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Universidade Estadual de Goiás

Unidade Universitária de Ciências Sócio-Econômicas e Humanas


Analise de Investimento
Professor: Edson Carareto
Aluno: Carlos Alberto Francisco de Sousa
5° ano Ciências Econômicas

Função Empresarial: Considerações da Escola Austríaca e um breve critica.

A função empresarial, consiste basicamente em criar, descobrir e avaliar oportunidades


e alcançar um fim, ou seja, um meio de conseguir um lucro ou benefício, tendo em conta as
circunstâncias envolventes e agindo de modo a aproveitá-las.
Existem seis características básicas do conhecimento empresarial do ponto de vista da
Escola Austríaca: 1) é um conhecimento subjetivo de tipo prático, não científico; 2) é um
conhecimento exclusivo; 3) encontra-se disperso pelas mentes de todos os indivíduos; 4) na sua
maior parte é um conhecimento tácito e, portanto, não articulável; 5) é um conhecimento que
se cria ex nihilo, a partir do nada, precisamente mediante o exercício da função empresarial, e
6) é um conhecimento transmissível, na sua maior parte de forma inconsciente, através de
complexíssimos processos sociais, cujo estudo, segundo os autores austríacos, constitui o objeto
de investigação da Ciência Econômica.
A empresarialidade não supõe custo algum, ela é em sua essência criativa. Nesse
sentido, a função empresarial materializa-se no fato de a mesma originar ganhos, que
teoricamente surgem do nada. Assim é importante ressaltar três efeitos da empresarialidade,
primeiro, a função empresarial cria informações novas. Segundo, esta informação é transmitida
através do mercado. Terceiro, como consequência do ato empresarial, os agentes econômicos
implicados aprendem a atuar cada um em função das necessidades dos demais. Portanto, não
a necessidade de nenhuma intervenção no mercado.
De acordo com a visão da Escola Austríaca o que importa não é quem exerce a função
empresarial mais sim que não aja restrições sobre essa ação, sejam elas restrições institucionais
ou legais. Contudo, é por isso que os teóricos da Escola Austríaca, sejam em sua maioria
filósofos liberais, comprometidos com o mercado da livre iniciativa.
A função empresarial por definição, é competitiva. Uma vez que se tenha descoberto
uma oportunidade de lucro, pelo empresário essa oportunidade tende a desaparecer. Portanto o
processo social é, por natureza, competitivo. Pois diferente agentes rivalizam entre si. É desde
modo, porque o ato coordenador elementar consiste essencialmente em inventar e transmitir
nova informação que deve forçosamente transformar a percepção geral de objetivos e meios de
todos os empresários. Contudo, todo ato empresarial descobre, coordena e eleimna
desajustamentos sociais, em função de um caráter social. A função empresarial, não só torna
possível a vida em sociedade ao coordenar o comportamento desajustado dos seus membros,
como também impulsiona o desenvolvimento da civilização, ao criar continuamente novos
objetivos e conhecimentos que se difundem gradualmente por toda a sociedade.
Em suma, a função empresarial permite que o processo de desenvolvimento, siga seu
curso harmoniosamente, e a cada novo desajustamento, as próprias forças da ação humana tende
a elimina-los. Ou seja, o função empresarial permite o desenvolvimento harmonioso da
sociedade, já que os desajustamentos do processo são sanados pela própria sociedade.
A Escola austríaca ignora o papel da instituição fundamental do capitalismo, o Estado.
A sociedade não consegue coordenar e superar os desajustamentos sozinha, ela precisa de forças
institucionalizadas que aumentem a cooperação e reduza os conflitos entre os agentes, para que
assim as transações possam ser efetuadas com menores custos. Nesse sentido, para se
desenvolver a sociedade é necessário intervenção, mas de uma intervenção qualificada e
pautada em instituições sólidas que possuam uma burocracia qualificada, no sentido weberiano,
o burocrata que trabalhe em torno do interesse social. Tais instituições só podem ser concebidas
com a intervenção do Estado. As forças místicas do mercado não conseguem estabelecer boas
instituições, por si só.

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