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Sinop/MT
2019
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Sinop/MT
2019
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Aprovado em ____/____/_____.
Professor(a) Avaliador(a)
Departamento de Engenharia Civil –FASIPE
Professor(a) Avaliador(a)
Departamento de Engenharia Civil –FASIPE
Sinop-MT
2019
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DEDICATÓRIA
AGRADECIMENTO
RESUMO
O presente trabalho é composto por uma análise comparativa, entre a resistência e o consumo
de material e mão de obra necessários para um edifício concebido em concreto armado e o
mesmo projeto concebido em aço laminado. Essa análise será feita para a definição de qual
método construtivo pode ser mais empregado com maior eficiência e menor custo em
construções de nossa região. Será utilizado uma pesquisa quali-quantitativa para seu
desenvolvimento para que seja escolhido a melhor opção entre custos e mão de obra e tempo.
Após a obter-se os resultados, é esperado que o aço tenha um bom aproveitamento, para que os
profissionais da Engenharia Civil possam tomar como exemplo e fazerem mais pesquisas sobre
a utilização do aço em construções da nossa região, e assim fazer o emprego deste material.
ABSTRACT
The present work consists of a comparative analysis between the resistance and the
consumption of material and manpower required for a building designed in reinforced concrete
and the same project conceived in rolled steel. This analysis will be done to define which
constructive method can be used more efficiently and less costly in constructions of our region.
A qualitative-quantitative research will be used for its development so that the best choice
between costs and labor and time is chosen. After obtaining the results, the steel is expected to
be well used, so that Civil Engineering professionals can take as an example and do more
research on the use of steel in our region's constructions, and thus make use of this material.
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 11
1.1. Justificativa ................................................................................................................................... 12
1.2 Problematização ............................................................................................................................ 12
1.3 Objetivos ........................................................................................................................................ 13
1.3.1 Geral ............................................................................................................................................. 13
1.3.2 Específicos ................................................................................................................................... 13
2. REVISÃO DE LITERATURA ...................................................................................................... 14
2.1 Fabricação do Aço ......................................................................................................................... 14
2.3 Tipos de Aço Estrutural ................................................................................................................ 16
2.4 Perfis Metálicos ............................................................................................................................. 17
2.5 Conexões Metálicas ....................................................................................................................... 18
2.6 Sistemas Estruturais Metálicos .................................................................................................... 21
2.6.1 Pórticos Deformáveis e Indeformáveis ..................................................................................... 22
2.7 Cargas Solicitantes em Estruturas e Edifícios ............................................................................ 23
2.8 Estruturas de Concreto Armado ................................................................................................. 24
2.8.1 Definição de concreto armado...................................................................................................... 24
2.8.2 Resistência à tração ...................................................................................................................... 24
2.8.3 Resistência à compressão ............................................................................................................. 25
2.8.4 Aço ............................................................................................................................................... 25
2.8.5 Módulo de elasticidade................................................................................................................. 26
2.8.6 Durabilidade da Estrutura............................................................................................................. 26
2.8.7 Qualidade da estrutura .................................................................................................................. 26
2.8.8 Estados limites ............................................................................................................................. 27
2.9 Dimensionamento de Estruturas de Concreto Armado ............................................................. 27
2.10 Dimensionamento de Estruturas de Aço ................................................................................... 27
2.11 Custos no Projeto Estrutural ..................................................................................................... 28
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ................................................................................. 29
3.1 Tipo de Pesquisa ............................................................................................................................ 29
3.2 População e Amostra .................................................................................................................... 29
3.3 Coleta de dados .............................................................................................................................. 29
3.4 Cronograma ................................................................................................................................... 30
4. RESULTADOS ESPERADOS ....................................................................................................... 31
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 32
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1. INTRODUÇÃO
Tanto construções em aço, quanto construções em concreto armado, não são novidades
no mundo em termos de construção civil, o primeiro registro moderno de uma edificação que
se utiliza de concreto armado em sua concepção estrutural data do ano 1770 e trata-se da obra
da estrutura da Igreja Santa Genoveva, de Paris, hoje conhecida como Pantheon (Kaefer, 1998).
