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Cronometragem e Cronoanálise
Cronometragem e Cronoanálise
© SENAI-SP, 2005
Material elaborado pelo Setor de Calçados do Centro de Treinamento SENAI “Avak Bedouian”, para desenvolvimento de
treinamento.
Equipe responsável
Coordenação Hélio Hideyo Uchiyama – CT 9.90
Revisão e atualização José Antônio Espelho – CT 9.90
E-mail senaibirigui@sp.senai.br
Home page http://www.sp.senai.br/birigui
Sumário
Introdução
Objetiva também preservar e melhorar a saúde dos trabalhadores, face às exigências dos
trabalhos e do meio em que se desenvolve.
Estes estudos centralizam-se mais especificamente na industria têxtil, que sofreu grandes
mudanças a partir da invenção do tear mecânico e da máquina a vapor.
O trabalhador passou por uma mudança total, tanto no que se refere ao local de trabalho,
como à sua maneira de atuação.
Antes, ele (o artesão) trabalhava em sua própria casa e desempenhava todas as funções
necessárias para a obtenção do produto, desde a idealização do projeto até o produto
final.
Além disso, o trabalho em série e por equipes impediu ao trabalhador uma visão completa
do processo de produção, limitando-se a uma única ação repetida, sem visão do produto
final.
Já o estudo de tempos propriamente dito, teve seu início em 1881, na Usina da Midvale
Steel Company, e que Frederick W. Taylor foi seu introdutor.
Nesta definição, é evidente que Taylor fez algum uso do estudo dos movimentos como
parte de ser estudo de tempos.
Sendo grande o trabalho de Taylor no estudo de tempos, não ficou nele a sua contribuição
ao desenvolvimento industrial.
Entretanto a maior contribuição de Taylor à indústria de sua época foi o seu método
científico e a substituição do modo empírico de resolver os problemas pelo estudo
sistemático e ordenado de todos os fatores que ocorrem em cada problema particular.
Foi pioneiro no uso da análise sistemática dos problemas que mais influenciavam o
resultado do trabalhador.
Compreendeu que estava tratando com um problema humano, bem como com materiais e
máquinas, o que levou a considerar aspectos psicológicos em suas investigações.
Entrou então para uma oficina mecânica, onde começou a trabalhar como aprendiz em
máquinas e ferramentas em 1878 com a idade de 20 anos.
Nos primeiros tempos da Midvale, Taylor voltou aos estudos fazendo-os à noite no Instituto
Stevana, obtendo em 1883 o título de Engenheiro Mecânico.
O Estudo de Tempos
Segundo Taylor
A entrada de Taylor na Midvale Steel Company, fez com que ele chegasse a conclusão que
o sistema operacional da fábrica deixava muito a desejar.
Logo após tornar-se o mestre geral, decidiu tentar mudar o estilo de administração, de tal
modo que “os interesses dos trabalhadores e os da empresa fosses os mesmos, que não
se conflitassem”.
Mais tarde afirmou que ö maior obstáculo para a cooperação harmoniosa entre a empresa
e os trabalhadores era a incapacidade que a administração tinha em estabelecer uma
carga de trabalho apropriada e justa para a mão de obra.
Em 1898, quando Taylor foi trabalhar na Bethelem Steel Works, procurou por melhorar os
métodos de trabalho de diversas seções da fábrica.
Uma tarefa que chamou sua atenção foi a movimentação de materiais com auxílio de pás.
De 400 a 600 homens empregavam a maior parte de seu tempo neste trabalho.
O pátio tinha aproximadamente 3200 metros de comprimento por 400 metros de largura,
de forma que o grupo se movimentava sobre uma área apreciável.
Com uma breve investigação, Taylor concluiu que os operários movimentavam 1,6 kg por
pá quando trabalhavam com o carvão, quantidade que aumentava para 17,2 kg quando o
material era o minério de ferro.
Seu problema era então determinar qual a carga por pá que permitiria a um bom operário
mover a quantidade máxima de material por dia.
De início, usaram-se as pás grandes, que acomodavam cargas maiores por pá.
Cortando-se as pontas das pás, apenas cargas pequenas podiam ser movimentadas e as
tonelagens ao fim do dia com cada tipo de pá eram anotadas.
Este estudo foi feito para pás, variando desde as que permitiam cargas bem grandes até
aquelas em que pouco material era movimentado.
Assim uma pá pequena era fornecida ao operário que movimentava o minério de ferro, e
uma pá grande era usada pelo operário que deveria deslocar o carvão, de tal forma que
em ambos os casos o peso do material transportado por cada pá era de 9.75 kg.
Este departamento emitias ordens aos mestres e aos trabalhadores cada manhã,
indicando a natureza do trabalho a ser feito, sua localização no pátio e as ferramentas
necessárias.
Quando o operário não conseguia obter o prêmio, um instrutor lhe indicava a maneira
correta de se realizar o trabalho, de forma a possibilitar-lhe o recebimento da bonificação.
Depois de três anos e meio em Bethelem, Taylor obtinha a mesma produção no pátio com
140 homens, produção esta que anteriormente requeria de 400 a 600 homens.
Para Taylor, bem como para o gerente industrial de hoje, o estudo de tempos era uma
ferramenta para ser usada no aumento da eficiência geral da fábrica, tornando possíveis
maiores salários para os trabalhadores e menores preços para os produtos acabados e
ainda aumento do número de consumidores, gerando assim um lucro maior.
Foi como contramestre e, posteriormente como mestre que Taylor pela primeira vez
encarou questões do tipo “Qual é a melhor maneira de se executar esta tarefa?”, e “Qual
deveria ser a carga de trabalho diária de um operário?”.
Procurou então encontrar a maneira correta de executar-se cada uma das operações,
ensinando aos operários como fazê-las, mantendo assim constantes todas as condições
ambientes, de maneira que ele pudesse executar suas tarefas sem dificuldades,
estabelecendo tempos padrão para o trabalho.
Algum tempo depois, Taylor explicou seus objetivos da forma que se segue:
2. Escolha do melhor operário para cada tarefa, seu treinamento e seu desenvolvimento
substituindo o costume de deixar o colaborador escolher o seu trabalho e treinar-se da
maneira que fosse capaz;
Taylor declarou que a administração científica requeria “uma completa revolução mental
por parte dos colaboradores e também por parte do administradores”. “Ambas as partes
precisavam reconhecer como indispensável a substituição da intuição e opinião individual
pelo conhecimento e investigação científica”.
Origem do Estudo de
Movimentos
O estudo dos movimentos teve reconhecidamente seu início com o trabalho do casal
Frank B. Gilberth e sua esposa Lillian M. Gilberth, pelo pioneirismo do estudo neste
campo.
Desde o início de seu trabalho da construção civil, Gilberth notou que cada pedreiro tinha
seu próprio método de trabalhar e que dois homens nunca trabalhavam de forma
exatamente igual.
Além disso, observou que não usavam sempre o mesmo conjunto de movimentos.
Seus esforços foram tão frutíferos, e seu entusiasmo por tal tipo de estudo tão grande, que
posteriormente ele abandonou inteiramente suas atividades na construção civil para
dedicar todo o seu tempo a investigações e aplicações do estudo de movimentos.
Era evidente, desde o início Gilberth tinha especial habilidade para analisar os movimentos
usados pelos operários. ele prontamente enxergava como introduzir melhoria nos
métodos, substituindo movimentos longos e cansativos por outros curtos e menos
fatigantes.
Tirou fotografias da atividade dos pedreiros e do estudo destas fotos conseguiu aumentar
o produção.
Por exemplo, Gilberth inventou um andaime que podia ser rápida e facilmente elevado, de
forma gradual, permitindo que fosse mantida constantemente a altura adequada para o
trabalho, esse andaime possuía uma plataforma para posicionar os tijolos e a argamassa a
uma altura conveniente para o pedreiro, isso economizou ao operário a tarefa
desnecessária e fatigante de se abaixar para apanhar um tijolo no andaime, cada vez que
o anterior tivesse sido assentado.
Pois até então, os tijolos eram empilhados no andaime e o pedreiro os apanhava a medida
que necessitava, virando-os em suas mãos, procurando a melhor aresta para assentá-lo à
parede.
As molduras eram a seguir colocadas nos andaimes, de maneira que o pedreiro podia
retirar os tijolos rapidamente, sem Ter que ficar escolhendo o melhor lado para assentá-lo.
Gilberth tinha os tijolos e a argamassa dispostos de tal forma no andaime que o pedreiro
podia utilizar uma das mãos para pegar o tijolo e a argamassa com a outra mão
simultaneamente, antes, o pedreiro abaixava-se para pegar o tijolo no chão com uma das
mãos enquanto a outra permanecia inativa.
A produção máxima para esse tipo de trabalho antes da adoção do novo método era de
120 tijolos por homem/hora.
Existem diversas técnicas empregadas nas indústrias para a medida de trabalho, dentre
elas podemos citar:
Definição e Finalidades do
Estudo de Tempos
Devemos notar que o estudo de tempos envolve medida, ou seja, é usado para medir
trabalho, deve ser feito com competência e justiça, pois fixa cargas de trabalho que não
demandem esforços excessivos dos colaboradores, mas que, por outro lado, é justo que
sejam exigidas do trabalhador no cumprimento de sua jornada de trabalho.
