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PAPILOSCOPISTA DA POLÍCIA CIVIL DO RIO DE JANEIRO

Conhecimentos de Direito Penal e Leis Penais


Marcelo Uzeda

Prova: IBFC - 2013 - PC-RJ - Oficial de c) Insignificância da lesão ao bem jurídico e


Cartório adequação social da conduta.
d) Embriaguez preordenada e obediência
1. O princípio da reserva legal constitui-se hierárquica.
na garantia individual de que o poder de e) Coação física irresistível e violenta emoção.
punir do Estado em matéria penal será
exercido nos limites da norma positivada,
permitindo a criação de tipos penais Prova: IBFC - 2013 - PC-RJ - Oficial de
incriminadores e a instituição de penas por Cartório
intermédio de:
3. O princípio da humanidade
a) Qualquer espécie normativa, desde que consubstancia-se na ideia de que o direito
elaborada em observância ao regular processo penal deve pautar-se na benevolência, de
administrativo ou legislativo. forma a tratar dignamente aquele que
b) Lei ordinária e medida provisória, já que esta comete um fato delituoso, visto que, apesar
última também possui força de lei até que seja de ter infringido a norma penal, é pessoa
submetida a regular processo legislativo. humana como qualquer outra. Sendo assim,
c) Decreto legislativo, já que são funções podemos afirmar corretamente que:
exclusivas do Poder Legislativo a criação de
direito novo, a imposição de obrigações de a) A pena de morte confronta o princípio da
caráter geral e a definição de sanções humanidade, sendo vedada no ordenamento
jurídicas. jurídico brasileiro de forma absoluta.
d) Decreto-lei, regularmente elaborado no b) O cumprimento de pena privativa de
exercício do poder administrativo-normativo do liberdade em regime fechado não atenta contra
chefe do Poder Executivo, já que o ato de o princípio da humanidade, por isso é permitido
legislar encontra-se no feixe de atribuições no ordenamento jurídico brasileiro.
típicas deste Poder. c) Ao condenado, durante a execução da pena,
e) Lei em sentido estrito, entendida esta como pode ser imposta a obrigação de realizar
a espécie normativa aprovada em regular trabalhos forçados, desde que se garanta o
processo legislativo levado a efeito no âmbito benefício da remissão penal.
do Poder Legislativo. d) A imposição de castigos corporais ao preso
provisório não se caracteriza como ilicitude,
visto que o princípio da humanidade aplica-se
Prova: IBFC - 2013 - PC-RJ - Oficial de apenas aos definitivamente condenados.
Cartório e) Constitui-se pena degradante, por violar o
direito à liberdade de ir e vir do condenado, a
2. Levando em conta o que sustenta a teoria imposição de penas restritivas de direitos
tripartida do conceito analítico de crime, o consistentes na proibição de frequentar
fato típico, a antijuridicidade e a determinados lugares e limitação de fim de
culpabilidade são tidos como elementos semana.
componentes da figura delituosa, sem os
quais este ente jurídico-penal não se
aperfeiçoa. Com fundamento na referida 4. Considere a hipótese de um crime de
conceituação e em seus desdobramentos extorsão em andamento, em que a vítima
no direito penal, podemos afirmar ainda se encontra privada de sua liberdade
corretamente que são causas supralegais de locomoção. Havendo a entrada em vigor
de exclusão da tipicidade: de lei penal nova, prevendo aumento de
pena para esse crime,
a) Inexigibilidade de conduta diversa e erro de
tipo permissivo. a) terá aplicação a lei penal mais grave, cuja
b) Coação moral irresistível e erro de proibição. vigência é anterior à cessação da permanência
do crime.

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b) terá aplicação a lei nova, em obediência ao b) a lei excepcional ou temporária, embora


