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Mesmo fortalecendo a economia a exploração da madeira gera muitas polêmicas na

região devido ao desmatamento, iniciativas públicas e privadas vem tentando conciliar a


indústria, geração de emprego e renda com a manutenção da floresta. Algumas dessas
iniciativas foram à implementação do manejo comunitário, certificação, como o selo
verde, concessão e assentamento florestal. A variável ICMS produz efeitos negativos
sobre a oferta de madeira certificada, portanto a majoração da carga tributária, pelo
aumento do custo, reduz a oferta. Por sua vez, tende a estimular o aumento da extração
e comercialização de madeira sem origem legal (SANTANA et al., 2010, p. 09). Como
visto, um vai complementando a outra, até se chegar ao manejo florestal certificado, que
é o mais completo. O manejo Certificado é o que garante a empresa o famoso selo
verde. Assim, o termo manejo florestal possui várias implicações. Por exemplo, manejo
florestal é um tipo de exploração madeireira realizada de forma planejada. Ou seja, ao
contrário da exploração convencional, o manejo aplica atividades de planejamento a fim
de assegurar a manutenção da floresta para um outro ciclo de corte. Para alcançar esse
objetivo, o manejo florestal, em relação a EIR, também monitora o desenvolvimento da
floresta e aplica tratamentos silviculturais. O manejo florestal sustentável, por sua vez,
inclui adicionalmente atividades para assegurar a compatibilidade social ao uso florestal
(SABOGAL et al., 2006, p. 26).

Madeira legal Vs. Madeira ilegal

MADEIRA LEGAL

Madeiras nativas de origem legal são madeiras de espécies nativas que provêm do corte
autorizado pelo órgão ambiental competente e que possuam o documento de licença de
transporte e armazenamento (DOF, GF, GCA ou afins), acompanhada da Nota Fiscal
correspondente.
Para exploração de madeira legal é necessária a Autorização de Exploração (AUTEX),
que pode ter origem a partir de:
 Plano de Manejo Florestal Sustentável (PMFS),
 Autorização de Desmate para Uso Alternativo do Solo ou
 Autorização para Supressão da Vegetação.
Nesses dois últimos tipos de extração, o manejo é o convencional e, apesar de legal nos
termos da lei, não é sustentável. Por outro lado, quando a madeira é extraída de áreas
com Plano de Manejo Florestal Sustentável, o impacto ambiental gerado é muito menor,
garantindo a conservação das florestas e a continuidade da disponibilidade de matéria
prima para as próximas gerações.

Madeira Ilegal

A exploração ilegal é aquela realizada sem autorização de exploração e se caracteriza


pela sua ação rápida, predatória e devastadora de grandes áreas de floresta nativa.
Muitas vezes ocorre inclusive em Área de Preservação Permanente (APP) e Reserva
Legal (RL), ou seja, em áreas protegidas por lei.
A exploração ilegal de madeira ainda é um grande problema no Brasil, e a Floresta
Amazônica é a principal afetada por esta atividade. Estima-se que 80% da extração
anual de madeira da região seja de origem ilegal.
O Estado de São Paulo consome cerca de 25% da madeira extraída da Amazônia, e
destes, 70% é consumido pelo setor da construção civil.
Desta forma, o Estado de São Paulo, através do seu poder de compra e do transporte,
armazenamento e comercialização responsável, atua como um dos principais agentes
reguladores e indutores da preservação dos recursos florestais da Amazônia.

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