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5 – O direito do trabalho e seus sentidos


O mercado não existe sem o estado, pois lhe dá existência por formas de mecanismos
regulatórios que definem quem pode trabalhar, por quanto tempo podem trabalhar, qual deve
ser a remuneração miníma, até quando é possível ficar sem trabalhar ganhando salário, sendo
em suma, agente e promotor do direito do trabalho como constituinte e pressuposto de
qualquer ideia de troca de mercado.
A regulação do mercado pelo Estado, pelo viés econômico se dá como um obstáculo,
empecilho que se impõe aos atores no mercado. Por outro lado, que se de senso comum, é que
o direito do trabalho existe para proteger o lado mais fraco da relação de trabalho, isto é, o
trabalhador.
O valor do trabalho não pode ser mensurado, seu preço não tem nenhuma relação com seu
valor, aonde o estão arbitra, como por exemplo, salários-mínimos, pisos salárias e seguro-
desemprego.
O papel do direito do trabalho, tem como um dos papéis, com a penetração de proteção estatal
no o interior das empresas, ao trabalhador, aonde ali reina a lei do mais forte, que neste caso é
a do empresário que busca obter lucro através da produção ou se possível do corte de efetivo,
como no caso de crises.
Como o direito do trabalho constitui as rela coes de produção, estabelecendo proteção real aos
trabalhadores contra o arbítrio do patrão, ela contribui para reprodução pacifica da ordem
capitalista, dando legitimidade à exploração da força de trabalho e uma convivência tensa
entre capitalismo e democracia.

2.6 – Coda
A palavra de ordem aqui é a flexibilização, a desregulamentação dos mercado de trabalho. O
modelo antes esboçado estaria gerando custos excessivos e rigidez no mercado de trabalho,
limitando a reestruturação capitalista necessária na nova ordem competitiva mundial, a dos
mercados globalizados. Como os custos são altos e a legislação é um obstaculo á sua redução,
o capitalista prefere livrar-se de empregado a assumir o ônus de sua reprodução.
A flexibilidade, cumpriria essa tarefa central de dar mobilidade ao investimento produtivo e
gerar empregos ou, pelo menos garantir os empregos existentes.

Conclusão
A trajetória histórica do conflito da classes acabou por demarcar um projeto civilizatório que
se caracterizou pela estabilização e pacificação das relações de produção. É no direito do
trabalho que estes laços sociais garantidos, obviamente afiançados pelo Estado. Ou seja, a
regulaçõ pública penetra ali, na empresa capitalista, emque as relações parecem ter
unicamente um carater privado. Assim, o discurso da flexibiliade significa o desmontar dessa
regulação. Nas palavras do próprio autor, “ esta hegemonia restringe o campo analitico e o instrumental
interpretativo a minimos pré-civilizatorios, em que a questao social era assunto para os exercitos e a democracia,

uma piada nos salões da nobreza” (121).

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