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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA

CAMPUS CABO FRIO

ESTRUTURAS DE AÇO E MADEIRA


GRUPO 9

Cabo Frio /RJ


2019
BEATRIZ MELO SENOS - 20131105701
FRANCIELE SILVA DE SOUZA - 20152102056
MARCELLE GOMES SEVERINO - 20141107097
NICOLE SPERONI GOMES - 20151108727

Trabalho referente ao dimensionamento


de uma estrutura de aço e uma de
madeira para flexão, do curso de
Engenharia na Universidade Veiga de
Almeida, campus de Cabo Frio, RJ.
Disciplina: Estruturas de aço e madeira.
Professora: Danielle.

Cabo Frio / RJ
2019

1. ESTRUTURA DE AÇO

1.1. INTRODUÇÃO
Perfis laminados, figura 1, são aqueles fabricados a quente nas usinas siderúrgicas e
são os mais econômicos para utilização em edificações de estruturas metálicas, pois
dispensam a fabricação “artesanal” dos perfis soldados ou dos perfis formados a frio. Por se
tratar de um perfil fabricado diretamente na siderúrgica, há dimensões padronizadas e o
projetista fica restrito a essas dimensões. Se houver necessidade de perfis de dimensões
diferentes das padronizadas, podem ser utilizados os perfis formados a frio ou soldados em
substituição ao laminado.
Os perfis laminados fabricados no Brasil dividem-se em duas séries: W e HP. A
designação dos perfis é: a série seguida da altura e da massa por unidade de comprimento.
Por exemplo: W 310 x 44,5 ou HP 250 x 62. O aço geralmente utilizado na fabricação desses
perfis é o ASTM A 572 Gr 50, com fy = 345 MPa e fu = 450 MPa.

Figura 1: Perfil I laminado.

Fonte: http://www.engenheirodoaco.com.br.

Figura 2: Perfil I.

Fonte: http://www.engenheirodoaco.com.br.
1.2. Memorial descritivo e cálculo para o dimensionamento da viga
de aço:

Dados para o grupo 9:

L(m) = 7,9; q (KN/m) = 12,1; Aço = MR250 ; Perfil I, perfil de dupla simetria;

Primeiramente foi realizado um pré-dimensionamento para saber qual o melhor perfil a ser
adotado, para isso foram realizados os cálculos abaixo, da primeira à quarta etapa:
1º Etapa:

Figura 3: viga com carregamento distribuído de 12,10 kN/m.

Figura 4: Diagrama de Momento Fletor da viga.

2
Q× L2
Momento Máximo =
8
→ Mmáx =
12.1×(7,9)
8
= 94,4 kN.m

2º Etapa:

Limitação do momento resistente:

WxFy WxFy
Mdres ≤ 1,5 x
γα 1
→ Sabe-se que Mrd ≥ Msd → 1,5 x
γα 1
≥ Msd
Msd ×γα 1 9440 x 1,10
Wx ≥
1,5 × Fy
→ Wx ≥
1,5 x 25
→ Wx ≥ 276,91 cm³

Esse valor de 276,91cm ³ é o valor mínimo do módulo elástico da seção que o perfil a ser
adotado deverá ter para vencer o vão de 7,9 m da viga.

3º Etapa:

Deslocamento máximo da viga (Flecha máxima):

Sabe-se que a flecha “esperada” da viga precisa ser menor que a flecha limite da
NBR8800/2008, Logo:
δ Máx< δ lim ¿

Considerando que o elemento estrutural seja utilizado como viga de cobertura em geral, nesse
caso, a flecha limite para viga de cobertura de acordo com a NBR8800/2008 Tabela 1.8
Deslocamentos Máximos para Estados Limites de Serviço é:

L
Ulim=
250

A flecha esperada é obtida a partir das condições de carregamento e apoio das vigas, neste
caso, como a viga é biapoiada com carregamento distribuído, a flecha esperada é:

4
5q×l
δMáx=
384 EI

δ Máx< δ lim ¿

5 q ×l 4 L 1250× qx L3
384 EI
< 250 → 384EI < 1250 × qx L
3
→ I<
384 E

4º Etapa:

A Inercia mínima que o perfil deverá ter é: adotando E = 20.000 KN/ cm 2

1250× 0,121×(790)3
Ix> = 9709,9 = 9710 cm 4
384 ×20.000

Obs.: A inercia adotada é Ix , pois a flexão ocorre, em torno do eixo X.