princípio da ultratividade da lei penal. decorrido o período de sua duração ou
c) não poderá ser aplicada a lei penal nova, cessadas as circunstâncias que a
que só retroage se for mais benéfica ao réu. determinaram, não se aplica ao fato praticado
d) não será aplicada a lei nova, em obediência durante sua vigência.
ao princípio tempus regit actum. c) a lei posterior, que de qualquer modo
e) não será aplicada a lei penal mais grave, favorecer o agente, aplica-se aos fatos
pois o direito penal não admite a novatio legis anteriores, salvo se decididos por sentença
in pejus. condenatória transitada em julgado.
d) ficam sujeitos à lei brasileira, embora
cometidos no estrangeiro, os crimes contra a
5. Tendo em vista o disposto no Código vida ou a liberdade do Presidente ou do Vice-
Penal pátrio, com relação à eficácia da lei Presidente da República.
penal no espaço, é correto afirmar: e) a pena cumprida no estrangeiro é
computada na pena imposta no Brasil pelo
a) no genocídio, se o agente for brasileiro ou mesmo crime, quando diversas, ou nela é
domiciliado no Brasil ficará sujeito à lei penal atenuada, quando idênticas.
brasileira, ainda que o crime tenha sido
cometido no estrangeiro;
b) caso um marinheiro inglês, tripulante de um 7. Tem efeito retroativo a lei que
navio de guerra britânico, ao desembarcar no
Brasil, a título particular, cometa um homicídio a) elimina circunstância atenuante prevista na
em solo brasileiro, ficará sujeito à lei do Estado lei anterior.
a que pertença a embarcação, face ao princípio b) comina pena mais grave, mantendo a
do pavilhão; definição do crime da lei anterior.
c) a qualquer crime, cometido fora do território c) torna típico fato anteriormente não
nacional contra o Presidente da República do incriminado.
Brasil, a lei penal aplicável é a brasileira, tendo d) não mais incrimina fato anteriormente
em vista o princípio da defesa; considerado ilícito penal.
d) na hipótese de uma lesão corporal cometida e) acrescenta circunstância qualificadora não
por um argentino contra um americano em um prevista na lei anterior.
navio de turismo brasileiro, que se encontrava
a quinze milhas marítimas do litoral brasileiro,
não será aplicável a lei penal brasileira, em 8. A decisão judicial que usa a analogia para
razão do princípio da justiça universal; punir alguém por fato não previsto em lei,
e) no caso de delito cometido por estrangeiro por ser este semelhante a outro por ela
contra brasileiro fora do Brasil, ressalvados os descrito, viola o princípio
casos de extraterritorialidade incondicionada,
para a aplicação da lei penal brasileira é (A) da presunção de inocência.
necessário somente que não tenha sido pedida (B) do devido processo legal.
ou tenha sido negada a extradição e que tenha (C) do juiz natural.
havido requisição do Ministro da Justiça. (D) da legalidade.
(E) do contraditório.

6. No que se refere à aplicação da lei penal,


de acordo com o Código Penal, é certo que Prova: IBFC - 2013 - PC-RJ - Oficial de
Cartório
a) a homologação de sentença estrangeira
para obrigar o condenado à reparação do 9. Considerando a classificação doutrinária
dano, quando da aplicação de lei brasileira dada às infrações penais, analise as
produz na espécie as mesmas consequências, assertivas a seguir:
depende de pedido da parte I. Crime próprio é aquele que exige sujeito
interessada. ativo especial ou qualificado, não admitindo

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coautoria ou participação de quem não (D) inobservância do dever de cuidado que


guarde tais características peculiares. causa um resultado não desejado e
II. Crime permanente é aquele cuja imprevisível.
consumação se protrai no tempo em (E) observância do dever de cuidado e vontade
decorrência de várias condutas que consciente.
sucedem o ato inicial, caracterizando
habitualidade da espécie delitiva.
III. Crime instantâneo é aquele cuja 12. Considere as assertivas abaixo.
consumação ocorre com a prática de uma I. Há dolo eventual quando o agente,
única conduta geradora de resultado embora prevendo o resultado, não quer que
imediato. ele ocorra nem assume o risco de produzi-
IV. Crime de perigo é aquele cuja lo.
consumação se caracteriza com a mera II. Há culpa inconsciente quando, embora
probabilidade de lesão ao bem jurídico previsível o resultado, o agente não o prevê
protegido pela norma penal. por descuido, desatenção ou desinteresse.
V. Crime multitudinário é aquele que exige, III. No crime preterdoloso, a conduta inicial
para sua caracterização, o concurso é dolosa, mas o resultado dela advindo é
necessário de duas ou mais pessoas, culposo.
apesar de não existir a necessidade de que IV. Em todos os crimes contra o patrimônio,
todas elas sejam penalmente punidas. reparado o dano ou restituída a coisa, até o
Estão corretas apenas as assertivas: recebimento da denúncia ou da queixa, por
ato voluntário do agente, a pena será
a) I, III e V. reduzida de um a dois terços.
b) II, III e IV. Está correto o que se afirma APENAS em
c) I, II e IV.
d) III, IV e V. (A) I, II e III.
e) II, III e V. (B) I, III e IV.
(C) I e IV.
(D) II e III.
10. O artigo 18, I, do Código Penal Brasileiro (E) II e IV.
indica duas espécies de dolo, ou seja, dolo

