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IMPOSTOS EM ESPÉCIE
IMPOSTO DE RENDA
1. COMPETÊNCIA
A competência é federal, ou seja, apenas a União poderá legislar sob re mat éria de
IR, só ela pode estabelecer os elementos que const ituem o imposto como fato
gerador, alíquota, prazo de pagamento, regime de isenção contribuinte etc.
Existe alguns diplomas qu e preveem a RMIT do IR, desta ca-se entre eles o
DECRETO 3000/99.
Embora seja incipiente falar a respeito da competência deste tributo , muito
comumente os estados e municípios atribuem como indenizatória determinadas
verbas dos servidores para que n ão precisem reter o valor do IR, tendo, portanto,
implicação direta no âmbito do IR.
O URV, por exemplo, aqui n a Bahia foi baixada uma lei est abelecendo que essa
verba seria indenizatória e por isso não incidiria IR, o que é um absurdo visto que
não é do Estado a competência para tratar de matéria que incida IR.
3. ASPECTO MATERIAL
Trataremos aqui das hipóteses de incidência, fato gerad or que constam no art 43
do CTN
Art. 43. O imposto, de competência da União, sobre a renda e
proventos de q ualquer natureza tem como fato gerador a
aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica:
pagamento em atraso e recebe todo de vez, nesse caso ele teria de pagar IR, visto
que teve um rendimento mensal d e R$ 6.000,00 o q ue não acontece. Recebimento
de verbas trabalhistas depois de t rinta anos de processo, divide a verba pelo
número de meses e vê se incide.
4. CONCEITOS IMPORTANTES
5. ASPECTOS ESPACIAIS
Corresponde ao local em que se considera ocorrido o fato gerador para fins d e
incidência do Imposto de Renda. De maneira mais precisa, podemos considerar
que trata-se de todo território nacional, visto que é um imposto de competência
federal, entretanto, em f unção do princípio da universalidade, que é p revisto na
CF no art ??, o IR no Brasil poderá t er uma eficácia extraterritorial , significa dizer
que a ideia de território nacional como aspecto espacial pode ser estendida,
alcançando rendimentos auferidos em outros países.
Quanto a esses tratados, temos que eles são sempre bilaterais, não acontece por
adesão de um país ou outro, como os de direitos humanos , o Brasil realiza um
tratado com cada país com o qual haja interesse. Ademais, em que pese ser o
instrumento desejável p ara evitar um conflito, o Brasil tem poucos tratados
firmados com outros países p ara tratar desse tributo. Eles são instrumentos
juridicamente simples, com poucas cláusulas e bastante objetivos, procedem a
classificações do rendimento, designando como serão tratados cada um deles
(salários, aluguéis, royalties, in vestimentos etc.) posteriormente procedem com a
indicação dos critérios de tributação e qual dos critérios se aplicará para cada uma
das fontes de renda, são eles:
Critério d a fonte, considera-se ocorrido o rendimento no país onde se origin a o
pagamento
6. ASPECTO TEMPORAL.
É o momen to em que se co nsidera ocorrido o fato gerador previsto na legislação. É
importante ser identificado para saber qual será a alíquota. Ap lica-se o regime de
competência (aquele que considera a disponibilidade jurídica da renda).
O fato gerador do IR é continuado (diferente do ICMS que é instantâneo, é o
momento em que a mercadoria sai da empresa) tendo em vista uma situação q ue
não se exaure em um momento esp ecífico, se estendendo ao longo d e um
determinado período. Esse fato gerador continuado sempre se estenderá pelo
exercício fiscal (que ho je é igual ao an o calendário), dessa forma, seu rendimento é
tudo aquilo que você recebe ent re 01/01 até 31/12 de cada an o, ou seja , o fato
gerador é anual. Aquilo que se paga ao longo do ano a título de IR retid o na fonte
não se trata de imposto d e renda, é uma antecipação sobre o que se presume ser
o rendimento do indivíduo, dessa forma, trata- se de um procedimento transitório
que pode, inclusive, ser revisto para mais ou para menos.
Considerando que aquele q ue recebe até R$ 2500 ,00 por mês (R$30.000,00 p or
ano) é con siderado isento e quem recebe acima disso contribui com a alíquota de
20%, teremos o seguinte exemplo.
