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ESTRUTURAS DE CONCRETO 1

BASES DO DIMENSIONAMENTO– AULA 7

PROFESSORA: ENGª MANUELLA GOMES 1


Bibliografia:
› BÁSICA:
›MARCHETTI, Osvaldemar . Pontes de concreto armado. São Paulo: Blucher, 2008.
›CARVALHO, Roberto Chust; FIGUEIREDO FILHO, Jasson Rodrigues de . Cálculo e detalhamento de
estruturas usuais de concreto armado: segundo a NBR 6118/2003. 3. ed. 5. reimpr. São Carlos: EdUFSCar,
2013. 367p
› BOTELHO, Manoel Henrique Campos ; MARCHETTI, Osvaldemar. Concreto armado eu te amo. 2. ed. rev.
ampl. São Paulo: Edgard Blücher, 2009. v.2.

› COMPLEMENTAR:
›BELLEI, Ildony Hélio . Interfaces aço concreto. Rio de Janeiro: IBS, CBCA, 2006. 93p. (Manual de construção em aço).
Disponivel em: http://www.skylightestruturas.com.br/downloads/manual_aco_concreto.pdf
›BOTELHO, Manoel Henrique Campos. Concreto amado: eu te amo. São Paulo: Edgard Blucher, 2010.v.1
›SOUZA, Vicente Custodio de; RIPPER, Tomaz . Patologia, recuperação e reforço de estruturas de concreto. São Paulo:
Pini, 2009. 257p.
›FREITAS, Moacyr . Infraestrutura de pontes de vigas: distribuição de ações horizontais, método geral de cálculo. São
Paulo: Edgard Blucher, 2009.

› HELENE, Paulo R. L . Manual para reparo, reforço e proteção de estruturas de concreto. 2. ed. São Paulo: Pini, 1998

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Contatos:
› Manuella Gomes
– Contato: manuella.cristino@unidesc.edu.br

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Avaliações:
› V1 = 15% › V1 = V2 = 40%
› V2 = 25% › V3 = 35%
› V3 = 35% › Trabalho = 25%
› Tra = 25%
› Sendo:
– V2 em 02/05/2023
– V3 em 20/06/2023

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Reposição de aula:
› Aula dia 16/05 não será possível acontecer.
Portanto:
› Reposição:
– Op1: 01/04

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Sumário:
Generalidades sobre o Concreto Armado:
1. Conceito
a) Concreto Simples
b) Concreto Armado
2. Princípio Fundamental
3. Propriedades Gerais
4. Vantagens e Desvantagens do Concreto Armado
5. Aço para o concreto Armado
6. Características do Concreto
7. Normas e Procedimentos
8. As Bases do Dimensionamento

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Ementa:
› Características do concreto e do aço para concreto armado. Principais elementos estruturais.
Desenhos de formas. Dimensionamento e detalhamento de peças submetidas à flexão simples,
cisalhamento, compressão e flexo-compressão. Cálculo de Vigas. Verificação dos estados limites de
serviços.

Objetivos:
› O aluno deverá adquirir conhecimentos sobre as tipologias estruturais em concreto armado, as
hipóteses básicas de dimensionamento, dimensionamento à flexão normal simples, cisalhamento
e flexocompressão.

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Verificação de Aprendizagem:
› VA2: Avaliação Individual
– Conteúdo
1. Conceito
a) Concreto Simples
b) Concreto Armado
2. Princípio Fundamental
3. Propriedades Gerais
4. Vantagens e Desvantagens do Concreto Armado
5. Aço para o concreto Armado
6. Características do Concreto
7. Normas e Procedimentos
8. As Bases do Dimensionamento

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Atividade 3:
› Pesquisar os conceitos de:
– Estudar os tipos de combinações:

› OBS: Levantar as informações de acordo com a NBR6118

Prazo: impreterivelmente 04/04/2023

Cor: Lavanda, Ênfase 5, Mais Claro 40%

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REVISÃO

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Concreto Armado 1:
REVISÃO

HISTÓRIA

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História:
› Descoberto no final do século XIX, sendo considerado o
segundo material mais consumido pelo homem, o
concreto de cimento Portland pode “ser considerado
uma das descobertas mais interessantes da história do
desenvolvimento da humanidade e sua qualidade de
vida.”
› Seu uso se intensificou no século XX transformando a
forma de projetar e construir estruturas.

