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Livro Proprietário - Legislação Trabalhista e Previdênciária PDF
Livro Proprietário - Legislação Trabalhista e Previdênciária PDF
e Previdenciária
2014
Editorial
Comitê Editorial
Durval Corrêa Meirelles
Jair do Canto Abreu Júnior
Andreia Marques Maciel
Organizadores do Livro
Andréia Marques Maciel
Ana Cláudia Petrini Spessotto
ri o Trabalho.................................................................... 9
Objetivos de sua aprendizagem......................................... 9
má
Você se lembra?....................................................................... 9
1.1 Ordem jurídica, formação da
sociedade e os novos direitos.......................................................... 10
Su
Para guardar.......................................................................................... 13
1.2 Escolas do pensamento jurídico........................................................ 13
1.3 Distinção entre direito e moral.............................................................. 15
1.4 Fontes do Direito...................................................................................... 16
1.5 Divisão do Direito....................................................................................... 17
1.6 História do direito do trabalho....................................................................... 20
1.7 História do direito do trabalho no Brasil.......................................................... 26
1.8 Conceito de direito do trabalho.......................................................................... 27
1.9 Princípios do direito do trabalho.......................................................................... 28
Atividades..................................................................................................................... 32
Reflexão......................................................................................................................... 32
Leitura recomendada...................................................................................................... 33
Referências...................................................................................................................... 33
No próximo capítulo....................................................................................................... 37
Capítulo 2: Empregado e Empregador....................................................................... 39
Objetivos de sua aprendizagem..................................................................................... 39
Você se lembra?............................................................................................................ 39
2.1 Conceito de empregado....................................................................................... 40
2.2 Espécies de empregado..................................................................................... 40
2.3 Conceito de empregador................................................................................ 49
2.4 Poder de direção do empregador............................................................... 50
2.5 Terceirização das atividades da empresa................................................ 53
2.6 Grupo e sucessão de empresas........................................................... 55
2.7 A atividade empresarial................................................................... 57
2.8 Cooperativas de mão de obra (Lei 5.764/70 e art. 442 da CLT).58
2.9 Trabalho autônomo................................................................. 59
2.10 Contrato de trabalho ....................................................... 61
Reflexão.............................................................................. 70
Leitura recomendada........................................................................................................ 70
Referências....................................................................................................................... 70
No próximo capítulo........................................................................................................ 71
Capítulo 3: Prescrição dos Direitos Trabalhistas e Jornada de Trabalho................ 73
Objetivos de sua aprendizagem....................................................................................... 73
Você se lembra?............................................................................................................... 73
3.1 Prescrição.................................................................................................................. 74
3.2 Transferência do empregado..................................................................................... 74
3.3 Interrupção e suspensão do contrato de trabalho...................................................... 75
3.4 Da jornada de trabalho.............................................................................................. 77
3.5 Repouso semanal remunerado.................................................................................. 85
Atividades........................................................................................................................ 86
Reflexão........................................................................................................................... 86
Leitura recomendada........................................................................................................ 86
Referências....................................................................................................................... 87
No próximo capítulo........................................................................................................ 87
Capítulo 4: Remuneração, Férias e Aviso Prévio........................................................ 89
Objetivos de sua aprendizagem....................................................................................... 89
Você se lembra?............................................................................................................... 89
4.1 Salário e remuneração . ............................................................................................ 90
4.2 Férias....................................................................................................................... 104
4.3 Aviso prévio............................................................................................................ 108
4.4 FGTS – Fundo de garantia por tempo de serviço.................................................. 109
4.5 Organização sindical................................................................................................111
4.6 Direito de Greve...................................................................................................... 117
Atividades...................................................................................................................... 121
Reflexão......................................................................................................................... 121
Leitura recomendada...................................................................................................... 122
Referências..................................................................................................................... 122
No próximo capítulo...................................................................................................... 124
Capítulo 5: Extinção Contratual e Legislação Previdenciária................................ 125
Objetivos de sua aprendizagem..................................................................................... 125
Você se lembra?............................................................................................................. 125
5.1 Extinção por iniciativa do empregador................................................................... 126
5.2 Extinção por iniciativa do empregado.................................................................... 130
5.3 Princípios Constitucionais da Seguridade Social . ................................................. 135
5.4 Sistemas de previdência social................................................................................ 136
5.5 Princípios da seguridade social............................................................................... 138
5.6 Extinção por iniciativa de ambos (acordo) ............................................................ 151
5.7 Extinção por culpa de ambos (culpa recíproca) . ................................................... 151
5.8 Extinção por desaparecimento dos sujeitos ........................................................... 151
5.9 Extinção da empresa sem força maior.................................................................... 152
5.10 Extinção por alcance do termo ou implemento de condição resolutiva................ 152
5.11 Extinção por força maior....................................................................................... 152
5.12 Extinção por factum principis............................................................................... 153
5.13 Rescisão antecipada do contrato de trabalho por prazo determinado................... 153
5.14 Procedimento na extinção contratual.................................................................... 154
5.15 Benefícios da Previdência Social.......................................................................... 155
5.16 Beneficiários da previdência social...................................................................... 163
5.17 Período de carência............................................................................................... 177
5.18 Cálculo do valor dos benefícios............................................................................ 178
5.19 Aposentadoria por tempo de contribuição............................................................ 182
5.20 Aposentadoria por idade....................................................................................... 189
5.21 Aposentadoria por invalidez................................................................................. 195
5.22 Aposentadoria especial.......................................................................................... 203
5.23 Desaposentação..................................................................................................... 208
5.24 Auxílio-doença...................................................................................................... 209
5.25 Auxílio-reclusão.................................................................................................... 215
5.26 Salário-família....................................................................................................... 218
5.27 Salário-maternidade.............................................................................................. 220
5.28 Acidente do trabalho............................................................................................. 225
5.29 Auxílio-acidente.................................................................................................... 229
5.30 Pensão por morte................................................................................................... 233
5.31 Seguro-desemprego............................................................................................... 240
5.32 Assistência social.................................................................................................. 243
5.33 Benefício de prestação continuada........................................................................ 246
Atividades...................................................................................................................... 250
Reflexão......................................................................................................................... 250
Leitura recomendada...................................................................................................... 252
Referências..................................................................................................................... 253
ã o Legislação Trabalhista e
Previdenciária
Prezado aluno, este material foi preparado
aç para ajudar no seu direcionamento de estudos da
ent
disciplina Legislação Trabalhista e Previdenciária.
O seu estudo deverá iniciar-se a partir de uma noção
básica sobre o direito e, posteriormente, o contato com a
res
Você se lembra?
Você está lembrado dos conceitos de partes contratuais que compõem
uma relação jurídica? Quando falamos em Direito, consequentemente,
estamos falando em relações entre pessoas, para tanto, destacamos que o
Direito do Trabalho normatiza as relações contratuais entre empregado e
empregador.
Legislação Trabalhista e Previdenciária
10
Introdução ao Direito do Trabalho – Capítulo 1
WIKIMEDIA
à dignidade humana,
sejam eles civis, sejam
políticos, econômicos,
sociais ou culturais,
aplicáveis aos homens
individualmente ou
como membros da so-
ciedade. Tais normas
constitucionais restrin-
gem o poder estatal por
constituírem uma limi-
tação ao Legislativo, ao
Executivo e ao Judiciá-
rio que devem, por sua
Proibida a reprodução – © UniSEB
Para guardar
Direitos difusos Direitos coletivos Direitos sociais Direitos humanos
REPRODUÇÃO
REPRODUÇÃO
ZOTHEN / DREAMSTIME.COM
WIKIMEDIA
ONU
estudo do Direito numa verdadeira ciência que viesse a ter as mesmas ca-
racterísticas das ciências físico-matemáticas, na-
turais e sociais, ou seja, para a solução de A atual
um determinado caso concreto, basta fase de desenvol-
vimento do Direito é chamada
procurar a lei que exatamente se de Pós-positivista: uma superação
encaixa para a resolução daquele da Escola Positivista do Direito. Trata-se
conflito. do reconhecimento de que o Direito não é – e
nunca será! – uma ciência matemática, pois a
A lei não pode cobrir todos ideia de justiça está amplamente impregnada de
os fatos e, na sentença, deverá fatores sociais, peculiares de cada caso concreto, e
haver sempre o individualismo que impossibilita tratar o Direito como uma ciência
exata. Ele passa, nesta nova fase, a ser interpre-
íntimo e pessoal do juiz que a tado à luz dos princípios – de força normativa
conduz, baseado em princípios reconhecida – que contribuem para dar
maior coerência ao ordenamento
mais elevados de raciocínio que
jurídico (SOUZA, 2009).
possibilitam saber quais extrapolam a
letra exclusiva da lei. O juiz nunca poderá
prescindir do exame dos valores que o cercam. O
juiz vocacionado, vivaz, interessado, sintonizado e perspicaz aplicará o Di-
reito dentro dos mais elevados padrões de justiça e atenderá à expectativa da
sociedade (VENOSA, 2008).
