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ÁREA TEMÁTICA: SUBJETIVIDADES COLETIVAS

ABORTO: UM ESTUDO DA OPINIÃO PRÓ À LEGALIZAÇÃO

Andressa Karlla de Vasconcelos¹


Eduardo Romero Mendonça Silva²
Jaileila de Araújo Menezes³

¹ Estudante do Curso de Pedagogia /CE/UFPE;


² Estudante do Curso de Pedagogia /CE/UFPE;
³ Docente do Depto de Psicologia e Orientações Educacionais /CE/UFPE;
romendon7@hotmail.com

RESUMO:

INTRODUÇÃO: A luta pela legalização do aborto pouco tem avançado no Brasil,


sendo hoje um dos grandes problemas de saúde pública que enfrentamos. Milhões de
mulheres no mundo realizam abortos inseguros todo ano, sendo que muitas destas
acabam morrendo ou ficando com sequelas graves. Desde então a sociedade tem
estado atenta à questão do aborto, uma das mais polêmicas e controversas, que
continua em debate em vários países, inclusive o Brasil. Pode-se afirmar que mais se
discute sobre a não legalização do aborto, do que sobre sua legalização, isso porque
desde a década de 40, o aborto é concebido como crime pelo código penal brasileiro,
lei elaborada de modo alheio aos direitos humanos da mulher (Sarmento, 2006).
Logo, percebe-se que embora muito se tenha conquistado quanto aos direitos
humanos da mulher, ainda existe uma resistência que a proíbe de gozar plenamente
desses direitos. METODOLOGIA: Contemplaremos, neste trabalho, a opinião de uma
entidade pró-escolha ou liberal, sem fins lucrativos, através de uma entrevista
semiestruturada, buscando compreender o que move essa entidade a se colocar a
favor de uma prática constitucionalmente criminalizada. RESULTADOS E
DISCUSSÕES: Partindo de uma perspectiva mais ampla, numa concepção de estado,
o aborto acaba tornando-se assunto de políticas públicas, visto que, devido à grande
ocorrência de aborto ilegal no Brasil, o serviço público ainda é alheio ao fato e não
elabora políticas de atendimento às mulheres que optam pela prática. A polêmica
sobre o aborto está longe de ser findada, pois, a sociedade discute, ainda, “o bem
maior”, o direito à vida. Os setores mais tradicionais como as igrejas e grupos
conservadores resistem à ideia de que o aborto pode ser uma solução para os
problemas acarretados pela criação de filhos. As mulheres, geralmente, estão
incumbidas da criação e suportam, praticamente, sozinhas os encargos da
maternidade no inicio da vida do bebê. CONCLUSÕES: São muitos os argumentos
prós e contras à prática do aborto. Aqueles que são contrários a essa prática
argumentam que se a vida é o maior bem e se prepondera sobre qualquer outro, logo,
não há razão alguma que justifique sua interrupção. Quanto ao discurso daqueles que
são favoráveis à prática do aborto, justificam-se, dentre muitos outros argumentos, de
cunho social e político principalmente, que o feto é parte do organismo materno, e a

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mulher tem livre disposição de seu corpo. Em suma, espera-se que este estudo possa
ser mais um recurso que instigue o debate e a reflexão sobre o aborto.

Palavras-Chave: Aborto, legalização, mulher.

REFERÊNCIAS:
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil.
Brasília: Senado, 1988. BRASIL. Código Penal (1940). Brasília: Senado, 1940.
CAVALCANTE, Alcilene; XAVIER, Dulce. Em defesa da vida: aborto e direitos
humanos. São Paulo: Católicas pelo Direito de Decidir, 2006. REIS, Ana Regina
Gomes dos. Do segundo sexo à segunda onda: discursos feministas sobre a
maternidade. Salvador, 2008.
SARMENTO, Daniel (2006). Legalização do aborto e constituição. In:
CAVALCANTI.

Revista Semana Pedagógica, v.1, n.1 | 2017. 39

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