É o integrante do grupo com parcela de trabalho mais extensa que determina ou regula a
produção do mesmo, por este motivo é importante a separação das operações manuais,
das operações com máquinas e da distribuição ou divisão do trabalho.
Os tempos padrão utilizados para este propósito ou fim deverão ser bastante consistentes,
com o objetivo de não tornar típico um rendimento abaixo do esperado ou inatingível, o
que poderá ocasionar um custo de mão de obra fora da realidade ou um sentimento de
frustração por parte do trabalhador.
Os padrões obtidos muito rapidamente, sem critérios justos podem levar a equívocos e
inclusive deter uma produção.
Para manter a produção no nível desejado, os padrões de tempo deverão também ser
consistentes, para proporcionarem igual oportunidade de incentivos evitando injustiças.
O estudo de tempos é uma ferramenta que auxilia o supervisor a atingir a meta prevista,
baseada nos tempos tomada na empresa.
Um dos pontos mais importantes em um estudo de tempos é sem dúvida alguma a análise
da operação, que consiste em verificar se está sendo executado de acordo com o método
estabelecido e em determinadas condições.
O estudo de tempos pode estar sendo executado com esta finalidade específica, neste
caso precisa-se determinar o método antes de iniciar as outras fases do estudo.
Ao dividir uma operação em seus elementos, torna-se fácil descobrir movimentos inúteis,
ferramentas inadequadas e outros defeitos comuns a qualquer tipo de trabalho.
Sobretudo, para poder decidir, deverá comparar o método antigo com o novo.
É bastante difícil encontrar o ambiente nas condições especificadas. Mais difícil ainda, é
encontrar sempre a máquina funcionando de modo perfeito, isso não significa que
devemos aceitar qualquer condição de ambiente e de máquina ou equipamento, porém
precisa-se de uma certa elasticidade.
O importante é tomar nota das verdadeiras condições encontradas durante o estudo, com
base nesta informação poderemos mais tarde corrigir os tempos.
As maiorias dos materiais utilizadas nas fábricas não possuem características constantes,
principalmente na indústria de calçados.
Por esse motivo à engenharia prepara as especificações, que permitem uma certa
oscilação nas condições dos materiais, mas, durante o estudo de tempos devemos ir além.
Depois de se fazer uma análise preliminar, e verificar se a tarefa está sendo realizada de
acordo com o método estabelecido e nas condições adequadas, o próximo passo é a
tomada de tempos.
Tomada de Tempos
• A Prancheta
Por isso é de grande importância a utilização de uma prancheta para se anotar os tempos
nos formulários.
Não é possível dar uma descrição universal das medidas e do formato da prancheta, isto
vai depender do número de cronômetros a serem utilizados, das dimensões das folhas de
cronometragem utilizadas e ainda das características pessoais de cada cronometrista.
- Possuir uma garra, a fim de prender as folhas de cronometragem e que permita a rotação
das folhas para o lado esquerdo, a fim de deixar o espaço da direita para o movimento do
braço e da mão (para destros).
• A lapiseira
• O cronômetro (opções)
Embora existam cronômetro de muitas classes e marcas, todos podem ser classificados
conforme certas características principais.
Enquanto o ponteiro grande executa uma volta em 1 minuto, o pequeno executa uma volta
completa em 30 minutos.
Considera-se este tipo de cronômetro menos adequado para o estudo de tempos, sua
precisão é menor que o centesimal (1 segundo = 1,66 centésimos de minuto), aliada a
dificuldade de se trabalhar com o sistema sexagesimal e a necessidade de se transformar
os segundos em unidades de tempo centesimais, aumentando assim a possibilidade de
erros.
O ponteiro maior executa um ciclo completo por minuto, possui um pequeno dial que está
dividido em 30 espaços iguais, cada um representando 1 minuto.
Cronômetro Digital: Encontra-se no mercado cronômetro digital que reúne funções como:
(memória para armazenamento de cada tomada de tempo, diferença entre cada leitura,
soma total e relógio sexagesimal para cronometragem sincronizada, etc.).
Cuidados com o
Cronômetro
A dificuldade não é grande quando elementos razoavelmente longos estão sendo medidos,
mas quando o tempo dos elementos é pequeno, as dificuldades crescem e a probabilidade
de erros na leitura e no registro dos tempos aumenta consideravelmente.
Entre os tipos de cronômetros citados a relação entre os mesmos é uma constante (1,66 =
100 centésimos/60 segundos) – cada segundo tem 1,66 centésimos de minuto.
EQUIVALÊNCIA DE TEMPOS
Dividir 0,60 dividir 0,60 Multiplicar 0,60 multiplicar 0,60
Multiplicar 1,66 multiplicar 1,66 Dividir 1,66 dividir 1,66
CONVERSÕES
Os Formulários de
Cronometragem
Porém uma boa folha para o estudo de tempos deve possuir campos para o registro dos
seguintes dados:
- Nome do cronometrista;
- Fluxo de trabalho ou seja a seqüência dos elementos a serem executados pelo operador.
Estudo de Tempos
Não se faz um estudo de tempos sem que uma pessoa autorizada ou responsável o
requisite, normalmente o estudo de tempos é realizado pelas seguintes razões;
Em lotes piloto, faz se a medida para conhecer o tempo gasto em relação ao tempo
estimado, obtendo assim bases mais sólidas para determinações futuras.
A hora da tomada de tempos, deve ser considerada, principalmente para estudo de ciclos
de curta duração, se possível é interessante que se evite os períodos de início de trabalho
pela manhã e logo após o almoço, bem como os períodos de final do expediente, onde a
fadiga já se faz sentir.
O melhor horário fica compreendido no meio da jornada de trabalho dos dois períodos,
entre 8:30 e 10:30 no período da manhã e, das 13:30 às 15:30 do período da tarde.
O cronometrista deve dedicar toda sua atenção a tarefa que está sendo medida e
estudada, pode se colocar comodamente, mas não deve se distrair e nem desviar a
atenção, procurando sempre evitar interferências ao seu trabalho.
Técnicas Empregadas
para Medir o Trabalho
Existe diversas técnicas que podem se empregadas para medir o trabalho, sendo que o
presente estudo restringir-se-á somente a técnica da cronometragem.
Técnicas de
Cronometragem
O cronometrista deve ser um técnico, para que se possa efetuar um estudo de tempos
satisfatório, pois apesar de sua aparente simplicidade, diversos são os fatores que podem
influir nos tempos padrão.
Um estudo em qualquer campo de pesquisa, vale pela informação nele contida. Quanto
mais informações, tanto melhor, é o que também se aplica ao estudo de tempos.
Há muitas razões para dividir uma operação em elementos, uma delas é que algumas
operações parecem idênticas, quando superficialmente observadas. Somente os
pormenores e a sua divisão permitem identificar as diferenças.
Para se fazer uma boa divisão, é preciso antes definir o que entendemos por elemento.
Eis uma definição simples: “Um elemento de uma operação consiste em um ou vários
movimentos combinados numa determinada seqüência para um certo resultado”.
1. Escolher elementos de mais curta duração possível, desde que possam ser
cronometrados (mínimo de 0,05 centésimos de minuto);
2. Definir pontos de separação claros entre os vários elementos, para permitir leituras
exatas dos tempos;
Existe uma maneira muito simples de verificar se uma divisão em elementos foi bem feita.
Pergunte a si mesmo:
• Elemento irregular é aquele que ocorre a intervalos intermitentes, mas que é essencial
para a operação.
Por exemplo:
Vamos admitir que o operador apanhe dez gravatas de cada vez, o elemento aparece
novamente somente após dez ciclos ou observações, por este motivo ele é considerado
em elemento irregular, pois usa freqüência no fluxo de realização do trabalho não é
constante em todo o elemento cronometrado.
Portanto o tempo deste elemento irregular deve ser rateado pela quantidade de peças
anotadas (1/10).
Sempre que se for fazer uma notação dos elementos de uma operação, anote somente o
essencial, mas com descrições suficientes que permitam uma completa reconstrução da
tarefa observada.
Os elementos descritos devem ser completos, mas não de forma muito longa ou difusa, a
própria linguagem deve ser adequada e de fácil entendimento, a construção das frases
deve ser de forma pessoal e com verbos no infinitivo.
Quanto mais pormenores temos, melhor será o estudo porém será mais dispendioso.
Muitas vezes, não é preciso ir muito longe, observemos a título de exemplo, três diferentes
descrições dos elementos de uma mesma operação, no quadro a seguir:
Primeiro caso: Divisão em onze elementos, sem dúvida a melhor e mais completa, todavia
pode ser excessiva em estudos de secundária importância e lembrar sempre que
elementos com tempos menores que 0,05 centésimos de minuto, são muito difíceis de
cronometrar.
Terceiro caso: Divisão em três elementos, insuficiente não oferecendo detalhes, as vezes é
necessário realizar o estudo desta forma devido à curta duração dos ciclos.
Pontos de Leitura do
Cronômetro
Você já entendeu como fazer a divisão de uma operação em elementos, porém são
necessários outros esclarecimentos.
Esta resposta é correta, mas, não suficiente para o estudo de tempos, precisamos saber
exatamente o momento do término do elemento citado e onde se inicia o seguinte, pois é
aí que iremos realizar a leitura do cronômetro.
Em outras palavras, para fazer a correta cronometragem ,não basta dividir de forma
adequada os elementos de uma operação, devemos também saber quais serão os pontos
de leitura.