15
Legislação Trabalhista e Previdenciária
16
Introdução ao Direito do Trabalho – Capítulo 1
comportamento.
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Legislação Trabalhista e Previdenciária
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Introdução ao Direito do Trabalho – Capítulo 1
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Legislação Trabalhista e Previdenciária
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Introdução ao Direito do Trabalho – Capítulo 1
1.6.2 Servidão
Após a escravidão, veio a Idade Média e, juntamente com ela, o re-
gime de servidão. Porém, em se tratando de direito do trabalho, pouco se
evoluiu quanto ao regime de escravidão.
Isso porque, apesar de o servo, nessa época, ter sido reconhecido
como sujeito, e não como objeto, a relação de trabalho do servo ainda era
EAD-14-Legislação Trabalhista e Previdenciária – Proibida a reprodução – © UniSEB
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Introdução ao Direito do Trabalho – Capítulo 1
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Legislação Trabalhista e Previdenciária
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Introdução ao Direito do Trabalho – Capítulo 1
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Legislação Trabalhista e Previdenciária
26
Introdução ao Direito do Trabalho – Capítulo 1
dor, não podem ser modificadas para pior. É a aplicação da regra do direi-
to adquirido (art. 5º, XXXVI, da Constituição ), do fato de o trabalhador
já ter conquistado certo direito, que não pode ser modificado, no sentido
de se outorgar uma condição desfavorável ao obreiro (MARTINS, 2010).
30
Introdução ao Direito do Trabalho – Capítulo 1
31
Legislação Trabalhista e Previdenciária
Atividades
01. Estabeleça uma correlação entre as escolas do pensamento jurídico e
as concepções do Direito.
Reflexão
Chegamos ao final do primeiro capítulo da disciplina. Com ele, você
pôde entender um pouco melhor o fenômeno do surgimento do Direito, as
principais escolas que se propuseram a explicar o pensamento jurídico,
bem como a atual tendência que domina a ciência do Direito.
Na sequência, traçamos as inúmeras concepções do Direito, o que
permitiu que vocês compreendessem que o seu surgimento pode encontrar
explicação e fundamento em situações distintas (como ciência, como jus-
to, como norma, como faculdade e como fato social).
Em seguida, conceituamos a pessoa jurídica e citamos os exemplos
das pessoas jurídicas de direito privado e de direito público externo e in-
terno.
Ainda, neste capítulo, analisamos a história do direito do trabalho
no Brasil e no mundo. A partir disso, pudemos entender o conceito de
direito do trabalho, os princípios que regem a relação entre empregado e
empregador, bem como as principais relações de trabalho, suas peculiari-
dades e características.
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Introdução ao Direito do Trabalho – Capítulo 1
Leitura recomendada
1) NADER, Paulo. Introdução ao estudo do Direito. 32 ed. Editora Fo-
rense, 2010.
Referências
ABUD, Fabíola Marques Cláudia José. Direito do Trabalho. 2. ed.
São Paulo: Atlas, 2006.
33
Legislação Trabalhista e Previdenciária
va. 2010.
34
Introdução ao Direito do Trabalho – Capítulo 1
35
Legislação Trabalhista e Previdenciária
36
Introdução ao Direito do Trabalho – Capítulo 1
No próximo capítulo
No próximo capítulo serão desenvolvidos conceitos de institutos
do Direito do Trabalho, como quem são as partes da relação de emprego,
empregado e empregador, o contrato de trabalho e o poder de direção do
empregador.
Neste momento você deve aprofundar seu conhecimento nesses
tópicos que serão muito importantes para a compreensão dos tópicos se-
guintes. Aproveite!
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Legislação Trabalhista e Previdenciária
Minhas anotações:
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38
Empregado e Empregador
Neste capítulo você conhecerá as partes
Você se lembra?
Das caraterísticas que definem a relação de emprego?
Para que exista a vinculação empregatícia entre empregado e empre-
gador é necessário que sejam identificadas a subordinação, a pesso-
alidade, a não eventualidade e a pessoalidade do empregado.
Caso contrário não teremos uma relação de emprego celetista.
Legislação Trabalhista e Previdenciária
40
Empregado e Empregador – Capítulo 2
42
Empregado e Empregador – Capítulo 2
nas entidades sem fins lucrativos que tenham por objetivo a assistência ao
adolescente e à educação profissional, registradas no Conselho Municipal
dos Direitos da Criança e do Adolescente (art. 430, II, da CLT, acrescen-
tado pela Lei n. 10.097, de 2000). O aprendizado verificado nas entidades
sem fins lucrativos já descritas não gera vínculo empregatício com a em-
presa tomadora dos serviços (art. 431 da CLT com a nova redação conce-
dida pela Lei n. 10.097, de 2000) (BARROS, 2009).
Por fim, o contrato de aprendizagem extinguir-se-á no prazo estipu-
lado (ABUD, 2006):
a) quando o menor aprendiz completar 24 anos; ou
45
Legislação Trabalhista e Previdenciária
46
Empregado e Empregador – Capítulo 2
47
Legislação Trabalhista e Previdenciária
48
Empregado e Empregador – Capítulo 2
trabalhista contra uma empresa, se esta não honrar com o pagamento das
verbas trabalhistas, pode o juiz desconsiderar a personalidade jurídica
dela, para avançar ao patrimônio pessoal dos sócios da empresa, indepen-
dente de sua razão social, para o pagamento dos créditos trabalhistas.
Segundo a CLT, em seu artigo 449, os direitos oriundos da existên-
cia do contrato de trabalho subsistirão em caso de falência, concordata ou
dissolução da empresa, sendo que, na falência, constituirão créditos privi-
legiados a totalidade dos salários devidos ao empregado e a totalidade das
indenizações a que tiver direito, até o limite de 150 salários mínimos.
49
Legislação Trabalhista e Previdenciária
ter sido advertido ou suspenso, desde que a falta por ele cometida seja
realmente grave. O melhor seria que, na primeira falta, o empregado fosse
advertido verbalmente; na segunda, fosse advertido por escrito; na ter-
ceira, fosse suspenso; na quarta, fosse demitido. O empregador só estará
50
Empregado e Empregador – Capítulo 2
2.4.2 Internet
Com relação à Internet, entende-se que o empregador tem o direito
de monitorar as atividades realizadas pelo empregado no computador,
bem como o direito de bloquear o acesso a determinados sites, e ainda
acessar o e-mail corporativo do empregado.
Se o empregado se utiliza, no horário de serviço, do e-mail do em-
pregador (e-mail corporativo) para enviar suas mensagens particulares, o
empregador poderá controlar os sites visitados, como também ter acesso
às mensagens eletrônicas envidas e recebidas. Deverá, entretanto, comu-
nicar ao empregado essa fi scalização, lembrando que o uso do computa-
dor dirige-se exclusivamente à atividade funcional. Nesse caso, o poder
diretivo justifi ca a fi scalização, pois o computador constitui instrumento
de trabalho (BARROS, 2009).
Segundo o artigo 5º, inciso X, da Constituição Federal, “são invio-
láveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, asse-
gurado o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de
sua violação”.
Os direitos da personalidade são classifi cados como direito à inte-
gridade física (direito à vida, à higidez corpórea, às partes do corpo, ao
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Empregado e Empregador – Capítulo 2
materiais sofridos.
54
Empregado e Empregador – Capítulo 2
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Empregado e Empregador – Capítulo 2
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Legislação Trabalhista e Previdenciária
2.8.1 Características
EAD-14-Legislação Trabalhista e Previdenciária – Proibida a reprodução – © UniSEB
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Empregado e Empregador – Capítulo 2
2.10.3 Características
2.10.3.1 Contrato sinalagmático
2.10.3.7 Alteridade
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Legislação Trabalhista e Previdenciária
Características:
a) prazo máximo de 2 (dois) anos, com exceção do contrato de
experiência, que possui um prazo máximo de 90 (noventa)
dias;
b) poderá ser prorrogado uma única vez, respeitando, porém, o
seu prazo máximo;
c) desrespeito quanto aos prazos será automaticamente converti-
do em contrato por prazo indeterminado;
d) não é permitida a realização de um novo contrato de trabalho
por prazo determinado com o mesmo empregador em um perí-
odo inferior a 6 (seis) meses, com relação ao contrato anterior.
e) as normas referentes à estabilidade no emprego, em regra, não
são válidas para os contratos por prazo determinado.