(A) de dano e de perigo. Prova: IBFC - 2013 - PC-RJ - Oficial de


(B) determinado e genérico. Cartório
(C) genérico e específico.
(D) normativo e indeterminado. 13. Na análise do caminho percorrido para a
(E) direto e indireto. realização do delito, a doutrina penalista
construiu o conceito de iter criminis,
identificando as fases que o compõem e os
11. Para a configuração do crime culposo, seus reflexos na responsabilidade penal do
além da tipicidade, torna-se necessária a agente. Diante desse conceito, podemos
prática de conduta com afirmar corretamente que:

(A) inobservância do dever de cuidado que a) A cogitação, a deliberação e a resolução,


causa um resultado cujo risco foi assumido por integrarem a fase interna do iter criminis,
pelo agente. não são passíveis de punição.
(B) observância do dever de cuidado que b) A manifestação da ideia criminosa em
causa um resultado desejado, mas previsível. nenhuma hipótese constituirá fato punível, haja
(C) inobservância do dever de cuidado que vista revelar-se inidônea à configuração do
causa um resultado desejado, mas previsível. delito objetivado e à caracterização de outra
figura típica autônoma.

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c) A preparação, componente da fase externa (B) é isento de pena quem, por erro
do iter criminis, permite a responsabilização plenamente justificado pelas circunstâncias,
penal do agente pela tentativa do crime fim. supõe situação de fato que, se existisse
d) A execução configura-se pela utilização de tornaria a ação legítima.
meios inidôneos a atingir o resultado criminoso, (C) o erro quanto à pessoa contra a qual o
sujeitando o agente à punição pela tentativa, crime é praticado não isenta de pena o agente.
mesmo diante da impossibilidade de se (D) não há isenção de pena quando o erro
consumar o delito. deriva da culpa e o fato é punível como crime
e) A consumação somente estará culposo.
caracterizada com o esgotamento da atividade (E) o erro sobre o elemento constitutivo do tipo
criminosa e a efetiva lesão material ao bem legal do crime, não exclui o dolo, mas impede a
jurídico tutelado, mesmo nos casos de crimes punição por crime culposo, ainda que previsto
formais ou de mera conduta. em lei.

14. Quando o agente dá início à execução 17. Quanto ao dolo e a culpa é correto
de um delito e desiste de prosseguir em afirmar que
virtude da reação oposta pela vítima, ocorre
(A) a forma típica da culpa é a culpa
(A) arrependimento eficaz. inconsciente, em que o resultado previsível não
(B) crime consumado. é previsto pelo agente. É a culpa sem previsão.
(C) fato penalmente irrelevante. (B) no dolo eventual, o evento é previsto, mas
(D) desistência voluntária. o agente confia em que não ocorra; já na culpa
(E) crime tentado. consciente, o resultado não é previsto, mas o
agente se conduz de modo a assumir o risco
de produzi-lo.
15. A restituição integral do valor (C) no caso de dois agentes concorrerem
apropriado aos cofres públicos pelo autor culposamente para um resultado ilícito,
de peculato doloso, antes do recebimento nenhum deles responderá pelo fato, diante da
da denúncia, teoria da compensação de culpas adotada pelo
nosso ordenamento penal.
(A) implica na extinção da punibilidade do (D) o dolo direto ou determinado compreende o
agente. dolo eventual e o dolo alternativo, no qual o
(B) caracteriza arrependimento posterior e a agente quer um ou outro entre dois ou mais
pena pode ser reduzida de um a dois terços. resultados.
(C) constitui arrependimento eficaz, isentado o (E) no crime culposo o agente realiza uma
agente de pena. conduta involuntária que produz um resultado
(D) não exclui o delito, nem implica em redução não querido, imprevisível e excepcionalmente
de pena, por já ter ocorrido a consumação. previsível, que podia, com a devida atenção,
(E) constitui desistência voluntária e isenta o ser evitado.
agente de pena.

18. Em tema de relação de causalidade, é


16. Quanto ao erro sobre os elementos do INCORRETO afirmar que
tipo, o erro determinado por terceiro, o erro
sobre a pessoa e o erro sobre a ilicitude do A) concausa superveniente absolutamente
fato, tratados no Código Penal, é independente é aquela que nenhuma ligação
INCORRETO afirmar que tem com o procedimento inicial do agente.
B) a omissão é penalmente irrelevante quando
(A) o erro do agente sobre a ilicitude do fato, se o omitente devia e podia agir para evitar o
inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá resultado, tornando-se uma “não causa” a
diminuí-la de um sexto a um isentar o agente de responsabilidade.
terço.