Alguns pontos de leitura são facilmente localizados, como os que são marcados por
diferenças de barulho da máquina ou equipamento, pancadas, luzes, movimentos, etc.
outros já são um pouco mais complexos de se identificar ou têm de ser criados pelo
analista.
Um sistema que pode ajudar bastante é o de escolher sempre que possível pontos de
contato, ou perda de contato do material ou da peça, por exemplo, o contato da mãos do
operador com a gravata, a perda de contato entre as pinças da máquina de montar bicos
com o calçado, deixando-o cair na bandeja de espera da máquina.
Leitura de tempos
Cronometragem Contínua
Se você olhar para o seu relógio ao sair e casa e ao chegar ao seu trabalho, terá dois
tempos consecutivos:
O único inconveniente que esta leitura apresenta é o de não prestar uma informação
direta.
Exemplos:
1. Tempo de percurso até a empresa: 7:35 – 7:00 = 35 min.
Finalmente a avaliação da atividade, que veremos a seguir, é mais exata quando se faz a
leitura contínua, isto porque, o observador só tem noção dos tempos dos elementos,
quando calcula suas parciais.
Cronometragem Parcial
ou Repetitiva
Desta forma a cada leitura já se tem o tempo gasto para a execução do elemento em
questão.
Além disso, este método requer uma maior concentração do cronometrista no manuseio
do cronômetro e também para se evitar erros da leitura.
A leitura parcial quando bem feita, pode permitir ótimos estudos, em certos casos, como os
que têm elementos de longa duração, torna-se mais aconselhável, de qualquer forma, ao
usar este método de cronometragem o observador deve tomar o cuidado de anotar todas
as irregularidades surgidas durante o estudo.
E lembre-se, durante o estudo de tempos você estará bastante atarefado para perder
tempo anotando os zeros e as vírgulas, assim se o tempo verificado no cronômetro é de
16 centésimos, ao invés de se anotar 0,16, escreva simplesmente 16.
Número de observações
No caso das atividades de calçados e afins, isto fica dificultado porque muitas vezes o
volume não é tão grande e o tempo não permite esperar este volume acontecer.
Exemplo:
Necessidade de cronometragem: 100 peças
Peças disponíveis para a cronometragem 30
peças
O método do operador, seu ritmo, sua habilidade, as condições dos materiais e das
máquinas, os erros de leitura do cronometrista, entre outros.
Para reduzir a amplitude destas oscilações, os tempos são nivelados como veremos
adiante.
Mesmo assim é difícil estabelecer uma norma, pode-se dizer, a título de orientação geral,
que um bom número de observações, depende do caso não pode ser menor que 20
peças/pares.
Todavia o bom senso e a experiência poderão orientar melhor, há certos trabalhos que
pela sua natureza, requerem mais observações.
Fica claro, que não devemos dispensar o mesmo carinho e atenção ao estudo de uma
operação breve, que seja executada apenas uma vez por mês.
Porém, algumas ocorrências podem justificar um tempo diferente dos demais, como por
exemplo a quebra de uma agulha, uma linha que se arrebenta, uma ferramenta que cai,
uma parada para lubrificar ou regular a máquina, etc., alguns cronometristas,
especialmente quando usam leitura parcial, limitam-se a parar o cronômetro quando se
verifica alguma irregularidade, desta maneira o tempo irregular fica automaticamente
excluído do estudo, o que não é aconselhável, pois estas ocorrências quando anotadas,
noas ajudam a localizar falhas na execução do trabalho.
A eliminação dos tempos incorretos é a primeira fase do nivelamento de tempos, seja dito
porém que não é o mais importante, quando o cronometrista for bem treinado e a medida
do tempo ir adquirido uma maior experiência, estes erros se tornam mais raros.
Porém é muito importante que a ocorrência da variação do tempo seja anotada, para que
posteriormente possa ser julgada e desta forma ser eliminado ou não aquele determinado
tempo do estudo.
Ritmo de Trabalho
Conceituação
Todos nós sabemos que há grande diferença na velocidade natural de trabalho de cada
indivíduo.
Centro de Treinamento SENAI – Mogi Guaçu 53
Cronometragem e Cronoanálise
O tempo requerido para que uma pessoa ande a uma determinada distância irá variar é
claro de acordo com a sua velocidade.
Quando vários operadores estiverem executando a mesma tarefa, a produtividade destes
operadores raramente será igual.
Geralmente há um operador que produz com mais consistência que os demais do grupo.
Sua superioridade pode, em parte, ser dividida a um método melhor de execução e não de
velocidade, mesmo quando o método de trabalho é executado de forma padronizada por
vários operários ainda assim percebemos diferenças no tempo de execução.
Esta avaliação apesar de complexa não pode deixar de ser feita porque é através dela que
chegaremos ao tempo normalizado da operação.
Exemplo:
Tempo medido = 0,58 centésimos de min. X ritmo 100% = 0,58 centésimos de min.
Tempo medido = 0,58 centésimos de min. X ritmo 80% = 0,464 centésimos de min.
A avaliação de ritmo de trabalho é um ponto que gera grandes controvérsias, sem dúvida
alguma, ele tem recebido a uma certa dose de ceticismo e queixas.
Nos nossos dias, nenhuma cronometragem terá valor se não apresentar o reajuste de
tempos registrados por meio da avaliação de ritmo, que o analista estimou durante a
tomada de tempos.
- E o esforço.
Como avaliar?
É muito difícil para o cronotécnico avaliar a eficiência do operário que está cronometrando,
julgar se o operário está se esforçando e está interessado no trabalho que está fazendo.
Porém existem alguns fatores que auxiliam neste julgamento do ritmo, como por exemplo
o fato do cronometrista estar familiarizado com a operação que irá cronometrar e ainda o
fato de já Ter observado a execução desta tarefa algumas vezes.
Mas o que ocorre é que na maioria das vezes, o cronometrista se defronta pela primeira
vez com a operação quando vai estudá-la, e se tivesse que avaliar o desempenho do
operador (ritmo) no conjunto de todo o seu trabalho seria muito difícil, por mais este fato, é
que a operação é dividida em elementos.
Devemos nos lembrar que a medição dos tempos de uma operação, deverá ser feito com
base em uma atuação média, para que o tempo normal encontrado possa ser o mais
próximo da realidade dos demais operadores.
No inverno, principalmente pela manhã, o local de trabalho pode estar frio de tal forma que
as mãos do operário estarão rígidas, fato este que provocará um atraso de seu trabalho,
pois o rendimento será menor, mas este fato deve ser atribuído mais a falta de condições
do que a diminuição da habilidade.
A avaliação do ritmo deve ser feita de forma consciente, para que também não ocorra
desvios no dimensionamento da mão de obra, pois cada trabalhador tem o seu ritmo e
portanto tem um rendimento diferente, há que se considerar tais fatores para que o estudo
de tempos seja consistente e possa ser utilizado corretamente.
HABILIDADE ESFORÇO
Após se obter o tempo da operação, ou seja, o tempo médio da operação, deve se aplicar
o coeficiente do ritmo, que é o julgamento que o próprio cronometrista fez do operador no
momento da tomada de tempos.
No exemplo acima, foi considerado que o operário que estava executando a tarefa não
estava trabalhando normalmente, que ele reduziu a velocidade de trabalho, seu ritmo foi
avaliado como sendo de 90%, portanto o tempo real da execução da tarefa deve ser
menor que o anotado pelo cronometrista, como verificamos anteriormente.
Portanto a normalização dos tempos nada mais é do que a adequação do tempo para que
todos operários possam produzir dentro do tempo padrão estabelecido.
Porém, não é de se esperar que uma pessoa trabalhe o dia inteiro sem algumas
interrupções, o operador pode despender de seu tempo na satisfação de suas
necessidades pessoais, descanso e ainda por motivos fora de seu controle.
Todo o trabalhador deve ter um tempo reservado para suas necessidades pessoais.
Concessão para necessidades pessoais é o tempo incluído num padrão de produção para
permitir ao trabalhador atender as suas necessidades pessoais tais como: ir ao sanitário,
tomar água, limpar os óculos, lavar as mãos, etc., afim de que o mesmo possa manter o
seu bem estar.
Intervalos para tomar café, para consumir um lanche, vestir roupas de segurança e outras
demoras deste tipo não devem constar deste grupo de concessões, quando permitidas
pela disciplina da empresa, devem ser cobertas por outras tolerâncias que cada empresa
deverá adotar.
Devemos ainda avaliar se a fadiga do trabalhador não está sendo causada por um método
de trabalho ultrapassado.
Para isto existem tabelas para o cálculo da fadiga, que classificam e separam os diversos
tipos de trabalho e também consideram o ambiente em que será executado o trabalho.
HABILIDADE FRACA
HABILIDADE REGULAR
HABILIDADE MÉDIA
HABILIDADE BOA
HABILIDADE EXCELENTE
1- Precisão na ação
2- Demonstra velocidade e suavidade na execução
3- Totalmente familiarizado com o trabalho
4- Não comete erros ou equívocos
5- Trabalha com exatidão, efetuando poucas medições e comprovações
6- Obtém o máximo aproveitamento de sua máquina e ferramentas
7- Trabalha rítmica e coordenadamente
8- Obtém velocidade sem sacrificar qualidade
9- Tem plena confiança em si próprio
10- Possui grandes aptidões naturais para o trabalho em execução
SUPER HABILIDADE
Pela descrição dada, pode-se ver que os fatores mais importantes que devem ser levados
em consideração para julgar a habilidade são:
Assim uma vez que, como resultado do estudo destas definições e da observação
minuciosa da perícia de um determinado número de trabalhadores, fixou-se com clareza
as normas pelas quais deverá julgar a habilidade, de tal forma que o observador de
tempos não terá dificuldades em decidir sobre a mesma, em relação com qualquer classe
de trabalho que lhe seja familiar.