Segundo o artigo 479 da CLT, nos contratos que tenham termo es-
tipulado, o empregador que, sem justa causa, despedir o empregado, será
obrigado a pagar-lhe, a título de indenização, e por metade, a remuneração
a que teria direito até o termo do contrato.
São considerados contratos por prazo determinado, além do con-
trato de experiência, o contrato de safra, de atleta profissional, de apren-
dizagem, de empregados em geral, desde que em caráter provisório e de
empregado admitido acima do quadro fixo da empresa.
66
Empregado e Empregador – Capítulo 2
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Legislação Trabalhista e Previdenciária
O contrato por obra certa não pode exceder a 2 (dois) anos, sendo
que, caso isso ocorra, ele será convertido automaticamente a contrato por
prazo indeterminado.
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Empregado e Empregador – Capítulo 2
Atividades
01. Descreva e explique as características que definem a existência de
uma relação de emprego.
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Legislação Trabalhista e Previdenciária
Reflexão
Neste capítulo, estudamos os principais aspectos legais relacionados
às partes que compõem a relação de emprego e ao contrato de trabalho.
Foram delineadas as características da relação de emprego e ainda
todas as possíveis formas de relação de trabalho que não se constituem em
forma celetista, se respeitados os preceitos legais.
Leitura recomendada
Livro: Manual de salários e benefícios
Autor: Aristeu de Oliveira
Editora: Atlas
Essa obra visa elucidar ao profissional de Recursos Humanos, de
departamento de pessoal ou de gestão de pessoas, as principais normas
trabalhistas referentes a salário e remuneração. Todas as normas referen-
tes a salário, tipos de salário, encargos, remuneração e adicionais são vi-
sualizadas nessa obra, de uma forma didática e profissional, contribuindo
para a formação dos profissionais destas áreas. O autor apresenta também
cálculos e modelos de termos de responsabilidade, referentes à escala de
sobreaviso. Dispõe, ainda, sobre os principais benefícios concedidos em
uma relação de emprego, examinados à luz da legislação trabalhista.
Referências
ABUD, Fabíola Marques Cláudia José. Direito do Trabalho. 2. ed.
São Paulo: Atlas, 2006.
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70
Empregado e Empregador – Capítulo 2
No próximo capítulo
No próximo capítulo serão apresentados tópicos relevantes utiliza-
das na prática do Direito do Trabalho como a alteração nas condições de
trabalho, a transferência de empregado, a prescrição dos direitos trabalhis-
tas e os conhecimentos sobre a jornada de trabalho previstos pelas CLT.
Também veremos a interrupção e a suspensão do contrato de trabalho.
Aprofundem-se nos temas e bom trabalho.
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Legislação Trabalhista e Previdenciária
Minhas anotações:
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Prescrição dos
Direitos Trabalhistas e
Jornada de Trabalho.
3 A partir deste capítulo você está delimitado ao
lo
Direito do Trabalho e portanto, deverá conhecer
como é definida a prescrição para as reclamações tra-
ít u
Você se lembra?
Você está lembrado do contrato de trabalho e suas características?. Vale
ressaltar que o conteúdo que você estudará neste capítulo está adstrito
apenas aos contratos de trabalho celetistas.
Legislação Trabalhista e Previdenciária
3.1 Prescrição
Define-se, usualmente, a prescrição como a perda do direito da
ação, pelo transcurso do tempo, em razão de seu titular não o ter exercido.
Contudo, ela é um instituto mais amplo, conforme ficou destacada
no artigo 7º, inciso XXIX, da Constituição Federal, de 1988, após redação
dada pela Emenda Constitucional nº 28, de 25.05.2000, conforme segue:
“Art. 7º... XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações
de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalha-
dores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do
contrato de trabalho;...”
74
Prescrição dos Direitos Trabalhistas e Jornada de Trabalho – Capítulo 3
75
Legislação Trabalhista e Previdenciária
d) prisão;
e) aposentadoria por invalidez;
f) serviço militar.
Qual o conceito
de jornada de trabalho?
Jornada de trabalho pode ser
conceituada como o tempo em que o
empregado fica à disposição do emprega-
dor, trabalhando ou aguardando ordens.
A Constituição Federal, em seu
artigo 7º, dispõe sobre a jornada de
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Prescrição dos Direitos Trabalhistas e Jornada de Trabalho – Capítulo 3
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Legislação Trabalhista e Previdenciária
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Prescrição dos Direitos Trabalhistas e Jornada de Trabalho – Capítulo 3
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Prescrição dos Direitos Trabalhistas e Jornada de Trabalho – Capítulo 3
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Legislação Trabalhista e Previdenciária
Atividades
01. O que ocorre com a empresa que não concede ao empregado o direito
às férias adquiridas após o período aquisitivo?
Reflexão
Neste capítulo, estudamos os principais aspectos legais relacionados ao
contrato de trabalho.
Leitura recomendada
Livro: Jornada de trabalho e a compensação de horários
Autora: Claudia José Abud
Editora: Atlas
Essa obra procura descrever detalhadamente a legislação trabalhista
quanto à jornada de trabalho e ao acordo de compensação de horas. Traz
um estudo sobre o instituto da duração do trabalho e sua flexibilidade
para, depois, analisar a validade ou não dos acordos de compensação de
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Referências
ABUD, Fabíola Marques Cláudia José. Direito do Trabalho. 2. ed.
São Paulo: Atlas, 2006.
No próximo capítulo
O próximo passo de estudos será o aprofundamento
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Legislação Trabalhista e Previdenciária
Minhas anotações:
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88
Remuneração, Férias
e Aviso Prévio.
Este é o momento de você analisar as
Você se lembra?
Você se lembra das Convenções Coletivas de Trabalho que são aplica-
das às categorias de trabalho específicas.
Exatamente, são documentos que valem como normas específicas para
determinada categoria, desde que negociadas, juntamente, pelos sindica-
tos dos empregados e dos empregadores.
Esses documentos são considerados normas legais para cada categoria
que a negocia, incluindo, principalmente, direitos relacionados a remune-
ração, férias e Aviso prévio.
Legislação Trabalhista e Previdenciária
91
Legislação Trabalhista e Previdenciária
Pelo menos 30% do salário deve ser pago em dinheiro (CLT, art. 82,
par. único; SDC 18).
92
Remuneração, Férias e Aviso Prévio – Capítulo 4
4.1.4.9 Em cheque
94
Remuneração, Férias e Aviso Prévio – Capítulo 4
4.1.7 Vale-transporte
O vale-transporte não tem natureza sa-
Conexão:
larial, por força de lei. O empregado, para Para maiores informa-
receber o vale-transporte, deve comprovar a ções com relação ao vale-
transporte, o estudante poderá
existência dos requisitos indispensáveis ao acessar o site www.planalto.gov.
recebimento dele. br, onde, dentre várias legislações
elencadas, encontramos a Lei
O empregador deverá exigir um reci- n. 7.418/85, que institui o vale-
bo de entrega dos vales ao empregado, bem transporte e traz outras
providências.
como está autorizado a descontar 6% do salário
do empregado, correspondente à parte custeada
por ele, não estando obrigado, nos intervalos intrajornadas, à concessão
do vale-transporte para o empregado se deslocar do trabalho para a sua
casa.
Também é proibida a substituição do vale-transporte por dinheiro,
segundo o disposto no artigo 5º, do Decreto n. 95.247, de 1987.
95
Legislação Trabalhista e Previdenciária
96
Remuneração, Férias e Aviso Prévio – Capítulo 4
4.1.9.7 Adicional
97
Legislação Trabalhista e Previdenciária
98
Remuneração, Férias e Aviso Prévio – Capítulo 4
99
Legislação Trabalhista e Previdenciária
4.1.9.12 Gorjeta
4.1.9.13 Gratificação
101
Legislação Trabalhista e Previdenciária
4.1.9.15 Prêmio
102
Remuneração, Férias e Aviso Prévio – Capítulo 4
103
Legislação Trabalhista e Previdenciária
4.2 Férias
As férias são consideradas pelo direito do trabalho como uma forma
de interrupção do contrato de trabalho. No período de férias, o empregado
tem direito de receber o seu salário habitual, somado a uma indenização
correspondente a 1/3 do seu salário, contando ainda referido período
como tempo de serviço.
A cada 12 (doze) meses de trabalho contínuo para um empregador,
o empregado entra no período de gozo das férias. Dentro deste período
de gozo das férias, o empregador poderá escolher a data que melhor lhe
aprouver, para a concessão das férias do empregado.
O empregador que deixar de conceder as férias nos 12 meses sub-
sequentes ao término do período aquisitivo deverá pagá-las em dobro e,
além disso, o empregado poderá ajuizar reclamação pedindo a fixação por
sentença da época do gozo delas. A sentença cominará pena diária de 5%
do salário-mínimo, devida ao empregado até que seja cumprida a decisão.
