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1.

Introdução

A Indústria da Construção é um segmento importante da economia por gerar grande volume


de riquezas e empregos para todas as classes sociais. O Brasil vem vivendo, recentemente, um
momento singular da história desta indústria, com um crescimento em relação as duas últimas
décadas do século XX. Isto é, em grande parte, o reflexo do desenvolvimento econômico e
social recente, que, além do crescimento da produção, incluiu no mercado consumidor grande
parcela de brasileiros.

Apesar dos benefícios que essa indústria contribui para a movimentação da economia e no
desenvolvimento do país, ela também apresenta um quadro preocupante no que tange aos
assuntos relacionados as condições do ambiente de trabalho, com altos índices de acidente de
trabalho, ou seja, necessita de uma melhor atuação e performance na Segurança e Saúde no
Trabalho (SST).

De modo geral, os acidentes de trabalho são considerados, atualmente, um sério problema de


saúde pública, pois resultam em mortalidade e invalidez de trabalhadores. Na Indústria da
Construção os índices de acidentes de trabalho são muito elevados (ver quadro 1) e na maioria
das vezes esses acidentes ocorrem em decorrência de inexistência ou ineficiência de sistemas
de gestão em segurança e saúde no trabalho que não garantem um trabalho seguro e saudável
(ARAÚJO; BATISTA, 2004).
Quadro 1: Estatísticas de Acidentes de Trabalho

Todos os demais ramos


Indústria da construção
de atividade econômica
ANO Nº de Nº de
Incidência RR
acidentes de acidentes de Incidência Proporção
anual (IC/Outros
trabalho não trabalho não anual x1000 IC/Total %
x1000 ramos)
fatais fatais
2000 82.502 4,8 6.579 6,6 1,37 8,0
2001 87.353 4,1 7.139 6,0 1,46 8,2
2002 117.224 5,3 9.531 8,2 1,54 8,2
2003 96.146 4,2 7.788 7,2 1,71 8,1
2004 103.997 4,3 7.948 7,0 1,63 7,6
2005 102.782 4,0 8.155 6,8 1,70 8,5
2006 88.220 3,3 7.698 6,2 1,88 8,7
2007 127.019 4,3 11.108 7,4 1,72 8,7
Todos os demais ramos
Indústria da construção
de atividade econômica
Coeficiente
Coeficiente
ANO de
de
Nº de óbitos Nº de óbitos mortalidade
mortalidade Proporção IC / Total %
por AT por AT de AT x
de AT x
100.000
100.000
(homens)
2008 2.757 8,8 384 20,1 13,9
2009 2.845 7,4 395 18,6 13,9

Fonte: MPS, Anuário Estatístico da Previdência Social, AEPS (2011). Denominadores foram os números médios
de vínculos por mês a cada ano de contribuintes empregados excluindo-se os não cobertos pelo Seguro Acidentes
de Trabalho, SAT, como empregados domésticos, dentre outros.

Com este cenário onde a indústria da construção representa um elevado percentual em relação
aos acidentes de trabalho o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) publicou a Norma
Regulamentadora nº 18 (NR-18), que define diretrizes para prevenção de acidentes de
trabalho na construção civil. Nesta norma o item 18.34 estabelece a criação de Comitês
Permanentes Sobre as Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção: o
Comitê Permanente Nacional (CPN) e os Comitês Permanentes Regionais (CPR), esse último
têm origem na descentralização do CPN com previsão expressa na NR-18 (GONÇALVES,
2008). Esses comitês têm a finalidade de proporcionar um diálogo constante sobre as
condições e meio ambiente na indústria da construção.

Cada CPR tem seu regimento interno, grupos de trabalho, atividades, metas e propostas que
são definidas em plenárias ordinárias e extraordinárias. No caso do CPR do Estado da Paraíba
(CPR-PB), a missão é a melhoria contínua nos ambientes de trabalho na Indústria da
Construção, de forma a viabilizar ações voltadas ao aprimoramento da segurança no setor.
Esse CPR vem se sobressaindo no âmbito nacional por apresentar uma forma de atuação
diferenciada e, dentre suas atividades, destacam-se ações no sentido de fomentar políticas
públicas. Nesse sentido, esse artigo tem por objetivo apresentar a atuação do CPR-PB como
órgão indutor de políticas públicas.