Com isso, baseado no pré-dimensionamento, sabe-se que o perfil a ser adotado para o
dimensionamento da viga deverá ter:

Wx ≥ 276,91cm ³ e Ix ≥ 9710 cm4

Analisando a tabela de perfis Gerdau, e observando quais os perfis dos grupos atendeu a esses
valores, adotou-se o perfil com o menor peso, pois este será mais econômico, levando-se em
conta que o custo do aço é por Kg, o perfil adotado é o W360x39,0.

5º Etapa:

Dimensionamento da Viga:

O dimensionamento foi feito usando o Método dos Estados dos Estados Limites Últimos e
Estados Limites de Utilização, em conformidade com as prescrições da NBR 8800/ 2008.

Características geométricas do perfil W360x39,0, extraídas do catálogo da Gerdau:

A = 50,2 cm 2; d = 353mm; bf = 128mm; tw = 6,5; tf = 10,7; h = 332mm

Ix = 10331cm 4 ; Wx = 585,3cm3; Zx = 667,7cm3.

Estado Limite Último: verificações (FLM); (FLA)

1º Passo:

Flambagem local da mesa (FLM):

ʎp = 10,7 ʎr = 28

Valores de acordo com a tabela 6.1, usada no material do aluno.


bf 128
ʎb=
2 ×tf
→ =
2× 10,7
= 5,98 < ʎp → Seção Compacta

2º Passo:

Flambagem local da alma (FLA):

ʎp = 106 ʎr = 161 → Valores de acordo com a tabela 6.1.

hw 332
ʎb=
¿
→ =
6,5
= 51,07 < ʎp → Seção Compacta

3º Passo:

Momento nominal (Mn):

Para seção compacta usa-se a fórmula, Mp=Zxfy : (Momento Plástico)

Mpl = (667,7x10−6 ) x (250x106 ) = 166,9 kN.m

4º Passo:
Momento Resistente de Projeto (Mrd):

Mn
O momento resistente de projeto é dado por: Mrd=
γ a1
Como o momento nominal para seções compactas → M p=¿= Zxfy ¿ para encontrar o momento
Mpl
resistente usa-se a fórmula, Mrd =
γa 1

166,9
Mrd = = 151,7 KN.m → γ a 1= 1,10 (coeficiente de segurança)
1,10

5º Passo:

Cálculo do peso próprio da viga:

1N → 0,102 Kgf
X → 39,9 Kg/m

39,9
0,102x = 39,9 → x= = 391,2 N
0,102

1 KN → 1000N
X → 391,2 N

391,2
1000x = 391,2 N → Pp = = 0,39 kN/m
1000

6º Passo:

Momento Fletor Atuante:

Carga + Pp = 12,1 + 0,39 = 12,49 kN/m

Figura 5: viga com um carregamento distribuído de 12,49 kN/m.

Figura 6: Diagrama de Momento Fletor da viga.


Figura 7: Diagrama de esforço cortante da viga.

2
Q× L2 0,39×(7,9)
Mg = → = = 3,04 kN.m
8 8
2
Q× L2 12,1×(7,9)
Mq = → = = 94.4 kN.m
8 8

Valores dos coeficientes de ponderação das ações:

γg = 1,40 (peso próprio de elementos construtivos com adição in loco)


γq = 1,50 (peso de ocupação na estrutura)

Md = 1,40 x Mg + 1,50 x Mq → Md = 1,40 x 3,04 + 1,50 x 94,4 = 145,86 kN.m

Mrd = 151,7 kN.m > Md = 145,86 kN.m

Perfil atende para a verificação quanto aos estados limites últimos.

Estado Limite de Utilização: (verificação da flecha)

L
Ulim= → Tabela 1.8 Deslocamentos Máximos para Estados Limites de Serviço
250
790
Ulim = = 3,16 cm
250

4
5q l 5× 0,1249 ×(790)4
δMáx= → δMáx= = 3,06 cm
384 EI 384 ×20000 ×10331

δMáx=3,06 cm ≤ Ulim=3,16 cm

Perfil atende para verificação quanto aos estados limites últimos (ruptura) e estados limites
de utilização (flecha).