O aço por sua vez, na história moderna da humanidade já possui registros de utilização em
estruturas desde 1779, ano de construção da ponte Ironbridge na Inglaterra (Heath;Miller,
2014). Portanto são tecnologias conhecidas há um bom tempo. No Brasil o aço passou a ser
utilizado anos após o concreto armado. Entretanto a constante evolução tecnológica, e o
aperfeiçoamento dos materiais de construção civil, criaram novos mercados para estes produtos,
que continuam a evoluir desde então.
Em nossa região, Sinop, no estado de Mato Grosso, por ser uma cidade nova, cerca de
40 anos, as edificações inteiramente construídas de aço ainda são uma novidade e uma
tecnologia pouco difundida. Isto se dá por diversos motivos, primeiramente porque o método
construtivo amplamente empregado em todo o Brasil sempre foi o concreto armado, segundo
Santos (2009), o concreto armado passa a ser difundido no país desde a década de 1930, o que
tornou o acesso a insumos e mão de obra especializada neste material mais abundante. O aço
por sua vez tem no O Edifício Garagem América, em São Paulo, o primeiro edifício de
múltiplos andares em estrutura metálica executado no país, em 1957. Na época, não existiam
procedimentos de cálculo para estruturas mistas, mas vigas de transição compostas por aço e
concreto e um sistema de solidarizarão entre estacas metálicas e cortina de concreto foram
utilizados no edifício (PORTAL METÁLICA, 2018). No mesmo período, foram construídos o
Edifício Palácio do Comércio, em São Paulo, o Edifício Avenida Central, no Rio Janeiro, e o
Edifício Santa Cruz, em Porto Alegre. Neles, o concreto foi utilizado como proteção da
estrutura metálica contra incêndio (DIAS, 1999).
1.1. Justificativa
Em nosso estado, a grande parte da matriz curricular dos cursos de engenharia civil,
tem um grande foco na capacitação do engenheiro civil para lidar com estruturas em concreto
armado, oferecem diversas vantagens, entretanto, existe um desperdício de recursos (tempo de
construção, custo, resíduos gerados) muito grande quando se fala em construir em concreto
armado. Sendo assim inovar e buscar soluções mais eficientes é essencial para a evolução da
rede de produção da construção civil. E construções em aço podem apresentar diversas
vantagens em relação a construções em concreto armado, por isso se faz necessária uma análise
comparativa entre os dois métodos construtivos para que se possa ter uma referência sólida
sobre qual método é mais vantajoso (Fabrizzi, 2007).
1.2 Problematização
Apesar de ser amplamente empregado em nossa região e ter um custo menor, o concreto
armado realmente é o material estrutural que pode ser melhor empregado em nossa região
comparando custos e tempo, em comparação ao aço que por sua vez a construção tem um custo
maior porem é rápida e pode gera menos resíduos para a obra. Quando se é utilizado o método
construtivo para estruturas em concreto armado se tem uma grande perda de tempo e se gera
uma grande quantidade de resíduos na obra isso faz com que o valor no final da obra aumente.
Quando falamos sobre o aço, o material tem um alto custo em relação ao concreto armado e
para a concepção das estruturas precisa-se de mão de obra especializada, e em nossa região
temos poucos profissionais especializados, o que nos leva a contratar de mão de obra de outras
regiões isso a deixa mais cara, e o método construtivo também, por isso se faz necessário uma
análise para qual material pode ser melhor empregado.
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1.3 Objetivos
1.3.1 Geral
Análise comparativa, entre viga de concreto armado e uma viga de aço ambas com um
vão de 4 metros, onde posteriormente será definido de qual material pode melhor empregado
em construções de nossa região.
1.3.2 Específicos
• Dimensionamento com cálculos através de software especializado da estrutura de
concreto armado e de Aço.
• Definição de materiais e mão de obra necessários para os dois métodos construtivos
• Pesquisa quantitativa com orçamentos em sistemas como a SINAPI e orçamentos em
empresas da região.
• Análise Comparativa de todos os resultados a serem obtidos.
• Definição do método construtivo com melhor custo benefício.
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2. REVISÃO DE LITERATURA
Segundo o Instituto Aço Brasil (2015), nesta fase líquida o ferro possui excesso de
impurezas, então, é realizado o processo de refino, onde o ferro líquido é levado para a aciaria,
uma unidade que possui equipamentos como fornos a oxigênio ou elétricos, para a retirada
desses componentes por meio de uma injeção de oxigênio no ferro gusa. Ainda no refinamento,
é feito a adição de outros elementos para reproduzir propriedades pretendidas de resistência,
ductilidade, solvabilidade e resistência à corrosão.
