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Turma_EQM8-M1
Elaborado por:
I.INTRODUÇÃO .......................................................................................................3
Clarificação .....................................................................................................16
Homogenização ..............................................................................................19
III. CONCLUSÃO....................................................................................................29
IV-Bibliografia .........................................................................................................30
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I.INTRODUÇÃO
O leite é o único alimento que pode ser consumido em estado líquido ou como
material transformado em uma ampla variedade de produtos processados. Normalmente,
é consumido pasteurizado e homogeneizado e sua composição é muito semelhante
àquela que acaba de obter da vaca. Ele também pode ser separado em seus
componentes principais, creme e leite desnatado e, a partir deles, gordura, caseínas e
outras proteínas do leite e lactose podem ser obtidas. Todos esses componentes podem
ser vendidos e usados como tais produtos ou podem ser processados para obter
manteiga, queijos, sorvetes e outros produtos lácteos bem conhecidos. (POTTER, 1995)
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I.1- Objectivo
O Presente trabalho tem como objectivo realizar um estudo sobre o leite e
seus derivados.
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O Conceito de leite como alimento pode variar de autor para autor, em seguida
apresentamos duas definições:
O leite é um alimento de origem biológica, com sabor suave e próprio, agradável e
ligeiramente adocicado, largamente consumido pela população e de alto valor nutritivo,
pois contém grande quantidade de proteínas de alto valor biológico, carboidrato, ácidos
graxos, sais minerais, vitaminas e água (GOULART et al., 2003; GARRIDO et al., 2001;
SILVA et al., 2008; Citados por RODRIGUES et all, 2013)
Entende-se por leite, sem outra especificação, o produto oriundo da ordenha
completa e ininterrupta, em condições de higiene, de vacas sadias, bem alimentadas e
descansadas. O leite de outros animais deve denominar-se segundo a espécie de que
proceda. (RIISPOA, art. 475; Citado por Silva et all, 2013).
A tabela abaixo apresenta alguns dados de produção de leite nos Estados Unidos e
quantidades de produtos lácteos em anos selecionados entre 1970 e 1992.
Embora tais dados não sejam recentes, estes mostram que desde a décadas que o
interesse produtos lactinícios é grande sendo que de nos dias de hoje estes números
devem ser bem superiores.
Nos primeiros anos da química lática, o produto da glândula mamária foi mais
intensamente investigado e caracterizado do que a própria glândula, devido à sua
importância econômica. O leite de vaca varia em composição dependendo de muitos
factores, tais como a raça, a variabilidade de animal, idade, fase de lactação, estação,
alimentação, tempo de ordenha, o período de tempo entre as ordenhas condições
fisiológica (incluindo se a vaca está calma ou nervosa) e quem recebe medicação ou não.
Todos esses fatores também afetam a qualidade do leite de tal forma dterminando seu
preço e precço dos seus derivados .(POTTER , 1995 , p 311 ,
FENNEMA;TANNEMBAUM, 2000 , p.1000)
Para a indústria, sua importância está na condição de ser o precursor do ácido láctico
originado da fermentação microbiana ou da acidificação do leite. Ocorre da seguinte
forma:
No leite, as proteínas estão presentes em uma quantidade com pouca variação 3.0 a
4.0%. Tais variações podem ser em consequência da raça do animal, doença,
alimentação etc. A proteína mais presente no leite de vaca (em termos quantitativos) é a
caseína, com 80% de participação e, por ser insolúvel, está em suspensão na parte
coloidal do leite. Os outros 20% são formados/constituídos pelas proteínas albuminas ou
lactas - albuminas (16%) e globulinas (4%) que são solúveis em água. Por essa razão,
estão presentes no soro do leite e assim são conhecidas como as “proteínas do soro”(
SILVA , 2013 , p .33).
Quem transmite ao leite a cor branca opaca que ele possui é a proteína. Para os laticínios,
esse componente também se apresenta com grande valor de utilização tecnológica,
porque é dela que se origina a formação de uma massa branca (quando coagulamos o
leite) para fabricação dos queijos. Entre outras funções importantes das proteínas para a
indústria, podemos citar: solubilidade, absorção e retenção de água e de gordura,
capacidade emulsifi cante e estabilidade das emulsões, geleifi cação, melhoria nas
propriedades sensoriais e na aceitação dos produtos (MODLER, 2000; WONG et al, 1996
citado por SILVA , 2013 , p 33).
