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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA (UNEB)

UNIDADE ACADÊMICA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (UNEAD)

ATIVIDADE PROPOSTA: Trabalho escrito em equipe - Teoria Sociológica Clássica.


Componente Sociologia Organizacional Semestre: 3º
Curricular:
Docente: Prof. Gerdival Musse da Silva
Discente: Ezane Brito de Oliveira, Flávia Cristina Andrade B. Pires, Jayana Kelly Santana
Reis e Nayara Oliveira da Silva Bonfim

Émile Durkheim: Fatos Sociais, Divisão Social do Trabalho e Coerção.

Émile Durkheim nasceu em 1858, foi um intelectual francês, observador e


estudioso dos fatos históricos a seu redor e no cotidiano de seu tempo, é conhecido
e reconhecido como um dos fundadores das ciências sociais e de modo muito
especial da sociologia científica.
Ao longo de seus estudos, sofreu grande influencia por parte do
movimento positivista; dedicou-se a elaborar uma ciência que tornasse possível e
promovesse a compreensão dos comportamentos coletivos. A leitura de seus
escritos estimulou a reflexão do leitor direcionada para certas conexões de sentido
existentes entre os três tipos de solidariedade, também denominados instrumentos
de controle social, ou seja, a ética, a moral e o Direito.
O estudioso filósofo sociólogo, em consideração, dedicou-se ao estudo da
ética, da moral e do Direito com o objetivo fundamentalmente instrumental de servir
destes ramos do conhecimento como meios e recursos para a realização de seus
propósitos. Estes mesmos propósitos consistiam, antes de tudo, em contribuir para
que a sociologia adquirisse o status de ciência, melhorasse o funcionamento da
sociedade francesa e da humanidade, propiciando sua reorganização mental e da
moral, o que resultaria em uma nova ordem.
Essa nova ordem refere-se a uma reforma mental, a mudança das maneiras
de pensar, sentir e agir dos indivíduos e grupos, e reforma moral, isto é, a mudança
das maneiras de relacionamento das pessoas umas com as outras, perpassadas
não só pelos ensinamentos teológicos e filosóficos, vigentes naquele momento, mas
a partir de então, por princípios e práticas de natureza científica.

Fatos Sociais
Para Durkheim o fato social está relacionado às maneiras de agir, de pensar e
de sentir e a força que essas maneiras que exercem sobre os indivíduos, fazendo
com que estes se adaptem às regras do meio em que vivem, e tais fatos se repetem
em todos os membros de uma sociedade ou de uma comunidade específica. Para
ser considerado um fato social, no entanto, o que uma pessoa faz tem de atender as
características de generalidade, exterioridade e coercitividade, só então pode ser
identificado como tal.
Além de exercer coerção, outra característica define o fato social, esta se dá
pelo fato de que a sua existência independe do indivíduo, é exterior a ele. Isso fica
explícito nos princípios religiosos seguidos, no papel e nas obrigações que
cumpridas em família, na organização e divisão de trabalhos, na forma que estudar,
enfim, tudo isso é definido antes do nascimento de cada indivíduo. Os fatos sociais
não são uma regra que se reforça em todo o meio, podendo também ser próprios de
comunidades específicas, como: países, grupos religiosos ou de grupos com
afinidade em comum.
Os fatos sociais podem ser observados com maior nitidez quando se estuda
uma cultura distinta a que lhe é de origem, uma vez que é possível observar que, o
que em uma cultura é algo considerado estranho, para outra já está estabelecido
culturalmente e é totalmente aceito e comum, se reproduz independente da vontade
de seus componentes.

Divisão Social do Trabalho


Divisão social do trabalho tem como conceito o modo como se distribui o
trabalho nas diferentes sociedades ou estruturas socioeconômicas. Tendo como
objetivo a delimitação de tarefas. Através dessa divisão obtém se, a diminuição do
tempo gasto, e o aumento progressivo da produção, acarretando numa maior
eficiência do serviço, favorecendo a sociedade como um todo.
Analisando os pensamentos de Émile Durkheim, compreende-se por divisão
social do trabalho o que o mesmo conceituou de solidariedade orgânica, onde
comparava a sociedade a um organismo vivo, sendo que seus membros devem
estar em perfeita harmonia. Se um adoece os demais também ficarão
comprometidos. Nota-se que sua preocupação era voltada para a questão da ordem
social, incitando a sociedade a funcionar de forma harmônica, baseada na coesão.
Emile analisou as funções sociais do trabalho na sociedade e as classificou
em dois tipos de solidariedade existentes, a orgânica e a mecânica. Onde a
mecânica seria a fase inicial, ainda não havia tanta divisão do trabalho, sociedade
simples, e todas as pessoas realizavam as tarefas necessárias. Já solidariedade
orgânica, uma característica de uma sociedade moderna, cuja divisão social do
trabalho é bastante definida, assim, a solidariedade orgânica implica maior
autonomia, e a consciência individual mais livre, a divisão do trabalho traria a
dependência um dos outros, uns necessitariam que outros desenvolvessem
determinadas atividades para que estes pudessem fazer outras.

Coerção
Coerção refere-se à repressão. A prática ou a consequência de retrair alguma
coisa ou alguém é chamada de ato coercitivo. Em definições jurídicas, coerção é o
que o Estado faz para fazer seu direito. No momento em que alguém age sob
coerção, ou seja, coercitivamente, ele esta sendo dominado a fazer aquilo por força
ou intimidação. É um artificio empregado pelas polícias para obter informações e/ou
reprimir manifestações.
A coerção social é um conceito do sociólogo Émile Durkheim, coerção para
ele tem natureza obrigatória, ocorre através de um estimulo externo que influencia o
individuo, até contra sua escolha. Tem como função exercer limites, estruturar a vida
e as ações dos seres humanos, levando-o a se comportar, por assim dizer, “sob
pressão”, mesmo que de forma imperceptível, uma vez que algumas regras são
inseridas no comportamento humano devido à convivência comunitária e a uma
consciência coletiva.
Caso o sujeito não seja coagido a agir de certo modo, por meio da
consciência coletiva, repressão e sanções punitivas se farão valer. No entanto,
geralmente, as leis, métodos educacionais, códigos de conduta e moral são
suficientes para garantir que não exista uma anarquia social que demande maior
nível de coerção que não seja aquele já imposto por meio da consciência coletiva.
Dessa forma, a coerção social é construída como uma ferramenta para submissão
do individuo à sociedade.
REFERÊNCIAS
ARON, Raymond. As etapas do pensamento sociológico. São Paulo: Martins Fontes,
2000.
DURKHEIM, Emile. As regras do método sociológico. São Paulo_ Martin Claret,
2001.
DURKHEIM, Émile. Lições de Sociologia. São Paulo: Martins Fontes, 2002.
SILVA, Golias. Sociologia Organizacional. Florianópolis: Departamento de Ciências
da Administração. Brasília. 2010.
http://culturalivre.com/anomia_social_coercao_social_teoria_de_emile_durkheim_so
ciologia/. Acessado em 06/10/2018 às 20:20h.
http://www.sociologia.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=167
Acessado em 06/10/2018 às 20:30h.
https://www.infoescola.com/sociologia/fatos-sociais/. Acessado em 06/10/2018 às
19:30h.

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