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Sesc Palladium apresenta

Mostra Kilimanjaro
de Cinema Africano

De 27 a 29 de novembro

Programação gratuita | Confira a programação completa no site sescmg.com.br


Mostra
Kilimanjaro de
Cinema Africano
Os filmes que compõem a programação
oferecem ao público brasileiro a oportunidade
de conhecer essa África e essa indústria.
Trata-se de um panorama da produção africana,
de uma África atual, criativa e potente, não
apenas vinculada às guerras, doenças e
misérias. A programação é variada e múltipla,
engloba curtas e longas, além de debates com
diretores congoleses e camaroneses.

Entrada gratuita com retirada de ingresso 30


minutos antes da sessão. Espaço sujeito a
lotação.
Cinema Africano POR Refslin Mimpiya

Festivais de Cinema Africano Papel dos Governos dos Países Africanos


na Produção Cinematográfica
A África tem cerca de 20 festivais de cinema,
sendo que o principal é o Festival Pan-Africano A crise política, econômica e social que
de Cinema e Televisão de Ouagadougou ainda atravessa o continente africano não
(Fespaco). É um dos maiores festivais de permitiu o desenvolvimento do próprio cinema.
cinema africano. Realiza-se a cada dois Os governos não se comprometem com a
anos, em Ouagadougou, capital de Burkina produção cinematográfica de seus países e não
Faso, com o objetivo de divulgar todas as há nenhuma política cinematográfica. Hoje,
obras de cinema africano, permitir contatos e como no Neorrealismo italiano, as filmagens
intercâmbios entre profissionais do cinema e se fazem nas ruas, em casas de conhecidos ou
do audiovisual, contribuir para o crescimento, de certos atores. A ausência de uma política
o desenvolvimento e a salvaguarda do cinema cinematográfica gerou falta de oportunidades
africano como meio de expressão, educação e para os cineastas africanos, mas, se por um lado
conscientização. Vale ressaltar que a maioria os cineastas filmam na rua ou em casas pela
dos festivais de cinema africano é financiada falta de instalações de estúdio, por outro lado,
por editais europeus. essas peças de cinema refletem a realidade da
vida cotidiana do país. E, assim, essas imagens
são muito amadas pela maioria dos africanos
que deixaram seus países, a maioria deles
residentes na Europa e nos EUA, e também por
grandes consumidores dessas películas.
Análise cinematográfica de dois países