2. Revisão da Literatura

2.1 Indústria da Construção Civil


A Indústria da Construção Civil (ICC) é um setor industrial de alto impacto na economia
mundial e em particular na economia brasileira. Esta indústria tem grande participação na
geração do Produto Interno Bruto (PIB), (ver figura 1). Esta grande participação da indústria
da construção civil na vida das pessoas e no desenvolvimento do país, aumenta sua
responsabilidade quanto à adoção de boas práticas de gestão à luz da legislação vigente.

Figura 1: Evolução do PIB Brasil X PIB da Construção Civil: 2004-2013

Fonte: Portal FIEP > Boletim Conjuntura da Construção > 15 de dezembro de 2014

Outro aspecto de grande importância é a questão da empregabilidade do setor, que é


evidenciado através do nível elevado de geração de empregos em relação ao total de
empregos formais do Brasil (ver figura 2). Verificando assim um grande impacto tanto
econômico como social.

Figura 2: Percentual de mão de obra ocupada da ICC em relação à mão de obra ocupada total do Brasil
Fonte: Adaptado de PAIC (2014)
A ICC da região nordeste, segundo PAIC (2014), detém a segunda maior participação em
relação aos resultados nacionais, tanto em relação à variável de pessoal ocupado (19,4%)
quanto ao valor das incorporações (14,2%) ficando atrás apenas da região sudeste que detém
respectivamente (55,1% e 62,0%).
Portanto, verifica-se o crescimento da ICC na região nordeste provocando maior atenção dos
órgãos regionais de segurança e saúde na ICC, necessitando de maior demanda de fiscalização
e controle das condições do ambiente de trabalho na construção civil. Como o CPR-PB
engloba membros das partes interessadas, empregados, empregadores e órgãos públicos,
pode-se dizer que é um órgão de fomento de melhorias nas questões referentes à segurança e
saúde ocupacional dos trabalhadores da construção civil no Estado da Paraíba.

2.2 Comissão Permanente Nacional e Comissão Permanente Regional sobre Condições e


Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção

O CPN (Comitê Permanente Nacional sobre Condições e Meio Ambiente do Trabalho na


Indústria da Construção) e os CPRs (Comitês Permanentes Regionais sobre Condições e Meio
Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção) foram criados em 1995 quando ocorreu à
reformulação da NR-18 e estes vêm atuando na maioria dos estados, destacando-se dentre
outras ações, estudos e debates para o permanente aperfeiçoamento das normas
regulamentadoras em SST (JÚNIOR; LÓPES-VALCÁRCEL; DIAS, 2005).

O CPN é composto de três a cinco representantes titulares do governo, dos empregadores e


dos empregados, podendo ocorrer a convocação de representantes de entidades técnicas e
científicas ou de profissionais especializados, sempre que seja necessário. Cabe a coordenação
do CPN, convocar pelo menos uma reunião por semestre, com o objetivo de analisar o
trabalho desenvolvido e estabelecer as diretrizes para o ano seguinte. Segundo a Brasil (1995)
as atribuições do CPN são:
 Resolver a respeito das propostas apresentadas pelos CPRs;
 Encaminhar ao Ministério do Trabalho as propostas aprovadas;
 Apresentar a justificativa aos CPR pela não aprovação das propostas apresentadas;
 Elaboração de propostas e encaminhando de cópias aos CPRs;
 Aprovar os Regulamentos Técnicos de Procedimentos - RTP.
Quanto aos CPRs é composto de 3 (três) a 5 (cinco) representantes titulares e suplentes do
Governo, dos trabalhadores, dos empregadores e de 3 (três) a 5 (cinco) titulares e suplentes de
entidades de profissionais especializados em segurança e saúde do trabalho como apoio
técnico-científico (BRASIL, 1995).

