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Diretoria de Ciências Exatas

Laboratório de Física

Roteiro 02

Física Geral e Experimental I

Experimento: Cinemática do M. R. U. e M. R. U. V.
1. Cinemática do M.R.U. e do M.R.U.V.

Nesta tarefa serão abordados os seguintes assuntos:

a. Rever os conceitos básicos de movimentos unidimensionais, tais como: posição,


velocidade e aceleração;
b. Relacionar o deslocamento de um corpo em função do tempo;
c. Elaboração de tabelas para coletar os dados obtidos;
d. Construção de gráficos;
e. Verificação de curvas obtidas no gráfico de espaço versus tempo no M.R.U.
f. Aplicar as equações horárias do M.R.U.V. para a determinação dos módulos da
velocidade inicial e da aceleração do movimento.

2. Objetivos:

a. Rever os conceitos básicos de movimentos unidimensionais, tais como: posição,


velocidade e aceleração, e obter a dependência da posição em função do tempo
de M.R.U. e de M.R.U.V.
b. Por intermédio desta experiência, analisar o movimento unidimensional de um
corpo, utilizando o trilho de ar. Esse tipo de equipamento é projetado para
minimizar as forças de atrito, fazendo com que o corpo se desloque sobre um
colchão de ar comprimido, o que elimina o contato direto entre o corpo e a
superfície do trilho por onde ele desliza. Ao longo do trilho existem pequenos
orifícios regularmente distribuídos por onde sai o ar comprimido, fornecido por
um gerador de fluxo de ar. Portanto o colchão de ar manterá o corpo "flutuando"
permitindo o seu movimento com atrito muito reduzido.
c. Para investigar o movimento de um móvel sujeito a uma resultante de forças
nula, nivela-se o trilho de ar, situação na qual o peso do móvel deslizante é
contrabalançado pela força normal proporcionada pelo jato de ar. Nesta
situação, a resultante das forças ao longo da direção de movimento do móvel, a
força de atrito, é bastante minimizada.
d. Em contrapartida, o movimento de um móvel sob ação de uma força constante é
obtido inclinando-se o trilho de ar em relação a horizontal, de modo que o móvel
desça sob a ação da componente da força gravitacional, no móvel, ao longo da
direção do trilho.

3. Material utilizado:

a. Colchão de Ar Linear;
b. Nível de bolha;
c. Cronômetro digital múltiplo;
d. Trena milimetrada.

4. Estudo do movimento

Diz-se que uma partícula descreve um Movimento Retilíneo Uniforme


(M.R.U.), para um dado referencial linear, quando o módulo do vetor velocidade for
constante e não nulo. Neste caso, as equações horárias que descrevem este
movimento são dadas por:

s s0 v t (1) e v v0 constante (2)

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A função horária (1) é dita função horária da posição para o M.R.U. e a função
(2) é a função horária da velocidade. Observe que (2) não depende do tempo,
determinando uma velocidade constante e, portanto, que não varia com o tempo.
Por outro lado, para movimentos retilíneos com uma aceleração constante e
não nula (M.R.U.V.), as equações horárias são:

a t2
s s0 vo t (3)
2
e
v v0 a t (4)

Isolando-se o tempo das duas equações acima, é possível obter a equação de


Torricelli
v 2 v02 2 a s (5)

5. Procedimento Experimental

Cinco fotocélulas estão fixadas ao longo do trilho do colchão de ar. Duas


fotocélulas consecutivas registram o intervalo de tempo para a passagem de um
móvel entre elas. A primeira fotocélula ativa o trigger do relógio. Desta forma,
intervalos de tempo t , são registrados automaticamente.

5.1. Posicionar o móvel deslizante sobre o trilho de ar na horizontal. O móvel deve


permanecer essencialmente em sua posição inicial, em contato com o eletroímã, não
demonstrando nenhuma tendência ao movimento.

S4 S3 S2 S1

t4 t3 t2 t1

Figura 01: Colchão de ar

t1 t2

t3 t4

Figura 02: Multicronômetro

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O sistema utilizado neste experimento é eletromagnético. Para utilizá-lo deve-
se encostar o móvel, e ligar a chave normalmente aberta para energizar o sistema.
Para dar início ao movimento, basta acionar a chave, cortando a energização do
eletroímã.

5.2. Medir com uma trena os espaços entre os feixes emitidos pelas fotocélulas e
completar a tabela 1.

5.3. Ligar e zerar o multicronômetro. Cada cronômetro registra o intervalo de tempo


t que o carrinho leva para percorrer a distância S entre cada par de sensores
subsequente. Realizar três medidas e completar a tabela 1.

Tabela 1: intervalos de tempo e distâncias do movimento do móvel em M.R.U.

Medidas (cm) S1 = S2 = S3 = S4 =


Intervalos de
t1 t2 t3 t4
tempo (s)

Média - t(s)

5.4. Repetir o mesmo procedimento anterior para o colchão de ar inclinado e


completar a Tabela 2:

Tabela 2: intervalos de tempo e distâncias do movimento do móvel em M.R.U.V.

Medidas (cm) S1 = S2 = S3 = S4 =


Intervalos de
t1 t2 t3 t4
tempo (s)

Média - t(s)

6. Análise de dados

6.1 Movimento Retilíneo e Uniforme (M.R.U.)

6.1.1 Utilizando os valores médios dos intervalos de tempo (t) e as distâncias


(S) da Tabela 1, completar a Tabela 3 com as posições S(m) e os instantes de
tempo t(s).
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Tabela 3: Medidas de posições e instantes de tempo.
Posições
S0= S1= S2= S3= S4=
S(m)
Instantes de
t0= t1= t2= t3= t4=
tempo t(s)

6.1.2 Esboçar um gráfico, em papel milimetrado em tamanho A4, da posição em


função do tempo e ajustar a melhor reta (reta média) entre os pontos
experimentais. Ulizar o gráfico para determinar a velocidade do móvel, considerada
constante durante todo o percurso.

6.1.3 Escrever a equação horária do movimento.

6.2 Movimento Retilíneo Uniformemente Variado (M.R.U.V.)

6.2.1 Utilizar os valores médios dos intervalos de tempo (t) e as distâncias (S)
da Tabela 2, e completar a Tabela 4 com as posições S(m) e os instantes de tempo
t(s).

Tabela 4: Medidas de posições e instantes de tempo.


Posições
S0= S1= S2= S3=
S(m)
Instantes de
t0= t1= t2= t3=
tempo t(s)

6.2.2 Utilizando os valores da posição (S1) e do seu respectivo instante de tempo (t1)
e os valores da posição (S4) e o seu respectivo instante de tempo (t4), escrever uma
equação horária do movimento para cada instante e, por intermédio da resolução de
um sistema de equações, calcular os valores da velocidade inicial do móvel e a
aceleração (considerada constante em todo o percurso).

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