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PARENTERAL E ENTERAL ADULTO/PEDIATRIA
Curso de Extensão
Terapia Nutricional
Enteral e Parenteral
em
Pediatria
Lúcio Flávio Alencar – lalencar@hotlink.com.br
Terapia Nutricional em Pediatria
Terapia Nutricional em Pediatria
Aspectos Gerais
Aspectos Gerais
• Desnutrição
Termo empregado para definir o desequilíbrio
produzido pela ingestão insuficiente ou a
excessiva perda de substratos pelo organismo.
Mora 1997
Terapia Nutricional em Pediatria
Terapia Nutricional em Pediatria
Aspectos Gerais
Aspectos Gerais
• Desnutrição Hospitalar BRASIL
Desnutrição 48,1 %
Desnutridos graves 12,6 %
Desnutridos moderados 35,5 %
Waitzberg 2000
Terapia Nutricional em Pediatria
Terapia Nutricional em Pediatria
Aspectos Gerais
Aspectos Gerais
• Desnutrição
Fatores de Risco de Desnutrição – Curtas 1996
Sinais de Desnutrição – Silberman 1989
Consequências da Desnutrição – Ginert 1996, Mora 1997
Alterações do Crescimento e Desenvolvimento
Terapia Nutricional em Pediatria
Terapia Nutricional em Pediatria
Aspectos Gerais
Aspectos Gerais
• Desnutrição
As manifestações clínicas da desnutrição
protéicocalórica são múltiplas e sua gravidade
está relacionada com a magnitude e duração da
privação nutricional.
Silberman 1989
Terapia Nutricional em Pediatria
Terapia Nutricional em Pediatria
Aspectos Gerais
Aspectos Gerais
• Impacto da Doença na Criança Desnutrida
Expressase através de hipermetabolismo,
aumento da perda urinária de nitrogênio, hipo ou
hiperglicemia, alterações graves dos eletrólitos e
acidose. Com frequência ocorre disfunção ou
falência de orgãos e sistemas, situação que
aumenta a morbidade e mortalidade.
Beisel 1998
Terapia Nutricional em Pediatria
Terapia Nutricional em Pediatria
Aspectos Gerais
Aspectos Gerais
• A desnutrição aumenta a incidências de
complicações, morbidade, mortalidade, custos e
permanência hospitalar.
• A resposta metabólica nas pessoas sadias
submetidas a jejum é diferente da dos pacientes
doentes submetidos a inanição.
Terapia Nutricional em Pediatria
Terapia Nutricional em Pediatria
Aspectos Gerais
Aspectos Gerais
Intervenção Precoce
Terapia Nutricional em Pediatria
Terapia Nutricional em Pediatria
Avaliação Nutricional
Avaliação Nutricional
• Objetivos:
• Identificar os pacientes desnutridos
• Quantificar e classificar o tipo de alteração
nutricional
• Efeitos das doenças na desnutrição e no
metabolismo
• Analisar o prognóstico de risco
Delgado 1999
Terapia Nutricional em Pediatria
Terapia Nutricional em Pediatria
Avaliação Nutricional
Avaliação Nutricional
• História Clínica
• Exame Físico
• Antropometria
– Curvas de crescimento / Índice de Massa Corporal IMC
– Peso, Idade / Estatura, Pregas cutâneas, Circunferência do braço
• Exames Laboratoriais
Avaliação Subjetiva Global
Delgado 1999
Terapia Nutricional em Pediatria
Terapia Nutricional em Pediatria
Avaliação Nutricional
Avaliação Nutricional
Identificar os Grupos de Risco Nutricional
Planejar, Implementar e Monitorar a Terapia
Nutricional
Diminuir a Morbidade e Mortalidade
Terapia Nutricional em Pediatria
Terapia Nutricional em Pediatria
Equipe Interdisciplinar
Terapia Nutricional em Pediatria
Terapia Nutricional em Pediatria
Impacto da Terapia Nutricional
Impacto da Terapia Nutricional
Reduz a morbidade e mortalidade
Evita a desnutrição
Promove o crescimento e o desenvolvimento
Allison & Kinney 1999
Terapia Nutricional em Pediatria
Terapia Nutricional em Pediatria
Indicações
Indicações
• Pacientes desnutridos
• Pacientes em risco nutricional
RN de muito baixo peso
RN de baixo peso com doença associada
Relação peso / estatura abaixo do percentil 10
Grave disfunção metabólica
Dificuldade ou incapacidade de alimentarse pelo trato
gastrintestinal
Incapacidade de digerir os nutrientes por via oral
ASPEN 1998; Delgado 2000
Ter apia Nutr icional
• Cr itér ios de r isco:
1. Jejum > 5 dias;
2. Uso de dieta hipocalórica (< 60% VET) > 710 dias;
3. Perda de peso > 10% em relação ao peso usual em 6 meses;
4. Perda de 15% do peso em 3 meses;
5. Perda de peso ≥ 5% do peso usual em 1 mês;
6. Perda de 12% do peso em 1 semana;
7. Peso atual < 20% do peso ideal.
• Obesidade e desnutr ição = FATOR DE RISCO .
TERAPIA NUTRICIONAL EM PEDIATRIA
TERAPIA NUTRICIONAL EM PEDIATRIA
Lúcio Flávio Alencar
Lúcio Flávio Alencar
Terapia Nutricional em Pediatria
Terapia Nutricional em Pediatria
Necessidades Nutricionais
Necessidades Nutricionais
Energéticas – Metabolismo basal (Deutschaman 1992)
Calóricas – Crescimento e desenvolvimento
(Holliday & Segar 1957)
Protéicas – Específicas (RDA )
Lipídicas – Ác. Graxos essenciais / LC PUFA (Baugh 1988)
Vitaminas e Minerais – Oligoelementos (RDA / DRI)
Específicas para cada paciente
ASPEN 1998; Delgado 2000
Terapia Nutricional em Pediatria
Terapia Nutricional em Pediatria
Indicações
Indicações
• Tipos de Terapia Nutricional:
• Nutrição Enteral: Oral
Por sonda
• Nutrição Parenteral: Central (total)
Periférica (parcial)
• Nutrição Mista
Ryder 1996; Mora 1997
Terapia Nutricional em Pediatria
“ O suporte nutricional deve ser o mais
simples, seguro e econômico possível.”
F ischer
Tr ato Gastr ointestinal Funcionante ?
Sim Não
Dificuldade p/ inger ir ?
Nutr ição Par enter al
Sim Não
Sim Não
Protocolos de avaliação nutricional
Com desnutrição Sem desnutrição / em risco nutricional
TGI pode ser usado Dieta oral supervisionado
• Indicações Gerais:
• Impossibilidade de ingestão adequada de
nutrientes por via oral
• Trato gastrintestinal em condições de uso seguro
e efetivo
Mora 1997; Carrazza 1999
Terapia Nutricional em Pediatria
Terapia Nutricional em Pediatria
Nutrição Enteral
Nutrição Enteral
• Contraindicações:
• Absolutas
– Enterocolite necrosante
• Relativas ou temporárias
– Intestino curto
Carrillo 1993; Mora 1997
Terapia Nutricional em Pediatria
Terapia Nutricional em Pediatria
Nutrição Parenteral
Nutrição Parenteral
• Indicações Gerais:
• Grave disfunção do intestino ou incapacidade
para tolerar e/ou absorver nutrientes por via
enteral
– RNPT
– Limitação do uso do trato gastrintestinal
Ryder 1996; Mora 1997
Terapia Nutricional em Pediatria
Terapia Nutricional em Pediatria
Nutrição Parenteral
Nutrição Parenteral
• Contraindicações:
• Uso seguro e efetivo do trato gastrintestinal
• Metas não definidas para terapia nutricional
• Prolongar a vida de pacientes terminais
Ryder 1996; Mora 1997
Terapia Nutricional em Pediatria
Terapia Nutricional em Pediatria
Nutrição Mista
Nutrição Mista
• Indicações:
• Transição da nutrição parenteral para enteral
• Manutenção do trofismo intestinal
• Quando a nutrição enteral não consegue,
isoladamente, suprir as necessidade nutricionais
Mora 1997
Terapia Nutricional em Pediatria
Terapia Nutricional em Pediatria
Vias de Acesso
Vias de Acesso
• Nutrição Enteral
• Estado de consciência e risco de aspiração
• Comodidade para o paciente
• Condições de absorção e doença do trato
gastrintestinal
• Duração do tratamento
• Tipo de fórmula
Minard 1994