Valor do aço:

Para o presente projeto não foi possível achar o valor referente ao perfil W360x39,0, perfil
esse usado para esse projeto, por ser o perfil mais econômico dentro do parâmetro de
segurança encontrado através do dimensionamento. Contudo foi levado em consideração
então o Kg do aço MR250 que é o aço referente ao projeto.
Valor do aço MR250 laminado = 3,24 reais. (fonte da pesquisa em anexo).

Então:

1Kg → 3,24 reais


39Kg → X

X = 126,36 Kg x 7,9m (tamanho do vão) = R$998,24 reais de aço MR250.

Custo do perfil W360x39,0 para a viga = R$ 998,24

2. ESTRUTURA DE MADEIRA

2.1. INTRODUÇÃO
A Maçaranduba é uma das principais árvores do Brasil. Ela pertence ao grupo de
espécies do gênero Manilkara e chega a 20 metros de altura, com tronco de até 60cm de
diâmetro. Suas folhas são longas e agrupadas nas extremidades dos ramos, e as flores são
brancas ou esverdeadas.
Muito frequente nas matas litorâneas do sul do Estado da Bahia, norte do Estado do
Espírito Santo, o nome varia conforme suas regiões de ocorrência. Na Amazônia, fala-se
Aparaiú, Marapajuba-da-várzea, Maçaranduba, Marapajuba, Maçaranduba-de-leite e
Maçarandubinha. No sul da Bahia e regiões Sul e Sudestes, Maçaranduba e Paraju.

Figura 8: Maçaranduba cortada.

Fonte: http://www.promapmadeiras.com.br

Da árvore Maçaranduba, conseguimos utilizar o látex, que é comestível; o fruto,


também comestível e às vezes comercializado e, por fim, a madeira de cor vermelho-
acastanhada. A árvore produz madeira pesada, dura e resistente, que escurece ao contato com
o ar e, por esse motivo, é usada tanto para construções pesadas, como dormentes ferroviários,
pontes, estacas e vigas, quanto para mobiliário de alta qualidade.
As dicotiledôneas são plantas (angiospermas) que possuem dois ou mais cotilédones
na semente. Os cotilédones são as folhas iniciais dos embriões das plantas. Características
principais das dicotiledôneas:
 Existência de dois ou mais cotilédones na semente.
 Presença de nervuras reticuladas nas folhas.
 Presença de pecíolo (parte que liga o caule ao limbo) na folha.
 Presença de flores tetrâmeras (4 elementos) ou pentâmeras (5 elementos).
 Os frutos possuem 4 ou 5 lojas (ou múltiplos)
 A estrutura interna do caule é composta por feixes vasculares, distribuídos ao redor de
um cilindro central.
 O sistema radicular é composto por raízes axiais ou pivotantes (raiz principal de onde
saem raízes laterais).

Figura 9: Anatomia da dicotiledônea.

Fonte: https://docplayer.com.br

2.2. Memorial descritivo e cálculo para o dimensionamento da viga


de madeira:
Dados grupo 9:
L(m) = 7,9; q (KN/m) = 12,1; Madeira Dicotiledônea → maçaranduba;

Obs.: Para a madeira será preciso um outro apoio, pois a seção de madeira não irá vencer esse
vão inteiro. Com isso, para o dimensionamento foi considerado o vão em L/2 ou seja, 7,9/2 =
3,95m.
O dimensionamento foi feito usando o Método dos Estados Limites Últimos (ruptura) e
Estados Limites de Utilização (flecha), em conformidade com as prescrições da NBR
7190/1997

Características adotadas para a madeira:

Serrada; 1º categoria; umidade 12%; carregamento permanente.

Da tabela E.2 da NBR7190/97, obtém-se os valores médio para as resistências:

f c 0=82,9 MPa; f t 0=135,8 MPa ; f v =14,9 MPa; Ec 0=22733 MPa .

Primeira etapa, cálculo dos valores característicos:

f c 0 ,k =0,7× 82,9=58,03 MPa ; f t 0 , k =0,7 ×138,5=96,95 MPa ;

f v ,k =0,7 ×14,9=10,43 MPa .

