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Argumentos a favor

Quem é a favor da eutanásia, acredita que esta seja um caminho


para evitar a dor e o sofrimento de pessoas que estejam em fase
terminal ou sem qualidade de vida. Defendem que a pessoa morre de
uma forma pouco dolorosa significando que teve uma morte digna.

Cada pessoa tem a consciência para decidir por si próprio, estando na


base a escolha pela prática ou não da eutanásia. A eutanásia não
apoia nem defende a morte em si, apenas faz uma reflexão de uma
morte mais suave e menos dolorosa que algumas pessoas optam por
ter, em vez de terem uma morte lenta e de sofrimento

É preciso analisar os diversos elementos sociais que rodeiam o


indivíduo, incluindo assim as componentes biológicas, familiares e
económicas.

A escolha pela morte, não poderá ser irreflectida. As componentes


biológicas, sociais, culturais, económicas e psíquicas têm que ser
avaliadas, contextualizadas e pensadas, de forma a assegurar a
verdadeira autonomia do indivíduo que, alheio de influências
exteriores à sua vontade.

Quando uma pessoa passa a ser prisioneira do seu corpo, dependente


da satisfação das necessidades mais básicas; o medo de ficar só, de
ser um “fardo” para os familiares, a revolta e a vontade de dizer
“Não” ao estado em que se encontra, levam-no a pedir o direito a
morrer com dignidade. O pedido deverá ser ponderado antes se
passar a acção, o que não significa a desvalorização que tantas vezes
conduz esses homens e mulheres a lutarem pela sua dignidade e vida
anos e anos, a fio.

Mas a Eutanásia continua a ser um tema tabu, na nossa sociedade,


em que ainda existem poucos países com esta está legalizada. “A
autonomia no direito a morrer não é permitida em detrimento das
regras que regem a sociedade, o comum, mas numa política de
contenção económica, não serão os custos dessa obrigatoriedade
elevados?”
Argumentos contra

Existem muitos argumentos contra a eutanásia, desde os religiosos,


éticos até os políticos e sociais. Do ponto de vista religioso a
eutanásia é vista como uma usurpação do direito à vida humana,
devendo ser um exclusivo reservado ao “Criador”, ou seja, só Ele
pode tirar a vida de alguém.

Na perspectiva da ética médica, tendo em conta o juramento de


Hipócrates, em este considera que a vida é um dom sagrado, sobre a
qual o médico não pode ser juiz da vida ou da morte de alguém,
assim a eutanásia é considerada um homicídio. Cabe assim ao
médico, cumprir o juramento Hipocrático, assistir o paciente,
fornecendo-lhe todo e qualquer meio necessário à sua subsistência.
Para além disto, pode-se verificar a existência de muitos casos em
que os indivíduos estão desenganados pela Medicina tradicional e
depois vão à procura de outras alternativas conseguem curarem-se.

Outro dos argumentos contra, centra-se na parte legal, uma vez que
o Código Penal actual não especifica o crime da eutanásia,
condenando qualquer acto que ponha fim a uma vida. Podendo ser o
homicídio voluntário, o auxilio ao suicídio ou o homicídio mesmo que
a pedido da vítima ou por “compaixão”, estes são punidos
criminalmente.

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