unidades para cumprimento de medida

socioeducativa.

Bolsonaro argumentou, entre outros motivos, que o projeto aprovado pelo

Congresso não previu fonte de custeio para essas medidas.

O texto aprovado previa que o dinheiro viria dos recursos destinados pela União

ao Sistema Único de Saúde (SUS) – e, no caso das presidiárias, do Fundo Penitenciário

Nacional.
Em relação ao SUS, o presidente argumentou que absorventes não consta da lista

de medicamentos considerados essenciais (a Relação Nacional de Medicamentos

Essenciais) e que, ao estipular beneficiárias específicas, o projeto não atendia ao

princípio de universalidade do sistema único de saúde.

(Bolsonaro veta distribuição gratuita de absorvente menstrual | Política | G1 (globo.com).

FRAGMENTO Nº 2

Deputadas da bancada feminina protestaram no Plenário da Câmara, na manhã

desta quinta-feira (7), contra o veto do presidente da República, Jair Bolsonaro, à

distribuição gratuita de absorventes higiênicos para estudantes, mulheres em situação

de vulnerabilidade e presidiárias.

A lei é fruto de projeto de lei (PL 4968/19) de autoria da deputada Marília Arraes

(PT-PE) e foi aprovado em agosto pela Câmara dos Deputados e em setembro pelo Senado
Federal. Marília Arraes lamentou o veto, que ainda pode ser derrubado pelo

Congresso Nacional.

Segundo a deputada, a aprovação da proposta foi fruto de uma negociação

ampla envolvendo parlamentares e líderes de diferentes partidos, inclusive com a

liderança do governo. "Tenho certeza que a Casa vai fazer jus à vontade do povo

brasileiro, como é nossa obrigação, e derrubar esse veto, que é um verdadeiro absurdo

para as mulheres do Brasil", protestou Marília Arraes.

A coordenadora da bancada feminina, deputada Celina Leão (PP-DF), também

destacou que o projeto foi aprovado com apoio de todas as bancadas na Câmara e no

Senado. Ela citou dados do estudo Pobreza Menstrual no Brasil, segundo os quais 713

mil meninas vivem sem acesso ao banheiro ou a chuveiro em seu domicílio. E 4 milhões

não têm acesso a cuidados mínimos menstruais, por isso muitas vezes deixam de ir à

escola porque estão no período menstrual.

Ela citou ainda Pesquisa da Sempre Livre, de setembro de 2021, que apontou que

28% das mulheres são afetadas pela pobreza menstrual.

“Conseguimos votar um projeto com impacto orçamentário mínimo para gente

começar do mínimo. Nós tínhamos que dar acesso a essas mulheres a esse material que

não é só kit de higiene; é kit de saúde. Muitas mulheres pegam infecção porque não

conseguem fazer uso adequado dos absorventes”, lamentou.


Na justificativa do veto, o governo alega que a oferta gratuita de absorventes

higiênicos femininos não se compatibiliza com a autonomia das redes e

estabelecimentos de ensino, além de não indicar a fonte de custeio ou medida

compensatória. Mas, segundo Celina Leão, o custo para a distribuição gratuita de

absorventes era de R$ 84 milhões e estava previsto no orçamento.

"Se R$ 84 milhões for muito dinheiro para o governo não dar condições a

meninas e mulheres, eu acho que o governo tem que rever os seus princípios. Repudio

esse veto e peço ajuda da bancada feminina para que rapidamente a gente consiga

derrubá-lo. Se você compra papel higiênico para escola, não pode comprar absorvente?

Para os itens da cesta básica, você não pode incluir absorvente?”, questionou.

(Bancada feminina critica veto à distribuição gratuita de absorventes - Notícias - Portal da


Câmara dos

Deputados (camara.leg.br)

QUESTIONAMENTO PARA INVESTIGAÇÃO DO PROCESSO DE PRODUÇÃO DO DISCURSO:

I – Caracterização dos Sujeitos do discurso.

1. Sujeito produtor do veto.

2. Sujeitos que, potencialmente, sofreram pelo veto.

3. Contexto histórico do sujeito produtor do veto.

4. Contexto histórico dos sujeitos que sofreram o veto.

5. Traços de ideologias de ambos os grupos de sujeito.

6. Traços de percepção da Relação de poder entre os sujeitos discursivos.

7. Processos e marcas linguístico-gramaticais utilizados para a produção dos efeitos

discursivos pretendidos pelos dois ancoradouros/produtores dos textos. Senado Federal.


Marília Arraes lamentou o veto, que ainda pode ser derrubado pelo

Congresso Nacional.

Segundo a deputada, a aprovação da proposta foi fruto de uma negociação

ampla envolvendo parlamentares e líderes de diferentes partidos, inclusive com a

liderança do governo. "Tenho certeza que a Casa vai fazer jus à vontade do povo

brasileiro, como é nossa obrigação, e derrubar esse veto, que é um verdadeiro absurdo

para as mulheres do Brasil", protestou Marília Arraes.