ESFORÇO REGULAR
ESFORÇO MÉDIO
ESFORÇO BOM
Somando-se ao valor de 1,0 a soma algébrica dos valores numéricos, obtêm-se o fator de
nivelamento, com o qual se multiplica os tempos elementares, a fim de obter o
correspondente ao nível médio de atuação.
Derterminação do Tempo
Padrão
Uma vez que as tolerâncias ou suplementos para cada elemento foram estudados e
expressos percentualmente, estabeleceremos o tempo padrão para cada elemento, pelo
acréscimo destes suplementos ao tempo estimado.
A soma dos tempos elementares padrão será então o tempo padrão da operação ou tarefa
em análise.
Caso isto não acontecer terá que se encontrar a causa mediante a análise do método
empregado, para ver se está de acordo com o método estabelecido na cronometragem.
Também se procederá a fazer uma análise dos materiais empregados, fator humano, etc.
A utilização do estudo de tempos nas empresas tem como maior benefício a melhoria de
métodos de trabalho, pois traz benefícios econômicos para a empresa, além de maior
confiabilidade nas atividades de planejamento, controle custos, etc.
Exercício
Uma empresa pretende fabricar 500 pares/dia. A mesma possui uma esteira de montagem
com 26 metros de comprimento.
CALCULE:
Dimensionamento do
Pessoal
Exemplo:
Quantas pessoas serão necessárias para se produzir 600 pares por dia, sabendo-se que
trabalhamos 528 minutos por dia, ou seja, 8,8 horas centesimais.
Portanto para se cortar 600 pares de calçados cujo o tempo padrão é de 4.40 min/par são
necessários 5 cortadores.
Balanceamento de setores
Balancear um setor é nivelar com relação aos tempos obtidos, uma linha de produção ou
montagem, dando uma carga de trabalho semelhante às pessoas ou máquinas.
O mesmo ocorre quando uma determinada operação por ser mais rápida ou Ter um menor
tempo de execução gera a chama “espera” ou ociosidade.
Em uma linha de produção, os tempos normalmente não podem ser alterados, eles
determinam os postos de trabalho, o que podemos fazer para racionalizar um posto de
trabalho ou linha de produção é estudar e analisar os tempos manuais e os tempos de
máquinas executados pelo mesmo operário, e assim determinar se o operário deverá
executar outra tarefa ou então se deverá ser criado um novo posto de trabalho.
O balanceamento para ser bem feito depende de fatores como o leiaute a ser adotado,
capacidade e disponibilidade do trabalhador envolvido, na utilização de operadores
polivalentes, etc.
A partir destes fatores e do tempo padrão deverá ser realizada a distribuição dos postos de
trabalho ou de trabalho nos postos já existentes de todos os elementos que compõem o
produto, com as devidas tolerâncias (fadiga, necessidades pessoais).
Capacidade de Produção
Ou seja, em nosso caso são quantos pares podemos produzir em uma hora, ou em um
dia, com um operador, ou por um setor, ou pela fábrica.
Esse valor é calculado dividindo-se a unidade de tempo desejada pelo tempo padrão.
Vale lembrar que não podemos fazer uma divisão de dois valores com unidades diferentes.
Ex. Para um tempo padrão de 0,21 min, temos uma capacidade produtiva horária de 285
unidades (60 / 0,21), e diária de 2514 (528 / 0,21).
Uma unidade diferenciada que também se costuma usar para facilitar a informação é a
unidade HORAS HOMEM.
Essa unidade na verdade é somente uma derivação das horas, somente sinalizando que
se refere a horas de trabalho.
Por exemplo, se falamos que necessitamos de 3 horas homem, isso pode significar três
homens durante 1 hora, como um homem durante 3 horas.
Têm-se o tempo padrão e uma quantidade a ser produzida; o produto desses dois valores
é a quantidade de unidades de tempo que serão necessários para produzi-la.
Caso a unidade de tempo não seja a desejada, devemos transformá-la. Vale lembrar que,
nesse caso devemos utilizar somente a parte útil do tempo, ou seja, por exemplo, um dia
com 8,8 horas, uma semana com cinco dias, um mês com 21 dias, etc.
Então, considerando um dia de 8,8 horas, uma produção de 1000 pares, e um tempo
padrão de 0,0264; teremos 1000 x 0,0264 = 26,4 h => 26,4 /8,8 = 3.
Portanto precisamos de três dias com uma pessoa, ou três pessoas por um dia, para
produzir o que se espera.
Eficiência Operacional
No exemplo anterior temos três operadores a 100 % - ou seja, com todo o tempo
comprometido. Se, neste mesmo exemplo, o tempo não fosse 0,0264h, mas 0,0250 h,
teríamos 25 h necessárias, ou 2,84 pessoas.
É comum encontrarmos operadores com eficiência superior a 100 %, porém isso vai se
tornando cada vez mais difícil, quando aumentamos a quantidade de operadores e/ou o
tempo medido.
Sistemas de Trabalho
Isso fez com que os conceitos de produção fossem mudando com o tempo e até hoje
continuam mudando.
O que existe são sistemas mais indicados para um tipo de produto, cultura da empresa,
sistema administrativo, etc.
Cabe a cada empresa encontrar o melhor sistema de trabalho; mesmo que este não seja o
melhor para toda a empresa.
Mesmo que se encontre um sistema de trabalho indicado para a empresa, esta deve estar
sempre avaliando outros sistemas e se questionando se ainda é o ideal.
Organização da Fábrica
Princípios Orientativos
Uma vez que as informações adequadas e úteis são a força vital de qualquer organização,
comunicações abertas, freqüentes e eficazes devem ser estabelecidas por meio de todos
os níveis.
– positivo e negativo.
Estruturas
Duas tendências bem nítidas são a redução nos níveis de hierarquia e a formação de
equipes.
Níveis De Hierarquia
O fundamento lógico por trás da tendência é mais do que reduzir a contagem de cabeças
para cortar custos!
Equipes
A idéia é se afastar das orientações funcionais e departamentais para uma situação onde
(1) o nível de “staff” fornece o apoio, conhecimento técnico e treinamento globais e (2) o
nível de equipe assume a responsabilidade maior pelo planejamento detalhado, execução
e melhoria de todos os aspectos de um produto ou grupo de produtos.
Isto exige uma abertura para novas idéias e um comprometimento verdadeiro para
fornecer o ambiente para “fazer acontecer”.
Com base na definição podemos caracterizar como sistema tanto o local de trabalho
individual, como a fábrica toda.
Elementos de um Sistema
de Trabalho
TAREFA
PROCESSO DE TRABALHO
SISTEMA DE
ENTRADA – Objeto de trabalho:
TRABALHO
pessoas, informações e energia.
(FÁBRICA)
SAÍDA – Objetos de trabalho: homens e informações
HOMEM
MEIOS DE PRODUÇÃO
Tarefa
Se a tarefa de trabalho for, por exemplo, esmerilhar pregos, o sistema de trabalho será
menor do que, por exemplo, montar sapatos.
Processo De Trabalho
ENTRADA
Tudo aquilo, que segundo a tarefa, deve ser notificado ou utilizado, objetos de trabalho,
informações, energia, pessoas.
SAÍDA
Tudo aquilo, que segundo a tarefa, foi notificado ou utilizado. Tanto a entrada quanto a
saída também pode ser chamado de objeto de trabalho.
HOMEM
Homens e mulheres ocupadas na produção
MEIOS DE PRODUÇÂO
MEIO AMBIENTE
Influências físicas, organizacionais e sociais que atuam sobre o sistema ou são geradas
por ele.
1 2 3 4 5
1- Fábrica
2- Departamentos
3- Áreas de departamentos
4- Grupos de postos de trabalho
5- Postos de trabalho
DISPOSIÇÃO EM SEQÜÊNCIA
DISPOSIÇÃO EM PARALELO
HIERARQUIA DE SISTEMAS
SOBREPOSIÇÃO DE SISTEMAS
Procedimento De Trabalho
Método De Trabalho
Método de trabalho apropriado é aquele que produz o melhor resultado com o menor
esforço.
Forma De Trabalho
Condições De Trabalho
Rendimento Do Trabalho
Em alguns casos, uma quantidade não serve para caracterizar um resultado do trabalho.
Isto se verifica no trabalho intelectual onde por ex. inspecionar um determinado produto
não será encontrar defeitos em um tempo determinado, mas sim encontrar defeitos.
Grau De Eficiência
Ex. Se utilizamos 1m2 de couro para cortar 20 peças de 0,0445 m2 cada, temos um
grau de aproveitamento de 89%. (20 x 0,0445 / 1)
Se utilizamos 10 operadores num dia de trabalho, produzindo 500 peças com um tempo
padrão de 0,1531h, temos u m grau de aproveitamento de 87%.
PREVISTO E REAL
Não é raro o real divergir do previsto, As causas são variações nas condições do trabalho.