Segunda etapa, determinação dos coeficientes de modificação:

 Carregamento permanente, madeira serrada → Kmod 1 = 0,60


 Classe de umidade 1 → Kmod 2 = 1,0
 1º categoria → Kmod 3 = 1,0

Kmod = Kmod 1 × Kmod 2 × Kmod 3 → Kmod = 0,60 x 1,0 x 1,0 = 0,60

Terceira etapa, determinação da carga permanente:

Secção retangular adotada = 7,5x30cm 7,5

30 Yc = 15cm e Yt = 15cm
3
ρap =1143 kg/ m

1Kgf → 10N
1143Kgf → X
X = 11430 N ou 11,43kN
g = 12,1 + (0,075 x 0,3 x 11,43) = 12,36 kN/m

Quarta etapa, cálculo dos valores das resistências e rigidez:

Kmod x f c 0 , k 58,3
f c 0 ,d =¿ = 0,60 x = 24,87 MPa ou 2,49 kN/cm 2
γwc 1,4

Kmod x f t 0 ,k
f t , d=
γwt
= 0,60 x 96,95
1,8
= 32,32 MPa ou 3,23 kN/cm 2

Kmod x f v, k 10,43
f v ,d = = 0,60 x = 3,48 MPa ou 0,35 kN/cm 2
γwv 1,4

Ec 0 , ef = Kmod x Ec 0 , m = 0,60 x 22733 = 13639,8 MPa.

Quinta etapa, cálculo dos esforços:

Figura 10: viga com carregamento distribuído de 12,36kN/m

Figura 11: Diagrama de Momento Fletor da viga

Figura 12: Diagrama de esforço cortante da viga

Observação: os cálculos para o momento e cortante foram feitos considerando L= 3,95 m e


no FTOOL a estrutura foi desenhada considerando o L= 4m.

Momento:
Q× L2 12,36× 3,952
Mg,d = 1,4 x = 1,4 x = 33,75 kN.m
8 8

Cortante:
12,36 ×3,95
1,4 × =34,2 kN
2

Obs.: Adotar coeficiente de majoração das ações = 1,4.

Sexta etapa, cálculo da inércia e módulo de resistência da seção transversal:


b ×h3 0,075× 0,303
Inércia = = = 1,6875 x 10−4 m4
12 12
I 1,6875 x 10−4
W = Wc = Wt =
Y
= = 1,125 x 10−3 m3
0,15
Sétima etapa, verificação do estado limite último: Sd ≤ Rd
Cálculo da máxima tensão atuante de compressão:
3
Md 33,75 x 10
cd = Wc = 1,125× 10−3 = 30 x 106 Pa = 30 MPa

cd = 30 MPa ¿ f c ,d = 24,87 MPa → Não atende!

Cálculo da máxima tensão atuante de tração:


3
Md 33,75 x 10
t = Wt =
1,125 x 10−3
= 30 x 106 Pa = 30 MPa

t = 30 MPa ≤ f t , d=¿32 MPa → Atende!

Cálculo da máxima tensão atuante de cisalhamento:


3 x Vd 3 × 34,2×10 3
τd =
2x b xh = 2× 0,075× 0,30
6
= 2,28 x 10 Pa = 2,28 MPa

τ d= 2,28 MPa ≤ f v ,d = 3,48 MPa → Atende!

Oitava etapa, verificação do estado limite de serviço (Flecha):


L 3,95
Ulim=
200
= 200
= 2cm

3 4
5 q l4 5 ×12,36 x 10 ×(3,95)
δMáx= → δMáx= 6 −4 = 1,70cm
384 EI 384 ×13639,8 x 10 ×1,6875 x 10

δMáx=1,70 cm ≤ Ulim=2cm → Atende!