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História do Concreto no Brasil
Figura 10: A Noite

Edifício Joseph Gire,


conhecido como A
Noite, iniciado em
1929. Projetado pelo
calculista Emilio
Henrique Baumgart.

Fonte: https://diariodorio.com/histria-do-edifcio-a-noite/

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Concreto Armado 1:
8. As Bases do Dimensionamento

GENERALIDADES

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Concreto:
1. Conceito:
– A mistura de água, cimento e agregados compõem no material
(composto) concreto, resultando em:
› Pasta: cimento + água
› Argamassa: Pasta (cimento+água) + agregado miúdo (areia)
› Concreto: Argamassa ( Pasta + agregado miúdo) + agregado graúdo
(pedregulho/brita)
› Microconcreto: Concreto com agregados em dimensões reduzidas
› Concreto de alto desempenho: concretos com resistência acima de 50
Mpa

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Concreto:
Figura 3: Funcionamento do Concreto

Fonte: Estrutura de Concreto I – Prof Wallison Barbosa

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Concreto:
3. Propriedades Gerais – Concreto no estado fresco:
› Consistência – Fluidez
› Trabalhabilidade Diretamente relacionada com o fato a/c , adições e aditivos
› Homogeneidade - Coeso

– Cura
– Adensamento
– Pega

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Concreto:
3. Propriedades Gerais – Concreto no estado fresco:
› Consistência – Fluidez
– Maior ou menor capacidade que o concreto fresco tem de se
deformar;
– Varia de acordo com :
› Quantidade de água aplicada;
› Granulometria dos agregados
› Presença de produtos químicos específicos.;

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Concreto:
3. Propriedades Gerais – Concreto no estado fresco:
› Trabalhabilidade:
– Conceito de trabalhabilidade de um concreto está ligado à maneira de
efetuar o adensamento da pasta. ;
– Fator água/cimento:
› durabilidade;
› Porosidade;
› Agressividade do ambiente
– Teor de cimento
– Proporção de agregado miúdo e graúdo;
– Aditivos.

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Concreto:
3. Propriedades Gerais – Concreto no estado fresco:
› Adensamento:
– É a operação para a retirada do ar presente na massa do concreto,
com a finalidade de reduzir a porosidade ao máximo, dificultando a
entrada de agentes agressivos;
– Vibração mecânica;
– Existe uma serie de recomendações técnicas para o uso de vibradores
mecânicos que podem ser encontradas no item 9.6.2 da NBR
14931/2004

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Concreto:
3. Propriedades Gerais – Concreto no estado fresco:
› Slump Test:
– NBR 7223;
– Consiste em um tronco de cone com 30 cm de altura, aberto
nas duas extremidades onde é inserido sobre uma superfície
plana com a “boca” maior para baixo

21
Concreto:
3. Propriedades Gerais – Concreto no estado fresco:
› Slump Test:
– O concreto é inserido dentro do cone em 3 camadas, sendo cada
uma delas compactada com 25 golpes com uma haste metálica
padrão;
– Após a compactação e arrasamento da superfície o molde tronco-
cônico é retirado e o abatimento, ou a medida em mm, que houve em
relação à altura original é o valor medido;
– Valores normais:
› 60 a 70 mm para concretos comuns
› De 100 a 120 mm para concretos bombeáveis

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Concreto:
3. Propriedades Gerais – Concreto no estado fresco:
› Slump Test:
– Concreto auto adensável

23
Concreto:
3. Propriedades Gerais – Concreto no estado fresco:
› Pega:
– Perda da trabalhabilidade
› Tempo de trabalho do concreto fresco é de 2:30 horas

24
Concreto:
3. Propriedades Gerais – Concreto no estado fresco:
› Cura:
– É a técnica de hidratação do concreto com a finalidade de
mitigar efeitos da desidratação prematura da água na estrutura
concretada.
› Pode causar fissurações
› Tem inicio após o adensamento e inicio da pega

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Concreto:
3. Propriedades Gerais – Concreto no estado fresco:
› Cura - Tipos:
– Cura úmida
– Cura química

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Concreto Armado 1:
8. As Bases do Dimensionamento

TIPOS DE CONCRETO

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Concreto:
3. Propriedades Gerais - Tipos de Concreto:
› Argamassa armada ou microconcreto armado: associação da
argamassa simples e armação em diâmetros pequenos e
pouco espaçado, com distribuição uniforme por toda a
superfície e composta de fios e telas de aço;