Divisão Do Trabalho
Distribuição de uma ordem de trabalho de acordo com quantidade e tipo, entre várias
pessoas.
Divisão Quantitativa
Distribuição de uma ordem de trabalho entre várias pessoas, de forma que, cada uma
execute todo o processo.
Operações - 1 cortar
- 2 costurar
- 3 fazer casas e costurar botão
- 4 passar / dobrar / expedir.
Distribuição de uma ordem de trabalho entre várias pessoas, de forma que cada um
execute uma parte do processo total.
Na maioria dos casos, são encontradas formas mistas de divisão por tipo e quantitativa.
Supondo que a operação de costura leve o dobro de tempo e as operações 3 e 4 sejam a
metade do tempo.
Nesse sistema alinham-se os operadores de forma que o produto passe por cada
operador, e cada operador realiza uma operação, ou algumas delas, porém sendo sempre
as mesmas.
Nesse sistema pode-se utilizar alguma máquina ou equipamento que faça o transporte do
produto, como uma esteira por exemplo, sendo porém também possível que este seja
transportado "de mão em mão".
A grande vantagem desse sistema é quando temos uma produção constante, contendo
sempre os mesmos produtos.
Nesse sistema temos uma maior facilidade na administração da produção, visto que,
torna-se mais fácil a observação e constatação de problemas.
Em conseqüência, este sistema proporciona que cada operador realize sempre a mesma
operação, é natural que se desenvolva altos níveis de habilidade, o que possibilite bons
valores de eficiência.
Em conseqüência, torna difícil uma boa distribuição das cargas de trabalho, fazendo com
que tenhamos grandes diferenças de eficiência, e, portanto, um inadequado
aproveitamento da mão de obra.
Um outro problema é que toda dificuldade que ocorre no meio do processo faz com que
todas as operações posteriores sejam atingidas, visto que o problema, seja ele uma falta,
um baixo ritmo de trabalho, um problema de qualidade, enfim toda diminuição ou
interrupção da produção num posto de trabalho, faz com que todos à frente também
percam produção.
Nesse sistema, cria-se normalmente um “espírito de grupo” que gera uma sinergia que
atinge níveis inesperados de produção, desde que bem incentivados.
Uma característica interessante é que, assim como uma célula real, a parte que impede ou
dificulta um bom andamento é isolado ou “expulsa” do meio.
É comum participante da célula que não apresentam bons níveis de produção, serem
levados a se nivelarem aos demais, principalmente quando se tem sistema de prêmios de
produtividade.
Sistema Misto
Existe a opção de se trabalhar num sistema misto, onde parte do processo é realizado em
linha e parte em grupos, de maneira que se obtenha o melhor aproveitamento possível.
Mini Fábricas
Nesse sistema dividimos a fábrica em várias fábricas menores que tenham todo o
processo produtivo nela contido.
Montagem Em Grupo
Temos condições de impor um bom ritmo individual, devido a cada operador realizar
somente uma operação e num fluxo constante; a administração é facilitada por ser de
prática a análise visual, com fácil localização de problemas; torna prático o controle de
tempos de processo (secagem de cola, por exemplo).
Existe também a necessidade de termos atividades que não agregam valor, do tipo colocar
na esteira, tirar da esteira.
Just In Time
O sistema just in time, é um sistema criado pelos japoneses da Toyota, que criaram uma
série de ferramentas que transformaram muitos conceitos industriais.
Dessas ferramentas, a que ficou mais famosa foi o "kanban", sendo até em algumas vezes
confundido com o sistema.
Basicamente o sistema Just in time, busca que tenhamos no momento certo, e somente no
momento certo, tudo o que necessitamos para realizar a operação: matéria prima, mão de
obra, máquinas e equipamentos.
Ou seja, alguém emite uma ordem de fabricação ao primeiro setor do processo, e este
produz e “empurra” para frente; o que se repete em cada setor até que se conclua o
processo.
No sistema JIT, o processo é ao contrário, a ordem é emitida ao último setor, que produz o
produto em questão usando para isso produtos semi – elaborados que devem estar num
“supermercado” do setor anterior.
O setor anterior ao notar que se utilizaram do produto, produz outro para ser reposto no
“supermercado”. Dessa forma o processo é “puxado” e não “empurrado”.
É aí que se faz necessário o KANBAN, que é uma maneira visual de se identificar uma
necessidade de produção.
Ergonomia
A ergonomia tem por objetivo, por meio da utilização dos conhecimentos de anatomia,
fisiologia, psicologia, sociologia e tecnologia, aplicar métodos para determinar os limites
que podem ser atingidos pelo homem, na realização do trabalho.
Desta forma, a ergonomia busca a condição ideal para adaptar o homem ao trabalho e
vice-versa.
Desta forma, a tarefa da ergonomia é verificar solicitações a que o homem está sendo
submetido, qual o esforço sofrido pelo homem e como podem ser conciliadas as
exigências do trabalho com a aptidão das pessoas.
Determinados critérios de avaliação devem ser fixados para que se possa conhecer e
fazer uma apreciação crítica do trabalho das pessoas e das condições em que ele ocorre.
Tipos De Trabalho
Para que a conformação ergonômica do trabalho seja a mais justa possível, distinguem-se
basicamente dois tipos de trabalho:
Não existe um limite que separe os dois tipos de trabalho, pois nenhum dos dois pode ser
nulo.
RENDIMENTO REDUZIDO
1- anomalias;
2- enfermidades e acidentes fora do ambiente de trabalho;
3- envelhecimento;
4- sobrecarga ao organismo;
5- influência de ambiente desfavorável;
6- situação negativa da higiene do trabalho;
7- acidentes de trabalho.
- Que postos de trabalho podem ser ocupados por estes colaboradores, que dispõe de
determinada aptidão e habilidade?
PRÁTICA
CARGA E ESFORÇO
A análise da intensidade da carga no trabalho corporal pode ser medida por meio da
posição de trabalho do corpo.
Quando um músculo é tencionado por uma força externa, por longo tempo, e praticamente
não existe movimento nenhum do membro exigido, temos um caso característico de
trabalho estático.
Por outro lado, no trabalho muscular dinâmico, ocorre a troca entre contração e
relaxamento do músculo, o que propicia a circulação de sangue, sendo então menor a
fadiga.
- peso do trabalho;
- posição do corpo;
- duração da atividade;
- da troca do trabalho.
Medidas Do Corpo
Os valores médios das dimensões do corpo servem somente como orientação. Casos
como altura de assento de cadeiras só está correta se obedecer a altura da coxa (parte de
baixo) até o piso.
Quando possível, o ideal será o operador poder escolher entre trabalhar sentado ou em
pé, mas tanto para um como para o outro, a altura de trabalho deve ser ajustada segundo
as medidas do corpo.
TRABALHO SENTADO
A musculatura da nuca, das espáduas e das costas pode ser sobrecarregada devido às
medidas incorretas dos postos de trabalho.
A seguir algumas indicações para altura no trabalho sentado e distâncias para pegar e
manusear.
TRABALHO EM PÉ
Nesta situação, a adaptação é mais difícil. Mesas e máquinas são de difícil ajuste nas
alturas, devendo-se providenciar estrados.
Cansaço E Recuperação
Entende-se como cansaço uma redução do trabalho ou das funções dos órgãos e como
recuperação o restabelecimento por meio do descanso correspondente.
Em nenhum caso o cansaço deve ser entendido como algo nocivo, exceto em
circunstâncias em que exageros afetem a aptidão e a saúde para o trabalho.
Além da tarefa, que por si própria pode provocar o cansaço, outros dois fatores colaboram
para tal, que são a monotonia e saturação.
Entende-se como monotonia uma redução paulatina da atividade em uma situação que é
mantida por um longo tempo, por meio da repetição da mesma tarefa, muito pobre em
situações alternativas.
Influências no Meio
Ambiente
CLIMA
SOM
O ruído, som que perturba ou prejudica, além de provocar perda de audição, reduz a
capacidade de processamento da informação e o rendimento durante a execução do
trabalho.
VIBRAÇÕES
ILUMINAÇÃO
POLUIÇÃO
Leiaute
FATORES DO “LEIAUTE”
Em todo “leiaute” que vai ser preparado ou que se encontra feito, existe uma série de
fatores que devem ser desenvolvidos.
Dificilmente encontra-se um “leiaute” que seja ideal em relação aos fatores a seguir:
- FATOR MATERIAL
- FATOR MAQUINÁRIO
Deve ser analisado, se o meio de produção que está sendo utilizado, está sendo
empregado na forma mais racional e correta.
- FATOR HUMANO
- FATOR MOVIMENTO
- FATOR PRAZO
10. Venda o plano do “leiaute”, se possível, deve ser apresentado em forma de viabilidade
econômica.
3. A localização dos setores de produção e das seções auxiliares devem ser instalados
de forma a facilitar o processo de fabricação e o seu controle;
4. As seções que interferem uma nas outras devem ser separadas. Ex: estamparia
pesada não deve ser anexada a uma seção de usinagem de precisão;
5. As superfícies úteis ocupada pelas máquinas e pelas seções devem ser distribuídas de
modo econômico;
8. O projeto deve ser concebido e realizado de acordo com um estilo sóbrio, agradável e
uniforme;
- PRODUÇÃO CONTÍNUA
- PRODUÇÃO UNITÁRIA
- Matéria prima fixa: Geralmente usado para produções unitárias de grandes peças
Operário e matéria prima móveis.