Cópia da decisão transitada em julgado será remetida ao órgão do Minis-
tério do Trabalho para fins de aplicação da multa de caráter administrativo
(BARROS, 2009).
Proibida a reprodução – © UniSEB
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Remuneração, Férias e Aviso Prévio – Capítulo 4
105
Legislação Trabalhista e Previdenciária
A remuneração deve ser acrescida de 1/3 (CF, art. 7º, XVII), mes-
mo em se tratando de férias indenizadas; mas o terço constitucional não
é cumulativo com o abono instituído por convenção ou acordo coletivos.
O pagamento das férias deverá ocorrer até 2 (dois) dias antes da con-
cessão das férias, sob pena de o empregador incorrer em multa administrativa.
Na ocasião, também deve ser pago o adiantamento de 50% do
13ºsalário (1ª parcela), se o empregado o houver requerido no mês de ja-
neiro do ano correspondente (L. 4.479/65, art. 2º, § 2º).
Quando o salário for pago por hora com jornadas variáveis, apurar-
se-á a média do período aquisitivo, aplicando-se o valor do salário na data
da concessão das férias (Incluído pelo Decreto-Lei nº 1.535, de 13.4.1977)
(artigo 142, parágrafo 1º da CLT). Quando o salário for pago por tarefa,
tomar-se-á por base a média da produção no período aquisitivo do direito
a férias, aplicando-se o valor da remuneração da tarefa na data da conces-
são das férias (incluído pelo Decreto-Lei nº 1.535, de 13.4.1977) (artigo
142, parágrafo 2º da CLT).
Quando o salário for pago por percentagem, comissão ou viagem,
apurar-se--á a média recebida pelo empregado nos 12 (doze) meses que
precederem à concessão das férias (incluído pelo Decreto-Lei nº 1.535, de
13.4.1977) (artigo 142, parágrafo 3º da CLT).
A parte do salário paga em utilidades será computada de acordo
com a anotação na carteira de trabalho e previdência social (incluído pelo
Decreto-Lei nº 1.535, de 13.4.1977) (artigo 142, parágrafo 4º da CLT).
Os adicionais por trabalho extraordinário, noturno, insalubre ou
perigoso serão computados no salário, que servirá de base ao cálculo da
remuneração das férias (incluído pelo Decreto-Lei nº 1.535, de 13.4.1977)
(artigo 142, parágrafo 5º da CLT).
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causa, obtiver em juízo a rescisão indireta (art. 483 da CLT), tiver extinto
o seu contrato determinado pelo advento do termo, for dispensado porque
a empresa encerrou as suas atividades voluntariamente (por falência, li-
quidação extrajudicial ou dissolução irregular) ou tiver se demitido, isto é,
se desligado espontaneamente, fará jus, pelo período incompleto, à remu-
neração das férias proporcionais ou dozeavadas à razão de 1/12 por mês
trabalhado, considerando mês fração igual ou superior a 15 dias (Súmulas
n. 171 e n. 261, ambas com a nova redação). Se a cessação do contrato for
por morte, os dependentes habilitados perante a previdência social recebe-
rão o valor correspondente (art. 1º da Lei n. 6858, de novembro de 1980).
Na ausência de dependentes, os herdeiros ou os sucessores receberão o
valor (BARROS, 2009).
109
Legislação Trabalhista e Previdenciária
110
Remuneração, Férias e Aviso Prévio – Capítulo 4
ABR
A Convenção n. 87 da Organização Internacional do Trabalho
(OIT), declara o princípio da liberdade sindical, afirmando que os traba-
lhadores e empregadores, sem nenhuma distinção e sem autorização pré-
via, têm o direito de constituir as organizações que estimarem convenien-
tes, bem como o direito de se filiarem a essas organizações, tendo como
única condição a observância dos respectivos estatutos. (art. 2º).
Já o artigo 8º da Constituição Federal dispõe que é livre a associa-
ção profissional ou sindical, observado o seguinte:
I. a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de
sindicato, ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder
Público a interferência e a intervenção na organização sindical (liberdade
sindical);
II. é vedada a criação de mais de uma organização sindical em qual-
quer grau, representativa de categoria profissional ou econômica, na mes-
ma base territorial, que será definida pelos trabalhadores ou empregadores
interessados, não podendo ser inferior à área de um município (unicidade
sindical).
Assim, a legislação brasileira trouxe a liberdade sindical ao dispor,
na Constituição Federal, que não há necessidade de autorização do Estado
para a criação de um sindicato, bastando o seu registro junto ao Ministério
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113
Legislação Trabalhista e Previdenciária
114
Remuneração, Férias e Aviso Prévio – Capítulo 4
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Legislação Trabalhista e Previdenciária
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Remuneração, Férias e Aviso Prévio – Capítulo 4
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Legislação Trabalhista e Previdenciária
120
Remuneração, Férias e Aviso Prévio – Capítulo 4
Atividades
01. Recapitule a forma de cálculo do salário estipulado por tarefa.
Reflexão
Neste capítulo, vocês tiveram a oportunidade de estudar a jornada
de trabalho e suas principais peculiaridades com a descrição dos s acordos
de prorrogação e compensação de horas e os intervalos intrajornadas e
interjornadas.
121
Legislação Trabalhista e Previdenciária
Leitura recomendada
Livro: Manual de salários e benefícios
Autor: Aristeu de Oliveira Editora: Atlas
Essa obra visa elucidar ao profissional de Recursos Humanos, de
departamento de pessoal ou de gestão de pessoas, as principais normas
trabalhistas referentes a salário e remuneração. Todas as normas referen-
tes a salário, tipos de salário, encargos, remuneração e adicionais são vi-
sualizadas nessa obra, de uma forma didática e profissional, contribuindo
para a formação dos profissionais destas áreas. O autor apresenta também
cálculos e modelos de termos de responsabilidade, referentes à escala de
sobreaviso. Dispõe, ainda, sobre os principais benefícios concedidos em
uma relação de emprego, examinados à luz da legislação trabalhista.
Referências
ABUD, Fabíola Marques Cláudia José. Direito do Trabalho. 2. ed.
São Paulo: Atlas, 2006.
122
Remuneração, Férias e Aviso Prévio – Capítulo 4
123
Legislação Trabalhista e Previdenciária
No próximo capítulo
No próximo tema você estudará em detalhes os benefícios da Pre-
vidência Social, as formas de extinção contratuais, bem como, carência e
formas de cálculos.
Aproveite esse amplo material para dissolver todas as suas dúvidas.
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124
Extinção Contratual e
Legislação Previdenciária
Neste último momento da disciplina Le-
Você se lembra?
Que vimos um conteúdo muito extenso sobre o Direito do Trabalho,
contudo, é importante destacar aos senhores que, apesar de serem áre-
as relacionadas a direitos de trabalhadores, o Direito Previdenciário e
o Direito do Trabalho são setores distintos do Direito.
A Justiça do Trabalho é especializada na dissolução de conflitos entre
empregados e empregadores, não possuindo competência para as dis-
cussões previdenciárias que ficam a cargo da Justiça Federal.
Legislação Trabalhista e Previdenciária
5.1.1.1 Estabilidade
126
Extinção Contratual e Legislação Previdenciária – Capítulo 5
Objetivos:
• gravidade: a ação ou omissão do empregado deve ser razoa-
velmente grave;
• imediatidade: o intervalo de tempo entre a falta do empregado
e sua dispensa deve ser o mínimo suficiente para permitir a de-
cisão do empregador, sob pena de se caracterizar o perdão;
• causalidade: deve haver um nexo de causa e efeito entre a falta
imputada ao empregado e a dispensa praticada pelo emprega-
dor;
• singularidade: o empregado não pode ser punido e pelo mes-
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Legislação Trabalhista e Previdenciária
132
Extinção Contratual e Legislação Previdenciária – Capítulo 5
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Legislação Trabalhista e Previdenciária
5.2.3.3 Saúde
134
Extinção Contratual e Legislação Previdenciária – Capítulo 5
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Legislação Trabalhista e Previdenciária
5.5.2 Solidariedade
O princípio da solidariedade social, em matéria previdenciária,
está previsto no “caput” do art. 195 de nossa Constituição Federal, as-
sim redigido:
5.5.3 Universalidade
O princípio da universalidade prescreve que a seguridade social
deve proteger o maior número possível de pessoas (universalidade subje-
141
Legislação Trabalhista e Previdenciária
5.5.4 Uniformidade
Este princípio está previsto no art. 194, inc. II de nossa Constituição Fe-
deral, que reza ser um dos objetivos de nossa seguridade social a “uniformi-
dade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais”.