Fonte: O autor
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Concreto:
› Propriedades Gerais - Tipos de Concreto:
› Concreto com fibras: alcançado através da adição de fibras metálicas ou poliméricas no
ato do preparo da pasta/concreto tendo como resultado a ligação pelas fibras dispostas
em todos os sentidos. Aplicado para peças com pequenos esforços, como por exemplo,
pisos de concreto sobre solo. Outra função das fibras é o combate às fissuras reduzindo
ou eliminando a armadura superficial ou alguns estribos;

Fonte:
http://www.concremix.com.br/concr
eto-fibra.html

29
Concreto:
3. Propriedades Gerais - Tipos de Concreto:
› Concreto armado: é a associação do concreto simples e a
armadura apropriadamente colocada e dimensionada de
forma que o comportamento de ambos resistam à esforços
solicitados.

Fonte:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Concreto_armado

30
Concreto:
3. Propriedades Gerais - Tipos de Concreto:
› Concreto protendido: é a associação do concreto simples e a
armadura ativa (“aplica-se uma força na armadura antes da
atuação do carregamento na estrutura”)
Concreto Armado Segundo a NBR 6118/14

Fonte: Fonte:
https://metalengeconcretos.com.br/blog/concreto
https://maisengenharia.wordpress.com/ -armado-e-protendido/
concreto/

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Concreto:
3. Propriedades Gerais - Tipos de Concreto:
› Concreto autoadensável: busca obter misturas muito fluidas,
plásticas e trabalháveis atingindo resistências até 50MPa.
Tem capacidade de preencher pequenos espaços sem o risco
de segregações.

Fonte: Fonte: https://www.valebeton.com.br/concreto-


https://leonardi.com.br/galeria/concret auto-adensavel/
o-auto-adensavel

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Concreto Armado 1:
8. As Bases do Dimensionamento

VANTAGENS E DESVANTAGENS
DO CONCRETO ARMADO

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Concreto Armado:
4. Vantagens e Desvantagens:
Vantagens:
› Resposta positiva a maioria dos esforços aplicados;
› Boa trabalhabilidade podendo atingir várias formas dando ao projetista maior
flexibilidade ao projetar;
› Aderência entre o concreto velho e o novo de forma monolítica (o que não ocorre com
o aço, a madeira e os pré-moldados);
› Conhecido mundialmente, ou seja, as técnicas básicas podem ser compreendidas em
outras culturas;
› Competição econômica direta com as estruturas de aço;
› Material durável;
› Durabilidade e resistência ao fogo superior a madeira e ao aço;
› Proporciona a utilização da pré-moldagem, maior rapidez e facilidade da execução;
› Resistente a choques e vibrações, efeitos térmicos, atmosféricos e desgastes
mecânicos.

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Concreto Armado:
4. Vantagens e Desvantagens:
Desvantagem:
› Elementos com maiores dimensões que o aço e peso elevado (Y=
25kN/m³), ou seja, peso próprio elevado;
› Dificuldade para execução de reformas e/ou adaptações;
› Bom condutor de calor e som devendo ser associado a outros elementos
e/ou materiais para combater tais problemáticas;
› Demanda fôrmas e escoramentos para moldar e estruturar até que o
concreto atinja resistência demandada;
› Baixa resistência à tração – tendência à fissurações;

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Concreto Armado 1:
8. As Bases do Dimensionamento

GENERALIDADES DO CONCRETO
ARMADO

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Concreto Armado 1:
6. Características do Concreto:
› Resistência à Compressão
– Resistência à compressão, força determinada através do ensaio do corpo de
prova submetido à compressão centrada. Com este ensaio também é
possível a obtenção de outras características como o módulo de deformação
longitudinal (módulo de elasticidade);
– Fatores que influenciam a resistência do concreto endurecido (relação a/c +
agregados (traço) e idade do concreto.
– Fórmula para obter a resistência à compressão do concreto:

f – resistência à compressão do corpo de prova de concreto na idade em (j) dias;


cj
N – carga de ruptura do corpo de prova; e
rup
A – área da seção transversal do corpo de prova (𝑨 = 𝝅𝒓𝟐 )

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Concreto Armado 1:
6. Características do Concreto:
› Resistência à Tração
– Resistência característica do concreto à tração: o concreto tem
baixa resistência à tração e esta força está relacionada com os
esforços cortantes ( geram as fissuras);
– Existem 3 tipos de resistência à tração:
› Flexotração
› Compressão diametral (tração indireta);
› Tração direta