DISPOSIÇÃO DO “LEIAUTE”
VANTAGENS:
DESVANTAGENS:
APLICAÇÃO:
VANTAGENS:
DESVANTAGENS:
UTILIZAÇÃO:
DESVANTAGENS:
UTILIZAÇÃO:
Na apresentação do “leiaute”, procuramos informá-los sobre regras gerais que devem ser
observadas.
Contudo, nunca irá existir o “leiaute” ideal que satisfaça plenamente todos os pontos
enumerados.
Portanto, o “leiaute” sempre será uma solução de compromisso, onde a utilização do bom
senso é básica.
Ferramentas de Controle e
Melhoria
Princípios Orientativos
O ambiente competitivo e a mudança rápida não deixam escolha, a não ser adaptar-se
continuamente e melhorar o desempenho.
Isto significa melhorar os recursos e realizar a reengenharia dos processos para eliminar
as atividades que não agregam valor e os desperdícios de tempos e de recursos.
Essas podem ser fornecidas por dispositivos sofisticados de controle de processo “on-line”
com telas interativas e mecanismos de ajustes automatizados, ou procedimentos e
manutenção de registros semi-automáticos ou manuais básicos.
Esta produção acumulada real versus lançada pode ser exibida numericamente em
forma de tabela, ou graficamente, conforme é mostrado na ilustração 1.
PRODUÇÃO ACUMULADA
UNIDADES DE
3000
PRODUÇÃO
TEMPO
ILUSTRAÇÃO 1
PRODUÇÃO HORÁRIA
UNIDADES POR
600
HORA
400
95% 95% 95% 30% 70% 53%
200 60% 70% 60%
PRODUÇÃO
0 OBJETIVO
PRODUÇÃO REAL
0
14 4
11 1
12 2
13 3
10 0
7
8
9
.3
1
1
1
1
1
6
7
8
9
TEMPO
ILUSTRAÇÃO 2
Observe que as paradas planejadas e não planejadas são acompanhadas bem como as
medidas tomadas.
RELATÓRIO DE PARADA
TEMPO CAUSA
DE PARA (MIN.). CÓDIG CAUSA AÇÃO
O
08:00 08:15 15 1 Limpeza
09:00 09:10 10 19 Falta de pressão de ar Substitua a válvula #34
09:30 09:43 13 19 Falta de pressão de ar Reaperte as mangueiras
10:00 10:30 30 2 Almoço
12:45 13:00 15 1 Limpeza
13:00 13:19 19 4 Desempenho de soldagem Ajuste a máquina de
insatisfatório soldagem
14:30 15:30 60 1 Limpeza
TOTAL 162
120 Parada Planejada
42 Parada Não Planejada
Ilustração 3
Os dados gerados podem ser consolidados (por códigos de grupo) nos relatórios de
resumo de parada por linha, máquina e causa.
Esses podem então ser usados para sinalizar oportunidades para melhorias associadas
com a manutenção, práticas operacionais (por exemplo, limpeza e mudanças de linha),
materiais, desempenho do operador e investimentos em novos equipamentos e sistemas.
Além de indicar a duração e a freqüência do tempo improdutivo, ele terá muitas vezes um
impacto maior se for expresso em termos de produção ou dinheiro perdido.
Ferramentas de MELHORIA
Produção de qualidade
Produtividade =
Entrada de recursos
Felizmente está claro que a "melhoria" não está apenas associada com o aumento da
produtividade.
Análise de atividades
Etapa 1: Defina as missões, atividades e produtos finais
Missão Atividades Produto final
Produção do plano Entrar com a Programa de produção
Previsão de vendas Verificar a capacidade
Balancear as equipes
Etapa 3: Gerar e avaliar propostas para eliminar ou modificar as atividades e produtos finais que
não agregam valor.
Etapa 4: Discutir as propostas com os fornecedores (por exemplo, o marketing que forneceu as
previsões) e os clientes (por exemplo: supervisores que recebem os programas de produção).
ILUSTRAÇÃO 5
Em segundo lugar, o conceito de custeio baseado na atividade (ABC) foi imaginado para
fornecer um modo melhor para decompor os custos indiretos em atividades, e então
atribuir os custos associados dos recursos consumidos aos produtos específicos. Isto
forneceu meios mais precisos para determinar o impacto real de produtos individuais (ou
grupos) nos custos.
O que há de novo?
Mapeamento dos
processos dos causadores
dos custos subjacentes
B) "BENCHMARKING"
Através deste conceito devemos ter como meta em nossos controles o valor conhecido
como melhor marca.
Embora geralmente associado com níveis mínimos de estoque e entrega sob demanda,
ele também abrange:
O melhor modo para abordar os projetos de melhoria é envolver todos e formar equipes de
solução de problemas ou de melhoria de qualidade (ação).
O que tornou isto possível é o treinamento e aplicação das ferramentas básicas de solução
de problemas. Algumas ferramentas freqüentemente usadas incluem:
No início da reunião:
1. Comece no horário.
2. Reveja e confirme os objetivos.
3. Esclareça os limites de tempo.
4. Reveja os itens de ação da reunião anterior.
Durante a reunião:
2. Esteja preparado para mudar de ferramenta se uma não estiver funcionando bem.
Após a reunião:
1. Prepare as atas.
2. Acompanhe os itens de ação e planeje com cuidado a próxima reunião.
G) REENGENHARIA DE PROCESSO
Nos dois casos, é extremamente importante para finalidades de clareza e análise, ser
capaz de visualizar o processo. Isto poder ser alcançado por meio da criação de
fluxogramas, mapas de processo e "brown papers".
O motivo para chama-lo de um "brown papers" é que ele é tipicamente uma grande folha
de papel marrom que é colocada sobre a parede de uma sala de conferência.
A equipe pode visualizar facilmente os fluxos e ter uma discussão interativa e animada,
validando o processo atual e realizando o "brainstorming" de alternativas para a melhoria
do processo.
H) SIMULAÇÃO
Ela exige planejamento, seleção cuidadosa e compreensão clara dos benefícios e riscos
envolvidos.
J) ANÁLISE DE VALOR
Uma vez que não é sempre verdade que pequenas mudanças na qualidade ou no preço
afetarão o valor global para o consumidor, ela poderia também ser expressa como uma
função de qualidade e preço.
Valor = f(Q: P)
Em oposição à análise de atividades, esta abordagem tende a se concentrar nas áreas de:
Como uma questão final, tenha em mente que o valor e a qualidade devem ser vistos a
partir da perspectiva do cliente.
FINALIDADE
O Work Sampling deve ser como um instrumento de reduzir custos, pois ele separa os
problemas de esforços físicos dos problemas mecânicos.
Um novo Work Sampling deve ser feito após um certo tempo, para que se possa medir os
efeitos causados pela mudança.
a) Quando o pessoal do Estudo de Tempos faz o Work Sampling, os dirigentes devem ser
bem informados da razão e também participar ativamente do mesmo.
c) As observações deverão ser feitas ao acaso para haver surpresa, pois surpresa é
necessário se quisermos ver o pessoal agindo de maneira normal. Toda a pessoa que
sabe que está sendo observada quer mostrar-se melhor.
e) A observação deve ser registrada no instante exato em que o funcionário for localizado.
Ex: se o observado for localizado trabalhando e logo em seguida ele parar de trabalhar, a
observação deve ser trabalhando.
- Selecionar o serviço;
- Anotar os elementos;
- Providenciar os impressos necessários;
- Providenciar os horários e rotas ao acaso;
- Fazer as observações;
- Analisar e fazer sumário dos fatos.
WORK SAMPLING
Área – Deptº Projetos Func. Antônio Silva Data: 08 a 12/07/74
Trabalho Secundário
Trabalho Não
Dia Horário Falar s/
Primário Burocr. Andar Limpeza Trabalho
trab.
08 08,00 X
09,15 X
09,40 X
11,00 X
13,50 X
16,05 X
16,40 X
17,00 X
09 08,05 X
10,00 X
10,10 X
13,15 X
14,30 X
15,15 X
15,50 X
16,30 X
10 09,00 X
10,20 X
10,55 X
11,15 X
14,35 X
15,45 X
16,05 X
16,35 X
11 09,50 X
10,15 X
11,20 X
15,30 X
15,50 X
16,05 X
16,25 X
16,40 X
12 08,50 X
09,10 X
11,00 X
11,25 X
13,05 X
14,15 X
15,30 X
16,50 X
TOTAL 07 04 12 05 05 07
TOTAL EM % 17,50 10,00 30,00 12,50 12,50 17,50
Trabalho primário
- apenas 17,5%
Burocracia – 30,0%
Conclusão – Absurda
Andar – 12,5%
Conclusão – Exagerada
Limpeza – 12,5%
Conclusão – Absurda
L) 5W1H
Na análise de método, existe uma ferramenta que chamamos de 5W1H, que são as
iniciais em inglês das perguntas:
What ?
Who ?
Where ?
When ?
Why ?
How ?
Costumamos fazer essas perguntas de maneira natural, porém fazê-las de forma metódica
pode em alguns casos auxiliar a análise.
O que?
O que está sendo realizado? Identifique exatamente a operação que está sendo realizada,
não perca detalhes, não observe somente a operação em si, identifique os elementos
auxiliares.
Quem?
Onde?
