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IMPOSTOS EM ESPÉCIE

IMPOSTO DE RENDA

1. COMPETÊNCIA
A competência é federal, ou seja, apenas a União poderá legislar sob re mat éria de
IR, só ela pode estabelecer os elementos que const ituem o imposto como fato
gerador, alíquota, prazo de pagamento, regime de isenção contribuinte etc.
Existe alguns diplomas qu e preveem a RMIT do IR, desta ca-se entre eles o
DECRETO 3000/99.
Embora seja incipiente falar a respeito da competência deste tributo , muito
comumente os estados e municípios atribuem como indenizatória determinadas
verbas dos servidores para que n ão precisem reter o valor do IR, tendo, portanto,
implicação direta no âmbito do IR.
O URV, por exemplo, aqui n a Bahia foi baixada uma lei est abelecendo que essa
verba seria indenizatória e por isso não incidiria IR, o que é um absurdo visto que
não é do Estado a competência para tratar de matéria que incida IR.

2. NOVENTENA – anterioridade nonagesimal


O imposto, quando criado ou majorado, só poderá incidir noventa d ias após a
publicação, o IR é uma exceção à no ventena, a majoração ou instituição de IR não
precisa esperar os noventa dias, insta salientar qu e o princípio da anterioridade
comum continua sendo apl icado, ou seja, só é válido no exercício financeiro
seguinte. Nos impostos em geral aplicam-se ambos os princípios.
Em uma situação prática teríamo s que, caso o IR sofra majoração publicada no dia
10/12 e pronta para surtir efeitos, esses só serão aplicados a partir d o dia 01/01 do
ano seguinte, em respeito ao princípio da anterioridade comu m, mas não há de se
falar em respeito ao princípio da anterioridade mitigada visto que não será
necessário esperar pelos noventa dias contados a partir da data da publicação.

3. ASPECTO MATERIAL
Trataremos aqui das hipóteses de incidência, fato gerad or que constam no art 43
do CTN
Art. 43. O imposto, de competência da União, sobre a renda e
proventos de q ualquer natureza tem como fato gerador a
aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica:

I - de renda, assim enten dido o produto do capital, do trabalho ou da


combinação de ambos;
II - de p roventos de q ualquer natureza, assim entendidos os acré scimos
patrimoniais não compreendidos no inciso anterior.
§ 1o A incid ência do imposto ind epende da denominação da receita ou
do rendimento, da localização, condição jurídica ou nacionalidade da
fonte, da origem e d a forma de percepção. (Inclu ído pela Lcp nº 104 , de
10.1.2001)
§ 2o Na hipótese de receita ou de rendimento oriundos do exterior, a lei
estabelecerá as cond ições e o mo mento em que se dará sua
disponibilidade, para fins de incidência do impo sto referido neste artigo.
(Incluído pela Lcp nº 104, de 10.1.2001)

O f ato gerador consiste na disponibilidade de renda ou proventos de qu alquer


natureza.
Essa d isponibilidade trata de questão monetária, n ão é qualquer amp liação
patrimonial que terá incidência do IR. Um prêmio, por exemplo, se pago em
dinheiro, incidirá IR, se for em barras de ouro que valem mais que dinheiro, não
incidirá. O primeiro requisito é que a quantia que está sendo acrescida ao
patrimônio seja uma quantia monetária, In Pecunia, um plano de saúde como
benefício da empresa é rendimento, mas por ser In Natura, não incide IR.

A disponibilidade se dá de duas formas distintas:


Disponibilidade Econômica - quando você tem acesso à renda
Disponibilidade Jurídica - quando você tem o direito de ter acesso. Fim do
mês você tem direito ao recebimento do salário, mas por força contratual só
receberá no dia dez.

O regime de cobrança dos tributos pode ser de duas formas distintas:

Pelo Regime De Caixa, considera-se auferido o rendimento no momento em


que o pagamento é efetivado, é a disponibilidade econômica.

Pelo Regime De Competência, considera-se ocorrido o rendimento no


momento em que se tem d ireito a receber o pagamento, é a disponibilidade
jurídica.