O mesmo não deixa de ser um desdobramento mais específico do
princípio geral da igualdade, que garante a todos um tratamento igualitá-
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bunal Federal tem prestigiado a primeira das teses, dizendo que os índices
de reajustamento dos benefícios da previdência social são de livre escolha
do legislador. Dizendo de outra forma, não se permite a correção dos be-
nefícios da previdência, por decisão judicial, por outros critérios outros
144
Extinção Contratual e Legislação Previdenciária – Capítulo 5
que não aqueles trazidos pela lei específica, ainda que sob o argumento de
que tais índices foram menores do que a real inflação do período.
Hoje, os benefícios da previdência social têm seu critério de reajuste
previstos no art. 41-A da Lei no. 8.213/91, assim redigido:
Federal, em cujo “caput” está prescrito que a seguridade social será finan-
ciada por toda a sociedade, de forma direta e indireta. Lembremos aqui do
princípio da solidariedade, para reforçar que não somente aqueles direta-
mente vinculados ou destinatários dos benefícios e serviços da seguridade
social devem contribuir para sua manutenção. Pelo contrário, este ônus
deve ser distribuído entre toda a sociedade.
Coerente com isso, segue o artigo para dizer que a União, os Es-
tados, o Distrito Federal e os Municípios deverão contribuir para a se-
guridade. Além deles, também são contribuintes da seguridade social a
empresa ou entidade a ela equiparada, o empregador, o empregado e o
importador de bens ou serviços do exterior. Parte da receita dos concursos
145
Legislação Trabalhista e Previdenciária
146
Extinção Contratual e Legislação Previdenciária – Capítulo 5
148
Extinção Contratual e Legislação Previdenciária – Capítulo 5
150
Extinção Contratual e Legislação Previdenciária – Capítulo 5
FGTS (L. 8.036/90, art. 18, § 2º). Também são devidos pela metade o avi-
so prévio, as férias proporcionais com o acréscimo de 1/3 e o 13º salário
proporcional (TST 14).
152
Extinção Contratual e Legislação Previdenciária – Capítulo 5
• saldo salarial;
• 13º salário proporcional;
• férias proporcionais + 1/3;
• liberação do FGTS + multa de 40%;
• multa de 50% do restante do contrato.
153
Legislação Trabalhista e Previdenciária
154
Extinção Contratual e Legislação Previdenciária – Capítulo 5
5.14.5 Multas
A quitação das verbas da extinção do contrato após os prazos
anteriores sujeita o empregador a pagar ao empregado uma multa de
natureza contratual equivalente a um salário corrigido monetariamente
e outra multa de caráter administrativo ao Ministério do Trabalho (CLT,
art. 477, § 8º). Os prazos são contados com a exclusão do dia do início
e a inclusão do dia do vencimento (CC 2003, art. 132). A multa é devida
mesmo sendo o empregador ente público, mas não se aplica à massa fa-
lida quando os títulos rescisórios resultam da quebra, por não dispor de
seu patrimônio.
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Legislação Trabalhista e Previdenciária
156
Extinção Contratual e Legislação Previdenciária – Capítulo 5
Por idade
Por invalidez
Doença
Reclusão
Pensão por morte
Salário-família
Salário-maternidade
Assistência Social BPC/LOAS
Aposentadoria especial
Benefício concedido ao segurado que tenha trabalhado em condi-
ções prejudiciais à saúde ou à integridade física. Segundo o Ministério,
para ter direito à aposentadoria especial, o trabalhador deverá comprovar,
além do tempo de trabalho, efetiva exposição aos agentes nocivos quími-
cos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais pelo período
exigido para a concessão do benefício (15, 20 ou 25 anos).
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158
Extinção Contratual e Legislação Previdenciária – Capítulo 5
Auxílio-reclusão
O auxílio-reclusão é um benefício devido aos dependentes do se-
gurado recolhido à prisão, durante o período em que estiver preso sob
regime fechado ou semiaberto. Não cabe concessão de auxílio-reclusão
aos dependentes do segurado que estiver em livramento condicional ou
cumprindo pena em regime aberto. Para a concessão do benefício, é ne-
cessário o cumprimento dos seguintes requisitos:
• o segurado que tiver sido preso não poderá estar recebendo
salário da empresa na qual trabalhava nem estar em gozo de
auxílio-doença, aposentadoria ou abono de permanência em
serviço;
• a reclusão deverá ter ocorrido no prazo de manutenção da qua-
lidade de segurado;
• o último salário de contribuição do segurado (vigente na data
do recolhimento à prisão; ou na
• data do afastamento do trabalho ou cessação das contribui-
ções), tomado em seu valor mensal, deverá ser igual ou inferior
aos seguintes valores, independentemente da quantidade de
contratos e de atividades exercidas
Equipara-se à condição de recolhido à prisão o segurado com idade
entre 16 e 18 anos que tenha sido internado em estabelecimento educacio-
nal ou congênere, sob custódia do Juizado de Infância e da Juventude.
Segundo o Ministério após a concessão do benefício, os dependen-
tes devem apresentar à Previdência Social, de três em três meses, atestado
de que o trabalhador continua preso, emitido por autoridade competente,
sob pena de suspensão do benefício. Esse documento será o atestado
de recolhimento do segurado à prisão. O auxílio reclusão deixará de ser
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Salário-família
Benefício pago aos segurados empregados, exceto os domésticos,
e aos trabalhadores avulsos com salário mensal de até R$ 798,30, para
auxiliar no sustento dos filhos de até 14 anos de idade ou inválidos de
qualquer idade. (Observação – São equiparados aos filhos os enteados e
os tutelados, desde que estes não possuam bens suficientes para o próprio
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Salário-maternidade
O salário-maternidade é devido às seguradas empregadas, trabalhado-
ras avulsas, empregadas domésticas, contribuintes individuais, facultativas e
seguradas especiais, por ocasião do parto, inclusive em casos de natimorto,
aborto não criminoso, adoção ou guarda judicial para fins de adoção.
O benefício é pago durante 120 dias e poderá ter início até 28 dias
antes do parto. Se concedido antes do nascimento da criança, a compro-
vação será por atestado médico; se posterior ao parto, a prova será a Cer-
tidão de Nascimento. A duração do benefício será diferenciada nos casos
especificados abaixo:
• Nos abortos espontâneos ou previstos em lei (estupro ou risco
de vida para a mãe), será pago o salário-maternidade por duas
semanas.
• À segurada da Previdência Social que adotar ou obtiver guarda
judicial para fins de adoção de criança é devido salário-mater-
nidade durante os seguintes períodos:
• 120 dias, se a criança tiver até 1 ano completo de idade;
• 60 dias, se a criança tiver de 1 até 4 anos completos de idade;
• 30 dias, se a criança tiver de 4 até 8 completos anos de idade.
No caso de adoção de mais de uma criança simultaneamente, a segu-
rada terá direito somente ao pagamento de um salário-maternidade,
observando-se o direito segundo a idade da criança mais nova. Confor-
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Legislação Trabalhista e Previdenciária
empregado
empregado doméstico
segurado especial
Facultativo
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Beneficiários
I – cônjuge; companheiro; filho nao emacipado, de
qualquer condição, menor de 21 anos, ou inválido;
equiparado a filho (menor tutelado e enteado);
Dependentes
II – pais;
163
Legislação Trabalhista e Previdenciária
5.16.6 Segurados
A descrição legal básica daquelas categorias que se enquadram
como segurados da previdência social pode ser encontrada no art. 12 da
Lei no. 8.212/91, e no art. 11 da Lei no. 8.213/91.
O segurado da previdência social é sempre um indivíduo, uma pes-
soa física, já que a empresa não pode ser, por definição mesmo, destinatá-
ria deste tipo de serviço ou benefício. Como já dito, via de regra, a figura
do segurado se confunde com a do trabalhador, aquela pessoa física inse-
rida na cadeia econômica produtiva, seja como empregado, trabalhador
autônomo ou mesmo empresário. Nestes casos, a filiação ao regime geral
da previdência social é obrigatória.
Esta regra geral comporta, no entanto, algumas exceções, como a
figura da dona de casa e o estudante. Ambos não exercem uma ativida-
de de cunho econômico, mas ainda assim podem se inscrever perante a
previdência e, mediante o recolhimento das contribuições pertinentes,
colocar-se sob a proteção do sistema. Nestas hipóteses, a filiação não é
obrigatória, mas dita facultativa.
Vemos, portanto, que o gênero dos segurados comporta duas espé-
cies básicas: a) o segurado obrigatório e b) do segurado facultativo.
5.16.6.5 O empregado
O art. 12, inc. VI da Lei no. 8.212/91 assim define a figura do traba-
lhador avulso: “trabalhador avulso: quem presta, a diversas empresas, sem
vínculo empregatício, serviços de natureza urbana ou rural definidos no
regulamento”.