As propostas resultantes dos trabalhos de cada CPR são encaminhadas ao CPN. Após
aprovadas são encaminhadas ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que assim, dará
andamento às mudanças, por meio de dispositivos legais, no prazo máximo de 90 dias
(BRASIL, 1995).

Como um órgão regional de Segurança e Saúde da indústria da construção civil tem-se


definido o CPR-PB. Este é composto atualmente por 17 entidades, distribuídas em 4
bancadas, que são: O Poder Público representado pela a Fundação Jorge Duprat e Figueiredo
(FUNDACENTRO), a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego na Paraíba (SRTE
– PB), Ministério Público do Trabalho 13º Região e o Tribunal Regional do Trabalho 13º
Região; Os Trabalhadores representados do pelo o Sindicato dos Trabalhadores da Construção
Civil de João Pessoa (SINTRICOM); Os Empresários representado pelo Sindicato da
Indústria da Construção Civil de João Pessoa (SINDUSCON) e a bancada Apoio Técnico
representada pela Associação dos Engenheiros de Segurança do Trabalho da Paraíba (AEST-
PB), Associação dos Técnicos de Segurança do Trabalho da Paraíba (ASTEST-PB), Centro de
Referência Estadual em Saúde do Trabalhador (CEREST-PB), Centro de Referência Regional
em Saúde do Trabalhador (CEREST-JP), Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da
Paraíba (CREA-PB), Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
(SENAI), Serviço Social da Indústria (SESI), Sindicato dos Engenheiros do Estado da
Paraíba (SENGE-PB), Sindicato dos Técnicos de Segurança do Trabalho da Paraíba
(SINTEST-PB) e Profissionais de empresas e interessados pela temática. O CPR-PB se reúne
em plenárias mensais ou através de comissões formadas para encaminhar demandas
especificas.

Como visão para o futuro o CPR-PB tem como meta ser um organismo responsável pelo
reconhecimento da Segurança e Saúde no Trabalho (SST) como elemento intrínseco ao
negócio das empresas construtoras. O quadro 2 apresenta as atribuições do CPR-PB
estabelecidas na NR-18:
Quadro 2 – Atribuições do Comitê Permanente Regional da Paraíba, Brasil

Item Descrição
1. Estudar e propor medidas para controle e melhoria das condições e dos ambientes
de trabalho na indústria da Construção;

2. Implementar a coleta de dados sobre acidentes de trabalho e doenças


ocupacionais na Indústria da Construção, visando estimular iniciativas de
aperfeiçoamento técnico de processos construtivos, de máquinas, equipamentos,
ferramentas e procedimentos nas atividades da Indústria da Construção;

3. Participar e propor campanhas de prevenção de acidentes para a Indústria da


Construção;

4. Incentivar estudos e debates visando o aperfeiçoamento permanente das normas


técnicas regulamentadoras e de procedimentos na Indústria da Construção;

5. Encaminhar os resultados de suas pesquisas ao Comitê Permanente Nacional


(CPN);

6. Apreciar propostas encaminhadas pelo CPN seja elas oriundas do próprio CPN
ou de outro CPR;

7. Negociar cronograma para gradativa implementação de itens da Norma que não


impliquem em grave e iminente risco, atendendo às peculiaridades e dificuldades
regionais, desde que sejam aprovadas por consenso e homologadas pelo o CPN.
Fonte: Autores, adaptado de Brasil (1995)