Terapia Nutricional em Pediatria
Terapia Nutricional em Pediatria
Vias de Acesso
Vias de Acesso
• Nutrição Enteral – Naso / orogástricas
• Vantagens
– Reservatório
– Fisiológica
– Administração em “ bolus”
• Desvantagens
– Broncoaspiração
Eisenberg & Huddleston 1996
Terapia Nutricional em Pediatria
Terapia Nutricional em Pediatria
Vias de Acesso
Vias de Acesso
• Nutrição Enteral –
Naso / oroenterais póspilóricas
• Vantagens
– Previnem o refluxo gastroesofágico
– Reduzem a broncoaspiração
• Desvantagens
– Difícil inserção – fluoroscopia ou endoscopia
– Deslocamento
Eisenberg & Huddleston 1996
Terapia Nutricional em Pediatria
Terapia Nutricional em Pediatria
Vias de Acesso
Vias de Acesso
• Nutrição Enteral – Gastrostomias
• Cirúrgicas ou Percutâneas
• Vantagens
– Diminuem as lesões nasais e as infecções de vias
aéreas
– Osmorregulação
– Reservatório
• Desvantagens
– Broncoaspiração
– Procedimento invasivo
Lysen & Samour 1998
Terapia Nutricional em Pediatria
Terapia Nutricional em Pediatria
Vias de Acesso
Vias de Acesso
• Nutrição Enteral – Jejunostomias
• Cirúrgicas ou Percutâneas
• Vantagens
– Diminuem os riscos de broncoaspiração e a
estimulação pancreática
– Uso no pósoperatório imediato
• Desvantagens
– Síndrome de “ dumping”
– Não é reservatório
– Digestão deficiente
– Infusão contínua
Schwaitzberg & Sable 1995
Terapia Nutricional em Pediatria
Terapia Nutricional em Pediatria
Vias de Acesso
Vias de Acesso
• Nutrição Parenteral
• Venopunção periférica
• Cateter Central de Inserção Periférica (PICC)
• Cateter Central curta permanência
longa permanência
Ryder 1996
Terapia Nutricional em Pediatria
Terapia Nutricional em Pediatria
Vias de Acesso
Vias de Acesso
• Complicações î Imediatas
• Enteral î Posição
• Parenteral
î Mediatas
î Obstrução
î Infecção
î Perda acidental
Terapia Nutricional em Pediatria
Terapia Nutricional em Pediatria
Fórmulas
Fórmulas
• Leite MATERNO
• Poliméricas – lácteas modificadas
• Olioméricas – prédigeridas
• Monoméricas – AA livres
• Incompletas – erros inatos
Terapia Nutricional em Pediatria
Terapia Nutricional em Pediatria
Interações
Interações
• Fármaco – Nutriente
– Sondas
• Estabilidade – Compatibilidade
– Cálcio / Fósforo
– Emulsões lipídicas
– Vitaminas
– Fármacos
Mohler 1991; Trissel 2001
Terapia Nutricional em Pediatria
Terapia Nutricional em Pediatria
Administração
Administração
• Enteral
– Sistemas aberto
fechado
– Métodos contínua
intermitente
em “ bolus”
– Técnicas por bomba
gravitacional
• Parenteral
– Contínuo / Cíclico
– Via exclusiva
– Bomba de infusão
Keeth 1996; ASPEN 1999
Terapia Nutricional em Pediatria
Terapia Nutricional em Pediatria
Monitoramento
Monitoramento
• Enteral / Parenteral
– Via de acesso
– Fórmulação
– Administração
– Complicações
• Mecânicas
• Metabólicas
• Infecciosas
• Doença de base
Kaminsky 1985; ASPEN 1996
Monitoramento
Par âmetr o Inicial Diár io Semanal Cada 3 semanas
Avaliação global subjetiva X
Dados relacionados à administração X X
Peso, balanço hídrico, função e resposta X Cr ianças X
gastrintestinal NE, NP adultos e
crianças maiores
:pelo menos 3
vezes/semana
