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Linha D'água em Canal PDF
Linha D'água em Canal PDF
07 de Dezembro de 2016
Sumário
1. Introdução 2
2. Objetivos 3
3. Materiais 4
4. Métodos 7
5. Resultados e Análises 14
6. Conclusões 22
7. Referências Bibliográficas 23
1
1. Introdução
Canais são condutos que transportam água pela ação da gravidade. O escoamento
livre – escoamento em canais – tem como principal característica a superfície sob pressão
atmosférica. A interface entre o ar e a água é chamada de superfície livre.
2
2. Objetivos
3
3. Materiais
4
Figura 2: Seção de vidro (fonte: autores)
O canal é abastecido por um vertedouro retangular (Figura 4), onde está instalada
uma ponta linimétrica (Figura 3) para ser feita a leitura e determinada a vazão passante
(controlada por registro gaveta conforme Figura 5).
5
Figura 4: Vertedouro (fonte: autores)
6
Ao longo do canal, em cada seção, são distribuídas pontas linimétricas fixas (Figura
6) e nos metros finais do canal é posicionada uma ponta linimétrica móvel (Figura 7) que
permite a leitura da altura da água de superfície e de fundo.
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4. Métodos
Inicialmente, regula-se o registro gaveta para ajustar uma determinada vazão a ser
escoada no canal. A partir disso, utilizando pontas linimétricas se procede a leitura da carga
hidráulica sobre o vertedor.
h = hleitura − a0 (Equação 1)
Sendo:
A vazão escoada no canal pode ser encontrada por uma lei de calibração – Equação
2 – com o uso da altura da linha de água no vertedor.
3
Q = [1, 0692 + 0, 410256 * (hvertedor + 0, 011)] * (hvertedor + 0, 011) 2 (Equação 2)
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Sendo:
P =2*h+b (Equação 3)
Sendo:
b) Área Molhada: Área da seção transversal que está em contato com água no canal
(Equação 4).
A=b*h (Equação 4)
Sendo:
c) Raio Hidráulico: Razão entre a área molhada e o perímetro molhado (Equação 5).
A
RH = P (Equação 5)
Sendo:
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Uma vez definidas a vazão no canal e as áreas molhadas, é possível calcular a
velocidade em cada seção definida pelas linhas milimétricas no escoamento por meio da
equação da continuidade.
Q
V = A (Equação da Continuidade)
Sendo:
V
Fr = (Equação 6)
√ *h
2
g
2
E = h + V2g (Equação 7)
Sendo:
F r = 1 , o escoamento é crítico;
A cota do fundo do canal é dada por uma relação de triângulos retângulos, no qual a
hipotenusa é dada pela linha de fundo do canal, a base do triângulo é o nível de referência e
a altura do triângulo define a cota da linha de fundo.
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C ota F undo do Canal = d * 0, 002
Sendo:
A cota da linha de água é dada pela soma da cota do fundo do canal com a altura da linha
d’água na seção.
Sendo:
Para uma vazão constante, pode-se traçar uma curva de variação da carga
específica em função da profundidade. Essa curva gerada tem dois ramos assintóticos, com
seu encontro em um ponto de mínimo valor de energia. A linha que representa a menor
energia que o escoamento pode apresentar ao longo de todo canal em uma dada vazão é
chamada de profundidade crítica, e ela é calculada pela Equação 8:
√
3 Q2 (Equação 8)
hc = b2*g
Sendo:
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A velocidade crítica ( V c ) do canal é calculada através da Equação 6 igualando o
número de Froude a 1 e tomando h = hc .
n2*V 2c
Ic = R4/3
(Equação 9)
H
Sendo:
−1
n = Coeficiente de Manning em ( m 3 * s) .
I = Ic C Declividade crítica
I=0 H Horizontal
I<0 A Adverso
Para o cálculo das linha d’água em escoamento uniformemente variado é dado por
meio do método de diferenças finitas. Onde sua profundidade hn é dada pela seguinte
Equação 10:
0,6 0,4
(n*√IQ ) *(b+2*hn√1+m2)
hn = b+m*hn (Equação 10)
Sendo:
12
Q = vazão escoada no canal em metros cúbicos por segundo ( m3 /s).
1−F 2r
f (h) = I−J (Equação 11)
Sendo:
A perda de carga unitária J é dada pela Equação 12, que é uma função da velocidade,
raio hidráulico e coeficiente de Manning n em uma dada profundidade h:
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n2*V 2
J= Rh4/3
(Equação 12)
Sendo:
Sendo:
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5. Resultados e Análises
Nesta seção serão apresentados os cálculos realizados a partir da coleta de dados
feita no laboratório. Com a leitura da ponta linimétrica no vertedor obtêm-se a vazão
escoando pelo canal, através da Equação 2. A vazão é de 39,29 litros/s. Através das
Equações 1, 3, 4, 5, Equação da Continuidade, 6 e 7 definimos a altura da linha d’água, o
perímetro molhado, a área molhada, o raio hidráulico, a velocidade, o número de Froude e a
energia específica, respectivamente. Esses parâmetros são calculados para cada seção do
canal onde foi realizada a leitura com a ponta linimétrica e estão apresentados na Tabela 4.
Pode-se observar que o escoamento é em regime lento, pois F r < 1.
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encontrados os coeficientes de rugosidade para cada seção e após é feita uma média de n.
Os resultados parciais e finais podem ser visualizados na Tabela 5.
Para definir o tipo de canal com os valores dos coeficientes de Manning tabelados e
posteriormente comparar suas curvas de remanso, deve-se primeiramente encontrar os
valores da inclinação crítica para cada valor de rugosidade e as suas respectivas
profundidades normais. Utilizando a Equação 10 determina-se a profundidade normal para
as rugosidades tabelas e também para a experimental. Os resultados estão na Tabela 6.
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Para calcular a inclinação crítica é necessário obter os parâmetros referentes ao
escoamento crítico. Assim, primeiramente é obtido a altura crítica (hC) através da Equação 8,
em seguida com as Equações 3, 4, 5 e utilizando o valor de hC, é obtido o raio hidráulico
crítico (RHC). Com a equação da continuidade e utilizando dos valores para escoamento
crítico, determina-se a velocidade crítica (VC), e finalmente, pela Equação 9, determina-se a
inclinação crítica (IC) para cada rugosidade. Os resultados encontram-se na Tabela 7.
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Tabela 8: Cálculo da linha d’água para n experimental.
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Tabela 10: Cálculo da linha d’água para n teórico 0,017.
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Gráfico 3 – Detalhe da aproximação da linha d’água no remanso com n experimental
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6. Conclusões
Nas seções finais do canal o escoamento sofre variações graduais, o que caracteriza
a ocorrência de remanso nesse trecho. A partir dos valores para a inclinação crítica pode-se
classificar o tipo do canal. Sendo o canal em estudo de baixa declividade do tipo M - pois a
inclinação do canal é de 0,002 m/m e menor que a inclinação crítica, onde a altura normal é
maior que a altura crítica.
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7. Referências Bibliográficas
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