O local em que está sendo realizada a operação é o mais indicado? Pode ser melhorado?
Quando?
Quando está sendo realizada a operação, procure situar a operação dentro do processo
produtivo, identificando operações anteriores e posteriores.
Por quê?
Por que se realiza a operação? Existe a real necessidade desta operação? Existe a
necessidade da realização de todos os elementos?
Como?
Como está sendo realizada a operação? Como estão as condições de trabalho? O que
pode ser melhorado?
M) BRAINSTORMING
A prática do brainstorming vem sendo cada vez mais utilizada em nossas empresas.
Todas as possíveis causas são relacionadas e listadas, de maneira que todos possam
avaliar e definir um grau de importância desta para a ocorrência do problema.
Este gráfico tem esse nome por realmente aparentar uma espinha de peixe.
Na verdade esta é a maneira em que podemos representar graficamente os fatores
relacionados no brainstorming.
Racionalização do
Trabalho
Método De Trabalho
Uma das mais importantes funções dos supervisores e dos líderes é fazer com que os
grupos produzam sempre com o melhor aproveitamento do seu tempo de trabalho e da
capacidade dos equipamentos, obtendo a mais alta produtividade.
Uma das maneiras mais eficientes de se obter este aproveitamento é por meio da contínua
melhoria dos métodos de trabalho.
É preciso que se faça constantemente uma análise, mesmo que apenas visual dos
métodos que estão sendo empregados pelas operadoras, eliminando-se os movimentos
desnecessários e melhorando a seqüência dos que restarem.
A contribuição mais importante da melhoria dos métodos é uma constante redução dos
custos de produção, estabelecendo condições para que a empresa possa manter-se
sempre à frente dos concorrentes em termos de capacidade de competição no mercado.
Uma das características de um método bem elaborado é que ele consiga obter o máximo
de aproveitamento de todos os recursos dos equipamentos.
Eles precisam ser desenvolvidos por meio de uma análise sistemática dos movimentos
empregados por um operador ao executar sua operação.
Uma bateria de perguntas objetivas deve ser abordada com a finalidade de se encontrar
possíveis campos de melhorias.
ESTUDO DE MÉTODO
ANÁLISE SISTEMÁTICA
Uma análise sistemática, buscando os pontos que podem ser melhorados, traz resultados
compensadores quando aplicada de forma apropriada e intensa.
Esses movimentos são desenvolvidos pela aplicação sistemática dos cinco “Princípios de
Economia de Movimentos”.
PRINCÍPIO 01: As duas mãos sempre devem fazer trabalho produtivo, iniciando e
terminando seus movimentos ao mesmo tempo, e quando possível com movimentos
simétricos e simultâneos.
É importante notar neste princípio que uma mão não deve esperar a outra.
Um exemplo em uma operação de costura é quando o operador pega uma peça com uma
das mãos e ao mesmo tempo pega uma Segunda peça com a outra mão para uni-las.
Outro exemplo seria uma operação onde o operador costura uma peça com uma das
mãos enquanto a outra pode alcançar e pegar a próxima peça.
Na ilustração a seguir, pode-se ver que as duas mãos retornam simultaneamente de onde
estavam e apanham as duas peças para levá-las à máquina.
PRINCÍPIO 02: Os movimentos das mãos devem ser de preferência: suaves, curvos e
contínuos em lugar de curtos, retos e que envolvam mudanças repentinas e bruscas de
direção.
Movimentos irregulares ou em linha reta podem parecer mais rápidos e mais curtos, porém
na maioria das vezes são mais fatigantes e menos produtivos.
O ideal é que o operador não tenha que mudar de posição para alcançar as peças,
ferramentas ou qualquer outro objeto.
A ilustração abaixo indica claramente que a área normal de trabalho é bastante pequena,
e, portanto precisa ser muito bem aproveitada.
A área mínima de trabalho, que requer movimentos da classe 4, é definida pelo braço
esticado em todo o seu comprimento desde o ombro, desenhando um arco sem mover o
tronco de sua posição.
PRINCÍPIO 05: Cada material, controle, ferramenta, etc., deve ter um lugar fixo e definido.
Para entender este princípio, é necessário compreender o grau de “Controle” que o
operador deve ter ao empregar certos movimentos de alcançar.
Esse controle normalmente é exercido de três maneiras: com os olhos, com os músculos e
com a mente.
Alguns movimentos não exigem nenhum controle e podem ser automatizados, sendo
executados rapidamente.
Outros requerem uma maior doze de controle e são executados mais lentamente,
dependendo do grau de cuidado e atenção exigidos.
Pode-se determinar o grau de controle aplicado ao trabalho, pela ajuda que os olhos
devem dar, acompanhando ou não as mãos ao seu destino.
Movimentos de baixo controle são aqueles que não exigem nenhum controle visual,
muscular ou mental.
Esses movimentos podem ser executados rapidamente e não requerem nenhuma ajuda
dos olhos.
São realizados quando o objeto a ser alcançado está em posição pré-determinada e não
pode se mover.
O movimento de “Controle Médio” pode ser reconhecido quando o operador tem que dar
apenas um olhar de relance para localizar o objeto a ser apanhado antes que o movimento
seja iniciado.
Talvez 50% ou mais dos movimentos do operador possam ser enquadrados na categoria
de “Médio Controle”.
Um exemplo de alto grau de controle muscular e visual é quando a linha precisa ser
introduzida na agulha.
Controle mental é menos importante para o estudo de movimentos, porque não aparece
com uma freqüência significativa nas operações comuns de fábrica.
Sempre que possível, deve-se eliminar movimentos de alto grau de controle, porque
consomem mais tempo e são mais fatigantes.
ANÁLISE DE MÉTODO
A análise de método pode ser classificada quanto à origem: dirigida ou não dirigida.
Chamamos de análise dirigida quando existe um problema a ser resolvido, seja ele uma
dificuldade em se atingir uma meta, uma necessidade de redução, etc.
Faça uma análise criteriosa do problema e identifique todas as possíveis causas, bem
como todas as informações que lhe serão importantes.
Durante a análise podem surgir outras melhorias e/ou outros problemas; que também
devem ser relacionadas, porém isto não resolve seu problema.
Solicitado que se avalie uma situação produtiva de uma operação de costura em que o
operador tem atingido valores de eficiência inferiores ao previsto.
Relacionando:
A produção iniciou-se em níveis mais baixos de produção durante alguns dias, e após
atingir um nível de produção esperado no setor, esta operação não saiu do nível de 1000
pares, não ultrapassando os 60 % de eficiência.
Fazendo-se necessária a realização de horas extras todos os dias para se atingir o volume
de produção necessário.
No questionamento com o supervisor da área, este explica que, devido ao gargalo desta
operação, costuma-se retirar um operador de uma operação posterior para, trabalhando
em três, poder eliminar o estoque desta operação e assim então abastecer às operações
posteriores e dar continuidade ao processo.
Este solicita que se aumente a mão de obra desta operação, passando de 2 para 3
operadores.
Faz então uma cronometragem da operação e constata que o tempo padrão está correto.
Questiona então os operadores sobre, na análise deles, o que faz com que não atinjam os
níveis desejados de produção.
Um deles relata que, devido a trabalharem em dois colaboradores na operação e por ser
mais experiente e somente ele dominar várias operações, este sempre é colocado para
auxiliar quando existem faltas, ineficiências de operadores com pouca habilidade, e
quaisquer outros gargalos do setor; sendo recolocado na função somente quando se
aumenta muito o gargalo nesta operação.
Resolvido o problema?
A operação em questão era o sintoma, as causas estavam espalhadas pelo setor e eram
forçadas a se concentrar:
Absenteísmo
Falta de treinamento
Falta de polivalência
É um caso ilustrativo, onde o problema não estava no tempo padrão, nem tampouco no
balanceamento. Não chegue em decisões precipitadas nem tampouco aceite soluções
sem antes analisar ou ser realmente convencido.
Para uma análise de processo, devemos procurar ser metódico em algumas questões,
tomando, porém o cuidado da metodologia não atrapalhar sua análise.
ANÁLISE GERAL
Se somente agrega custo tem que ser eliminada, ou ao menos minimizada ao máximo.
Analise o processo.
Está motivado?
Com exceção do elemento operação todos os demais não agregam valor e devem ser
avaliados como desnecessários e como alvo de eliminação.
Para eliminá-los, porém, necessitamos de eliminar suas causas e fazer com que a falta
desses elementos não prejudiquem o elemento principal – operação.
Será difícil a eliminação de todos os elementos que não agregam valor, porém não é
impossível.
Mesmo conseguindo eliminar os elementos que não agregam valor, devemos ainda
analisar o elemento principal – operação, que apesar de agregar valor, também agrega
custo e devemos analisá-la muito bem devido a sua importância.
O domínio do processo facilitará sua análise, devendo caso não assim seja, procurar
alguém que o domine para auxiliar nessa fase.
Existe algum equipamento que possa facilitar essa operação. Facilitaria a operação se
tivéssemos algum guia ou dispositivo.
Ouça o operador.
Só se elimina espera, eliminando suas causas e sua causa normalmente está em outra
operação ou numa inadequada distribuição de cargas de trabalho.
O elemento inspeção também não agrega valor e devemos buscar que este não seja
necessário.
Planejamento
Ação
É a fase que vai ser posto em prática tudo o que foi realizado até agora.
Neste momento você pode perder todo o trabalho e esforço despendido até agora numa
ação mal realizada.