Produção Cinematográfica envolva com o cinema, porque a necessidade


no Congo-Kinshasa de se criar instituições governamentais de
financiamento e a construção de grandes
O sistema de produção cinematográfica e estúdios de cinema com equipamentos
audiovisual da República Democrática do profissionais requerem grande quantidade de
Congo é desconhecido, porém, a história e dinheiro para apoiar o cinema, o que não é
a cultura cinematográficas desse país são viável neste momento. Existe, sim, um sistema
fascinantes. Desde a invenção do cinema, de produção cinematográfica no Congo, porém
os congoleses foram confrontados com essa mal estruturado devido à falta de investimentos
invenção, que era uma arte e um instrumento e principalmente de uma política voltada à
de propaganda. Desde a política do governo produção audiovisual. Atualmente, o cinema
colonial até a ditadura, instaurada pelo congolês contemporâneo pode ser estudado
ditador Mobutu, o povo congolês não tinha por meio de vídeos de música (videoclipes) e de
livre acesso ao cinema, seja na elaboração de peças teatrais filmadas, comumente chamadas
filmes ou mesmo na possibilidade de assisti- de “Theatre de Chez Nous”, porque são os mais
los. Cinema e televisão foram concebidos e produzidos no país.
submetidos à censura pelo governo colonial e
pelo ditador Mobutu, que usava esse método O Theatre de Chez Nous faz grande sucesso
para demonstrar seu poder. O Estado belga entre o público congolês, porque o assunto
procurou meios para organizar uma estrutura abordado nessas peças está ligado à vida
de produção e distribuição, a fim de propagar e cotidiana do povo, os atores se expressam
justificar a sua presença no Congo aos olhos de com linguagem muito natural, os cenários reais
seus aliados e de seus cidadãos. A República e os figurinos usados sempre estão na moda.
Democrática do Congo atualmente atravessa Isso explica a popularidade desse gênero
um período de grande crise em quase todos teatral. Desde os anos 1980, o Theatre de
os setores, seja político, econômico ou social, Chez Nous é considerado como uma produção
e essa crise não permite que o governo se genuinamente congolesa.
Além do Theatre de Chez Nous e das produções Produção Cinematográfica na Nigéria
cinematográficas estrangeiras, os congoleses
assistem aos videoclipes, que se encontram em Responsável pela segunda maior renda do
grande número na República Democrática do país, a indústria cinematográfica da Nigéria
Congo. São produções musicais e comerciais, contribui, sem dúvida, para a criação de
mas também diversão para o povo. Na emprego em um país cuja economia depende
elaboração tanto de Theatre de Chez Nous principalmente do petróleo e da agricultura.
quanto de videoclipes, os principais produtores Mais de um milhão de pessoas trabalha nesse
são os próprios congoleses que vivem fora do setor, a maior fonte de emprego depois da
país. A exibição e a difusão são garantidas agricultura. A indústria cinematográfica da
graças aos vários canais de TV encontrados no Nigéria, apelidada de Nollywood, produz
país. Para obter boa qualidade das imagens cerca de 50 filmes por semana, colocando-a em
de peças de teatro ou de videoclipes, são segundo lugar, sendo Bollywood, na Índia, em
necessários equipamentos adequados. É preciso primeiro, e Hollywood em terceiro. Embora as
que o governo se comprometa com a produção receitas não sejam comparáveis com as dos seus
cinematográfica do país. O videoclipe e o homólogos indianos e californianos, Nollywood
Theatre de Chez Nous são formatos que escapam gera U$ 590 milhões por ano. Acreditando que
ao padrão dominante do longa-metragem de uma melhor gestão desse setor criaria mais um
ficção (consolidado pela produção industrial milhão de postos de trabalho, o Banco Mundial
norte-americana), apontando um caminho está ajudando o governo nigeriano a apoiar a
encontrado pelos congoleses para desenvolver indústria do entretenimento e de outros setores.
sua produção audiovisual, em um contexto Nollywood conseguiu se desenvolver sem ajuda
marcado por grandes dificuldades políticas, pública inicial, e um impulso poderia permitir
sociais e financeiras. que ela chegasse a novas alturas.
A produção de vídeo e cinema mostra Baixos Custos de Produção
como as indústrias culturais portadoras de
identidade, valores e sentido podem levar Em média, produzir um filme na Nigéria pode
diálogo e compreensão aos povos e também custar entre U$ 25 mil e U$ 70 mil, de acordo
contribuir para o crescimento econômico e o com a BBC. Os filmes são produzidos em
desenvolvimento. A indústria cinematográfica menos de um mês e são rentáveis durante duas
africana não é apenas fonte de entretenimento: a três semanas após a sua saída. A maioria
é também um negócio lucrativo. Os filmes dos DVDs vende mais de 20 mil cópias, e
nollywoodianos são muito populares entre os filmes de maior sucesso, mais de 200 mil
os africanos no continente e no mundo. Eles cópias. Mas os rendimentos dos atores em
estabeleceram-se graças à revolução digital do Nollywood permanecem baixos. Mesmo os
início dos anos 1990, quando as filmadoras mais conhecidos ganham entre U$ 1 mil e U$ 3
substituíram as câmeras de 35 mm. Na época, mil por filme. Apenas alguns podem ganhar um
enquanto algumas partes do mundo estavam se valor elevado. A atriz Omotola Jalade Ekeinde,
adaptando à nova tecnologia digital, a Nigéria recentemente colocada no topo da lista dos
continuou a utilizar VHS, facilmente acessível atores mais bem pagos, recebe 5 milhões de
e econômica. A tecnologia cinematográfica nairas (U$ 32 mil) por filme.
finalmente evoluiu quando a demanda pelos
filmes em DVD aumentou. Temáticas

As temáticas exploradas nos filmes africanos


não se separam da realidade do país. Os filmes
africanos falam sobre política, vida social,
moda e costumes.
Programação

Filmes
de

Barcelona ou a Morte
(Barcelone ou la Mort)
França, Senegal, 2007 | Idrissa Guiro | 49 min
18h - Barcelona ou a Morte Filme legendado
27/11
Sex 20h - Nossa Estrangeira
Em um subúrbio de Dakar, partem para Europa
frágeis barcos, símbolo de uma batalha e de uma
16h - Fary, a Jumenta | África sobre o Sena | Atlânticos
28/11 pessoa: um pescador privado de seu ganha-pão pela
18h - A Pequena Vendedora de Sol
S áb globalização e empurrado a se comprometer com o
20h - Amor, Sexo e Mobilete
perigoso negócio de transporte de clandestinos para
a Espanha. Vivem em um país com dificuldades para
14h - Fary, a Jumenta | África sobre o Sena | Atlânticos oferecer um futuro a seus jovens. Em cada família,
29/11 16h - Angano, Angano, Contos de Madagascar todos sonham em partir, a qualquer custo, para
D om 18h - Viva Riva! alcançar “Barcelona”, uma palavra símbolo do sonho
20h - Exame de Estado europeu.