Em regra geral, inclusive p ara o IR, o regime aplicado é o regime de competência,


aquele que considera a dispon ibilidade jurídica como fato gerador. o seu IR é
calculado baseado naquilo que você tem direito a receber, não sobre aquilo que
efetivamente recebeu.
Essa regra pode ser b oa e ruim, vejamo s: será p rejudicial quando houver atraso no
pagamento, pois incidirá IR sobre um valor que não recebera.
Será benéfica, porém, q uando receber rendimento de forma acumula da. Um
empregado qu e recebe R$ 2000,000 (portanto é isento), tem três meses de

pagamento em atraso e recebe todo de vez, nesse caso ele teria de pagar IR, visto
que teve um rendimento mensal d e R$ 6.000,00 o q ue não acontece. Recebimento
de verbas trabalhistas depois de t rinta anos de processo, divide a verba pelo
número de meses e vê se incide.

No regime de caixa, temos como exemplo o s investimentos financeiros, q ue só


incidirá no momento do saque, mas só será aplicado sobre o valor que foi

*Lucro Imobiliário é um gan ho de cap ital relativo a um imóvel, o “ganho de


trata de imóvel, chamamos de lucro imobiliário. O valor de comp ra não é corrigido
para realizar a subtração e descobrir a base de cálculo.

Alguns investimentos fogem dessa lógica, como o tesouro direto.

4. CONCEITOS IMPORTANTES

RENDA: É a retribuição pelo trabalho, pela exploração de patrimônio ou capi tal ou


junção de ambas, conhecido como rendimento empresarial.

PROVENTOS DE QUALQUER NA TUREZA: Todo p agamento que não entra no


conceito de renda é provento, mas nem todos os proventos sofrem a incidência do
IR.
Para identificar a incidência do IR avaliamos duas variáveis
1- Se tem natureza indenizatória ou remuneratória, essa é uma con traprestação
de uma atividade, é um acréscimo p atrimonial, aq uela é a reposição de um
dano, não há riqueza nova sendo gerada, é uma mera reposição sobre um
dano de qualquer natureza.

2- 2- Devemos considerar também se há isenção para a norma estabelecida em


lei por conveniência do legislador o u visando estimu lar ou d esestimular
determinado comportamento na sociedade.

não é renda mas é um provento de qualquer natureza e, em tese, pode sofrer


incidência do IR, avaliávamos então o segundo quesito, e verificamos que
nesse existe a isen ção na legislação, bem como a hera nça, apesar de ser um
provento de qualquer natureza, há a isenção legal.

valor pago na declaração d e IR descaracterizando o Bis In Idem, desde que essa


pensão seja h omologada pela justiça. Se acerta entre os dois, n ão homologa e
quer deduzir, cai na malha fina.

de deslocamento é paga em função de um d eslocamento por conta do serviço,


essa verba é indenizatória, portanto não incide IR, desde q ue o valor não
ultrapasse 50% do valor da remuneração mensal.

5. ASPECTOS ESPACIAIS
Corresponde ao local em que se considera ocorrido o fato gerador para fins d e
incidência do Imposto de Renda. De maneira mais precisa, podemos considerar
que trata-se de todo território nacional, visto que é um imposto de competência
federal, entretanto, em f unção do princípio da universalidade, que é p revisto na
CF no art ??, o IR no Brasil poderá t er uma eficácia extraterritorial , significa dizer
que a ideia de território nacional como aspecto espacial pode ser estendida,
alcançando rendimentos auferidos em outros países.

A aplicabilidade desse princípio, que é que é exclusiva do IR, gera a nítida de


possibilidade de ocorrer u m conflito de competência com o outro país onde o
contribuinte esteja, situação na qual dois ou mais países sub rogam-se ao direito
de exigir seus respectivos IR sobre o mesmo rendimento, como um empregado da
Petrobras que trabalha em mar t erritorial americano . Diante de um conflito dessa
natureza, a solução (ou prevenção) viável é a realização de um tratado para evitar
a bitributação e a evasão f iscal internacional. O contribuinte pode ainda,
administrativamente ou por via judicial, requerer a n ão incidência da bitributação,
que é vedada no ordenamento.

