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Cabo Frio / RJ
2019
1. ESTRUTURA DE AÇO
1.1. INTRODUÇÃO
Perfis laminados, figura 1, são aqueles fabricados a quente nas usinas siderúrgicas e são
os mais econômicos para utilização em edificações de estruturas metálicas, pois dispensam a
fabricação “artesanal” dos perfis soldados ou dos perfis formados a frio. Por se tratar de um
perfil fabricado diretamente na siderúrgica, há dimensões padronizadas e o projetista fica
restrito a essas dimensões. Se houver necessidade de perfis de dimensões diferentes das
padronizadas, podem ser utilizados os perfis formados a frio ou soldados em substituição ao
laminado.
Os perfis laminados fabricados no Brasil dividem-se em duas séries: W e HP. A
designação dos perfis é: a série seguida da altura e da massa por unidade de comprimento. Por
exemplo: W 310 x 44,5 ou HP 250 x 62. O aço geralmente utilizado na fabricação desses perfis
é o ASTM A 572 Gr 50, com fy = 345 MPa e fu = 450 MPa.
Fonte: http://www.engenheirodoaco.com.br.
Figura 2: Perfil I.
Fonte: http://www.engenheirodoaco.com.br.
1.2. Memorial descritivo e cálculo para o dimensionamento da viga de
aço:
L(m) = 7,9; q (KN/m) = 12,1; Aço = MR250 ; Perfil I, perfil de dupla simetria;
Primeiramente foi realizado um pré-dimensionamento para saber qual o melhor perfil a ser
adotado, para isso foram realizados os cálculos abaixo, da primeira à quarta etapa:
1º Etapa:
𝑄×𝐿2 12.1×(7,9)2
Momento Máximo =
8
→ Mmáx =
8
= 94,4 kN.m
2º Etapa:
𝑊𝑥𝐹𝑦 𝑊𝑥𝐹𝑦
Mdres ≤ 1,5 x
𝛾𝛼1
→ Sabe-se que Mrd ≥ Msd → 1,5 x
𝛾𝛼1
≥ Msd
3º Etapa:
Sabe-se que a flecha “esperada” da viga precisa ser menor que a flecha limite da
NBR8800/2008, Logo:
𝛿 𝑀á𝑥 < 𝛿 𝑙𝑖𝑚
Considerando que o elemento estrutural seja utilizado como viga de cobertura em geral, nesse
caso, a flecha limite para viga de cobertura de acordo com a NBR8800/2008 Tabela 1.8
Deslocamentos Máximos para Estados Limites de Serviço é:
𝐿
𝑈𝑙𝑖𝑚 =
250
A flecha esperada é obtida a partir das condições de carregamento e apoio das vigas, neste caso,
como a viga é biapoiada com carregamento distribuído, a flecha esperada é:
5𝑞 × 𝑙4
𝛿𝑀á𝑥 =
384 𝐸𝐼
4º Etapa:
A Inercia mínima que o perfil deverá ter é: adotando E = 20.000 KN/ cm2
1250×0,121 × (790)3
𝐼𝑥 > = 9709,9 = 9710 cm4
384 × 20.000
Com isso, baseado no pré-dimensionamento, sabe-se que o perfil a ser adotado para o
dimensionamento da viga deverá ter:
Wx ≥ 276,91cm³ e Ix ≥ 9710 cm4
Analisando a tabela de perfis Gerdau, e observando quais os perfis dos grupos atendeu a esses
valores, adotou-se o perfil com o menor peso, pois este será mais econômico, levando-se em
conta que o custo do aço é por Kg, o perfil adotado é o W360x39,0.
5º Etapa:
Dimensionamento da Viga:
O dimensionamento foi feito usando o Método dos Estados dos Estados Limites Últimos e
Estados Limites de Utilização, em conformidade com as prescrições da NBR 8800/ 2008.