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(C) concausa superveniente relativamente 20. São elementos do estado de


independente que, por si só, produziu o necessidade:
resultado, é a que forma novo processo
casual, que se substitui ao primeiro, não (A) perigo atual; defesa de direito próprio ou de
estando em posição de homogeneidade com o outrem; reação moderada.
comportamento do agente. (B) que ocorra um perigo; que o agente use
(D) caso fortuito equivale a uma “não causa”, dos meios moderados e necessários.
pois impede a tipificação de qualquer fato (C) perigo iminente; que o agente defenda um
humano a que o resultado lesivo poderia direito legítimo e seu; que use moderadamente
prender-se, por ser causa independente. dos meios necessários.
(E) o Código Penal adotou a teoria da (D) perigo atual ou iminente; que o agente não
equivalência dos antecedentes causais, pelo o tenha provocado; que não poderia ser
qual tudo quanto concorre para o evento é evitado.
causa. (E) reação a injusta agressão; atual ou
iminente; uso dos meios necessários
moderadamente.
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21. São causas que excluem o crime e a
19. Os chamados tipos penais permissivos culpabilidade, respectivamente:
autorizam a prática de determinadas
condutas que, a princípio, seriam (A) omissão da lei e arrependimento eficaz.
classificadas como antijurídicas. As (B) estado de necessidade e legítima defesa.
excludentes de ilicitude penalmente (C) desconhecimento da lei e exercício regular
positivadas são exemplos claros dessa de direito.
espécie de permissão legal. Levando em (D) erro de proibição inevitável e erro de tipo.
conta o que ora se expõe, podemos afirmar (E) legítima defesa e inimputabilidade.
corretamente que:

a) A violência sexual praticada por um dos 22. Desenvolvimento mental incompleto ou


cônjuges contra o outro constitui exercício retardado, embriaguez decorrente de caso
regular de direito, já que o débito conjugal fortuito e menoridade constituem, dentre
inclui-se dentre os deveres do casamento. outras, excludentes de
b) O trote acadêmico praticado com violência
não constitui ilícito penal, pois configura (A) tipicidade.
exercício regular de direito. (B) ilicitude.
c) As lesões corporais geradas em decorrência (C) punibilidade.
da prática de esportes não constituem crime, (D) antijuridicidade.
mesmo quando forem inobservadas as normas (E) culpabilidade.
de regência da atividade.
d) O castigo físico ou moral infringido a aluno
por professor, desde que moderado e com a 23. O erro de proibição quando escusável
finalidade de educação, constitui estrito exclui a
cumprimento do dever legal.
e) O castigo moderado aplicado pelos pais aos (A) imputabilidade.
filhos menores, com objetivo de correção, (B) culpabilidade.
constitui regular exercício do poder familiar e (C) punibilidade.
ato penalmente lícito. (D) antijuridicidade.
(E) conduta.

24. Quanto à imputabilidade, é correto


afirmar:

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A) em todos os casos de inimputabilidade (C) deve ser condenado e a pena reduzida de