Cor: Cinza Azulado , Ênfase 1, Mais Claro 60%

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Concreto Armado 1:
8. As Bases do Dimensionamento

NORMAS

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Concreto Armado 1:
7. Normas e Procedimentos
› Para quê servem as normas?
– Com a finalidade de padronizar a confecção de projetos, execução e controle das obras e
dos materiais de forma a garantir a segurança e a qualidade adequada dos produtos, a
ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) regulamenta os processos através das
normas. Para os concretos seguem as NBR’s especificas:
› NBR 6118/2014 – PROJETO DE ESTRUTUTRAS DE CONRETO - PROCEDIMENTO
› NBR 7480/007 – AÇO DESTINADO A ARMADURAS PARA ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO - ESPECIFICAÇÃO

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Concreto Armado 1:
8. As Bases do Dimensionamento

ESTADOS LIMITES

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Concreto Armado 1:
8. As Bases do Dimensionamento
– Estados Limites
› Estado Limite Último: “é aquele relacionado ao colapso ou a qualquer
outra forma de ruina estrutural que determine a paralisação, no todo ou
em parte, do uso da estrutura”

42
Concreto Armado 1:
8. As Bases do Dimensionamento
– Estados Limites
Imagem: Prédio em colapso – Estado Limite Último

43
Concreto Armado 1:
8. As Bases do Dimensionamento
– Estados Limites
› Estado Limite de Serviço: “é aquele relacionado a durabilidade das
estruturas, à aparência, ao conforto do usuário e à boa utilização
funcional das mesmas, seja em relação aos usuários, às máquinas ou aos
equipamentos utilizados”

44
Concreto Armado 1:
8. As Bases do Dimensionamento
– Estados Limites
Imagem: Viga com carga aplicada – Estado Limite de Serviço

45
Concreto Armado 1:
8. As Bases do Dimensionamento
– Estados Limites
› Estado Limite de Serviço:
a) Formação de Fissuras (ELS-F): estado em que se inicia a formação de
fissuras;
b) Abertura das fissuras (ELS-W): estado em que as fissuras apresentam com
aberturas iguais aos valores máximos especificados no item 13.4.2 da norma;
c) Deformação excessiva (ELS-DEF): estado em que as deformações atingem os
limites estabelecidos para utilização normal da estrutura;
d) Vibrações excessivas (ELS-VE): estado em que as vibrações atingem os limites
estabelecidos para utilização normal da construção.

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Concreto Armado 1:
8. As Bases do Dimensionamento
Imagem: Prédios de Santos – Estado Limite de Serviço

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Concreto Armado 1:
8. As Bases do Dimensionamento
– Estados Limites
› Estado Limite de Serviço: ações combinadas
a) Combinação quase permanente: atuam na estrutura durante mais da metade
do seu período de vida;
b) Combinações frequentes: ações que repetem durante o período de vida da
estrutura;
c) Combinação raras: atuam no máximo algumas horas durante o período de
vida da estrutura;

48
Concreto Armado 1:
8. As Bases do Dimensionamento
– Ações
› Ações Permanentes: Valor praticamente constante durante todo o período
de construção;
– Ações Permanentes diretas: constituídas do peso próprio da estrutura, pesos
dos elementos construtivos fixos, instalações permanentes e dos empuxos
permanentes;
› Peso próprio de vigas e pilares, revestimentos, instalações (devem ser
indicado pelo fabricante), empuxos (força da terra em cortinas), etc.

• Peso próprio para o concreto simples: 2400kg/m³


• Peso próprio para o concreto armado ou protendido: 2500kg/m³

49
Concreto Armado 1:
8. As Bases do Dimensionamento
– Ações
› Ações Permanentes: Valor praticamente constante durante todo o período
de construção;
– Ações Permanentes indiretas: constituídas pelas deformações impostas por
retração e fluência do concreto, deslocamentos de apoio, imperfeições
geométricas e protensão;

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Concreto Armado 1:
8. As Bases do Dimensionamento
– Ações
– Coeficiente de ponderação para os estados limites últimos (ELU):

Fonte: NBR 6118/2014

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Concreto Armado 1:
8. As Bases do Dimensionamento
– Ações
– Coeficiente de ponderação para os estados limites últimos (ELU):

Fonte: NBR 6118/2014

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Concreto Armado 1:
8. As Bases do Dimensionamento
– EXERCÍCIO 1:
› Combinação de Carga:

EX1: Uma das principais etapas do dimensionamento de uma estrutura é a obtenção dos
esforços. Entretanto para realizar o dimensionamento faz-se necessário realiza a combinação
dos esforços no Estado Limite Último para o caso de uma estrutura em um comportamento
linear. Com base nos esforços fornecidos abaixo, assinale o valor do momento fletor que deve
ser utilizado na etapa de dimensionamento para uma edificação comercial.
a) 210 kN.m Dados:
b) 186,9 kN.m • Peso próprio do concreto Mg=60kNm
c) 171,5 kN.m • Peso próprio da alvenaria Mg=35kNm

d) 197,4 kN.m • Carga Variável de uso de um auditório Mq=30kNm

e) 196,0 kN.m • Vento Mv=25kNm

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Concreto Armado 1:
8. As Bases do
Dimensionamento
– EXERCÍCIO 1:
› Combinação de Carga:

1º PASSO: Separar as cargas

2º PASSO: Olhar a tabela da norma e se atentar nos dados


da tabela. Para este caso usamos a Tabela 11.3 –
Combinações ultimas pg 67-NBR6118/14

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Concreto Armado 1:
8. As Bases do Dimensionamento
– EXERCÍCIO 1:
› Combinação de Carga:

3º PASSO: Definir a carga principal e secundária

Ir na tabela 11.2 – Ações - das ações e extrair o coeficiente.

Cargas Permanente Cargas Variáveis

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Concreto Armado 1:
8. As Bases do Dimensionamento
– EXERCÍCIO 1:
› Combinação de Carga:

3º PASSO: Definir a carga principal e secundária

Ir na tabela 11.2 – Ações - das ações e extrair o coeficiente.

Carga Principal
Tentativa 1

Carga Principal
Tentativa 2

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Concreto Armado 1:
8. As Bases do Dimensionamento
– EXERCÍCIO 1:
› Combinação de Carga:

4º PASSO: As cargas permanentes entram cheias

Tentativa 1:
Fd1 = 𝛾𝒈𝟏. 𝑴𝒈𝟏 + 𝜸𝒈𝟐. 𝑴𝒈𝟐 + 𝜸𝒒 𝑴𝒒 + 𝛹𝟎. 𝑴𝒗 + 𝜸𝜀. 𝛹𝟎𝒒𝑴𝜺𝒒𝒌

Fd1 = 1,4.x60 + 1,4x35 + 1,4(30 + 0,6x25)

Fd1 = 196kNm

Tentativa 2:

Fd2 = 𝛾𝒈𝟏. 𝑴𝒈𝟏 + 𝜸𝒈𝟐. 𝑴𝒈𝟐 + 𝜸𝒒 𝑴𝒒 + 𝛹𝟎. 𝑴𝒗 + 𝜸𝜀. 𝛹𝟎𝒒𝑴𝜺𝒒𝒌

Fd2 = 1,4.x60 + 1,4x35 + 1,4(25 + 0,7x30)

Fd2 = 197,4kNm

57
Concreto Armado 1:
8. As Bases do Dimensionamento

LAJES

58
Concreto Armado 1:
8. As Bases do Dimensionamento
› Lajes são:
– Elementos planos, em geral horizontais, com duas dimensões muito maiores que a
terceira, sendo esta denominada espessura.
› Função:
– A principal função das lajes é receber os carregamentos atuantes no andar, provenientes do
uso da construção (pessoas, móveis e equipamentos), e transferi-los para os apoios.
› Ações:
– São comumente perpendiculares ao plano da laje, podendo ser divididas em distribuídas
linearmente ou forças concentradas.
– Também podem ocorrer ações externas na forma de momentos fletores, normalmente
aplicados nas bordas das lajes.
› No geral as ações:
– São transmitidas para as vigas de apoio nas bordas da laje, mas eventualmente também
podem ser transmitidas diretamente aos pilares (lajes lisas).

59
Concreto Armado 1:
8. As Bases do Dimensionamento
› Laje maciça é:
– Aquela onde toda a espessura é composta por concreto, contendo armaduras
longitudinais de flexão e eventualmente armaduras transversais, e apoiada em vigas ou
paredes ao longo das bordas.
› As lajes maciças podem ser de:
– Concreto Armado ou de Concreto Protendido
– Nos edifícios usuais, as lajes maciças têm grande contribuição no consumo de
concreto: aproximadamente 50% do total.