É importante que neste momento você tenha o máximo de pessoas a seu favor.
Faça com que operador e supervisor “comprem” a idéia. Se possível, não imponha a
mudança, faça com que a mudança seja desejada; isto na maioria das vezes é muito
difícil.
Uma dificuldade na operação devido à mudança proposta pode fazer com que tentem lhe
deixar numa situação vexatória.
Não deixe a emoção agir nesse momento, faça com que a razão domine, consiga avaliar o
problema e resolve-lo no momento.
Seja consciente que, caso volte atrás, você terá mais dificuldades na segunda tentativa; o
que, obviamente, não impede que se tente outras vezes.
CHECAGEM
É comum após uma mudança realizada, voltar-se ao método antigo. Isso pode ser
causado por:
• Troca de turno – O operador do outro turno não foi informado da mudança e voltou ao
método anterior.
• Novo dia – Mesmo sendo com o mesmo operador, este pode, simplesmente voltar ao
método antigo no próximo dia.
• Inércia – o operador que trabalhou durante muito tempo num método, tem a tendência
de até sem motivo aparente, voltar ao procedimento antigo.
Para que se evite todas estas o ideal é que você crie um procedimento pessoal de checar
a continuidade das mudanças.
PADRONIZAÇÃO
A última fase é o momento em que serão ratificadas todas as informações inerentes a essa
operação.
Antes, porém devem-se efetuar as alterações em todos os postos onde são realizados.
Divulgue então a redução realizada.
O ideal é que esta divulgação seja feita em conjunto, reduções de um período de um mês,
por exemplo.
Isso faz com que não seja maçante a divulgações uma – a – uma, além de somar todas, o
que trará um resultado melhor.
A menos que se tenha uma redução de grande porte que deva ser divulgada em separado.
Saber “vender o peixe” é uma ação que costuma ser esquecida por alguns analistas e
podem por a perder todo um trabalho.
Devemos nesse caso identificar quais são as atividades críticas para o processo.
Isso normalmente quer dizer que naquele ponto existe uma sobrecarga de trabalho o que
faz com que não se consiga dar prosseguimento ao processo.
Entra mais do que sai. Isso pode ser resultado de uma sobrecarga de trabalho, devido a
um balanceamento dimensionado inadequadamente; baixo ritmo do operador; problemas
de qualidade; tempo padrão dimensionado inadequadamente, etc.
1. Pegar as Partes:
• Localize as partes tão junto à agulha quanto possível.
• Verifique se as partes podem ser apanhadas sem olhar.
• Verifique se alguma das partes pode ser apanhada durante a costura, ou enquanto se
remove outra peça.
• Partes rígidas (rótulos, etiquetas, etc...) devem deslizar-se mais do que ser apanhadas.
4. Remover as partes:
• Analise se a remoção pode ser feita simultaneamente, como pegar a próxima peça.
• Verifique se os movimentos de remoção podem ser feitos sem olhar e durante a
costura.
• Verifique se as partes devem ser entregues ordenadas para a próxima operação.
• Veja se é melhor destacar as peças, logo que costurar cada uma, ou se é melhor
destacar o lote após costurar todas as peças.
• Verifique se é possível destacar a peça aonde a próxima operação irá pegá-la.
Técnicas de Simplificação
As etapas para um estudo desta natureza estão divididas em: Observação Prévia,
Observação detalhada e Síntese.
Uma observação deve ser encarada como uma fotografia que servirá à crítica posterior e
deve ter a seguinte sistemática:
Entre as várias alternativas que existem para se obter um bom método devemos tender a
SOLUÇÃO IDEAL que é a:
− Mais BARATA;
− Mais RÁPIDA;
− Mais SIMPLES;
− Mais SEGURA (Humana e Produto);
− Menos CANSATIVA.
A) ESTUDO DE MÉTODOS
Costuma-se fazer uma distinção entre método que designa a maneira de executar um
processo ou qualquer operação em um posto de trabalho e processo de fabricação ou
trabalho que é uma atividade na transformação da matéria-prima em produto acabado,
introduzindo geralmente uma modificação física ou química no produto.
B) MEDIDA DO TRABALHO
ESTUDO DE MÉTODOS
A fim de melhorar os métodos de produção
↓
ESCOLHER
O trabalho a estudar
⏐
REGISTRAR
O método atual com todos os detalhes dos gráficos
⏐
⏐
EXAMINAR
Os fatos com espírito crítico consideram
O QUE – ONDE – QUANDO – QUEM – COMO
⏐
ESCOLHER
O melhor método utilizável nas circunstâncias presentes
⏐ (1)
DEFINIR
O novo método
⏐
APLICAR
(2)
CONTROLAR APLICAÇÃO
↓
OBJETIVOS
Melhoria da implantação da fábrica e do posto de trabalho;
Melhoria das máquinas;
Melhoria do meio de trabalho;
Redução da fadiga;
O que permite uma melhor utilização dos recursos, de máquinas,
instalações e mão de obra.
↓
PRODUTIVIDADE MAIS ELEVADA
156 Centro de Treinamento SENAI – Mogi Guaçu
Cronometragem e Cronoanálise
MEDIDA DO TRABALHO
A fim de fornecer um padrão de esforço humano
⏐
ESCOLHER
O trabalho a medir
⏐
REGISTRAR
Os tempos produtivos e improdutivos
⏐
EXAMINAR
A fim de eliminar os tempos improdutivos
⏐
(1)
DEFINIR
A técnica a utilizar
⏐
Decompor o trabalho em seus elementos
⏐
MEDIR
A quantidade de trabalho que implica o novo método por meio de
ESTUDO DE TEMPOS TEMPOS SINTÉTICOS ESTIMATIVA ANALÍTICA
Cronometrar e avaliar Dos elementos Aplicar tempos dos
Cada elemento estabelecidos Elementos conhecidos e
Normalizar Estimar os demais
⏐
DETERMINAÇÃO DO TEMPO ELEMENTAR
Adicionar as permissões para repouso
⏐
Tempo previsto para o Conteúdo do Trabalho
Juntar as demais majorações justificáveis
Determinar com precisão para o método escolhido
⏐
TEMPO PADRÃO
⏐
(2)
OBJETIVOS
PRODUTIVIDADE
Definição
Q
Representação: P =
D
Onde:
P – representa a produtividade;
Q – representa a quantidade e/ou qualidade;
D – representa as despesas e/ou demoras (prazo).
Desta forma, uma simples redução no prazo de entrega de uma mesma quantidade de
produtos de idêntica qualidade conseguida a um mesmo custo, comparados com dados
anteriores, significa um aumento de produtividade.
Para se obter uma produtividade mais elevada, deve-se manter como preocupação
constante: a utilização racional de máquinas e equipamentos, eliminação dos desperdícios
de matéria prima, de energia e de tempo que efetivamente reduzem as despesas sem os
sérios riscos conduzidos pelas campanhas de “Redução de Despesas”.
Estudo do Trabalho
A) CONTEÚDO DO TRABALHO;
B) Conteúdo Suplementar:
- Falta de Normalização: uso de diversas peças para um mesmo produto, dando séries
curtas e conseqüentemente inatividades.
- Preparação do Trabalho: permite escolha mais conveniente das máquinas para aquele
trabalho.
O balconista apanha o café em grão, abre o pacote, prepara o moedor, despeja e adiciona
a máquina.
Este paga ao balconista, que registra a venda, coloca o dinheiro na caixa registradora e dá
o troco”.
HOMEM MÁQUINA
TEMP TEMPO TEMP
CLIENTE BALCONISTA MOEDOR
O(s) (s) O(s)
Pede 1kg de
0 5 Ouve a ordem 5 Parada 5
café
1
Pega o café, coloca na
0
Espera 15 máquina, regula e 15 Parada 15
2
aciona a máquina.
0
3
0
Espera 21 Espera 21 Moe o café 21
4
0
Desliga moedor, coloca
5
Espera 12 café no saquinho, pesa 12 Parada 12
0
e fecha.
6
Recebe café,
0 Entrega o café, recebe,
paga e recebe 17 17 Parada 17
7 registra e dá o troco.
o troco.
0
Conclusão
Entretanto, pôde-se ver que a maior parte das improdutividades são atribuíveis à empresa
e à direção.
Não resta dúvida que todos os resultados finais da empresa estão alicerçados no
trabalhador direto, verdadeira célula produtiva e real unidade de produção, sobre a qual se
apoia toda a estrutura organizacional e ironicamente a primeira a ser dispensada no
momento de “redução de despesas”.
Estando o controle da produtividade nas mãos da célula produtiva, é a ela que se deve dar
toda a atenção para que os resultados da Empresa sejam positivos e, de forma ampla,
benéfica para a própria Empresa, para o Trabalhador e para a Comunidade.
Tal atenção se refere não às pressões para maior volume de trabalho, mas as condições
ambientais, psicológicas e organizacionais; a energia interna da célula produtiva deve ser
consumida de forma útil e não se tem o direito de absorver no trabalho a energia que deve
ser usada para as atividades familiares, esportivas, sociais, culturais, religiosas, enfim,
atividades humanas, que são razão da própria existência do Homem.
Dentro deste espírito, cada parcela do trabalho será estudada, analisada, simplificada,
atribuída ao homem, que será treinado e finalmente será medida para servir de base para
todas as funções da empresa.
Bibliografia