Quanto a esses tratados, temos que eles são sempre bilaterais, não acontece por
adesão de um país ou outro, como os de direitos humanos , o Brasil realiza um
tratado com cada país com o qual haja interesse. Ademais, em que pese ser o
instrumento desejável p ara evitar um conflito, o Brasil tem poucos tratados
firmados com outros países p ara tratar desse tributo. Eles são instrumentos
juridicamente simples, com poucas cláusulas e bastante objetivos, procedem a
classificações do rendimento, designando como serão tratados cada um deles
(salários, aluguéis, royalties, in vestimentos etc.) posteriormente procedem com a
indicação dos critérios de tributação e qual dos critérios se aplicará para cada uma
das fontes de renda, são eles:
Critério d a fonte, considera-se ocorrido o rendimento no país onde se origin a o
pagamento

Critério d a residência , considera-se a obten ção do rendimento o local onde reside


o beneficiário da renda (o contribuinte).

6. ASPECTO TEMPORAL.
É o momen to em que se co nsidera ocorrido o fato gerador previsto na legislação. É
importante ser identificado para saber qual será a alíquota. Ap lica-se o regime de
competência (aquele que considera a disponibilidade jurídica da renda).
O fato gerador do IR é continuado (diferente do ICMS que é instantâneo, é o
momento em que a mercadoria sai da empresa) tendo em vista uma situação q ue
não se exaure em um momento esp ecífico, se estendendo ao longo d e um
determinado período. Esse fato gerador continuado sempre se estenderá pelo
exercício fiscal (que ho je é igual ao an o calendário), dessa forma, seu rendimento é
tudo aquilo que você recebe ent re 01/01 até 31/12 de cada an o, ou seja , o fato
gerador é anual. Aquilo que se paga ao longo do ano a título de IR retid o na fonte
não se trata de imposto d e renda, é uma antecipação sobre o que se presume ser
o rendimento do indivíduo, dessa forma, trata- se de um procedimento transitório
que pode, inclusive, ser revisto para mais ou para menos.

Considerando que aquele q ue recebe até R$ 2500 ,00 por mês (R$30.000,00 p or
ano) é con siderado isento e quem recebe acima disso contribui com a alíquota de
20%, teremos o seguinte exemplo.

A tem três emp regos, ganha dois mil no p rimeiro, dois mil no segundo e hum mil
no terceiro, p assa o ano todo isento, visto que em cada uam das empresas ele
recebe menos que os R$2500,00 indicados na legislação, mas n a declaração ao fim
do ano nota-se que auferiu R$60.000,00, e port anto deve R$ 12.000,00 de IR, por
isso chamamos de declaração de ajuste de IR.

B começou a trabalhar em outubro e ganha R$5.000,00, a f onte pagadora f az o


desconto t odo mês, no aju ste vai ser verificado qu e ele recebeu R$15.000,00 ao
longo do ano terá, portanto, tributo a ser restituído.

7. ASPECTO SUBJETIVO
Trata dos sujeitos da obrigação que tem o IR como objeto.
O suj ativo é aquele que possui a prerrogativa de exigir o tributo (união), aq uele
que exerce sua pre rrogativa através de dois órgãos, na v ia administrativa é a
Receita Federal, na via judicial a Procuradoria Da Fazenda Federal
O suj passivo, po r sua vez, é aquele sobre o q ual recai o ônus de pagamento do
tributo, qu e de ser o con tribuinte ou o responsável trib utário, que é aquele que
muito embora não tenha auf erido rendimento, obriga -se pelo pagament o em
nome do contribuinte, como o IR retido na fonte, o empreg ador retém e deve
recolher.
Há também a p ossibilidade de sucessão, o indivíduo que falece mas deve IR, o
primeiro a responder é o espólio e depois os herdeiros, no limite do valor da
herança recebida.

8. ASPECTO QUANTITATIVO
Até agora não houve dist inção entre IR da PF e da PJ, aq ui são t otalmente
diferentes.

IRPF (IMPOSTO DE RENDA DE PESSOA FÍSICA)

- DEFINIÇÃO
A base de cálculo do IR corresponde ao rendimento tributável.

Rendimento Tributável não é tudo que o indivíduo recebe (essa é a receita


bruta), part imos da ideia do re ndimento total, da receita bruta dele, que é t udo
aquilo que ele recebeu, no entanto algumas dessas quantias não integram à
definição de renda, como as indenizações. Há também as qu e entram na categoria
de rendimentos, mas a legislação resolveu isentá-los como a herança e a doação.
Posteriormente deve -se p roceder o ajuste d o IR, mas existe algu ns rendimentos
que são definitivos, como o Lucro Imobiliário (você paga os 15% e isso não
constará no ajuste), mas deve ser declarado. É como se na declaração hou vesse
uma parte que pode ser ajustada e outra que não. Realizou essas operações,
identificou a natureza de cada receita, agora temos o rendimento t ributável, a ele
serão aplicadas as deduções e dessa subtração teremos a base de cálculo.