60
Concreto Armado 1:
8. As Bases do Dimensionamento

TIPOS DE LAJES

61
Concreto Armado 1:
8. As Bases do Dimensionamento Lajes de Concreto Armado

(NBR 6118/14, item 14.7.8).


“Lajes cogumelo são lajes apoiadas
diretamente em pilares com capitéis,
enquanto lajes lisas são as apoiadas Lajes com vigas Lajes com lisa
nos pilares sem capitéis”

Lajes nervurada Lajes com cogumelo (capitel)

62
Concreto Armado 1:
8. As Bases do Dimensionamento

63
Concreto Armado 1:
8. As Bases do Dimensionamento
CASOS DE VINCULAÇÃO:

64
Concreto Armado 1:
8. As Bases do Dimensionamento
AÇÕES A CONSIDERAR
✓ As lajes trabalham recebendo as cargas de utilização e transmitindo-as para os apoios,
geralmente vigas nas bordas.
Nos edifícios as lajes ainda têm a função de atuarem como diafragmas rígidos, distribuindo os
esforços horizontais do vento para as estruturas de contraventamento (pórticos, paredes,
núcleos de rigidez, etc.), responsáveis pela estabilidade global dos edifícios.
Nas construções de edifícios correntes, geralmente as ações principais a serem
consideradas são as ações permanentes (g) e as ações variáveis (q).
a) Peso Próprio
NBR 6118 indica o
valor de 25 kN/m3

Onde:
gpp = Peso próprio da laje (kN/m²)
h = Altura da laje
Imagem: Peso próprio calculado para 1 m².
65
Concreto Armado 1:
8. As Bases do Dimensionamento
REAÇÕES DE APOIO
A NBR 6118 (item 14.7.6.1) prescreve que, “Para o cálculo das reações de apoio das
lajes maciças retangulares com carga uniforme podem ser feitas as seguintes
aproximações:

Definição das áreas de influencia de carga para calculo das reações de apoio nas vigas de borda das
lajes armadas em duas direções.

66
Concreto Armado 1:
8. As Bases do Dimensionamento
REAÇÕES DE APOIO
• REAÇÕES DAS ÁREAS - TABELAS
Calcula as reações de apoio de lajes retangulares sob carregamento uniformemente
distribuído, considerando para cada apoio, carga correspondente aos triângulos ou trapézios,
traçando-se, a partir dos vértices, na planta da laje, retas inclinadas de:

✓ 45° entre dois apoios do mesmo tipo;


✓ 60° a partir do apoio engastado, se o outro
for simplesmente apoiado;
✓ 90° a partir do apoio vinculado (apoiado ou
engastado), quando a borda vizinha for
livre.

67
Concreto Armado 1:
8. As Bases do Dimensionamento

ESTADIOS E DOMÍNIOS

68
Concreto Armado 1:
8. As Bases do Dimensionamento
O procedimento para se caracterizar o desempenho de uma seção de
concreto consiste em aplicar um carregamento, que se inicia do zero e
vai até a ruptura.

Existem diversas fases pelas quais passa a seção de concreto, ao


longo desse carregamento, dá-se o nome de ESTÁDIOS.

Distinguem-se basicamente três fases distintas: estádio I, estádio II e estádio III.

Estádios I e II Correspondem as situações de serviço (quando atuam as ações reais)

Estádio III Corresponde ao estado limite último (ações majoradas, resistências


minoradas), que só ocorre em situações extremas.

69
Concreto Armado 1:
8. As Bases do Dimensionamento
• ESTÁDIO I - Esta fase corresponde ao início do carregamento. As tensões normais que
surgem são de baixa magnitude e dessa forma o concreto consegue resistir às tensões de
tração.
✓ Tem-se um diagrama linear de tensões, ao longo da seção transversal da peça, sendo
válida:

70
Concreto Armado 1:
8. As Bases do Dimensionamento

Levando-se em consideração a baixa resistência do concreto à


tração, se comparada com a resistência à compressão, percebe-se a
inviabilidade de um possível dimensionamento neste estádio.

› É no estádio I que é feito o cálculo do momento de


fissuração, que separa o estádio I do estádio II.
Conhecido o momento de fissuração, é possível calcular a
armadura mínima, de modo que esta seja capaz de
absorver, com adequada segurança, as tensões causadas
por um momento fletor de mesma magnitude.

71
Concreto Armado 1:
8. As Bases do Dimensionamento
▪ ESTÁDIO II - Neste nível de carregamento, o concreto não mais resiste à tração e a seção
se encontra fissurada na região de tração.
✓ A contribuição do concreto tracionado deve ser desprezada. No entanto, a
parte comprimida ainda mantém um diagrama linear de tensões.