O aço líquido é levado para a terceira fase do processo de fabricação do aço a laminação.
Resfriado no processo de solidificação, ele é deformado mecanicamente para a criação de
blocos e placas e assim, serão feitos os perfis metálicos laminados, produzidos no procedimento
de laminação, as quais são produtos siderúrgicos utilizados pela indústria, com uma seção
transversal determinada. Logo os perfis soldados são feitos a frio sendo dobrados ou cortados
e soldados posteriormente.
possível reverter a deformidade gerada. Para que isso ocorra é necessário o deslocamento dos
átomos sem a alteração das suas posições relativas na rede cristalina. Esta propriedade é medida
através do módulo de elasticidade (E) que associa a tensão e a deformação linear específica, em
relação ao aço, possui valor de 200.000 Mpa (PIGNATTA;SILVA, 2012).
Plasticidade é conceituada como a deformidade permanente que ocorre em um material
após a descarga de força atuada sobre o mesmo, causando danos irreversíveis em sua estrutura.
A deformação plástica modifica os parâmetros estruturais de determinado metal, tornando-o
mais resistente. Tal fenômeno pode ser nomeado como endurecimento à frio ou encruamento
(PIGNATTA;SILVA, 2012).
Tenacidade é a habilidade do aço de atenuar uma enorme energia elástica como plástica
por unidade de volume até que se rompa. Se caracteriza pela área total do diagrama tensão-
deformação. O aço tem suas propriedades modificadas de acordo com a liga no caso os
elementos que fazem parte de sua composição. Com elevada porção de carbono no aço o limite
de resistência aumenta de uma forma econômica, porém, a sua ductilidade e tenacidade é
afetada implicando na soldabilidade e deixa o aço com baixa resistência a corrosão.
(PIGNATTA;SILVA, 2012).
Quando se tem maiores porções de cobre no aço se tem uma maior a resistência à
corrosão e eleva sua a resistência à fadiga, porém, diminui de forma discreta a tenacida,
ductilidade e soldabilidade. O Cromo deixa a resistência mecânica a abrasão e resistência
atmosférica, mas diminui a soldabilidade.
Para aços de baixa liga sem tratamento térmico, são aplicados elementos de liga com
quantidade abaixo de 2% para que sua resistência mecânica e corrosão aumente. São
recomendados para a construção civil, porém é necessário ser feito uma breve análise para que
se torne econômico.
E para aços de baixa liga com tratamento térmico, da mesma forma que os sem
tratamento é aplicado elementos de liga com quantidade abaixo de a 2%, porém e feito um
tratamento térmico especial logo após a laminação para obter-se uma grande resistência
mecânica. Geralmente são utilizados em estruturas onde necessitam de grandes esforços assim
justificam sua utilização.
Através do processo de dobramento a frio das chapas de aço são obtidos os perfis
conformados como mostra na (Figura 4). Eles são recomendados para serem utilizados como
barras de treliças, em pregados em construções leves.
As conexões rígidas são ligações onde não permitem a rotação das peças soldadas ou
parafusadas, Figuras 7 e 8 mostram exemplos dessas ligações.
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As Conexões flexíveis diferente das ligações rígidas permitem essa rotação na peça, as
as Figuras 9 e 10 demonstram as ligações flexíveis.
(a) (b)
Fonte: Dias. (2006)
Coeficientes de ponderação
Ações permanentes Ações Variáveis
Ações
Grande Pequena Recalque Variação de Demais ações
Combinações decorrentes do
Variabilidade Variabilidade diferenciais temperatura variáveis
uso
(𝑎) (𝑏) (𝑐) (𝑑)
𝛾𝑔 𝛾𝑔 𝛾𝑞 𝛾𝑞 𝛾𝑞 𝛾𝑞
Normais 1,4 (0,9) 1,3 (1,0) 1,2 1,2 1,5 1,4
Durante a construção 1,3 (0,9) 1,2 (1,0) 1,2 1,0 1,3 1,2
Excepcionais 1,2 (0,9) 1,1 (1,0) 0 0 1,1 1,0
Fonte: NBR8800/86
24
Fatores de combinação Ψ
Ações ψ(A)
Sobrecargas em pisos de bibliotecas, arquivos, oficinas e garagens;
0,75
conteúdo de silos e reservatórios
Cargas de equipamentos, incluindo pontes-rolantes, e sobrecargas em pisos
0,65
diferentes dos anteriores
Pressão dinâmica do Vendo 0,6
Variações de temperatura 0,6
Fonte: NBR8800/86
Para estruturas com até dois andares, as solicitações de cálculo podem ser determinadas
por análise plástica, ignora-se efeitos de segunda ordem.