EXEMPLO
R$ 500.000,00 (renda bruta)
- R$ 40.000,00 (FGTS)
- R$ 30.000,00 (doação)
- R$ 60.000,00 (lucro imobiliário)
= R$ 370.000,00 (receita tributável)
- R$ 20.000,00 (saúde)
- R$ 10.000,00 (dependentes)
R$ 430.000,000 (Base de Cálculo)

LANÇAMENTOS
É o ato o u procedimento pelo qual será definido o valor a pagar, é a d efinição da
BC, da alíquota e de quem é o responsável pelo recolhimento. O lançamento
ocorre por homologação, o próprio contribuinte realiza o cálculo e faz o
recolhimento

- OBRIGAÇÃO DE DECLARAR
Existe uma distinção muito clara entre o dever de d eclarar e aqueles que t êm a
obrigação d e pagar o imposto de renda, em outras palavras, você pode ser
obrigado a declarar mas não ter a obrigação de pagar IR, é f undamental, portanto,
saber as situações que vinculam o pagamento de IR, nesse interim, a legislação
indica oito possibilidades que estabelecem a obrigação de contribuir, são elas:

Indivíduo que aufere renda acima do teto de isenção, que corresponde a R$


22.499,13. Esse indivíduo tem de declarar mas não n ecessariamente est ará
obrigado a p agar o IR em face das possíveis deduções, como vere mos em
breve.
O ind ivíduo que no ano base tenha sido sócio de empresa, ainda que
inativa. A pessoa pode até estar d esempregada, se for sócia, t em de
declarar.
Não importa se você auferiu lucro com as operações, se operou a bolsa seja
com ações, comodities etc, temo dever de declarar.
Quem possui patrimônio acima de R$300.000,00 deve declarar o IR
Quando o indivíduo auferiu rendimento isento acima R$60.000,00, uma
doação, herança etc.
Segundo a legislação, o indivíduo que passou a residir no Brasil , seja
brasileiro que retornou ou estrangeiro que passou a residir no país.
Quem auferiu rendimento de ganho de capital (rendimento que decorre da
diferença da compra e venda de algum pro duto) deve declarar o IR,
independente do valor.
Aquele que explora atividade rural ou agrícola, se ele teve prejuízo mo ano
base ele deve declarar pois gera em favor d ele um estoque d e prejuízo, o
prejuízo declarado pode ser abatido com os lucros futuros que venha a ter.
Esse esto que de prej uízo não sofre atualização monetária mas também não
prescreve. Só pode ser abatido do lucro rural, se tiver uma outra fonte de
rendimento ele não pode pegar o valor do estoque de prejuízo a bater em
qualquer outra atividade.

Se o contribuinte cai em alguma das hipóteses nas quais é obrigado a


declarar, ele deve declarar tudo, não apenas aquilo que trata a referida
hipótese.

DIRPF espécies
A espécie de declaração será escolhida pelo contribuinte, não ha hipótese legal
que obrigue um modelo ou outro, é mera liberalidade e conveniência estabelecida
em dois dados: o grau de complexidade e o regime de deduções.

Mais simples, menos buro cratizada. Nesse modelo não é necessária a


guarda dos documentos que comprovam as despesas d o contribuinte,
precisa guardar apenas os comprovantes de rendimentos. Ademais, se
distinguem também pelo regime de deduções possíveis.
Na declaração simplificada existe apenas uma dedução possível, que
equivale a 20 % do rendimento tributável (renda bruta – parcelas isentas =
rendimento tributável, é no rendimento tributável que se aplicam as
deduções para que cheguem à BC), limitado a R$16.754,35. Essa d edução é
chamada de dedução presumida, essa é a razão da não necessidade de
guardar o s comprovantes das despesas. É visível que quanto maior for o
rendimento tributável menor a vantagem d e optar pela simplificada, visto
que as deduções são limitadas.