1º Passo:
ʎp = 10,7 ʎr = 28
2º Passo:
ℎ𝑤 332
ʎ𝑏 = → = = 51,07 < ʎp → Seção Compacta
𝑡𝑜 6,5
3º Passo:
4º Passo:
𝑀𝑛
O momento resistente de projeto é dado por: 𝑀𝑟𝑑 =
𝛾𝑎1
Como o momento nominal para seções compactas →𝑀𝑝= = 𝑍𝑥𝑓𝑦 para encontrar o momento
𝑀𝑝𝑙
resistente usa-se a fórmula, 𝑀𝑟𝑑=
𝛾𝑎1
166,9
Mrd = = 151,7 KN.m → 𝛾𝑎1 = 1,10 (coeficiente de segurança)
1,10
5º Passo:
1N → 0,102 Kgf
X → 39,9 Kg/m
39,9
0,102x = 39,9 → x= = 391,2 N
0,102
1 KN → 1000N
X → 391,2 N
391,2
1000x = 391,2 N → Pp = = 0,39 kN/m
1000
6º Passo:
𝑄×𝐿2 0,39×(7,9)2
Mg = → = = 3,04 kN.m
8 8
𝑄×𝐿2 12,1×(7,9)2
Mq = → = = 94.4 kN.m
8 8
𝐿
𝑈𝑙𝑖𝑚 = → Tabela 1.8 Deslocamentos Máximos para Estados Limites de Serviço
250
790
𝑈𝑙𝑖𝑚 = = 3,16 cm
250
5𝑞𝑙4 5×0,1249×(790)4
𝛿𝑀á𝑥 = → 𝛿𝑀á𝑥 = = 3,06 cm
384 𝐸𝐼 384×20000×10331
Perfil atende para verificação quanto aos estados limites últimos (ruptura) e estados limites
de utilização (flecha).
Valor do aço:
Para o presente projeto não foi possível achar o valor referente ao perfil W360x39,0, perfil esse
usado para esse projeto, por ser o perfil mais econômico dentro do parâmetro de segurança
encontrado através do dimensionamento. Contudo foi levado em consideração então o Kg do
aço MR250 que é o aço referente ao projeto.
Então:
2. ESTRUTURA DE MADEIRA
2.1. INTRODUÇÃO
A Maçaranduba é uma das principais árvores do Brasil. Ela pertence ao grupo de
espécies do gênero Manilkara e chega a 20 metros de altura, com tronco de até 60cm de
diâmetro. Suas folhas são longas e agrupadas nas extremidades dos ramos, e as flores são
brancas ou esverdeadas.
Muito frequente nas matas litorâneas do sul do Estado da Bahia, norte do Estado do
Espírito Santo, o nome varia conforme suas regiões de ocorrência. Na Amazônia, fala-se
Aparaiú, Marapajuba-da-várzea, Maçaranduba, Marapajuba, Maçaranduba-de-leite e
Maçarandubinha. No sul da Bahia e regiões Sul e Sudestes, Maçaranduba e Paraju.
Fonte: http://www.promapmadeiras.com.br
Fonte: https://docplayer.com.br
Dados grupo 9:
L(m) = 7,9; q (KN/m) = 12,1; Madeira Dicotiledônea → maçaranduba;
Obs.: Para a madeira será preciso um outro apoio, pois a seção de madeira não irá vencer esse
vão inteiro. Com isso, para o dimensionamento foi considerado o vão em L/2 ou seja, 7,9/2 =
3,95m.
O dimensionamento foi feito usando o Método dos Estados Limites Últimos (ruptura) e Estados
Limites de Utilização (flecha), em conformidade com as prescrições da NBR 7190/1997
𝑓𝑐0 = 82,9𝑀𝑃𝑎; 𝑓𝑡0 = 135,8 𝑀𝑃𝑎; 𝑓𝑣 = 14,9 𝑀𝑃𝑎; 𝐸𝑐0 = 22733 𝑀𝑃𝑎.
𝑓𝑐0,𝑘 = 0,7 × 82,9 = 58,03 𝑀𝑃𝑎; 𝑓𝑡0,𝑘 = 0,7 × 138,5 = 96,95 𝑀𝑃𝑎;
𝑓𝑣,𝑘 = 0,7 × 14,9 = 10,43 𝑀𝑃𝑎.