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Sais minerais e vitaminas: o leite contém quase todas as vitaminas conhecidas, tais
como, as lipossolúveis (associadas à gordura), vitaminas A, D, E e K; e as hidrossolúveis,
B1, B2, B6, B12, ácido pantotênico, niacina e vitamina C. Contudo, as quantidades
dessas vitaminas anteriormente citadas e que estão presentes neste alimento ocorrem
de forma bastante reduzida. Outro fator a considerar é que quando o leite sofre tratamento
térmico várias dessas vitaminas são perdidas (destruídas), principalmente a C. Por essas
razões, as indústrias lácteas adicionam (enriquecem) em alguns dos seus leites benefi
ciados e produtos derivados diversos tipos de vitaminas com o intuito de devolver ao leite
esse conteúdo nutricional tão importante.
Com relação aos sais minerais, no leite existem em quantidades significativas fósforo,
cloro, sódio, cálcio, potássio e magnésio. Além de apresentar em menor quantidade o
ferro, alumínio, zinco e manganês. Os sais minerais ocorrem nos leites solubilizados ou
agregados a outros componentes do leite como, por exemplo, as proteínas (cálcio e
fósforo associados à caseína) estabilizando-as.
Para a indústria láctea, a importância em exercer uma instabilidade das proteínas está
em provocar uma coagulação do leite (coagulação da caseína), conseguida através da
acidifi cação do meio (pH do leite) pela ação da renina, o que faz com que com que haja
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O leite é um sistema biológico muito complexo no qual existem três estados físicos
de dispersão de seus múltiplos constituintes:
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a) lactose, assim como sais, cátions, ânions e vitaminas solúveis em água, existem
como uma solução verdadeira;
b) proteínas, caseínas e soro, formam dispersões coloidais;
c) substâncias lipossolúveis são encontradas como emulsão. Embora cada um
desses sistemas tenha uma densidade diferente (1,05, 1,114 e 0,94 g/ml,
respectivamente), eles estão em equilíbrio devido a mecanismos particulares de
estabilidade; os diferentes tratamentos aos quais o leite e seus derivados estão sujeitos
podem alterar os referidos sistemas e, consequentemente, causar a instabilidade dos
produtos. (DERGAL, 2006)
Físico-Químicos
Leite pasteurizado - é o leite líquido que foi submetido ao tratamento térmico, com
aquecimento à temperatura de 72 a 75°C, por 15 a 20 segundos (processo rápido), em
equipamento de placas com termorregistrador e termorregulador automático, seguido de
refrigeração imediata à temperatura igual ou menor que 4°C, seguido do envasamento.
Leite Longa Vida, Ultrapasteurizado ou UHT - é o leite líquido homogeneizado
que foi submetido à temperatura entre 130 e 150° C, durante 2 a 4 segundos, mediante
processo térmico de fluxo contínuo, e imediatamente resfriado à temperatura inferior a
32° C, seguido de envasamento asséptico.
Leite Tipo A - produzido, beneficiado (pasteurizado) e envasado em
estabelecimento denominado granja leiteira. De acordo com o teor de gordura, será
denominado como:
Leite pasteurizado tipo A integral;
Leite pasteurizado tipo A semidesnatado;
Leite pasteurizado tipo A desnatado.
O processo chamado de homogeneização, através do qual a gordura do leite é
uniformemente distribuída, evitando a formação da nata e a separação da gordura, deve
ser informado caso o produto tenha sido submetido a ele.
O envase deve acontecer logo após a pasteurização e imediatamente
acondicionado em câmara frigorífica à temperatura de 4º C até a expedição.
(RODRIGUES et all, 2013)
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Leite em pó: leite integral e desnatado são obtidos por secagem, por atomização,
após remoção parcial da água por evaporação; o produto resultante forma pedaços
difíceis de romper e torna-se ligeiramente solúvel devido aos vários danos térmicos em
proteínas e lactose (por exemplo, desnaturação, reação de Maillard, etc.). Para remediar
a falta de solubilidade, o produto seco é aglomerado, aplicando vapor, que produz mais
partículas porosas que facilmente hidratam; Nesta operação, a lactose, que está em
estado amorfo, é umidificada e recristalizada em formas mais solúveis. Sua estabilidade
à oxidação diminui devido à eliminação de água (5%), razão pela qual algumas
legislações permitem o uso de antioxidantes; Para evitar a deterioração, recomenda-se
mantê-lo em temperaturas moderadas e protegido da luz solar. (DERGAL, 2006)
Clarificação
Tratamiento térmico
O produto obtido
pode ser
armazenado sem
refrigeração por
períodos de até
vários meses,
desde que o
recipiente não
esteja aberto.