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O art. 12 da Lei no. 8.212/91, traz o seguinte rol daqueles que, por
se enquadrarem na condição de empresário, autônomo ou assemelhados
a quaisquer deles, são filiados à previdência social na condição de contri-
buintes individuais:
168
Extinção Contratual e Legislação Previdenciária – Capítulo 5
quando ainda vigia a redação original do art. 7º, inciso XXXIII (trinta e
três) da Constituição Federal, que também previa ser esta a idade mínima
para o trabalho remunerado. Este dispositivo foi, porém, alterado pela
Emenda Constitucional no. 20, de 1998, que aumentou esta idade laboral
mínima para 16 (dezesseis) anos. Existe um consenso entre os profissio-
nais da área, no sentido de que a partir de então, também a idade mínima
para filiação à previdência social, como segurado facultativo, passou a ser
de dezesseis anos.
171
Legislação Trabalhista e Previdenciária
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
(...)
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito
e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de apren-
diz, a partir de quatorze anos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20,
de 1998)
que acarretem sua condição de segurado, este prazo será estendido para
24 (vinte e quatro) meses.
Também é de doze meses o período de graça para o segurado que
estava acometido de doença que impunha sua segregação compulsória,
ou seja, daquelas doenças que, por lei, o obrigaram a se submeter à qua-
rentena. Neste caso, o período de graça começa a ser contado a partir do
encerramento da segregação.
O segurado preso ou detido também pode manter seu vínculo com a
previdência durante todo o período de sua privação de liberdade, e até 12
(doze) meses após reaver sua liberdade.
Já o segurado conscrito, isto é, aquele convocado a prestar o serviço
militar obrigatório, tem um período de graça de três meses, a contar de seu
desligamento das forças armadas.
O segurado facultativo goza de três meses de graça, após parar de
efetuar seus recolhimentos mensais.
Situação peculiar e privilegiada é a do desempregado, pois configu-
rado este infortúnio, seu período de graça poderá se estender mais outros
12 (doze) meses, a serem acrescidos aos 12 (doze) ou 24 (vinte e quatro)
originais. Este benefício depende, porém, de uma providência burocrática,
que é sua inscrição como desempregado perante o Ministério do Trabalho.
A perda da qualidade de segurado ocorrerá no décimo sexto dia do
mês subsequente aos prazos mencionados acima, porque este é o prazo
para o pagamento da contribuição relativa ao mês de encerramento do
período de graça.
Vale reproduzir, aqui, o texto integral do art. 15 da Lei no. 8.213/91:
contribuições:
I - sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício;
II - até 12 (doze) meses após a cessação das contribuições, o se-
gurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela
Previdência Social ou estiver suspenso ou licenciado sem remu-
neração;
III - até 12 (doze) meses após cessar a segregação, o segurado aco-
metido de doença de segregação compulsória;
IV - até 12 (doze) meses após o livramento, o segurado retido ou
recluso;
173
Legislação Trabalhista e Previdenciária
5.16.9 Dependentes
Dependentes são beneficiários indiretos da previdência social. Eles
não exercem atividade remunerada que os coloque na condição de segura-
do obrigatório, tampouco vincularam-se por iniciativa pessoal, na condi-
ção de segurado facultativo. Aqui, o vínculo com a previdência decorre de
forma indireta, porque o dependente é, sempre, vinculado a um segurado,
e daí decorre sua relação com a previdência.
Os dois benefícios previstos em lei a serem pagos aos dependentes
do segurado são a pensão por morte e o auxílio reclusão.
O rol das pessoas aptas a vincularem-se à previdência na condição
de dependentes de um segurado estão no art. 16 da Lei no. 8.213/91. A
legislação de regência prevê três classes de dependentes, sendo que a
existência de dependentes de uma classe exclui a possibilidade de depen-
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174
Extinção Contratual e Legislação Previdenciária – Capítulo 5
175
Legislação Trabalhista e Previdenciária
176
Extinção Contratual e Legislação Previdenciária – Capítulo 5
e que não se confundem, cada qual com uma previsão legal específica e
não mutuamente aplicável.
Também para fins de sucessão patrimonial a legislação previdenci-
ária tem norma específica. No caso de falecimento
do segurado, o benefício que lhe era devido
Conexão:
em vida, mas não foi pago (por exemplo, um O Código Civil Brasileiro pode
pedido de pensão sob discussão judicial que ser acessado em:
se prolongue por anos), somente deverá ser http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
Leis/2002/L10406.htm
pago àqueles habilitados a receber a pensão
por morte (art. 16 da Lei no. 8.213/91).
Somente na falta destes é que se aplicará a
ordem sucessória prevista no Código Civil.
Esta regra foi alterada pela Emenda Constitucional no. 20/98, que
introduziu profundas modificações no tema. Retirou-se do texto constitu-
cional esta fórmula para o cálculo do salário de benefício das prestações
da previdência social, tarefa que passou a ser do legislador ordinário.
178
Extinção Contratual e Legislação Previdenciária – Capítulo 5
Este, por sua vez, deu nova redação ao art. 29 da Lei no. 8.213/91, que
assim definiu o salário de benefício:
179
Legislação Trabalhista e Previdenciária
Onde:
f = fator previdenciário;
Es = expectativa de sobrevida no momento da aposentadoria;
Tc = tempo de contribuição até o momento da aposentadoria;
Id = idade no momento da aposentadoria;
a = alíquota de contribuição correspondente a 0,31.
http://www.ibge.gov.br/home/estatis-
sequilíbrio comumente vistas na práti- tica/populacao/tabuadevida/2010/
ca. Era possível, por exemplo, que um ambossexos.pdf
dado segurado recolhesse contribuições
ao longo de toda a sua vida pelo mínimo
180
Extinção Contratual e Legislação Previdenciária – Capítulo 5
legal, e somente das últimas trinta e seis o fizesse pelo teto. E isto sem que
sua idade e, portanto, o prognóstico do tempo de manutenção do benefí-
cio, tivesse qualquer influência.
Já agora, as aposentadorias precoces tenderão a ter um valor me-
nor, ao passo que quanto mais tardia a concessão do benefício, seu valor
tenderá a aumentar. Trata-se de um mecanismo de desestímulo às aposen-
tadorias com pouca idade, premiando-se aquele segurado que posterga o
requerimento do benefício.
181
Legislação Trabalhista e Previdenciária
182
Extinção Contratual e Legislação Previdenciária – Capítulo 5
5.19.3 Carência
A aposentadoria por tempo de contribuição se submete ao cumpri-
mento de um período de carência de 180 (cento e oitenta) contribuições
mensais (art. 25, inc. II da Lei no. 8.213/91).
Pouco importa se as contribuições foram recolhidas pelo trabalhador
na condição de urbano ou rural, sendo certo que estas contribuições serão
reciprocamente aproveitadas. Mesmo nos casos de contribuições recolhi-
das a sistemas de previdência social próprio, que não o geral, como no caso
de servidores públicos, este aproveitamento recíproco é garantido (art.
201, § 9º da Constituição Federal). Assim, o trabalhador que passar me-
tade de sua vida profissional vinculado ao serviço público, e outra metade
na iniciativa privada (regime geral da previdência social), poderá sempre
EAD-14-Legislação Trabalhista e Previdenciária – Proibida a reprodução – © UniSEB
184
Extinção Contratual e Legislação Previdenciária – Capítulo 5
185
Legislação Trabalhista e Previdenciária
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isto sem falar que ele dava azo a muitas distorções. Por exemplo, não é
incomum na vida forense a apresentação de pedidos de contagem de tem-
po de serviço que retroagem até a data em que o segurado tinha quatorze
ou mesmo doze anos de serviço. Isto ocorre principalmente no caso de
indivíduos com origem no meio rural, onde as relações de trabalho eram,
décadas atrás (e em grande parte até hoje), marcadas pela informalidade.
grandiosidade da tarefa.
188
Extinção Contratual e Legislação Previdenciária – Capítulo 5
5.20.1 Carência
Exige-se, como norma geral, o cumprimento de uma carência de
cento e oitenta meses, a teor do art. 25, inciso II da Lei no. 8.213/91.
Falamos em norma geral, porque na hipótese de trabalhador rural,
há norma específica veiculada pelo art. 143 da Lei no. 8.213/91, assim
redigido:
191
Legislação Trabalhista e Previdenciária
192
Extinção Contratual e Legislação Previdenciária – Capítulo 5
Art. 51. A aposentadoria por idade pode ser requerida pela empre-
sa, desde que o segurado empregado tenha cumprido o período de
carência e completado 70 (setenta) anos de idade, se do sexo mas-
culino, ou 65 (sessenta e cinco) anos, se do sexo feminino, sendo
compulsória, caso em que será garantida ao empregado a indeniza-
ção prevista na legislação trabalhista, considerada como data da res-
cisão do contrato de trabalho a imediatamente anterior à do início
da aposentadoria.