A coordenadora da bancada feminina, deputada Celina Leão (PP-DF), também

destacou que o projeto foi aprovado com apoio de todas as bancadas na Câmara e no
Senado. Ela citou dados do estudo Pobreza Menstrual no Brasil, segundo os quais 713

mil meninas vivem sem acesso ao banheiro ou a chuveiro em seu domicílio. E 4 milhões

não têm acesso a cuidados mínimos menstruais, por isso muitas vezes deixam de ir à

escola porque estão no período menstrual.

Ela citou ainda Pesquisa da Sempre Livre, de setembro de 2021, que apontou que

28% das mulheres são afetadas pela pobreza menstrual.

“Conseguimos votar um projeto com impacto orçamentário mínimo para gente

começar do mínimo. Nós tínhamos que dar acesso a essas mulheres a esse material que

não é só kit de higiene; é kit de saúde. Muitas mulheres pegam infecção porque não

conseguem fazer uso adequado dos absorventes”, lamentou.

Na justificativa do veto, o governo alega que a oferta gratuita de absorventes

higiênicos femininos não se compatibiliza com a autonomia das redes e

estabelecimentos de ensino, além de não indicar a fonte de custeio ou medida

compensatória. Mas, segundo Celina Leão, o custo para a distribuição gratuita de

absorventes era de R$ 84 milhões e estava previsto no orçamento.

"Se R$ 84 milhões for muito dinheiro para o governo não dar condições a

meninas e mulheres, eu acho que o governo tem que rever os seus princípios. Repudio

esse veto e peço ajuda da bancada feminina para que rapidamente a gente consiga

derrubá-lo. Se você compra papel higiênico para escola, não pode comprar absorvente?

Para os itens da cesta básica, você não pode incluir absorvente?”, questionou.

(Bancada feminina critica veto à distribuição gratuita de absorventes - Notícias - Portal da


Câmara dos

Deputados (camara.leg.br)

QUESTIONAMENTO PARA INVESTIGAÇÃO DO PROCESSO DE PRODUÇÃO DO DISCURSO:

I – Caracterização dos Sujeitos do discurso.

Jair Bolsonaro: Presidente da República.

Marília Arraes: Deputada da bancada feminina.

Celina Leão: Coordenadora da bancada feminina.

1. Sujeito produtor do veto.

O presidente Jair Bolsonaro.

2. Sujeitos que, potencialmente, sofreram pelo veto.


Estudantes de baixa renda de escolas públicas; pessoas em situação de rua ou de
vulnerabilidade extrema; mulheres apreendidas e presidiárias, recolhidas em unidades do
sistema penal; mulheres internadas em unidades para cumprimento de medidas
socioeducativas.

3. Contexto histórico do sujeito produtor do veto.

O produtor do veto: Jair Bolsonaro, se encontra no contexto histórico político, pois o


mesmo tem o poder de acordo com o seu cargo dentro da política, de sancionar ou não o
projeto de distribuição dos absorventes higiênicos.

4. Contexto histórico dos sujeitos que sofreram o veto.

Os sujeitos que sofreram com o veto, se encontram dentro do contexto social, pois estavam
sujeitas aos benefícios públicos, que no caso seria a aprovação do programa de proteção e
promoção da saúde Menstrual , visto que, a “preservação da saúde” é de direito de todos
os cidadãos, sendo assim a problemática é de cunho social.

5. Traços de ideologias de ambos os grupos de sujeito.

Os traços ideológicos do produtor do veto( Jair Bolsonaro) são visíveis quando ele afirma
que o projeto não previa fonte de custeio para as medidas que seriam adotadas.

Já as deputadas da bancada feminina, alegam que não resistirão do projeto, a fim de


derrubarem o veto no Congresso Nacional.

Ambos mostram a plena defesa de suas convicções, o que caracteriza suas


ideologias/pensamentos sobre o assunto.

6. Traços de percepção da Relação de poder entre os sujeitos discursivos.

-O presidente Jair Bolsonaro vetou a distribuição gratuita de absorventes menstruais. -


Bolsonaro sancionou o projeto.

Esses traços indicam que o presidente exerce uma relação de poder, perante os demais
sujeitos, pois somente ele poderia vetar ou sancionar todos os artigos do projeto.

7. Processos e marcas linguístico-gramaticais utilizados para a produção dos efeitos


discursivos pretendidos pelos dois ancoradouros/produtores dos textos.

O texto está estruturado de forma ordenada, citando informações coerentes com o que se está
falando, as frases estão organizadas a fim de gerar compreensão por parte de quem irá ler ( o
interlocutor). As produções textuais estão coerentes e coesas pois não foge do assunto tratado
e não apresentam frases soltas e sem sentido estrutural.

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