A esterilização é o tratamento mais drástico, uma vez que é realizado a 121 ° C por
vários minutos (depende do produto); Diferentemente dos anteriores, o recipiente
utilizado é a lata, como no leite evaporado e condensado. À medida que a intensidade do
aquecimento aumenta, várias das transformações que serão explicadas posteriormente
são favorecidas. Note-se que a estabilidade térmica de leite depende de muitos factores,
tais como a presença de microorganismos e enzimas proteolíticas, do total de sólidos,
homogeneização, o pH, a acidez, sais, albumina, de os globulinos e outros. (DERGAL,
2006)
Homogenização
térmico. Quanto ao sabor, grande parte do leite recebido não é da melhor qualidade. Leite
adquire cheiros estranhos de vacas que receberam alimentação externa de absorção de
odores de estábulos sujos, a multiplicação bacteriana, a lipase excessiva naturais gordura
do leite e de hidrólise para além de oxidação muitas vezes causadas pelo contacto leite
com traços de cobre ou ferro de válvulas, tubos ou outros equipamentos utilizados no
processamento. Tão pouco como 0,1 ppm de cobre em sabores oxidados leite causa
diferentes graus descritos como "metais", "de papelão", "oleosa", "peixe", etc. Por esta
razão, devemos evitar que o ferro e cobre podem entrar em contacto directo com o
produto ou a água de limpeza que poderia, por sua vez contaminar as superfícies do
equipamento em contacto com o leite. Por isso, o metal preferido nas operações de
processamento do leite é o aço inoxidável. Geralmente, o estranho sabor que o leite
adquire nos ajuda a conhecer sua causa, como acontece com os defeitos que são
descobertos em outros controles de qualidade. Os produtores são informados de todos
esses defeitos e os métodos para corrigi-los são sugeridos. Desta forma, o leite aceito
está pronto para o tratamento.(POTTER 1995 , p 311).
Segundo SILVA et all existem três etapas básicas no processo de obtenção
higiênica do leite. No qual é necessário alguns cuidados para que possamos garantir um
produto de boa qualidade e inocuidade. Assim, descreveremos a seguir os fatores
relevantes inseridos em cada etapa.
Antes da ordenha: observar os fatores relacionados com: local da ordenha,
condições inerentes ao animal, equipamentos e utensílios, e com o
ordenhador.
Durante a ordenha: considerar os fatores referentes à: limpeza cuidadosa
das tetas, realizar os testes rápidos no leite ordenhado para verifi cação da
saúde animal, observar as condições higiênicas do ambiente (local) da
ordenha e os cuidados necessários dispensados ao leite pós-ordenha,
considerando também seu armazenamento em refrigeração adequada.
Depois da ordenha: realizar o tratamento das tetas, efetivar a higienização
dos equipamentos, utensílios e acondicionar o leite sob refrigeração
adequada.
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Entende-se por iogurte “o produto obtido pela fermentação láctea através da ação
de duas espécies de microrganismos: Lactobacillus bulgaricus e Streptococos
thermophilus sobre o leite integral, desnatado ou padronizado”. (RIISPOA, art. 682; appud
Silva,2013).
Homogenizaçã
Recepção do Etapa de
o/Tratamento
leite formulação
térmico
Adição de Armazenamen
Envase
aromas to
massa de caseínas contidas nos moldes pode ou não ser inoculada com outros
microorganismos para maturação; Eles são colocados em um ambiente com uma
humidade relativa de 80-90% a 10-15 ° C, o que promove as condições ideais para os
microorganismos e enzimas naturais e adicionados realizar uma rede muito complexa de
reacções químicas: as proteínas são degradados em aminoácidos, tais como hidratos de
carbono e lípidos (em ácidos gordos com cadeias curtas de comprimento), compostos
que, por sua vez entrar uma sequência de transformações interligados complexos,
através da qual ocorre a textura e dezenas de compostos responsável pelo aroma e
sabor.( BARDEL , 2006 , p 626 ).
Produção de Leite em pó: leite integral e desnatado são obtidos por secagem por
atomização, após remoção parcial da água por evaporação; o produto resultante forma
pedaços difíceis de romper e torna-se ligeiramente solúvel devido aos vários danos
térmicos em proteínas e lactose (por exemplo, desnaturação, reação de Maillard, etc.).
Para remediar a falta de solubilidade, o produto seco é aglomerado, aplicando vapor, que
produz mais partículas porosas que facilmente hidratam; Nesta operação, a lactose, que
está em estado amorfo, é umidificada e recristalizada em formas mais solúveis. Sua
estabilidade à oxidação diminui devido à eliminação de água (5%), razão pela qual
algumas legislações permitem o uso de antioxidantes; Para evitar a deterioração,
recomenda-se mantê-lo em temperaturas moderadas e protegido da luz solar
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III. CONCLUSÃO
Embora alguns dos dados utilizados no trabalho não sejam os mais recentes
foi possível verificar a quais dos produtos lácteos eram mais utilizados até nas
últimas décadas de 90. Para além disso o trabalho permitiu um reconhecimento
das diferentes etapas e condições para a produção de três derivados lácteos mais
comuns do nosso dia a dia, o iogurte, o queijo, leite condensado e leite em pó.
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IV-Bibliografia