Na comp leta temos u m hall de deduções possíveis, desd e já fica a crítica de


que o universo de deduções é muito restrito, não engloba moradia ou
alimentação, por exemplo.
As deduções podem ser classificadas como limitadas ou ilimit adas, que
significam o que o próprio nome sugere.

a) SAÚDE
Dedução de natureza ilimitada, se hou ve um gasto de u m milhão,
pode deduzir todo esse valor. Insta salientar que existe uma
limitação con ceitual quanto aos gastos com saúde, nesse caso são
considerados apenas as mensalidades dos planos de saúde,
procedimentos cirúrgicos; procedimentos, atendimentos e
tratamentos de medicina tradicional; medicamentos utilizados
durante esses procedimentos; alguns procedimentos de medicina
alternativa, como odontologia e fisioterapia. Entram aqui os custos
do declarante e dos dependentes.
Ficam de fora, por exemplo, os med icamentos comp rados p ara
consumo em casa, ainda que decorrente do procedimento cirú rgico;
órteses e próteses; procedimentos cirúrgicos estritamente
estéticos;

b) EDUCAÇÃO
Trata-se de u ma dedução limitada ao valor anual de R$3.561,50 x nº
de dependentes, mas a soma é feita de maneira indi vidual, se um
filho gastou d ois mil e o o utro dez, n ão pode comunicar os valores
com o objetivo de deduzir um valor maior.
Aqui também há uma limitação conceitual, além da próp ria
limitação financeira, já que o valor é muito pequeno. Considera -se
como educação o s custos com mensalidade para formação
tradicional e cursos de idiomas ou informática ou até cursos
técnicos; pós graduação latu sensu
Ficam de fora os cursos preparatórios, congressos, feiras, transporte
escolar etc.

c) DEPENDENTES
Dedução limitada a R$2 .275,08 por dependente. Es sa é uma
dedução presumida, o u seja, não precisa comprovação das
despesas. Mo ano em que o de pendente nasce, calcula -se esse valor
proporcionalmente ao dia do nascimento. São dependentes os
filhos, companheiros, cônjuges, pais dependentes, enteados, no c aso
deles e dos filhos até os 21 anos ou até 24 se estiver na primeira
faculdade. Além deles, os incapazes. À a doção e a curatelagem deve
ser judicialmente comprovada.

d) PREVIDÊNCIA SOCIAL
Quem t rabalha contribui para o RGPS ou RPPS, o v alor da
contribuição pode ser deduzido ilimitadamente.

e) PREVIDÊNCIA PRIVADA
Dedução limitada a 12% do Rendimento Tributável do indivíduo. É
um investimento de cunho priva do e c ontratual. Para estimular esse
mercado, a legislação autoriza a dedução dos valores investidos em
previdência privada, desde que seja o PGBL ( programa gerador de
benefícios livre) que é diferente do VGBL, que não pode deduzir do
IR, a lógica é a seguinte.
No PGBL você não p aga quando faz o i nvestimento, mas paga
quando for realizar o resgate, faz o pagamento do valor absoluto.

No VGBL você paga no a no do investimento, no ano do resgate não


incide IR.
Quem não está vinculado a regime de previdência não tem direito a
dedução, ainda que seja PGBL.

f) INSS E EMPREGADOR DOMÉSTICO


Dedução d a contribuição do empregador domést ico que é de 8% ,
limitado o salário do D ao salário mínimo, ainda que esse doméstico
ganhe mais.
Pensão alimentícia
Dedução ilimitada. Insta salientar que f az necessário que a sit uação
seja juridicamente estabelecida, acordos extrajudiciais não
homologados não podem ser deduzidos
Dedução de livro caixa
É o livro que se abre para registrar as entradas e saídas do
profissional liberal, nesse caso é autorizada a dedução do
profissional liberal sobre a totalidade de suas despesas, como luz,
água, serviç os gerais. Esses valores só podem ser reduzidas com as
receitas do mesmo livro caixa, se tem outra atividade o profissional
não pode usar o valor para abater de outra atividade. Se houver
prejuízo, fica o histórico de prejuízo.
Alíquota do IRPF:
As alíquotas do IRPF não se resumem apenas aquelas indicadas nas tabelas progressivas.
Existem dois grupos de alíquotas, o primeiro grupo é aquele que vai incidir sobre os
rendimentos
de trabalho ou equiparados, e um segundo grupo o qual vai incidir sobre rendimentos sujeitos à
tributação exclusiva e definitiva a fonte.
decorrem da exploração econômica do trabalho do indivíduo. Rendimento equiparado ao
rendimento de trabalho é aquele que não decorre da atividade laboral do indivíduo mas
que para fins de alíquota recebem o mesmo tratamento.
Exemplos de rendimentos equiparados: aposentadoria, pensão previdenciária, pensão
alimentícia, aposentadoria privada.