194
Extinção Contratual e Legislação Previdenciária – Capítulo 5
Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é
assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante
contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos
pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial
e o disposto neste artigo.
(...)
II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao
tempo de contribuição;
195
Legislação Trabalhista e Previdenciária
social, sem nenhum custo para o segurado. Acaso deseje, este poderá se
fazer acompanhar por profissional médico de sua escolha, mas neste caso
arcará com o custo respectivo. E ainda assim, a conclusão técnica final
será do médico afeto aos quadros da previdência.
196
Extinção Contratual e Legislação Previdenciária – Capítulo 5
5.21.6 Carência
A aposentadoria por invalidez se submete a um período de carência
de 12 (doze) contribuições mensais (art. 25, inc. I, da Lei no. 8.213/91).
197
Legislação Trabalhista e Previdenciária
199
Legislação Trabalhista e Previdenciária
1 - Cegueira total.
2 - Perda de nove dedos das mãos ou superior a esta.
3 - Paralisia dos dois membros superiores ou inferiores.
4 - Perda dos membros inferiores, acima dos pés, quando a prótese
for impossível.
5 - Perda de uma das mãos e de dois pés, ainda que a prótese seja
possível.
6 - Perda de um membro superior e outro inferior, quando a prótese
for impossível.
7 - Alteração das faculdades mentais com grave perturbação da vida
orgânica e social.
8 - Doença que exija permanência contínua no leito.
9 - Incapacidade permanente para as atividades da vida diária.
200
Extinção Contratual e Legislação Previdenciária – Capítulo 5
cia Social; ou
b) após tantos meses quantos forem os anos de duração do auxílio-
doença ou da aposentadoria por invalidez, para os demais segurados;
201
Legislação Trabalhista e Previdenciária
202
Extinção Contratual e Legislação Previdenciária – Capítulo 5
dades profissionais tidas como especiais, bem como dos agentes quími-
cos, físicos ou biológicos aptos a configurar esta
situação. No plano administrativo, o INSS tem
Conexão:
aplicado à risca estas tabelas, não admitindo Para acessar o conteú-
como especial nenhuma situação fora das do completo do Decreto no.
mesmas, bem como aplicando-lhes uma 3.048/99, incluindo suas tabelas
anexas, veja:
interpretação bastante restrita. http://www.planalto.gov.br/cci-
Já na esfera judicial, onde a litigio- vil_03/decreto/D3048.htm
sidade a respeito deste benefício é bastante
grande, nossa jurisprudência tem aplicado
outro entendimento, segundo o qual o rol cons-
205
Legislação Trabalhista e Previdenciária
tante dos anexos ao Decreto 3.048/99 não é exaustivo. Assim, se por inter-
médio de perícia técnica, for apurada alguma situação concreta onde está
presente um prejuízo à saúde ou integridade física do trabalhador, ainda
que decorrente de agente não listado nos anexos ao Decreto no. 3.048/99,
deve o trabalho em condições especiais ser reconhecido.
Outra situação muito tortuosa é a pertinente à conversão do tempo
de trabalho especial em comum, quando o trabalhador não exerce aquele
por todo o período necessário à concessão da aposentadoria. Suponhamos
a situação de um trabalhador que passa dez anos de sua vida produtiva ex-
posto a agentes patogênicos infecto-contagiosos, porque trabalha em casa
de saúde e em contato direto com pacientes. Depois dos mencionados dez
anos, muda seu ramo profissional e passa a laborar em atividade comum
(isto é, não especial), como no comércio.
É certo não ter a pessoa acima reunido condições para a aposen-
tadoria puramente especial. Mas também é certo que ele passou parte
substancial de sua vida profissional labutando em condições reconhecida-
mente prejudiciais ao seu bem estar. Estes dez anos
na casa de saúde devem ser contados de
forma simples, ou devem receber Súmula nº 9 - Apo-
um acréscimo, mediante sua mul- sentadoria Especial Equipa-
mento de Proteção Individual.
tiplicação por uma alíquota que
Aposentadoria Especial – Equipamento de
corresponda à sua equivalência Proteção Individual
dentro do prazo para a conces- O uso de Equipamento de Proteção Individual
são da aposentadoria especial? (EPI), ainda que elimine a insalubridade, no caso
de exposição a ruído, não descaracteriza o tempo
A legislação a respeito de serviço
desta questão tem sido extre- especial prestado. (DJ-05.11.2003)
mamente fluída. Sua evolução
em tempos recentes mostra-se tão
complexa que foge dos objetivos
desta obra. Mas é importante desta-
car que na esfera administrativa, ou seja,
perante o INSS, existe na vida prática uma recusa
quase terminante a se fazer tal conversão. Já na esfera judicial, a questão
não é totalmente pacífica, existindo um debate acalorado sobre o tema, com
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decisões conflitantes.
206
Extinção Contratual e Legislação Previdenciária – Capítulo 5
207
Legislação Trabalhista e Previdenciária
5.23 Desaposentação
A desaposentação pode ser definida como a reversão ou a renúncia
de uma aposentadoria já concedida anteriormente, para que se obtenha
posteriormente outro benefício mais vantajoso.
Suponhamos a hipótese de uma pessoa que obtenha sua aposentado-
ria por tempo de contribuição tão logo complete os trinta e cinco anos de
contribuição exigidos por lei. Mas por razões da mais variada ordem, seja
por pura necessidade, seja porque ainda se considera relativamente jovem
e disposto a prosseguir na sua vida produtiva, este cidadão continua a tra-
balhar. Já vimos que esta situação é juridicamente possível e muitíssimo
comum na vida cotidiana.
Prosseguindo sua vida laboral, ele progride profissionalmente, pas-
sando a auferir um salário mais vantajoso (o que implica em maior salário
de contribuição). Para além disso, com o avançar da idade e os efeitos dis-
so, decorrentes da aplicação do fator previdenciário, este cidadão percebe
que se não tivesse requerido sua aposentadoria anos atrás, deixando para
fazê-lo nesse momento posterior, passaria a receber um benefício muito
mais vantajoso. Repita-se: maiores seriam seus salários de contribuição a
se aproveitar no período básico de cálculo, e sua idade agora melhor refle-
tiria na aplicação do fator previdenciário.
Tendo essas questões em vista, este cidadão pede o cancelamento do
benefício anterior, e a concessão de um novo que, repita-se, lhe será mais
vantajoso.
Esta situação não tem previsão legal expressa, mas ainda assim mui-
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5.24 Auxílio-doença
A Constituição Federal determina que, dentre os eventos a serem
cobertos pelo sistema de seguro social, esteja a doença. Nesse sentido é a
redação do inc. I do art. 201:
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Legislação Trabalhista e Previdenciária
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Extinção Contratual e Legislação Previdenciária – Capítulo 5
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Legislação Trabalhista e Previdenciária
filiação, mas ela não era de tal gravidade a ponto de ser incapacitante. Mas
com o passar do tempo, esta mazela se agrava e acaba gerando a incapaci-
dade. Nesta situação, impedimento algum existe à concessão do benefício
em estudo.
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Extinção Contratual e Legislação Previdenciária – Capítulo 5
Diz o art. 78, § 1º do Decreto no. 3.048/99, com a redação que lhe foi dada
pelo Decreto no. 5.844/2006:
Art. 78. O auxílio-doença cessa pela recuperação da capacidade para o trabalho,
pela transformação em aposentadoria por invalidez ou auxílio-acidente de qual-
quer natureza, neste caso se resultar seqüela que implique redução da capaci-
dade para o trabalho que habitualmente exercia.
§ 1o O INSS poderá estabelecer, mediante avaliação médico-pericial, o prazo
que entender suficiente para a recuperação da capacidade para o trabalho do
segurado, dispensada nessa hipótese a realização de nova perícia. (Incluído
pelo Decreto nº 5.844 de 2006)
§ 2o Caso o prazo concedido para a recuperação se revele insuficiente, o segu-
rado poderá solicitar a realização de nova perícia médica, na forma estabelecida
pelo Ministério da Previdência Social. (Incluído pelo Decreto nº 5.844 de 2006)
§ 3o O documento de concessão do auxílio-doença conterá as informações ne-
cessárias para o requerimento da nova avaliação médico-pericial.
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Extinção Contratual e Legislação Previdenciária – Capítulo 5
5.25 Auxílio-reclusão
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Legislação Trabalhista e Previdenciária
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Extinção Contratual e Legislação Previdenciária – Capítulo 5
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Legislação Trabalhista e Previdenciária
5.25.2 Carência
O auxílio-reclusão não depende de carência (art. 26, inc.I da Lei no.
