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MADEIRA

Definição
Normalização
Classificação: ( http://www.montana.com.br/Guia-da-Madeira/Tratamento/Metodos-
de-tratamento-da-madeira/Tratamentos-sem-e-com-pressao )
Categoria Condição de uso da Organismos xilófagos
de uso
madeira
1 Interior de construções, fora de Cupim-de-madeira-seca
contato com o solo, fundações Broca-de-madeira
ou alvenaria, protegidos das
intempéries, das fontes
internas de umidade e locais
livres do acesso de cupins-
subterrâneos ou arborícolas.
2 Interior de construções, em Cupim-de-madeira-seca
contato com a alvenaria, sem Broca-de-madeira
contato com o solo ou Cupim-subterrâneo
fundações, protegidos das Cupim-arborícola
intempéries e das fontes
internas de umidade.
3 Interior de construções, fora deCupim-de-madeira-seca
contato com o solo e Broca-de-madeira
protegidos das intempéries, Cupim-subterrâneo
que podem, ocasionalmente, Cupim-arborícola
ser expostos a fontes de Fungo
umidade. embolorador/manchador
Fungo apodrecedor
4 Uso exterior, fora de contato Cupim-de-madeira-seca
com o solo e sujeito as Broca-de-madeira
intempéries. Cupim-subterrâneo
Cupim-arborícola
Fungo
embolorador/manchador
Fungo apodrecedor
5 Contato com o solo, água doce Cupim-de-madeira-seca
e outras situações favoráveis à Broca-de-madeira
deterioração, como engaste Cupim-subterrâneo
em concreto e alvenaria. Cupim-arborícola
Fungo
embolorador/manchador
Fungo apodrecedor
6 Exposição à água salgada ou Perfurador marinho
salobra. Fungo
embolorador/manchador
Fungo apodrecedor
Secagem: O emprego de tecnologia adequada para a secagem da madeira é
fundamental para o sucesso em processos de tratamento preservativo, viabilizando
o uso correto e duradouro da matéria-prima na construção civil, na fabricação de
postes, dormentes e mourões, entre outras finalidades.
A secagem da madeira é um processo complexo em função das características
específicas do próprio material. Tem início no momento da colheita arbórea, quando
os teores de umidade costumam assumir valores maiores do que 100% na base
seca.
Para compreender o mecanismo de secagem da madeira, é necessário entender as
duas formas como a água se distribui no seu interior:
Água livre: preenche o vazio das células vegetais (lumens) e recebe essa
designação porque não está ligada à madeira por forças de natureza química ou
física;
Água de ligação: também conhecida como higroscópica, encontra-se no interior da
parede celular, geralmente formando pontes de hidrogênio com os polímeros
naturais que a constituem.
Após a colheita da árvore, a madeira vai perdendo água livre para o meio ambiente,
até que o lúmen das células fique completamente vazio, situação conhecida como
ponto de saturação das fibras (p.s.f.). Esse ponto de saturação ocorre entre 25% e
30% de umidade. A secagem da madeira busca o equilíbrio de umidade com o meio
ambiente. Durante esse período de perda de água livre, a madeira não apresenta
qualquer tipo de variação dimensional.
Entretanto, abaixo do ponto de saturação das fibras, continuando o processo de
secagem, começa a perda da água de ligação, acompanhada de contração da
madeira, que continua até 0% de umidade.
Basta a madeira ser colocada em ambiente de maior umidade relativa para que o
processo se reverta, podendo inchar até chegar ao ponto de saturação das fibras.
Trata-se de um processo dinâmico, de troca de moléculas de água entre a madeira
e o meio ambiente, até atingir um ponto de equilíbrio. Pode-se dizer que a umidade
de equilíbrio da madeira corresponde a 20% da umidade relativa do ar, ou seja:
Ue = Ur /5, onde:
Ue = umidade de equilíbrio da madeira
Ur = umidade relativa do ar.
Uma peça de madeira colocada num ambiente com 60% de umidade relativa, no
equilíbrio terá um teor de umidade aproximadamente igual a 60/5, o que
corresponde a 12%.

Importância da secagem da madeira:


Aumentar a estabilidade dimensional da madeira, que sofre contração com a perda
de água. Por isso ela deve ser seca antes de chegar às suas dimensões finais;
Reduzir o peso gerando economia no transporte;
Reduzir o apodrecimento ou fungos manchadores, pois quando o teor de umidade
fica abaixo de 20% a madeira não é atacada por esses microorganismos;
Aumentar as propriedades mecânicas da madeira;
Maior eficiência na impregnação com preservativo em processos industriais;
Melhorar as propriedades de isolamento térmico e elétrico do material;
Melhorar as condições de colagem.