A tem três emp regos, ganha dois mil no p rimeiro, dois mil no segundo e hum mil
no terceiro, p assa o ano todo isento, visto que em cada uam das empresas ele
recebe menos que os R$2500,00 indicados na legislação, mas n a declaração ao fim
do ano nota-se que auferiu R$60.000,00, e port anto deve R$ 12.000,00 de IR, por
isso chamamos de declaração de ajuste de IR.
7. ASPECTO SUBJETIVO
Trata dos sujeitos da obrigação que tem o IR como objeto.
O suj ativo é aquele que possui a prerrogativa de exigir o tributo (união), aq uele
que exerce sua pre rrogativa através de dois órgãos, na v ia administrativa é a
Receita Federal, na via judicial a Procuradoria Da Fazenda Federal
O suj passivo, po r sua vez, é aquele sobre o q ual recai o ônus de pagamento do
tributo, qu e de ser o con tribuinte ou o responsável trib utário, que é aquele que
muito embora não tenha auf erido rendimento, obriga -se pelo pagament o em
nome do contribuinte, como o IR retido na fonte, o empreg ador retém e deve
recolher.
Há também a p ossibilidade de sucessão, o indivíduo que falece mas deve IR, o
primeiro a responder é o espólio e depois os herdeiros, no limite do valor da
herança recebida.
8. ASPECTO QUANTITATIVO
Até agora não houve dist inção entre IR da PF e da PJ, aq ui são t otalmente
diferentes.
- DEFINIÇÃO
A base de cálculo do IR corresponde ao rendimento tributável.
EXEMPLO
R$ 500.000,00 (renda bruta)
- R$ 40.000,00 (FGTS)
- R$ 30.000,00 (doação)
- R$ 60.000,00 (lucro imobiliário)
= R$ 370.000,00 (receita tributável)
- R$ 20.000,00 (saúde)
- R$ 10.000,00 (dependentes)
R$ 430.000,000 (Base de Cálculo)
LANÇAMENTOS
É o ato o u procedimento pelo qual será definido o valor a pagar, é a d efinição da
BC, da alíquota e de quem é o responsável pelo recolhimento. O lançamento
ocorre por homologação, o próprio contribuinte realiza o cálculo e faz o
recolhimento
- OBRIGAÇÃO DE DECLARAR
Existe uma distinção muito clara entre o dever de d eclarar e aqueles que t êm a
obrigação d e pagar o imposto de renda, em outras palavras, você pode ser
obrigado a declarar mas não ter a obrigação de pagar IR, é f undamental, portanto,
saber as situações que vinculam o pagamento de IR, nesse interim, a legislação
indica oito possibilidades que estabelecem a obrigação de contribuir, são elas:
DIRPF espécies
A espécie de declaração será escolhida pelo contribuinte, não ha hipótese legal
que obrigue um modelo ou outro, é mera liberalidade e conveniência estabelecida
em dois dados: o grau de complexidade e o regime de deduções.
a) SAÚDE
Dedução de natureza ilimitada, se hou ve um gasto de u m milhão,
pode deduzir todo esse valor. Insta salientar que existe uma
limitação con ceitual quanto aos gastos com saúde, nesse caso são
considerados apenas as mensalidades dos planos de saúde,
procedimentos cirúrgicos; procedimentos, atendimentos e
tratamentos de medicina tradicional; medicamentos utilizados
durante esses procedimentos; alguns procedimentos de medicina
alternativa, como odontologia e fisioterapia. Entram aqui os custos
do declarante e dos dependentes.
Ficam de fora, por exemplo, os med icamentos comp rados p ara
consumo em casa, ainda que decorrente do procedimento cirú rgico;
órteses e próteses; procedimentos cirúrgicos estritamente
estéticos;
b) EDUCAÇÃO
Trata-se de u ma dedução limitada ao valor anual de R$3.561,50 x nº
de dependentes, mas a soma é feita de maneira indi vidual, se um
filho gastou d ois mil e o o utro dez, n ão pode comunicar os valores
com o objetivo de deduzir um valor maior.