Comportamento do concreto na flexão pura (Estádio II)

72
Concreto Armado 1:
8. As Bases do Dimensionamento
• ESTÁDIO III - No estádio III, a zona comprimida encontra-se plastificada e o concreto
dessa região está na iminência da ruptura.
• Admite-se que o diagrama de tensões seja da forma parabólico-retangular, também
conhecido como diagrama parábola-retângulo.

Comportamento do concreto na flexão pura (Estádio III)

73
Concreto Armado 1:
8. As Bases do Dimensionamento
• A Norma Brasileira permite, para efeito de cálculo, que se trabalhe com um diagrama
retangular equivalente. A resultante de compressão e o braço em relação à linha neutra
devem ser aproximadamente os mesmos para os dois diagramas.

Diagrama retangular

74
Concreto Armado 1:
8. As Bases do Dimensionamento
› É no estádio III que é feito o dimensionamento, situação em que
denomina “cálculo na ruptura”, pois o objetivo principal é projetar estruturas que
resistam de forma econômica, aos esforços sem chegar ao colapso.
› O diagrama parábola-retângulo é formado por um trecho retangular, para deformação de
compressão variando de 0,2% até 0,35%, com tensão de compressão igual a
0,85fcd, e um trecho no qual a tensão varia segundo uma parábola do segundo grau para
concretos de até C50 MPa.
› O diagrama retangular também é permitido pela NBR 6118. A altura do diagrama é
igual a 0,8x. A tensão é 0,85fcd no caso da largura da seção, medida paralelamente à
linha neutra, não diminuir a partir desta para a borda comprimida, e 0,80fcd no caso
contrário.

75
Concreto Armado 1:
8. As Bases do Dimensionamento

76
Concreto Armado 1:
8. As Bases do Dimensionamento
São situações em que pelo menos um dos materiais − o aço ou o concreto − atinge o seu
limite de deformação:
• Alongamento último do aço (εs = 1,0%)
• Encurtamento último do concreto (εcu = 0,35% na
flexão e
εcu = 0,2% na compressão simples).

O primeiro caso é denominado ruína por deformação plástica


excessiva do aço, e o segundo, ruína por ruptura do concreto.

77
Concreto Armado 1:
8. As Bases do Dimensionamento
• RUÍNA POR DEFORMAÇÃO PLÁSTICA EXCESSIVA
Para que o aço atinja seu alongamento máximo, é necessário que a
seção seja solicitada por tensões de tração capazes de produzir na
armadura a uma deformação específica de 1% (εs = 1%). Essas tensões
podem ser provocadas por esforços tais como:
• Tração (uniforme ou não-uniforme)
• Flexão (simples ou composta)
✓ Linha tracejada, à esquerda, corresponde ao
alongamento máximo de 1% (limite do aço)
✓ Linha tracejada, à direita, ao encurtamento máximo do
concreto na flexão: 0,35%;
✓ Linha cheia corresponde à deformação nula, ou seja,
separa as deformações de alongamento e as de
encurtamento.
Vista lateral da peça e limites das deformações

78
Concreto Armado 1:
8. As Bases do Dimensionamento
RETA A:
• A linha correspondente ao
alongamento constante e igual a 1%
e é denominada reta a.
• Ela pode ser decorrente de
tração simples, se as áreas de
armadura As e A’s forem iguais,
ou de uma tração excêntrica em
que a diferença entre As e A’s seja
tal que garanta o alongamento Alongamento de 1% - Reta a
uniforme da seção.

79
Concreto Armado 1:
8. As Bases do Dimensionamento
RETA A:
• Para a notação ora utilizada, a posição da linha neutra é indicada pela distância x até
a borda superior da seção, sendo esta distância considerada positiva quando a linha
neutra estiver abaixo da borda superior, e negativa no caso contrário.

80
Concreto Armado 1:
8. As Bases do Dimensionamento
RETA A:

Como para a reta a não há


pontos de deformação nula,
considera-se que x tenda para −
∞.

81
Concreto Armado 1:
8. As Bases do Dimensionamento

DOMÍNIOS

82
Concreto Armado 1:
8. As Bases do Dimensionamento
DIAGRAMA ÚNICO DA NBR 6118
Para todos os domínios de deformação, com exceção das retas a e b, a posição da linha
neutra pode ser determinada por relações de triângulos.