Tipos:
Secagem natural – É o processo mais simples de retirada de água da madeira,
expondo-a às condições atmosféricas. Baseia-se na circulação natural de ar entre
as peças. Como não há controle sobre as condições atmosféricas, é um processo
lento que pode durar vários meses. Não há necessidade de mão-de-obra
especializada, mas demanda grandes espaços. Dependendo da espécie de madeira
que está sendo seca, poderá ser necessário um pré-tratamento, para garantir a
sanidade biológica das peças até que elas atinjam um equilíbrio em torno de 20%
de umidade.
Alguns cuidados devem ser tomados para sua execução. O primeiro diz respeito à
escolha do pátio de secagem. Deve ser um local alto e plano, com boa drenagem do
solo. A madeira deve ser empilhada com espaçamento entre as peças feito por meio
de tabiques de alta durabilidade natural ou, então, adequadamente tratados. Este
espaçamento proporcionará a livre circulação do ar que permitirá a remoção da
água. As pilhas devem ser dispostas perpendicularmente aos ventos dominantes da
região, permanecendo de 30 cm a 40 cm do solo, sem a proximidade de vegetação
capaz de facilitar a propagação de microorganismos.
As diversas pilhas de madeira devem ser colocadas no pátio, formando um
arruamento que facilite a operação de empilhadeiras e caminhões de carga e
descarga. Nas fotos que se seguem, são apresentados exemplos de formas
corretas e incorretas de empilhamento num pátio de secagem.
Formas corretas de empilhamento: tesoura (madeira serrada) gaiola (dormentes)

Secagem artificial – Realizada em câmaras fechadas onde são controladas as


condições de temperatura, circulação e umidade relativa do ar. Esses controles
fazem com que a secagem da madeira ocorra com mais rapidez e precisão do que
sob condições ambientais. Pode-se promover a secagem até um teor de umidade
pré-determinado em alguns dias ou semanas. Os secadores variam dependendo
dos materiais construtivos empregados, formas de aquecimento, tipos de
umidificação, circulação do ar, etc.
Há dois tipos de secadores: contínuos, muito usados para a secagem de lâminas de
compensados, e estacionários que são os mais usados na indústria madeireira
de9xando a matéria-prima confinada numa câmara de secagem.
A secagem artificial ou forçada também tem vantagens e desvantagens. Por
exemplo, não necessita de grandes espaços, como na secagem natural, mas exige
maior investimento inicial.
Tipos de secadores – Existem no mercado, basicamente, dois tipos de secadores:
os de baixa temperatura e os convencionais.
Baixa temperatura – Operam na faixa de 30ºC a 50°C. Ventiladores fazem a
circulação e mantêm a velocidade do ar em torno de 2,5 m/s. Encontram-se
secadores por desumidificação e solares. Nos secadores por desumidificação a
água é removida por condensação em serpentinas. Esse sistema apresenta bom
controle, baixa ocorrência de defeitos na madeira, porém seu custo é elevado.
Os secadores solares são simples, baratos e com um nível de complexidade que os
tornam indicados para operações de pequeno porte. Sua principal vantagem é o
aproveitamento da energia solar, abundante em países como o Brasil. Sua
temperatura de operação é da ordem de 55ºC a 60°C e serve para operações de
pré-secagem.
Esquema de um secador solar. Para maior eficiência o ângulo de inclinação do
coletor solar deve ser igual ao da latitude do local de secagem.

Secadores convencionais – Operam em temperaturas que podem chegar a 90°C,


com velocidades de ar entre 1,4m/s e 2,3m/s. É o tipo mais comum de secador
usado pela indústria madeireira.
A operação deste tipo de secador exige conhecimento teórico e prático sobre as
características das madeiras sob secagem, para evitar o aparecimento de defeitos e
depreciação econômica do lote que está sendo seco.O processo deve ser
conduzido com cuidado e em etapas que se sucedem, com o aumento gradativo da
temperatura e diminuição da umidade relativa do ar no interior da câmara.
Esse conjunto de etapas constitui o que se chama programa de secagem. A maioria
dos fornecedores de equipamento deste tipo entrega aos seus clientes programas
de secagem compatíveis com as principais madeiras brasileiras.
Ponto final da secagem:
Segundo o Manual de Secagem do IPT (Ponce, R.H. & Watai, L.T. – 1985), as
madeiras devem ser secas até um teor de umidade final em função do tipo de
aplicação a que se destinam. Confira na tabela a seguir:
Teor de Umidade Final recomendado para certos produtos de Madeira