aplica-se medida de segurança, à exceção dos um a dois terços, podendo a pena privativa de
menores de 18 anos; liberdade ser substituída por medida de
B) o critério biológico, em tema de menoridade, segurança.
implica na imprescindibilidade de (D) deve ser condenado e a pena reduzida de
prova pericial para definição de ter o sujeito dois terços até a metade, em razão de tratar-se
ativo, no momento da conduta, atuado com de crime cometido com emprego de arma de
capacidade de cognição e autodeterminação; fogo, com imposição, também, de medida de
C) a embriaguez preordenada sempre agravará segurança.
a pena quando, completa em terceira fase, (E) deve ser absolvido, em razão da
ensejar a prática de tipos ativos, excluídas as anormalidade mental constatada, sem
hipóteses de crimes omissivos impuros; imposição de pena, nem de medida de
D) o critério biológico (ou etiológico) é exceção segurança.
no sistema brasileiro, que em regra trabalha o
critério psicológico;
E) a emoção e a paixão podem isentar de 27. A respeito da imputabilidade penal,
pena, desde que funcionem como sintomas de pode-se afirmar:
doença mental que leve à incapacidade I - se na data do fato, o agente imputável for
cognitiva ou volitiva. maior de 18 (dezoito) e menor de 21 (vinte e
um) anos, a pena será atenuada e os prazos
da prescrição serão reduzidos pela metade,
25. De acordo com o Código Penal, para que exceto quando tratar-se de prescrição
se considere o agente inimputável por ser intercorrente ou retroativa;
inteiramente incapaz de entender o caráter II - a emoção não exclui a imputabilidade
ilícito do fato ou de determinar-se de acordo penal, podendo constituir circunstância
com esse entendimento, em razão da atenuante ou causa de diminuição da pena;
embriaguez, é necessário que esta seja III - a imputabilidade é pressuposto da
culpabilidade, pois esta não existe quando
A) completa e voluntária. ausente a capacidade psíquica de
B) incompleta e proveniente de caso fortuito ou compreender a ilicitude;
força maior. IV - a embriaguez incompleta não exclui a
(C) completa e proveniente de caso fortuito ou imputabilidade, salvo se fortuita ou
força maior. proveniente de força maior;
(D) voluntária ou culposa. V - quanto à embriaguez, o Código Penal
(E) incompleta e culposa. Brasileiro adota a teoria da actio libera in
causa segundo a qual, a apreciação do dolo
ou da culpa do injusto deve ser deslocada
26. José praticou crime de roubo para a vontade presente no momento em
qualificado pelo emprego de arma de fogo. que sujeito se colocou no estado de
Submetido a exame de insanidade mental, incapacidade de culpabilidade.
constataram os peritos que, em virtude de
desenvolvimento mental retardado, não era, A) I, II e III estão corretas
ao tempo do crime, inteiramente capaz de B) I, IV e V estão corretas
entender o caráter criminoso do fato. Nesse C) II, III e V estão corretas
caso, José D) II, IV e V estão corretas
E) I, III e IV estão corretas
(A) deve ser condenado e a pena reduzida de
um a dois terços, com imposição, também, de
medida de segurança. 28. Considere os seguintes enunciados,
(B) está isento de pena em razão da semi- relacionados com os temas de
imputabilidade, mas deve ser a ele imposta imputabilidade penal (CP, art. 26) e medida
medida de segurança. de segurança:

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I. Não é cabível imposição de medida de tempo da ação ou da omissão, a plena


segurança aos plenamente imputáveis. capacidade de entender o caráter ilícito do
II. Nos casos de semi-imputabilidade, não é fato ou de determinar-se de acordo com
permitida a cumulação da pena e medida de esse entendimento, a pena pode ser
segurança. reduzida de um a dois terços.
III. Nas hipóteses de inimputabilidade plena, IV. Os menores de dezoito anos não são
a regra é a absolvição seguida de imposição penalmente inimputáveis porque podem ser
de medida de segurança consistente em internados pela prática de fato definido
internação em hospital de custódia e como crime.
tratamento, podendo o juiz optar pelo V. O agente que, por doença mental ou
tratamento ambulatorial no caso de crime desenvolvimento mental incompleto ou
punido com detenção. retardado, era, ao tempo da ação ou da
Estão em conformidade com o sistema omissão, inteiramente incapaz de entender
estabelecido no Código Penal, o caráter ilícito do fato ou de determinar-se
de acordo com esse entendimento, pode ter
(A) apenas I e II. a sua pena reduzida de um a dois terços.
(B) apenas II e III. Está correto o que se afirma APENAS em
(C) apenas I e III.
(D) nenhum dos três. A) I, II e V.
(E) todos os três. B) I, III e IV.
C) I e IV.
D) II e III. Certa. Art. 26 a 28, CP.
Prova: IBFC - 2014 - TJ-PR - Titular de E) III e V.
Serviços de Notas e de Registros -
Provimento

29. Assinale a alternativa incorreta:

a) É isento de pena o agente que, por doença


mental ou desenvolvimento mental incompleto
ou retardado, era, ao tempo da ação ou da
omissão, inteiramente incapaz de entender o
caráter ilícito do fato ou de determinar-se de
acordo com esse entendimento.
b) Os menores de 18 (dezoito) anos são
penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às
normas estabelecidas na legislação especial.
c) A embriaguez, voluntária ou culposa, pelo
álcool ou substância de efeitos análogos exclui
a imputabilidade penal.
d) A emoção e a paixão não excluem a
imputabilidade penal.

30. Sobre a imputabilidade penal, considere:


I. A emoção e a paixão excluem a
imputabilidade penal.
II. A embriaguez, voluntária ou culposa, pelo
álcool ou substância de efeitos análogos,
não exclui a imputabilidade penal.
III. Se o agente, por embriaguez proveniente
de caso fortuito ou força
maior, não possuía, ao

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GABARITO:

01. E
02. C
03. B
04. A
05. A
06. A
07. D
08. D
09. D
10. E
11. D
12. D
13. A
14. E
15. B
16. E
17. A
18. B
19. E
20. D
21. E
22. E
23. B
24. E
25. C
26. C
27. C
28. E
29. C
30. D

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