✓ Reta a, Domínios 1 e 2 (ponto A):


Ruína por deformação plástica excessiva da
armadura As
✓ Domínios 3, 4 e 4a (ponto B):
Ruptura do concreto com εcu = 0,35% na
borda comprimida
✓ Domínio 5 e Reta b:
Deformação de 0,2% e distante 3/7 h da
borda mais comprimida

83
Concreto Armado 1:
8. As Bases do Dimensionamento
DOMÍNIO 1
Para diagramas de deformação em que ainda se tenha tração em toda a seção, mas não-
uniforme, com εs = 1% na armadura As e deformações na borda superior variando entre 1%
e zero, tem-se os diagramas de deformação num intervalo denominado domínio 1.

Neste caso a posição x da linha


neutra varia entre − ∞
e zero. O domínio 1 corresponde
a tração excêntrica.

84
Concreto Armado 1:
8. As Bases do Dimensionamento
DOMÍNIO 2
Corresponde ao alongamento εs = 1% e compressão na borda superior, com εc variando
entre zero e 0,35%.
Neste caso a linha neutra já se encontra dentro da seção, correspondendo a flexão simples ou
a flexão composta, com força normal de tração ou de compressão.

O domínio 2 é o último caso em que a ruína ocorre com deformação plástica excessiva
da armadura.

85
Concreto Armado 1:
8. As Bases do Dimensionamento

RUÍNA POR RUPTURA DO CONCRETO NA FLEXÃO


De agora em diante, serão considerados os casos em que a ruína ocorre por ruptura do
concreto comprimido.
✓ Como já foi visto, denomina-se flexão a qualquer estado de solicitações normais
em que se tenha a linha neutra dentro da seção.

Na flexão, a ruptura ocorre com deformação específica de 0,35% na borda


comprimida.

86
Concreto Armado 1:
8. As Bases do Dimensionamento
DOMÍNIO 3
A deformação εcu = 0,35% na borda comprimida e εs varia entre 1% e εyd, ou seja, o
concreto encontra-se na ruptura e o aço tracionado em escoamento. Nessas condições, a
seção é denominada sub-armada.

Tanto o concreto como o


aço trabalham com suas
resistências de cálculo.
Portanto, há o aproveitamento
máximo dos dois materiais.

A ruína ocorre com aviso, pois a peça apresenta deslocamentos visíveis e intensa
fissuração.

87
Concreto Armado 1:
8. As Bases do Dimensionamento
DOMÍNIO 4
Permanece a deformação εcu = 0,35% na borda comprimida e εs varia entre εyd e zero, ou
seja, o concreto encontra-se na ruptura, mas o aço tracionado não atinge o
escoamento.
✓ Portanto, ele é mal aproveitado. Neste caso, a seção é denominada super-armada.

Tanto o concreto como o


aço trabalham com suas
resistências de cálculo.
Portanto, há o aproveitamento
máximo dos dois materiais.

Domínio 4 (εyd > εs> 0)


A ruína ocorre sem aviso, pois os deslocamentos são pequenos e há pouca fissuração.

88
Concreto Armado 1:
8. As Bases do Dimensionamento
DOMÍNIO 4a
No domínio 4a, as duas armaduras são comprimidas. A ruína ainda ocorre com εcu =
0,35% na borda comprimida.
✓ A deformação na armadura As é muito pequena, e portanto essa armadura é muito mal
aproveitada. A linha neutra encontra-se entre d e h. Esta situação só é possível na flexo-
compressão.

89
Concreto Armado 1:
8. As Bases do Dimensionamento
DOMÍNIO 5
Tem-se a seção inteiramente comprimida (x>h), com εc constante e igual a
0,2% na linha distante 3/7 h da borda mais comprimida.

Na borda mais comprimida, εcu


varia de 0,35% a 0,2%.

O domínio 5 só é possível na
compressão excêntrica.

90
Concreto Armado 1:
8. As Bases do Dimensionamento
DOMÍNIO 5
RETA B

Tem-se deformação uniforme de compressão, com encurtamento igual a 0,2%.

Neste caso, x tende para + ∞.

ATENÇÃO: O melhor é que a peça trabalhe no domínio 3, o domínio 2 é aceitável,


segundo NBR6118/14, parte do domínio 3 e o domínio 4 devem ser evitados.

91
DÚVIDAS?

ADICIONAR UM RODAPÉ 92
OBRIGADA!

93

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