Defeitos de secagem:
Podem ocorrer devido às tensões na madeira durante o processo de secagem
quando conduzido de maneira inadequada. Os empenamentos são distorções das
peças de madeira quando tomados como referência os planos de suas faces. As
rachaduras são consequência da maior contração da madeira na direção tangencial,
superando a contração radial.
Segundo Jankowsky, I. (Fundamentos de Secagem de Madeira – ESALQ – 1990)
outros defeitos menos comuns que os empenamentos, mas também importantes e
decorrentes do emprego de temperaturas elevadas e de processos rápidos de
secagem, são o encruamento, o colapso e as rachaduras em favo:
 Encruamento: Causado por secagem rápida e não uniforme. Se as camadas
externas da madeira secarem antes da parte central, elas são impedidas de contrair
e permanecem num estado de tensão. Quando a parte central seca, a tensão das
camadas internas impede sua contração. Se a madeira for usada nestas condições
o encruamento não é um problema sério. Entretanto, se a madeira for serrada
novamente, as tensões serão aliviadas e poderão ocorrer distorções.
 Colapso: Segundo Jankowsky, “o colapso caracteriza-se por ondulações nas
superfícies da madeira, que pode apresentar-se bastante distorcida. O colapso é
basicamente ocasionado por forças geradas durante a movimentação da água livre,
que deformam as células. O colapso aparece quando a tensão desenvolvida,
durante a saída de água livre, supera a resistência da madeira à compressão”.
 Rachaduras em Favo: Ainda, segundo Jankowsky: “esse é um defeito típico da
secagem artificial que se caracteriza por rachaduras no interior da peça.
Exteriormente, a peça pode apresentar-se sem alterações. Esse tipo de defeito
aparece normalmente associado ao colapso e ao encruamento, como consequência
das tensões de tração, no interior das peças, terem excedido a resistência da
madeira no sentido perpendicular às fibras. Previne-se o seu aparecimento
evitando-se altas temperaturas até a remoção de água livre do interior das peças
em secagem.”
Regras da Secagem da Madeira:
Embora secagem e preservação de madeiras sejam processos inversos, duas
regras são comuns a ambas:

1ª) Sempre devem ser processadas madeiras da mesma espécie;


2ª) As peças processadas devem ter as mesmas dimensões ou, pelo menos,
próximas.

PRESERVAÇÃO: http://www.montana.com.br/Guia-da-
Madeira/Industrializacao/Madeira-Serrada/Construcao

TRANSFORMADA:
Laminada:
http://www.remade.com.br/br/revistadamadeira_materia.php?num=1473&subject=M
LC&title=A%20madeira%20laminada%20colada
Aglomerada:
Reconstituída: Entre os paineis feitos de madeira reconstituída, encontram-se as
chapas de fibra de densidade média:
 MDF (Medium Density Fiberboard )
 OSB (Oriented Strand Board )
 MDP (Medium Density Particle)
Como os painéis apresentados são usados geralmente em ambientes internos, o
principal risco de ataque biológico é representado por insetos, em especial os
cupins. Ensaios e análises revelaram que o produto Osmose CP 50 é efetivo na
proteção desses painéis, quando adicionado aos adesivos empregados no processo
de fabricação, nas concentrações indicadas no boletim técnico.
MDF
O MDF, chapa de fibra de média densidade, é um painel manufaturado com
madeira ou outras fibras naturais ligadas com uma resina sintética ou outro
aglomerante adequado. É fabricado para ter um peso específico de 496 kg/m3
(densidade = 0,50) a 880 kg/m4 (densidade = 0,88) e outros materiais podem ser
adicionados durante sua fabricação para melhorar algumas propriedades.
MDP
Paineis de MDP têm como principal diferença em relação aos de MDF o fato de
serem usadas partículas em lugar de fibras de madeira. As partículas mais finas
ficam na superfície do painel e as mais grossas no miolo. Sua identidade é a média
densidade.
OSB
O OSB é uma chapa de feixes orientados com multicamadas feitas de aparas de
madeira, com forma e espessura predeterminadas e unidas com adesivo. Os feixes
das camadas externas são alinhados e paralelos ao comprimento da peça. Os das
camadas centrais podem ser orientados ao acaso ou alinhados, o que é feito,
geralmente, em ângulos retos em relação às camadas externas.

Vídeo Simulador de tratamento de madeira https://youtu.be/PcmVtesUQEE

Apresentação do uso da madeira na construção civil


https://youtu.be/DWR7sXqrmmQ
Madeira na construção civil https://youtu.be/ipeSRs9RVf4

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