8.213/91).
5.26 Salário-família
O salário-família é um benefício pago ao segurado de baixa renda,
com previsão constitucional no art. 201, inc. IV da Constituição Fede-
ral. No plano da lei ordinária, é regulado pelos arts. 65 até 70 da Lei no.
8.213/91. O primeiro deles está assim redigido:
5.26.2 Carência
O salário-família independe do cumprimento de qualquer tipo de
carência.
5.27 Salário-maternidade
O art. 7º, inc. XVIII da Constituição Federal prevê um mecanismo
de proteção à mulher, especialmente durante seu período de gestação e
logo após o evento maternidade, dizendo:
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de ou-
tros que visem à melhoria de sua condição social:
(...)
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário,
com a duração de cento e vinte dias;
73 da Lei no. 8.213/91, sendo que o primeiro deles está assim redigido:
220
Extinção Contratual e Legislação Previdenciária – Capítulo 5
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Legislação Trabalhista e Previdenciária
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Extinção Contratual e Legislação Previdenciária – Capítulo 5
5.27.2 Carência
A segurada empregada, empregada doméstica e trabalhadora avulsa
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Legislação Trabalhista e Previdenciária
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Extinção Contratual e Legislação Previdenciária – Capítulo 5
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Legislação Trabalhista e Previdenciária
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Legislação Trabalhista e Previdenciária
5.28.3 Carência
Os benefícios decorrentes de acidente do trabalho não se submetem
a nenhum tipo de carência.
É perfeitamente possível, portanto, que já no seu primeiro dia de
trabalho, ainda antes de pagar sequer uma contribuição à previdência,
venha o segurado sofrer acidente do trabalho. Ainda assim, fará jus ao be-
nefício respectivo, podendo mesmo ser aposentado por invalidez ou, em
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5.29 Auxílio-acidente
O auxílio-acidente é benefício devido pela previdência ao segurado
acidentado, quando após a consolidação das lesões decorrentes deste aci-
dente, restarem sequelas que reduzam sua capacidade de exercer o traba-
lho que habitualmente exercia (art. 86 da Lei no. 8.213/91).
Trata-se de benefício com um caráter indenizatório, isto é, não des-
tinado a substituir a renda proveniente do trabalho do segurado, como é o
caso, por exemplo, da aposentadoria. Aqui, o segurado sofreu algum tipo
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Legislação Trabalhista e Previdenciária
5.29.1 Beneficiários
São beneficiários de auxílio-acidente os segurados empregados, tra-
balhadores avulsos e os segurados especiais, de acordo com o § 1º do art.
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Extinção Contratual e Legislação Previdenciária – Capítulo 5
5.29.3 Carência
Não há carência para o auxílio-acidente. Ele pode ser pago já a
partir do dia de filiação à previdência, exigindo-se apenas a condição de
filiado, isto é, segurado da previdência social.
las acarretem em redução de sua capacidade laboral, ele não fará jus ao
auxílio-acidente. O fundamento disso é que este segurado já tem, com a
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Extinção Contratual e Legislação Previdenciária – Capítulo 5
Lei 8.213/91:
Art. 78. Por morte presumida do segurado, declarada pela autoridade judicial com-
petente, depois de 6 (seis) meses de ausência, será concedida pensão provisória,
na forma desta Subseção.
§ 1º Mediante prova do desaparecimento do segurado em conseqüência de aciden-
te, desastre ou catástrofe, seus dependentes farão jus à pensão provisória indepen-
dentemente da declaração e do prazo deste artigo.
§ 2º Verificado o reaparecimento do segurado, o pagamento da pensão cessará
imediatamente, desobrigados os dependentes da reposição dos valores recebidos,
salvo má-fé.
234
Extinção Contratual e Legislação Previdenciária – Capítulo 5
5.30.1 Beneficiários
São beneficiários da pensão por morte os dependentes do segurado,
tal como descritos pelo art. 16 da Lei no. 8.213/91.
econômica.
Para as pessoas elencadas no inciso I, a dependência econômica
é presumida pela lei, não havendo necessidade de sua comprovação em
concreto, caso a caso. Já para as demais, é necessária a apresentação de
comprovação desta situação de dependência, que pode ser feita em pro-
cesso administrativo perante a previdência ou na via judicial, acaso o
reconhecimento de dependência seja negado naquela. Tal comprovação
pode ser feita de variados modos, tais como a demonstração de que estes
dependentes não tem renda própria, recibos demonstrando o pagamento
de contas pelo falecido a favor delas, e assim por diante.
235
Legislação Trabalhista e Previdenciária
Em apoio a sua tese, ele ainda menciona alguns julgados nesse sen-
tido, como um acórdão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, Apela-
ção Cível no. 57454, onde foi relatora a Desembargadora Federal Suzana
Camargo.
Mas parece-nos que a jurisprudência mais recente, oriunda do Su-
perior Tribunal de Justiça, tem se orientado em direção diversa. Segundo
esta tese, a união estável protegida pela Constituição Federal e que deve
merecer a proteção legal é aquela não adulterina, formadora de um núcleo
familiar não só estável, mas também único e passível de se converter no
casamento. Nesse sentido é o seguinte julgado:
237
Legislação Trabalhista e Previdenciária
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Legislação Trabalhista e Previdenciária
5.30.2 Carência
A pensão por morte não depende do cumprimento de carência.
5.31 Seguro-desemprego
O seguro-desemprego é também um benefício
afeto à previdência social, tendo previsão cons-
titucional no art. 7º, inc. II. No plano da lei Conexão:
Para acessar esta
ordinária, sua disciplina básica está con-
legislação, visite:
tida na Lei no. 7.998/90, com as altera- http://www.planalto.gov.br/cci-
ções introduzidas pela Lei no. 8.900/94. vil_03/Constituicao/Constituicao.htm
O seguro-desemprego tem por http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
Leis/L7998.htm
finalidade garantir ao trabalhador uma http://www.planalto.gov.br/cci-
assistência financeira temporária, em vil_03/Leis/L8900.htm
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despedida por justa causa, ele não faz jus ao seguro. Também o trabalha-
dor que vier a ser resgatado de regime de trabalho forçado, ou que estava
submetido à condição análoga à de escravo terá direito ao seguro desem-
prego (art. 2º inc. I da Lei no. 7.998/90).
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Legislação Trabalhista e Previdenciária
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Extinção Contratual e Legislação Previdenciária – Capítulo 5
247
Legislação Trabalhista e Previdenciária
ção do benefício.
Superadas as condições exigidas
por lei, deverá o benefício ser cancela-
do. Isto não obsta que, por novas mu-
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Legislação Trabalhista e Previdenciária
Ele também não pode ser acumulado com nenhum outro benefício
da previdência social (art. 20 § 4º da Lei no. 8.742/96). Mas o fato do
deficiente ou idoso estar acolhido em algum tipo de estabelecimento de
internação de longa permanência, como casas de repouso ou clínicas de
recuperação, não prejudica a percepção do benefício (art. 20 § 5º da Lei
no. 8.742/96).
Atividades
01. Relembre quais são os elementos necessários para que possamos ca-
racterizar a justa causa ao empregado.
Reflexão
Foram destacadas também as principais formas de extinção do
contrato de trabalho. Foram mencionados os aspectos legais referentes à
dispensa com e sem justa causa, a rescisão indireta, o pedido de demissão,
e as demais formas de extinção do contrato de trabalho.
Desenvolvemos um amplo estudo sobre a Legislação Previdenciária,
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sobre os critérios adotados pelo legislador para indicar quem são, afinal de
contas, os destinatários dos benefícios da previdência social. Pense sobre a
figura do segurado, em suas variadas modalidades, e reflita sobre as dife-
renças entre elas no aspecto profissional, e de que forma estas últimas são
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Extinção Contratual e Legislação Previdenciária – Capítulo 5
Leitura recomendada
Matriz Teórico-Metodológica do Serviço Social na Previdência Social,
Brasília/DF: MPAS, 1994.
sinistro social a serem cobertas pelo seguro, motivo pelo qual a jurispru-
dência de nossos Tribunais está sempre produzindo soluções casuísticas
que merecem ser conhecidas pelo estudioso do tema, normalmente porque
trazem soluções a demandas concretas que, aparentemente, não encontra-
vam solução direta pela simples leitura do texto da lei.
Referências
ARAÚJO, FRANCISCO Carlos da Silva. Seguridade Social. Jus
Navigandi, Teresina, ano 11, n. 1272, 25 dez. 2006. Disponível em:
<http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=9311>. Acesso em: 23
jan. 2010.
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