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22.11.18 23h38
22/11/2018 20:47h
O Programa de Residência Multiprofissional em Trauma, executado pelo Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE),
localizado em Ananindeua (Região Metropolitana de Belém), recebeu Menção Honrosa pelo trabalho intitulado “Atuação do Fisioterapeuta
na Parada Cardiorrespiratória: Uma Revisão de Literatura”, apresentado neste mês no 1º Congresso Paraense de Urgência e Emergência,
na capital paraense.
A pesquisa desenvolvida pela fisioterapeuta residente Letícia Pereira, exposta em banner no evento, conquistou o 3º lugar. O trabalho
aborda como o profissional de fisioterapia pode colaborar para um atendimento de emergência mais rápido e eficiente, contribuindo para a
redução dos agravos e melhoria no quadro do paciente. “Ter este reconhecimento em um evento de Urgência e Emergência mostra que o
objetivo foi alcançado, de apresentar a toda a comunidade assistencial que o fisioterapeuta é importante, e pode estar apto para atuar de
forma eficaz neste processo”, ressaltou Letícia Pereira.
Literatura - Segundo ela, a ideia de desenvolver a pesquisa partiu da atuação nas salas amarela e vermelha do Pronto Atendimento do
HMUE, onde os pacientes chegam em estado grave e toda a equipe multiprofissional é envolvida no atendimento. “Isto me motivou a fazer
um levantamento bibliográfico na literatura científica, e pude constatar que ainda existem poucos estudos envolvendo o fisioterapeuta neste
campo de atuação”, explicou.
Durante o levantamento, a residente verificou que a inserção do fisioterapeuta na Parada Cardiorrespiratória é recente, e que os próprios
fisioterapeutas desconhecem as condutas adequadas em relação à frequência respiratória e a relação entre compressões torácicas e
ventilação. “O sucesso da reanimação do paciente depende de uma sequência de procedimentos que não podem ser considerados
isoladamente. Por isso, é importante a realização de treinamento da equipe multiprofissional e a comunicação entre a equipe para a
organização, distribuição de funções e a resolubilidade da ocorrência”, complementou.
A Parada Cardiorrespiratória, por ser uma ocorrência inesperada, exige um atendimento rápido e organizado, no qual o fisioterapeuta deve
auxiliar no cuidado com a via aérea do paciente, para mantê-la aberta; fazer massagens cardíacas alinhadas com a ventilação manual para
bombear o coração corretamente e fazer a aspiração orotraqueal, a fim de auxiliar o médico. Esses procedimentos evitam a necessidade
de suporte ventilatório invasivo ou minimizam o tempo do paciente em ventilação mecânica.
“Como benefício da inserção deste profissional no cenário do atendimento de urgência obtêm-se menores complicações, infecções,
doenças ocasionadas pelos dispositivos invasivos, menor tempo de internação e um menor custo para os hospitais, sendo importante para
o cenário da saúde pública”, reiterou Letícia Pereira.
Para Leonardo Ramos, coordena
dor de Ensino e Pesquisa do HMUE – unidade gerenciada pela Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar -,
pesquisas como a desenvolvida pela residente, alcançando o objetivo de publicações e congressos, reforça que o trabalho do
departamento está no caminho certo. “Além de fazer ensino em serviço, que é o que a residência faz, transmitir esse conhecimento a partir
de experiências e pesquisas realizadas dentro do Hospital também está entre as nossas missões”, disse o coordenador.
Três municípios do Pará já estão sem nenhum médico com saída dos cubanos
Um levantamento divulgado pelo Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems), nesta quinta-feira, 22, aponta que
sem os médicos cubanos do programa Mais Médicos, 285 cidades de 19 estados do Brasil ficarão sem médicos dedicados à saúde básica
na rede pública.
No Pará, os municiípios de Afuá e Cachoeira do Arari, no arquipélago do Marajó, e Senador José Porfirio, no sudeste do Estado, já estão
sem médicos, segundo o Conasems.
Uma nota divulgada pela Prefeitura Municipal de Bagre afirmou que os médicos que atuavam no local já foram embora na última terça-
feira, 20.
O presidente da Associação dos Municípios do Marajó (Amam), Murilo Guimarães, afirmou que a situação no arquipélago está dramática.
As equipes de Saúde da Família contam com apenas um médico e outros profissionais da saúde. Os médicos cubanos atuavam nessas
equipes e podiam ficar responsáveis por até quatro mil habitantes.