Estatura e perímetro cefálico X Cr ianças X Cr ianças X
NP em crianças de 0 a 3 NP em crianças de 3
meses a 36 meses
Albumina quantitativa e proteínas totais X X
• Enteral / Parenteral
– Recuperação clínica
– Recuperação nutricional
• Terapia Nutricional Domicilar
IretonJones 1995; Meyer 2001
Terapia Nutricional em Pediatria
Terapia Nutricional em Pediatria
Equipe Interdisciplinar
(multiprofissional)
INDICADOR DE QUALIDADE
III CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM NUTRIÇÃO
PARENTERAL E ENTERAL ADULTO/PEDIATRIA
Curso de Extensão
Terapia Nutricional
na
Criança Criticamente Enferma
Lúcio Flávio Alencar – lalencar@hotlink.com.br
• Crescer • Estado hipermetabólico
fisiológico
• Desenvolver
• STRESS
• Prematuridade • Gravidade
• Sepse • Condição préexistente
• Trauma
• Insuficiências
múltiplas
• Cirurgias
• Gravidade coordenada
Resposta orgânica
e
• Condição préexistente complexa e integrada
autolimitada
Estado
HIPERMETABÓLICO
Neuro
endócrina
Resposta orgânica
Citocínica
complexa e integrada
Metabólica
STRESS Alcalose/Acidose
Resistência à
insulina
Energia Resposta
• ↑ AG livres neuroendócrina
• ↑ Glicerol Retenção de Na e H 2 O
ADH
Sist. Renina
Tecido muscular angiotensina
Proteólise aldosterona
Neoglicogênese
Cetogênese Excreção
Ureagênese renal de K
Fase de Refluxo
Fase de Refluxo Fase de Fluxo
Fase de Fluxo
(( (Ebb)
Ebb
Ebb ) (( (Flow)
Flow
Flow )
Gasto de
Energia
Tempo
• - Catecolaminas
• - Glicocor ticóides
• - Glucagon
• Liber ação de citocinas e mediador es inflamatór ios
• Pr odução de pr oteínas de fase aguda
Fase de fluxo
Fase de fluxo Fase de refluxo
Fase de refluxo
Fase de refluxo Fase anabólica
Alter ações (“ebb”) (“flow”) (“flow”)
Fase anabólica
Fase anabólica
☺
Hormonais e ↑ Glucagon ↑ Contrareguladores
↑ Contrareguladores ↑ Insulina
↑ Insulina
↑ ACTH
↑ ACTH Insulina
↑ Insulina ↓ Contrareguladores
↓ Contrareguladores
Não ↑ Glicocorticóides ↑ Citocinas (IL1, IL2,
↑ Citocinas (IL1, IL2, ↓ Citocinas
↓ Citocinas
hormonais ↑ Catecolaminas
↑ Catecolaminas IL6, IL8, TNF)
↓ Insulina
Insulina
Metabólicas HIPOMETABOLISMO HIPERMETABOLISMO ↑ Sintese Protéica → ANABOLISMO
↑ Sintese Protéica →
↓ Consumo de O
↓ Consumo de O 2 Catabolismo protéico ↓ Neoglicogênese
↓ Neoglicogênese
Hiperglicemia ↑ Glicogenólise ↓ Lipólise
↓ Lipólise
↑ Lipólise
↑ Lipólise Å
Balanço nitrog. Å
↑ Neoglicogênese
↑ Neoglicogênese
Balanço Nitrog. Θ
Clínicas •Instabilidade
Instabilidade • DC ↑, hiperdinâmico
DC ↑, hiperdinâmico •↑ Massa corpórea magra
↑ Massa corpórea magra
hemodinâmica Hipertermia
• Hipertermia •↓ Gasto energético
Gasto energético ↓
•Perfusão deficiente,
Perfusão deficiente, •Perfusão tende ao
Perfusão tende aonl
nl
vasoconstrição •Acidose
Acidose
•Hipotermia
Hipotermia ↑ Gasto energético
•Gasto energético ↑
STRESS
Fase Catabólica
Ø Ofer ta de lipídeos
Terapia Nutricional
Terapia Nutricional
Elementos Pr ognósticos
Elementos Pr ognósticos
Ø Hiper glicemia
Ø Plaquetopenia
Terapia Nutricional
Terapia Nutricional
Metas Cr uciais
Ø Diminuir o catabolismo
r ever ter o balanço nitr ogenado
Lúcio Flávio Alencar
lalencar@hotlink.com.br