Aqui também há uma limitação conceitual, além da próp ria
limitação financeira, já que o valor é muito pequeno. Considera -se
como educação o s custos com mensalidade para formação
tradicional e cursos de idiomas ou informática ou até cursos
técnicos; pós graduação latu sensu
Ficam de fora os cursos preparatórios, congressos, feiras, transporte
escolar etc.
c) DEPENDENTES
Dedução limitada a R$2 .275,08 por dependente. Es sa é uma
dedução presumida, o u seja, não precisa comprovação das
despesas. Mo ano em que o de pendente nasce, calcula -se esse valor
proporcionalmente ao dia do nascimento. São dependentes os
filhos, companheiros, cônjuges, pais dependentes, enteados, no c aso
deles e dos filhos até os 21 anos ou até 24 se estiver na primeira
faculdade. Além deles, os incapazes. À a doção e a curatelagem deve
ser judicialmente comprovada.
d) PREVIDÊNCIA SOCIAL
Quem t rabalha contribui para o RGPS ou RPPS, o v alor da
contribuição pode ser deduzido ilimitadamente.
e) PREVIDÊNCIA PRIVADA
Dedução limitada a 12% do Rendimento Tributável do indivíduo. É
um investimento de cunho priva do e c ontratual. Para estimular esse
mercado, a legislação autoriza a dedução dos valores investidos em
previdência privada, desde que seja o PGBL ( programa gerador de
benefícios livre) que é diferente do VGBL, que não pode deduzir do
IR, a lógica é a seguinte.
No PGBL você não p aga quando faz o i nvestimento, mas paga
quando for realizar o resgate, faz o pagamento do valor absoluto.
...
A dedução da tabela do IRPF não tem nenhum tipo de relação com as deduções analisadas
anteriormente para deduzir a base de cálculo.
A dedução da tabela do IRPF não é um benefício fiscal, ela é apenas um valor para facilitar o
cálculo do imposto de renda, valor que corresponde aos montantes submetidos a tributação e
que
não deveriam pagar a alíquota aplicada, considerando o caráter progressivo da incidência do
imposto de renda.
Dar efetividade ao caráter progressivo do imposto de renda.
Progressividade do imposto de renda: até R$1903,98 o sujeito é isento do IR. Mas se ele por
exemplo, ganhar R$1905,00 ele não pagará 7,5% sobre 1905,00, mas sim sobre o valor que
ultrapassar 1903,98
Imposto de renda da pessoa jurídica
IRPJ
Base de calculo
Existem 3 modalidades:
Cabe ao contribuinte escolher qual é a opção mais viável. Essa opção entretanto, é uma opção
anual, ou seja, o contribuinte não pode trocar de modalidade durante o ano.
Para escolher a modalidade a empresa analisa: o grau de complexidade e a modalidade que a
fará
pagar menos impostos. Via de regra, opta-se pelo lucro presumido.
1. Lucro real:
Considera-se o conjunto das receitas e despesas. É a forma mais concreta.
considera somente as receitas, e aplica-se um dos percentuais dados pela legislação: 1,6%,
8% (aplicado a serviços de carga), 16% (aplicado a comercio), 32% (aplicado a serviços). A
atividade econômica é que vai definir o percentual a ser aplicado.
Esses percentuais não são alíquotas!
As despesas vão ser analisadas após o fechamento do exercício.
2. Lucro presumido:
Há uma presunção das despesas. Considera-se o conjunto das receitas e não se considera as
despesas do contribuinte. Vai se aplicar um percentual sobre a receita. Os percentuais são os
mesmos aplicados no lucro real. A diferença entre o lucro presumido e o real é que o lucro real
considera as despesas.
3. Lucro arbitrário:
Forma excepcional de apuração da base de cálculo. A receita vai arbitrar qual foi o rendimento
total da empresa. Esse valor vai estar sempre sujeito a impugnação. Ela não vai arbitrar a
despesa.
Serão aplicados os mesmos percentuais sobre este rendimento. A diferença é que, no lucro
arbitrado, após aplicado o percentual, ainda soma-se mais 20% (em regra), ou 45% (caso se trate
de uma instituição financeira).
IPTU
1. COMPETÊNCIA
A compet ência é municipal, apenas os municípios e o DF pod erão legislar sobre
matéria de IPTU. Lei ordinária mu nicipal estabelece os requisitos para
incidência tributária
2. ASPECTO MATERIAL
O fato gerador é a propriedade imobiliária localizada em perímetro urbano.