Não está sujeito a tabela:


1. Rendimento exclusivo ou definitivo na fonte – Lucro imobiliário (15%), investimento
(tem
alíquota variável), ganho de capital (15%, 20%), prêmio (30%).
Não está sujeito a variação anual.

...

A dedução da tabela do IRPF não tem nenhum tipo de relação com as deduções analisadas
anteriormente para deduzir a base de cálculo.
A dedução da tabela do IRPF não é um benefício fiscal, ela é apenas um valor para facilitar o
cálculo do imposto de renda, valor que corresponde aos montantes submetidos a tributação e
que
não deveriam pagar a alíquota aplicada, considerando o caráter progressivo da incidência do
imposto de renda.
Dar efetividade ao caráter progressivo do imposto de renda.

Progressividade do imposto de renda: até R$1903,98 o sujeito é isento do IR. Mas se ele por
exemplo, ganhar R$1905,00 ele não pagará 7,5% sobre 1905,00, mas sim sobre o valor que
ultrapassar 1903,98
Imposto de renda da pessoa jurídica
IRPJ

Base de calculo
Existem 3 modalidades:
Cabe ao contribuinte escolher qual é a opção mais viável. Essa opção entretanto, é uma opção
anual, ou seja, o contribuinte não pode trocar de modalidade durante o ano.
Para escolher a modalidade a empresa analisa: o grau de complexidade e a modalidade que a
fará
pagar menos impostos. Via de regra, opta-se pelo lucro presumido.

1. Lucro real:
Considera-se o conjunto das receitas e despesas. É a forma mais concreta.

considera somente as receitas, e aplica-se um dos percentuais dados pela legislação: 1,6%,
8% (aplicado a serviços de carga), 16% (aplicado a comercio), 32% (aplicado a serviços). A
atividade econômica é que vai definir o percentual a ser aplicado.
Esses percentuais não são alíquotas!
As despesas vão ser analisadas após o fechamento do exercício.

Em algumas situações o contribuinte é obrigado a optar pelo lucro real:


cálculo.

2. Lucro presumido:
Há uma presunção das despesas. Considera-se o conjunto das receitas e não se considera as
despesas do contribuinte. Vai se aplicar um percentual sobre a receita. Os percentuais são os
mesmos aplicados no lucro real. A diferença entre o lucro presumido e o real é que o lucro real
considera as despesas.

3. Lucro arbitrário:
Forma excepcional de apuração da base de cálculo. A receita vai arbitrar qual foi o rendimento
total da empresa. Esse valor vai estar sempre sujeito a impugnação. Ela não vai arbitrar a
despesa.
Serão aplicados os mesmos percentuais sobre este rendimento. A diferença é que, no lucro
arbitrado, após aplicado o percentual, ainda soma-se mais 20% (em regra), ou 45% (caso se trate
de uma instituição financeira).

Alíquota do Imposto de renda:


Aplica-se 15% a base de cálculo, além disso, existe o adicional de alíquota, o qual corresponde
a
10%. O adicional de 10% vai incidir sobre tudo que ultrapasse 20 mil reais por mês.

IPTU
1. COMPETÊNCIA
A compet ência é municipal, apenas os municípios e o DF pod erão legislar sobre
matéria de IPTU. Lei ordinária mu nicipal estabelece os requisitos para
incidência tributária
2. ASPECTO MATERIAL
O fato gerador é a propriedade imobiliária localizada em perímetro urbano.
Primeiramente, a ideia de propriedade é designada pelo d ireito civil, qual seja,
é um conjunto d e prerrogativas que atribuem ao indivíduo d er usar, gozar,
dispor e usufruir da coisa.
À d efinição de propriedade para o direito tributário (e p ara o IPTU) é muito
mais ampla do que a do direito civil. Aq ui somamos ao con ceito do direito civil,
a titularidade sobre domínio útil e a posse para qualquer fim. Domínio útil é o
superficiário, ou seja... Proprietário é o dono do terreno nu, o nu proprietário,
aquele que const rói é o superficiário. O mer o fato de ser possuidor de um
imóvel ja satisfaz as exigências para a incidência do IPTU. Locatários que têm
de pagar. Aqui tratamos de posse a qualquer título.
Explicado a propriedade, agora explicamos o que é imóvel, que pode ser de
quatro categorias
caracteriza como tal sem a in tervenção humana. O solo, p or exemp lo, as
formações rochosas, os lagos, os rios
que se afixa ao solo com animus definitivo. Uma casa, um viaduto
show da sala, por exemplo. Os robôs de uma indústria
o con sidera como imóvel. Um avião, um navio... São hipotecados , não
penhorados.
Para o IPTU só é imóvel os que são por natureza e por acepção física.
Se o conceito de p ropriedade é mais amplo, o de imóvel é mais rest rito q ue o do
direito civil.