Recomendado para maiores de 14 anos


Nossa Estrangeira África sobre o Sena
(Notre Etrangère) (Afrique sur Seine)

Burkina Faso, França, 2010 | Sarah Bouyain | 82 min França, Senegal, 1957 | Mamadou Sarr e
Filme legendado Paulin Vieyra | 21 min | Filme legendado

Morando em Paris, a jovem Amy retorna à sua terra A África está na África sobre as margens do Sena ou
natal, Burkina Faso, após a morte do pai. Procurando no Quartier Latin? Interrogações “meio amargas” de
sua mãe, da qual foi separada aos 8 anos, ela tem uma geração de artistas e estudantes à procura de
de adentrar em uma cidade da qual não possui sua civilização, sua cultura e seu futuro.
referências e conviver com uma família que incomoda
mais do que reconforta. Paralelamente, a burquinense Recomendado para maiores de 14 anos
Mariam procura desesperadamente por sua filha em
Paris. Realizando serviços de limpeza, ela conhece
Esther. Dessa maneira, as duas solitárias mulheres
trocam experiências e aprendem a se apreciar.

* Festival de Veneza 2010 - Venice Days.


* Festival de Ouagadougou 2011 - Prêmio do Júri.

Recomendado para maiores de 14 anos


Fary, a Jumenta Atlânticos
(Fary L’anesse) (Atlantiques)

Senegal, 1989 | Mansour Sora Wade | 21 min França, 2009 | MatiDiop | 15 min
Filme legendado Filme legendado

Um homem em busca da mulher “perfeita” termina À noite, em volta da fogueira num acampamento,
com algo completamente diferente do que ele Serigne, um jovem de Dakar (Senegal), conta aos
esperava. seus amigos sua odisseia de clandestino embarcado.
Eles ficam desconcertados e se surpreendem com sua
Recomendado para maiores de 14 anos coragem, que o levou a enfrentar o oceano Atlântico
e a morte. Todos escutam aquele que escapou do
perigo sem entender perfeitamente o que o levou a
embarcar para a Europa, onde a sobrevivência é
mais fácil, mas parece ser inalcançável.

*Tiger Awards, Rotterdam International Film Festival, 2010.


*Competição oficial de curta-metragem, Festival do Cinéma du Réel,
Paris 2010.

Recomendado para maiores de 14 anos


A Pequena Vendedora Amor, Sexo e Mobilete
de Sol (Amour, Sexe et Mobylette)
(La Petite Vendeuse de Soleil)
Alemanha, França, 2008 | Christian Lelong e
Maria Silvia Bazzoli | 95 min | Filme legendado
França, Senegal, Suíça, 1998 | Djibril Diop Mambéty
44 min | Filme legendado
O jovem Ousmane mora em Koupeia, no interior
de Burkina Faso, e, desde que conheceu Balie, vive
Silli é uma menina de 12 anos com deficiência apaixonado. Mas ela mora em outra cidade, e, sem
física que vai mendigar nas ruas de Dakar. Um dinheiro para a passagem, ele compensa a distância
bando de meninos vendedores de jornais zomba escrevendo cartas de amor. Já Jean Marie Zeugmoré,
de sua deficiência. Ela logo decide parar de 40 anos mais velho, comemora seu duradouro e feliz
mendigar e começa também a vender jornais, casamento com a esposa. Na véspera do Dia dos
atividade normalmente reservada aos meninos. Namorados, a Rádio Kourita propõe uma programação
No decorrer de suas aventuras por esse ambiente especial, e homens e mulheres de todas as idades
desconhecido, Silli conhece Babou, e uma amizade contam suas histórias. Apesar das dificuldades, os
se afirma frente à brutalidade dos pequenos rivais habitantes de Koupeia revelam que, em relação ao
vendedores de jornal. amor, seus sonhos e sentimentos são universais.
Recomendado para maiores de 14 anos Recomendado para maiores de 14 anos
Angano, Angano, Contos Viva Riva!
de Madagascar
(Angano, Angano Nouvelles de Bélgica, França, República Democrática do Congo, 2010
Djo Tunda Wa Munga | 98 min | Filme legendado
Madagascar)
Em um país problemático onde tudo está à venda, Riva
França, Madagascar 1989 | César Paes e Marie- tem o que todos querem. Sendo um homem com muito
-Clémence | 65 min | Filme legendado carisma e ambição, tenta colocar as mãos no que
todos desejam: petróleo. Onde até a igreja é capaz
Em Madagascar, país de tradição oral, a história de tudo para conseguir o que quer, Riva terá que agir
se conta em poesia. A palavra é dada aos sem se apaixonar por uma mulher que pertence a
contadores para que eles falem sobre a origem e outro homem.
a história da ilha, dos seus habitantes, conhecidos
pelos contos, mitos e lendas. * Mostra Fórum do Festival de Berlim 2011
* MTV Movie Awards 2011 - Prêmio de Melhor Filme Africano
Recomendado para maiores de 14 anos
Recomendado para maiores de 14 anos
Exame de Estado Debate
(Examen d’État)
Ministrantes: Tommy Germain,
República Democrática do Congo, 2014 | Dieudo Tresor Muteba e Refslin Mimpiya
Hamadi | 92 min | Filme legendado
Data: 28 de novembro
O filme acompanha um grupo de estudantes
Horário: 14h
angolanos que vão prestar o Exame do Estado,
Local: Cine Sesc Palladium
equivalente ao ENEM brasileiro, em Kisangi,
Duração: 90 minutos
República Democrática do Congo. Durante todo o
Classificação: livre
processo, desde os bancos da escola até o final do
exame, a câmera revela o cotidiano particular da Entrada gratuita com retirada de ingresso 30 minutos
educação no Congo. antes do evento. Espaço sujeito a lotação.

