Você está na página 1de 1

Embraer

Com sede em São José dos Campos, a Embraer foi fundada em 1969 como uma
empresa estatal, mas foi depois privatizada em 7 de dezembro de 1994. Desde sua
privatização, a Embraer cresceu até se tornar uma das maiores fabricantes de aerona-
ves do mundo, o que conseguiu concentrando-se em segmentos específicos de merca-
do com grande potencial, na aviação comercial, de defesa e executiva. Igualmente
importante, a Embraer fornece um pacote superior de produtos, com amplo suporte
às aeronaves no pós-venda, incluindo peças de reposição, serviços e assistência técni-
ca. A Embraer tem cinco fábricas no Brasil, em três localidades diferentes, além de
subsidiárias, escritórios, centros de assistência técnica e de distribuição de peças na
China, Singapura, Estados Unidos, França e Portugal, reunindo um quadro de pesso-
al total que somava mais de 16.900 empregados em dezembro de 2005.
A privatização da Embraer em 1994 implicou em um profundo processo de trans-
formação cultural, através do qual a sua antiga cultura de engenharia, orientada para
a indústria – que predominara durante seus anos como estatal – se fundiu a uma nova
cultura empresarial, orientada para a administração dos negócios, trazida pelos novos
acionistas controladores. A evolução da governança da empresa era parte integral da
transformação cultural da Embraer.
A Embraer é vista pelo governo brasileiro como uma empresa estratégica. Tal sta-
tus carrega consigo diversas implicações para a governança da empresa:
n O edital de privatização da Embraer estipulava que a participação de entida-
des estrangeiras no capital votante da empresa deveria se limitar a 40%.
n O governo brasileiro possuiu uma ação de classe especial, denominada
“Golden Share”. A Golden Share confere mesmo direito a voto das ações
ordinárias. Mas, além disso, ela tem o poder de veto contra, entre outras coi-
sas, mudanças no controle ou no propósito corporativo e criação e alteração
de programas de defesa.
Como resultado da privatização, a empresa não apenas recuperou sua saúde finan-
ceira como também pôde embarcar em um novo processo de expansão, impulsiona-
do fundamentalmente pelo projeto da família de jatos ERJ 145. Nos anos seguintes,
ao lançar o programa EMBRAER 170/190 e o avião executivo Legacy, bem como
produtos ISR (iniciais para Intelligence, Surveillance e Reconnaissance,) e o projeto
ALX/Super Tucano, a Embraer aumentou significativamente sua participação no mer-
cado aeronáutico, o que resultou em receitas crescentes em mercados diversificados.

Case Studies 219

Você também pode gostar