3. ASPECTO ESPACIAL
O imó vel deve estar localizado em área urbana. A ideia de urbano para o IPTU
não se confunde com a ideia de u rbano do IBGE. A definição de urbano para o
IPTU é uma definição autônoma, mais precisamente nos termos do art 32 ¥1°
O critério e pautado em melhoramentos estabelecidos ou mantidos pelo poder
público. São cinco incisos, se o imóvel for servido por dois ou mais
melhoramentos, é considerado urbano.
As três primeiras são relativas a saneamento básico, a q uarta a iluminação
publica, a quinta trata de educação e saúde.
O STJ, desde 2004 re lativiza esse cri tério, além de considerar a ideias dê
melhoramentos é necessário avaliar a finalidade que está sendo dada a esse
imóvel. É possível que tenha u m imóvel com os cin co melhoramentos e dentro
da cidade, mas se estiver explorando para atividade agrícola, será c onsiderado
imóvel rural. São os sítios de recreio. É avaliada a função social do terreno.

Podemos identificar o conflito entre dois municípios, quando houver confusão


sobre onde está o terreno. Nesse caso identificaremos pela sede do imóvel, ou
seja, onde o imóvel está registrado, mas nada impede que o município
interessado solicite o desmembramento da matrícula.

Um out ro conflito pode se dar em relação ao ITR, em salvad or na 324 podemos


ver onde é urbano e o nde é rural, mas o meio termo gera conflito e o proprietário
recebe duas not ificações. Isso é resolvido pela via administrativa
ou judicial, através de uma ação de consignação em pagamento.

4. ASPECTO TEMPORAL
O fato gerador é continuado, assim como o IR, não é um fato isolado no tempo,
instantâneo. É algo que se prolonga no tempo.
Embora seja continuado, se estabelece, através de ficção jurídica, que essa
propriedade é anual. Em geral, as leis estabelecem o dia 1/1 de cada ano como
o período de incidência do tributo.
Aqui fazemos duas observações.
Quanto a responsabilidade temos que que o proprietário é aquele que realizou
o fato gerador, logo, o contribuinte é quem entrou o ano como p roprietário
(conceito amplo).
Quanto a noventena, princípios segundo qual a instituição ou majoração de
tributo só se aplica novent a d ias d epois. Se mu da em novembro, p ela
noventena o município não pode cobrar no próximo primeiro de janeiro em
respeito ao princípio da noventena.

5. ASPECTO SUBJETIVO
Ativo: na cia administrativa através da SEFAZ, na via ju dicial através d a
procuradoria fiscal ou geral.
Passivo: contribuinte (art 34 d o ctn) e o respon sável – por sucessão – obrigação
propter rem, sucede à pessoa do adquirente

6. ASPECTO QUANTITATIVO
O imóvel p oderá ter sua alíquota progressiva em razão do seu valor.
Aqui o viés é econômico, paga mais quem possui maior capacidade
contributiva. Não se pode, porém, estabelecer a progressividade da
alíquota em razão do número de imóveis em um terreno.

Pode aumentar a alíq uota para induzir ou coib ir determinado


comportamento como o cump rimento da função social d a pro priedade,
por exemplo. Essa alíquota pro gressiva não p ode ultrapassar os 15% do
valor do imóvel. Aqui o viés não é econômico, mas sim social.

Quem pode mais, paga mais. Pode haver alíquotas diferentes para
diferentes re giões do mesmo município, bem como pode haver
diferenciação pela razão d a utilização do imóvel, u m estabelecimento
utilizado para cunho comercial pode possuir uma alíquota maior, por
exemplo.

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