Recomendado para maiores de 14 anos


Participam da mesa de debate curadores e produtores
de cinema africano.

São objeto de exame e debate os temas


relacionados com a produção de cinema africano na
atualidade, Nollywood, o desenvolvimento da cena
cinematográfica e porventura, o que for suscitado
pelos participantes durante o debate.

As manifestações dos presentes são proferidas em


caráter de debate e não necessariamente expressam
o entendimento definitivo do participante sobre o
tema discutido.
Ficha Técnica
Lázaro Luiz Gonzaga Camila Lôbo
Presidente do Sistema Fecomércio MG, Sesc, Senac e Sindicatos Coordenadora de Jornalismo

Luiz Neves de Souza Marina Barros


Diretor Regional Adjunto Atendimento

Miguel Roldão Saraiva Ana Paula Rachid


Gerente Regional Belo Horizonte II Jornalista

Érica Viviane da Silva Freitas Bruno Myrrha


Gerente Geral Técnica Social Designer

Jorge Cabrera Marcia Romano


Gerente de Cultura Revisora

Milena Andrade Pedrosa ________________


Gerente Sesc Palladium
Cinefrance
Cláudio Cecílio dos Santos
Consulado Geral da França no Rio de Janeiro
Coordenador Administrativo Sesc Palladium
Consulado da França em São Paulo
Débora Pedrosa Thomas Sparfel
Coordenadora de Produção Sesc Palladium Responsável pela Cinemateca da Embaixada da França
Leonardo Beltrão Gustavo Andreotta
Coordenador de Projetos Sesc Palladium Técnico Audiovisual

Renato Freitas Cordeiro Adrianne Stolaruk


Coordenador de Produção Técnica Sesc Palladium Direção

Siomara Faria Tatiana Groff


Analista de Artes e Cultura / Sesc Palladium Tommy Germain
Curadoria
Paula Lima Gomes
Analista de Artes e Cultura / Sesc Palladium Produção Executiva
Erika Cristina Nunes de Paula CMB A3
Assistente Administrativo Sesc Palladium

Lais Terçariol Vitral Produção


Letícia Mendes Azimute Cultural
Shirley Gomes Tatiana Groff
Analistas de Eventos Sesc Palladium
Camila Oliveira
Daniela Costa
Assistente de Eventos Sesc Palladium Atividades paralelas
Marcelo David Debate com: Refslin Mimpiya - Tommy
Auxiliar Administrativo Sesc Palladium Germain e Tresor Muteba
Equipe Audiovisual Tatiana Groff
Carlos Alberto Dias Camila Oliveira
Textos / Sinopses
Edson Júnior
Jansey Valdez Agradecimentos Especiais
Operadores de Audiovisual Sesc Palladium
Cinerance, Thomas Sparfel, Gustavo
Projeto de Comunicação Andreotta, Heitor Augusto
André Poletto
Gerente Geral de Comunicação

Maria Cristina Procópio


Coordenadora de Marketing
Apoio Institucional:

Belo Horizonte

Parceria:

Realização:

31 3270-8100 facebook.com/SescPalladium sescmg

sescmg.com.br twitter.com/sescmg

Alvará de Funcionamento e Localização do Sesc Palladium - 2011/25091,


válido até 28/07/2016. Órgão expedidor: PBH ART Obra e Serviço do
Sesc Palladium – 142013000000015052285, válido até 28/11/2018.
Órgão expedidor: CREA-MG

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