𝑓𝑐𝑘 (5)
𝑓𝑐𝑑 =
𝛾𝑐
2.8.4 Aço
A resistência do concreto à tração varia entre 8 e 15 % da resistência à compressão
(MACGREGOR, 1997), para solucionar esta deficiência é que se utiliza o aço em combinação
ao concreto, a NBR 7480:2007 determina como devem ser as propriedades deste aço.
A resistência de cálculo do aço, chamada de (fyd) também sofre uma minoração, através
do coeficiente (𝛾𝑦 ), em menor escala, é verdade, visto que o aço é um material muito mais
homogêneo e confiável que o concreto, pois seu processo de produção possui controle
tecnológico.
26
não haja a escolha de perfis superdimensionados que podem causar um impacto no orçamento
final.
O dimensionamento leva em conta o estado limite último (ELU) e o estado limite de
serviço (ELS), conforme previsto na NBR-8800. Para se determinar o Estado Limite Último, o
projetista realiza combinações das diversas ações que podem atuar sobre a estrutura ao longo
de sua vida útil, pega-se então os valores mais desfavorável à estrutura, prevendo a pior
situação. Já o estado limite de serviço avalia a estrutura sob condições normais.
Para a verificação da estrutura, pelo estado limite último, a resistência de cálculo de
cada componente da estrutura deve ser igual ou superior a solicitação de cálculo.
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
preço com fornecedores locais. Espera-se assim obter o preço mais próximo da realidade do
mercado local, e assim chegar a conclusão de qual método construtivo é mais viável.
3.4 Cronograma
2019
Atividades/Meses
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Ago Set Out Nov Dez
Formulação do Projeto X X X X
Pesquisa de Campo X X
Tabulação de dados X X X
4. RESULTADOS ESPERADOS
REFERÊNCIAS
HEALTH, Jackie & Miller, James. A History of Structural Defects and Repairs, the Iron
Bridge, Shropshire, Londres, UK, 2014.
DIAS, Luís A. M. Edificações de Aço no Brasil. 1. ed. São Paulo: Zigurate, 1993.
BASTOS, Paulo S. dos Santos. Lajes de concreto. Bauru, 2005. Notas de aula – 1288 –
Universidade Estadual Paulista – UNESP.
33
BASTOS, Paulo S. dos Santos. Fundamentos do Concreto Armado. Bauru – SP, 2006.
COELHO, Jano D’Araújo. Estruturas de concreto armado III. Florianópolis, SC, 2014.
Notas de aula. Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC.
COELHO, Jano D’Araújo. Estruturas de concreto armado I. Florianópolis, SC, 2012. Notas
de aula. Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC.
DIAS, Luis Andrade de Mattos. Estruturas de Aço - Conceitos Técnicas e Linguagem. São
Paulo: Zigurate Editora, 1997.
GIONGO, JOSÉ SAMUEL. Concreto Armado: Projeto Estrutural de Edifícios. São Carlos
– SP, 2007.
HIBBELER, Russell Charles. Resistência dos materiais I - Russell Charles Hibbeler; tradução
Arlete Simille Marques; revisão técnica Sebastião Simões da Cunha Jr.-7. ed. - São Paulo:
Pearson Prentice Hall, 2010.
MACGREGOR, J.G. Reinforced concrete – Mechanics and design. 3a ed., Upper Saddle
River, Ed. Prentice Hall, 1997.
PIGNATTA E SILVA, Valdir Pignatta e Silva. Dimensionamento de Estruturas de Aço.
Apostila para a disciplina pef 2402 – estruturas metálicas e de madeira, São Paulo, 2012.