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Fatos Sociais
Para Durkheim o fato social está relacionado às maneiras de agir, de pensar e
de sentir e a força que essas maneiras que exercem sobre os indivíduos, fazendo
com que estes se adaptem às regras do meio em que vivem, e tais fatos se repetem
em todos os membros de uma sociedade ou de uma comunidade específica. Para
ser considerado um fato social, no entanto, o que uma pessoa faz tem de atender as
características de generalidade, exterioridade e coercitividade, só então pode ser
identificado como tal.
Além de exercer coerção, outra característica define o fato social, esta se dá
pelo fato de que a sua existência independe do indivíduo, é exterior a ele. Isso fica
explícito nos princípios religiosos seguidos, no papel e nas obrigações que
cumpridas em família, na organização e divisão de trabalhos, na forma que estudar,
enfim, tudo isso é definido antes do nascimento de cada indivíduo. Os fatos sociais
não são uma regra que se reforça em todo o meio, podendo também ser próprios de
comunidades específicas, como: países, grupos religiosos ou de grupos com
afinidade em comum.
Os fatos sociais podem ser observados com maior nitidez quando se estuda
uma cultura distinta a que lhe é de origem, uma vez que é possível observar que, o
que em uma cultura é algo considerado estranho, para outra já está estabelecido
culturalmente e é totalmente aceito e comum, se reproduz independente da vontade
de seus componentes.
Coerção
Coerção refere-se à repressão. A prática ou a consequência de retrair alguma
coisa ou alguém é chamada de ato coercitivo. Em definições jurídicas, coerção é o
que o Estado faz para fazer seu direito. No momento em que alguém age sob
coerção, ou seja, coercitivamente, ele esta sendo dominado a fazer aquilo por força
ou intimidação. É um artificio empregado pelas polícias para obter informações e/ou
reprimir manifestações.
A coerção social é um conceito do sociólogo Émile Durkheim, coerção para
ele tem natureza obrigatória, ocorre através de um estimulo externo que influencia o
individuo, até contra sua escolha. Tem como função exercer limites, estruturar a vida
e as ações dos seres humanos, levando-o a se comportar, por assim dizer, “sob
pressão”, mesmo que de forma imperceptível, uma vez que algumas regras são
inseridas no comportamento humano devido à convivência comunitária e a uma
consciência coletiva.
Caso o sujeito não seja coagido a agir de certo modo, por meio da
consciência coletiva, repressão e sanções punitivas se farão valer. No entanto,
geralmente, as leis, métodos educacionais, códigos de conduta e moral são
suficientes para garantir que não exista uma anarquia social que demande maior
nível de coerção que não seja aquele já imposto por meio da consciência coletiva.
Dessa forma, a coerção social é construída como uma ferramenta para submissão
do individuo à sociedade.
REFERÊNCIAS
ARON, Raymond. As etapas do pensamento sociológico. São Paulo: Martins Fontes,
2000.
DURKHEIM, Emile. As regras do método sociológico. São Paulo_ Martin Claret,
2001.
DURKHEIM, Émile. Lições de Sociologia. São Paulo: Martins Fontes, 2002.
SILVA, Golias. Sociologia Organizacional. Florianópolis: Departamento de Ciências
da Administração. Brasília. 2010.
http://culturalivre.com/anomia_social_coercao_social_teoria_de_emile_durkheim_so
ciologia/. Acessado em 06/10/2018 às 20:20h.
http://www.sociologia.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=167
Acessado em 06/10/2018 às 20:30h.
https://www.infoescola.com/sociologia/fatos-sociais/. Acessado em 06/10/2018 às
19:30h.