Primeiramente, a ideia de propriedade é designada pelo d ireito civil, qual seja,
é um conjunto d e prerrogativas que atribuem ao indivíduo d er usar, gozar,
dispor e usufruir da coisa.
À d efinição de propriedade para o direito tributário (e p ara o IPTU) é muito
mais ampla do que a do direito civil. Aq ui somamos ao con ceito do direito civil,
a titularidade sobre domínio útil e a posse para qualquer fim. Domínio útil é o
superficiário, ou seja... Proprietário é o dono do terreno nu, o nu proprietário,
aquele que const rói é o superficiário. O mer o fato de ser possuidor de um
imóvel ja satisfaz as exigências para a incidência do IPTU. Locatários que têm
de pagar. Aqui tratamos de posse a qualquer título.
Explicado a propriedade, agora explicamos o que é imóvel, que pode ser de
quatro categorias
caracteriza como tal sem a in tervenção humana. O solo, p or exemp lo, as
formações rochosas, os lagos, os rios
que se afixa ao solo com animus definitivo. Uma casa, um viaduto
show da sala, por exemplo. Os robôs de uma indústria
o con sidera como imóvel. Um avião, um navio... São hipotecados , não
penhorados.
Para o IPTU só é imóvel os que são por natureza e por acepção física.
Se o conceito de p ropriedade é mais amplo, o de imóvel é mais rest rito q ue o do
direito civil.
3. ASPECTO ESPACIAL
O imó vel deve estar localizado em área urbana. A ideia de urbano para o IPTU
não se confunde com a ideia de u rbano do IBGE. A definição de urbano para o
IPTU é uma definição autônoma, mais precisamente nos termos do art 32 ¥1°
O critério e pautado em melhoramentos estabelecidos ou mantidos pelo poder
público. São cinco incisos, se o imóvel for servido por dois ou mais
melhoramentos, é considerado urbano.
As três primeiras são relativas a saneamento básico, a q uarta a iluminação
publica, a quinta trata de educação e saúde.
O STJ, desde 2004 re lativiza esse cri tério, além de considerar a ideias dê
melhoramentos é necessário avaliar a finalidade que está sendo dada a esse
imóvel. É possível que tenha u m imóvel com os cin co melhoramentos e dentro
da cidade, mas se estiver explorando para atividade agrícola, será c onsiderado
imóvel rural. São os sítios de recreio. É avaliada a função social do terreno.
4. ASPECTO TEMPORAL
O fato gerador é continuado, assim como o IR, não é um fato isolado no tempo,
instantâneo. É algo que se prolonga no tempo.
Embora seja continuado, se estabelece, através de ficção jurídica, que essa
propriedade é anual. Em geral, as leis estabelecem o dia 1/1 de cada ano como
o período de incidência do tributo.
Aqui fazemos duas observações.
Quanto a responsabilidade temos que que o proprietário é aquele que realizou
o fato gerador, logo, o contribuinte é quem entrou o ano como p roprietário
(conceito amplo).
Quanto a noventena, princípios segundo qual a instituição ou majoração de
tributo só se aplica novent a d ias d epois. Se mu da em novembro, p ela
noventena o município não pode cobrar no próximo primeiro de janeiro em
respeito ao princípio da noventena.
5. ASPECTO SUBJETIVO
Ativo: na cia administrativa através da SEFAZ, na via ju dicial através d a
procuradoria fiscal ou geral.
Passivo: contribuinte (art 34 d o ctn) e o respon sável – por sucessão – obrigação
propter rem, sucede à pessoa do adquirente
6. ASPECTO QUANTITATIVO
O imóvel p oderá ter sua alíquota progressiva em razão do seu valor.
Aqui o viés é econômico, paga mais quem possui maior capacidade
contributiva. Não se pode, porém, estabelecer a progressividade da
alíquota em razão do número de imóveis em um terreno.
Quem pode mais, paga mais. Pode haver alíquotas diferentes para
diferentes re giões do mesmo município, bem como pode haver
diferenciação pela razão d a utilização do imóvel, u m estabelecimento
utilizado para cunho comercial pode possuir uma alíquota maior, por
exemplo.