Foram realizadas pesquisas a fim de encontrar uma seção comercial de madeira


maçaranduba que atendesse aos critérios da norma NBR7190/1997 para realizar o
dimensionamento da viga. No entanto, a máxima seção retangular comercializada
encontrada nas pesquisas para a madeira maçaranduba foi a 7,5 ×30 cm .Cabe ressaltar
ainda que, foram testadas seções com dimensões acima dessa como por exemplo, a
15 ×30 cm ; 25× 30 cm as quais atenderam a todos os critérios da norma, porém como
não foi possível orçar as mesmas no mercado para a madeira maçaranduba e como o
presente trabalho tem como objetivo além de realizar o dimensionamento de uma viga
em aço e em madeira fazer um estudo comparativo referente ao custo do material,
optou-se por utilizar essa seção 7,5 ×30 cm .De acordo com o dimensionamento feito
acima, observa-se que a seção adotada não atende as especificações da Norma NBR

7190/97 apenas na comparação entre a cd (tensão máxima atuante de compressão) e a


f c 0 ,d (resistência à compressão paralela às fibras). Com isso, uma alternativa para que
essa seção atendesse a todos os critérios da norma, seria acrescentar mais um apoio.
Assim, foi realizado o dimensionamento dividindo o vão em L/3, sabe-se que não é ideal
esse princípio, mas foi o que melhor se adaptou para atender o presente estudo. Abaixo
segue o dimensionamento com a mesma seção 7,5x30cm, mas levando em consideração o
vão por L/3, ou seja, o vão de tamanho 2,63m.

Dados grupo 9:
L(m) = 7,9; q (KN/m) = 12,1; Madeira Dicotiledônea → maçaranduba;

Obs.: Foi considerado o vão em L/3 ou seja, 7,9/3 = 2,63m.

O dimensionamento foi feito usando o Método dos Estados Limites Últimos (ruptura) e
Estados Limites de Utilização (flecha), em conformidade com as prescrições da NBR
7190/1997

Características adotadas para a madeira:

Serrada; 1º categoria; umidade 12%; carregamento permanente.

Da tabela E.2 da NBR7190/97, obtém-se os valores médio para as resistências:

f c 0=82,9 MPa; f t 0=135,8 MPa ; f v =14,9 MPa; Ec 0=22733 MPa .

Primeira etapa, cálculo dos valores característicos:

f c 0 ,k =0,7× 82,9=58,03 MPa ; f t 0 , k =0,7 ×138,5=96,95 MPa ;

f v ,k =0,7 ×14,9=10,43 MPa .


Segunda etapa, determinação dos coeficientes de modificação:

 Carregamento permanente, madeira serrada → Kmod 1 = 0,60


 Classe de umidade 1 → Kmod 2 = 1,0
 1º categoria → Kmod 3 = 1,0

Kmod = Kmod 1 × Kmod 2 × Kmod 3 → Kmod = 0,60 x 1,0 x 1,0 = 0,60

Terceira etapa, determinação da carga permanente:

Secção retangular adotada = 7,5x30cm 7,5

30 Yc = 15cm e Yt = 15cm
3
ρap =1143 kg/ m

1Kgf → 10N
1143Kgf → X
X = 11430 N ou 11,43kN

g = 12,1 + (0,075 x 0,3 x 11,43) = 12,36 kN/m

Quarta etapa, cálculo dos valores das resistências e rigidez:

Kmod x f c 0 , k 58,3
f c 0 ,d =¿ = 0,60 x = 24,87 MPa ou 2,49 kN/cm 2
γwc 1,4

Kmod x f t 0 ,k
f t , d=
γwt
= 0,60 x 96,95
1,8
= 32,32 MPa ou 3,23 kN/cm 2

Kmod x f v, k 10,43
f v ,d = = 0,60 x = 3,48 MPa ou 0,35 kN/cm 2
γwv 1,4

Ec 0 , ef = Kmod x Ec 0 , m = 0,60 x 22733 = 13639,8 MPa.

Quinta etapa, cálculo dos esforços:

Figura13: Viga com carregamento distribuído de 12,36kN/m


Figura 14: Diagrama Momento Fletor da viga

Figura15: Diagrama de esforço cortante da viga

Observação: os cálculos para o momento e cortante foram feitos considerando L= 2,63 m e


no FTOOL a estrutura foi desenhada considerando o L= 2,6m.

Momento:

Q× L2 12,36× 2,632
Mg,d = 1,4 x = 1,4 x = 14,98 kN.m
8 8

Cortante:

12,36 ×2,63
1,4 × =16,25 kN
2

Obs.: Adotar coeficiente de majoração das ações = 1,4.