2.2 Políticas Públicas

No âmbito acadêmico brasileiro o tema de políticas públicas é relativamente novo, onde


apenas nas últimas décadas tem estado mais presente em pesquisas científicas. De acordo com
Souza (2006) a política pública surgiu nos Estados Unidos como uma disciplina acadêmica. O
estudo era direcionado apenas sobre as ações dos governos, e não focava o papel
fundamentalista e teórico do Estado.
Segundo Souza (2006) a área de políticas públicas houve quatro grandes fundadores:
H.Laswell, H.Simon, C. Lindblom e D.Easton. Onde cada um trouxe conceitos e expressões
bastante comuns na área:
 Laswell (1936) traz o conceito de como conciliar a parte científica acadêmica com a
produção dos governos, algo não visto até então, esse conceito é expresso como policy
analysis (análise de política pública).
 Simon (1957) diz que a limitação da racionalidade pode ser minimizada pelo
conhecimento racional, tal conceito é conhecido como racionalidade limitada dos
decisores públicos ou policy makers.
 Linblom (1959;1979) ao contrário de Laswell e Simon não dá ênfase a racionalidade,
diz que para se formular as políticas públicas além da racionalidade, deve-se integrar
outras questões, como o seu papel nas eleições e a burocracia dos partidos, dando
ênfase as relações de poder.
 Easton (1965), disse que as políticas públicas recebem “inputs” dos partidos, da mídia
e grupos de interesse o que acaba influenciando seus resultados.

Existem vários conceitos de políticas públicas na literatura, cada autor a define sob uma
perspectiva diferente, por isso não existe uma definição melhor que outra.

 Mead (1995) diz que políticas públicas é uma área de estudo que analisa o governo de
acordo com grandes questões públicas.
 Peters (1986) diz que políticas públicas é o conjunto das atividades dos governos que
influenciam na vida dos cidadãos.
 Segundo (Gobert, Muller, 1987) citado por (HÖFLING, E. D, 2001) Políticas públicas
pode ser entendido como as ações que o Estado toma, implementando projetos,
criando programas sociais, tudo isso voltado para os diferentes setores da sociedade.

Tomando como base a definição de políticas públicas de Gobert e Muller pode-se entender
que as ações intervencionistas definidas no CPR-PB geraram políticas públicas, pois colabora
com o Estado em criar projetos e leis voltados para um setor da sociedade que é o setor da
ICC.

3. Materiais e Métodos
A pesquisa foi realizada no Comitê Permanente Regional da Paraíba (CPR-PB). Para o
arcabouço teórico foi utilizado um levantamento bibliográfico através de revisão de literatura
sistêmica e análise documental através de registro de Atas dos fóruns realizados mensalmente
referente às ações intervencionistas do CPR-PB. Foram feitas visitas técnicas com observação
in loco, entrevistas semiestruturadas com dois membros do CPR-PB, bem como uso dos
instrumentos de meios digitais e pesquisa em site institucional do Sindicato da Indústria da
Construção Civil de João Pessoa (Sinduscon), onde o CPR- PB é vinculado, sendo também o
local onde acontecem as plenárias mensais do Comitê.

4. Resultados e Discussões

As ações do CPR-PB são norteadas por um Regimento Interno e definidas por meio de
reuniões ordinárias e extraordinárias, bem como por grupos de trabalho (ARAÚJO;
BATISTA, 2004). São inúmeras as ações já realizadas pelo Comitê, sendo essas de bastante
relevância para a referida indústria e seus envolvidos. Entre estas ações merecem destaque
(CPR-PB, 2015):
 Reuniões ordinárias com propostas de mudança da NR-18 no intuito de apresentar
boas práticas em Segurança e Saúde no Trabalho (SST);
 Promoção de cursos de capacitação para mestres e encarregados de obra, qualificação
de guincheiros;
 Realização de estudo sobre modelos de uniforme, devido à lacuna existente na
legislação brasileira e às freqüentes queixas dos trabalhadores com relação à
inadequação das vestimentas fornecidas pelas construtoras, o CPR-PB desenvolveu
esse estudo com o intuito de definir um modelo de vestimenta adequada para cada
ocupação;
 Realização de estudo sobre exposição à poeira de sílica que resultou na produção de
vídeo informativo e cartilha educativa sobre o tema;

Iniciativas do CPR-PB que geraram políticas públicas no estado da Paraíba:

 Programa de Redução de Acidentes Elétricos na Indústria da Construção (PRAE):


tronou-se política pública a partir do momento da criação de uma lei municipal para a
obrigatoriedade da implementação deste programa, que surgiu à partir do alto índice
de acidentes fatais por choque elétrico ocorridos em 2003 e 2004, (ver figura 3). O
PRAE, que determina que a ligação de energia da obra deva ser feita pela
concessionária, somente, mediante apresentação do projeto elétrico, contendo
detalhamento do aterramento dos quadros elétricos, localização dos quadros elétricos
em planta baixa, diagrama unifilar dos cargos de cargas, e Anotações do Responsável
Técnico (ART).

Em João Pessoa só é feita a ligação de energia elétrica pela concessionária após a


apresentação dos documentos acima citados. O PRAE, passou a ser exigência também
para a emissão do alvará de construção neste município. A partir desta iniciativa do
CPR-PB a Prefeitura Municipal de João Pessoa instituiu a Lei municipal nº
1.798/2013 que estabelece ações de prevenção de acidentes do trabalho em canteiros
de obras no âmbito municipal. Esse programa resultou na redução dos acidentes fatais
por choque elétrico causado pela improvisação das instalações elétricas temporárias
das obras na construção, sendo incluído como clausula da convenção coletiva da
construção civil.

Figura 3: Acidentes de trabalho fatais na Paraíba, Brasil

Fonte: SFIT/ SRTE – PB (2015)

 Exigência da apresentação do Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho


na Indústria da Construção Civil (PCMAT): No município de Patos / PB através do
Decreto nº 046/2011 que estabelece, quando da participação das empresas construtoras
em licitações de órgão público, a apresentação do PCMAT no momento da licitação,
visando o combate a precariedade e improviso que caracteriza o tratamento da
segurança e saúde do trabalhador no desenvolvimento das atividades da Indústria da
Construção.

 Campanha Abril Verde: o CPR-PB participou na articulação e divulgação desta


campanha e fomentou a criação pela prefeitura municipal de João Pessoa da Lei
municipal de João Pessoa nº 12.814/2014 que institui a campanha de prevenção aos
acidentes do trabalho e doenças ocupacionais, denominada Abril verde, campanha
pioneira e já replicada em vários municípios brasileiros.

5. Conclusões

A partir desse estudo descritivo, conclui-se que a multiplicação de ações como essas
desenvolvidas pelo CPR-PB, e sua posterior propagação, devem ser implementadas e são
consideradas políticas públicas benéficas para a Indústria da Construção Civil (ICC), como
também os atores envolvidos como o poder público, entidades de classe, empresários,
trabalhadores, bem como a comunidade científica.

A ICC necessita de ações efetivas com propostas de ações que auxiliem na prevenção de
acidentes de trabalho nesse setor complexo e importante para economia e a sociedade. Dessa
forma, partindo do princípio de caráter prevencionista e não apenas legalista constata-se que o
CPR-PB tem contribuído com uma atuação positiva na abordagem e propagação do
conhecimento voltado a questões relacionadas à qualidade de vida, bem-estar,
responsabilidade social e principalmente segurança nos canteiros de obra.

Por fim pode-se concluir que a participação dos vários atores envolvidos, possibilita a geração
de políticas publicas, com resultados excelentes para os índices de Segurança e Saúde no
Trabalho (SST) na indústria da construção civil. Segundo o ministério do trabalho o
Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho (DSST) tem como objetivo: planejar e
coordenar as ações de fiscalização dos ambientes e condições de trabalho; prevenir acidentes
e doenças do trabalho; proteger a vida e a saúde dos trabalhadores. Este objetivo é alcançado
através da implementação de políticas públicas e ações de fiscalização, portanto podemos
ressalvar a importância de ações do CPR-PB em promover melhorias na área de segurança e
saúde no trabalho na indústria da construção civil, sendo reconhecido nacionalmente pela sua
expressiva atuação.
REFERÊNCIAS

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