30 Yc = 15cm e Yt = 15cm
𝜌𝑎𝑝 = 1143 𝑘𝑔/𝑚3
1Kgf → 10N
1143Kgf → X
X = 11430 N ou 11,43kN
Momento:
𝑄×𝐿2 12,36×3,952
Mg,d = 1,4 x = 1,4 x = 33,75 kN.m
8 8
Cortante:
12,36 × 3,95
1,4 × = 34,2 𝑘𝑁
2
(resistência à compressão paralela às fibras). Com isso, uma alternativa para que essa
seção atendesse a todos os critérios da norma, seria acrescentar mais um apoio. Assim,
foi realizado o dimensionamento dividindo o vão em L/3, sabe-se que não é ideal esse
princípio, mas foi o que melhor se adaptou para atender o presente estudo. Abaixo segue
o dimensionamento com a mesma seção 7,5x30cm, mas levando em consideração o vão
por L/3, ou seja, o vão de tamanho 2,63m.
Dados grupo 9:
L(m) = 7,9; q (KN/m) = 12,1; Madeira Dicotiledônea → maçaranduba;
O dimensionamento foi feito usando o Método dos Estados Limites Últimos (ruptura) e Estados
Limites de Utilização (flecha), em conformidade com as prescrições da NBR 7190/1997
𝑓𝑐0 = 82,9𝑀𝑃𝑎; 𝑓𝑡0 = 135,8 𝑀𝑃𝑎; 𝑓𝑣 = 14,9 𝑀𝑃𝑎; 𝐸𝑐0 = 22733 𝑀𝑃𝑎.
𝑓𝑐0,𝑘 = 0,7 × 82,9 = 58,03 𝑀𝑃𝑎; 𝑓𝑡0,𝑘 = 0,7 × 138,5 = 96,95 𝑀𝑃𝑎;
30 Yc = 15cm e Yt = 15cm
𝜌𝑎𝑝 = 1143 𝑘𝑔/𝑚3
1Kgf → 10N
1143Kgf → X
X = 11430 N ou 11,43kN
Momento:
𝑄×𝐿2 12,36×2,632
Mg,d = 1,4 x = 1,4 x = 14,98 kN.m
8 8
Cortante:
12,36 × 2,63
1,4 × = 16,25 𝑘𝑁
2
Obs.: Adotar coeficiente de majoração das ações = 1,4.
Para o presente estudo, foi possível achar o valor referente a seção 7,5x30cm de madeira
dicotiledônea maçaranduba. Abaixo o cálculo para o valor da mesma em relação ao tamanho
do vão.
1m → 56,90 reais
7,9m → X
X = 449,51R$ reais e 51 centavos.
Conclusão
Em virtude do que foi mencionado no dimensionamento da viga em aço e em madeira,
conclui-se que em relação aos aspectos econômicos a viga de madeira tem o valor mais barato
e, portanto, levando-se em conta o custo do material seria a melhor opção de escolha para um
projeto.
Em contrapartida, em relação aos aspectos de segurança e em conformidade com as
prescrições das normas para o dimensionamento de estruturas metálicas e estruturas de
madeira, a viga de aço tem prioridade de escolha, pois a mesma apresentou um
dimensionamento mais adequado e melhor estruturado, que a viga de madeira.
Conforme já mencionado anteriormente apesar da viga de madeira apresentar um menor
custo em relação ao material, a forma como foi feito o dimensionamento acrescentando mais
um apoio não é ideal logo, a fim de otimizar o projeto em segurança opta-se pela escolha da
viga em aço. Uma outra alternativa seria trocar o tipo de madeira para esse projeto com o
objetivo de encontrar para outra madeira seções comerciais com dimensões acima dessas, para
que assim os critérios de dimensionamento sejam satisfeitos sem que haja a necessidade de
modificação no projeto de arquitetura por exemplo com a inclusão de mais um apoio.
REFERÊNCIAS