Sexta etapa, cálculo da inércia e modulo de resistência da seção transversal:


3 3
b ×h 0,075× 0,30
Inércia = = = 1,6875 x 10−4 m4
12 12
−4
I 1,6875 x 10
W = Wc = Wt =
Y
= = 1,125 x 10−3 m3
0,15
Sétima etapa, verificação dos estados limites últimos: Sd ≤ Rd
Cálculo da máxima tensão atuante de compressão:
Md 14,98 x 103
cd = Wc =
1,125× 10−3
6
= 13,3 x 10 Pa = 13,3 MPa

c = 13,3 MPa ¿ f c ,d = 24,87 MPa → Atende!

Cálculo da máxima tensão atuante de tração:


Md 13,3 x 103
t = Wt = 1,125 x 10−3 = 13,3 x 106 Pa = 13,3 MPa

t = 13,3 MPa ≤ f t , d= 32 MPa → Atende!

Cálculo da máxima tensão atuante de cisalhamento:


3
3 x Vd 3 x 22,75 x 10
τ d=
2x b xh = 2 x 0,075 x 0,30
6
= 1,52 x 10 Pa = 1,52 MPa

τ d= 1,52 MPa ≤ f v ,d = 3,48 MPa → Atende!


Oitava etapa, verificação do estado limite de serviço (Flecha):
L 2,63
Ulim=
200
= 200 = 1,3 cm

3 4
5 q l4 5 ×12,36 x 10 ×(2,63)
δMáx= → δMáx= 6 −4 = 0,33cm
384 EI 384 ×13639,8 x 10 ×1,6875 x 10

δMáx=0,33 cm ≤ Ulim=1,3 cm → Atende!

De acordo com o dimensionamento, dividindo o vão em três, ou seja, acrescentando


mais um apoio a seção atende a todas as especificações da NBR 7190/1997.

Valor da madeira:

Para o presente estudo, foi possível achar o valor referente a seção 7,5x30cm de madeira
dicotiledônea maçaranduba. Abaixo o cálculo para o valor da mesma em relação ao tamanho
do vão.

1m → 56,90 reais
7,9m → X
X = 449,51R$ reais e 51 centavos.

Custo da viga em madeira maçaranduba = R$ 449,51 reais. (fonte da pesquisa em anexo).

Conclusão
Em virtude do que foi mencionado no dimensionamento da viga em aço e em
madeira, conclui-se que em relação aos aspectos econômicos a viga de madeira tem o valor
mais barato e, portanto, levando-se em conta o custo do material seria a melhor opção de
escolha para um projeto.
Em contrapartida, em relação aos aspectos de segurança e em conformidade com as
prescrições das normas para o dimensionamento de estruturas metálicas e estruturas de
madeira, a viga de aço tem prioridade de escolha, pois a mesma apresentou um
dimensionamento mais adequado e melhor estruturado, que a viga de madeira.
Conforme já mencionado anteriormente apesar da viga de madeira apresentar um
menor custo em relação ao material, a forma como foi feito o dimensionamento
acrescentando mais um apoio não é ideal logo, a fim de otimizar o projeto em segurança
opta-se pela escolha da viga em aço. Uma outra alternativa seria trocar o tipo de madeira para
esse projeto com o objetivo de encontrar para outra madeira seções comerciais com
dimensões acima dessas, para que assim os critérios de dimensionamento sejam satisfeitos
sem que haja a necessidade de modificação no projeto de arquitetura por exemplo com a
inclusão de mais um apoio.

REFERÊNCIAS

Aula 5 estruturas de aço e madeira.


Estruturas de Madeira Prof. Glauco José de O. Rodrigues, D.Sc.
Sites:
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/110863/mod_resource/content/0/apostila2012.pdf
http://usuarios.upf.br/~zacarias/Cap-3-Caculo-de-Vigas.pdf
http://www.skylightestruturas.com.br/downloads/manual-vaos-e-cargas.pdf
https://www.embrapa.br/agrossilvipastoril/sitio-tecnologico/trilha-ecologica/especies/
macaranduba
http://www.brasil.geradordeprecos.info/
ANEXOS
Valor do Kg do aço, obtido no site, Gerador de preços Brasil.
Preço da viga de maçaranduba, seção 7,5x30cm.

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