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Sistema Nervoso Autônomo

Farmacologia
Prof. Leonel Carvalho
Introdução
• O sistema nervoso autônomo (SNA), junto com o
sistema endócrino, coordena a regulação e a
integração das funções corporais.

• O sistema nervoso exerce sua influência pela


rápida transmissão de impulsos elétricos nas
fibras nervosas que terminam nas células
efetoras, as quais respondem especificamente à
liberação de substâncias neurotransmissoras.
Organização do Sistema Nervoso
Divisão Funcional do Sistema Nervoso

• Os neurônios eferentes somáticos estão


envolvidos no controle voluntário de funções
como a contração dos músculos esqueléticos.

• O SNA, por sua vez, regula as exigências


diárias das funções corporais vitais sem a
participação consciente do cérebro (conhecido
também por sistema nervoso visceral,
vegetativo ou involuntário).
Anatomia do Sistema Nervoso Autônomo

• 1. Neurônios Eferentes

• 2. Neurônios Aferentes

• 3. Neurônios Simpáticos

• 4. Neurônios Parassimpáticos

• 5. Neurônios Entéricos
Neurônios Eferentes
Neurônios aferentes

• Os neurônios aferentes (fibras) do SNA são


importantes na regulação reflexa desse
sistema (p. ex., sentindo a pressão nos seios
carotídeos e no arco aórtico) e na sinalização
ao SNC para influenciar a resposta dos ramos
eferentes do sistema.
Neurônios simpáticos

• Na maioria dos casos, as terminações


nervosas pré-ganglionares do sistema nervoso
simpático ramificam-se muito, permitindo que
um neurônio pré-ganglionar interaja com
vários neurônios pós-ganglionares.

• Essa estruturação permite a esta divisão do


SNA ativar numerosos órgãos efetores ao
mesmo tempo.
Neurônios parassimpáticos

• As fibras pré-ganglionares parassimpáticas


emergem dos nervos craniais III (oculomotor), VII
(facial), IX (glossofaríngeo) e X (vago), bem como
da região sacral da medula espinal (S2 a S4), e
fazem sinapse nos gânglios próximos dos órgãos
efetores.

• Os neurônios pós-ganglionares desses nervos


inervam a maioria dos órgãos nas cavidades
torácica e abdominal.)
Neurônios entéricos

• Compreende uma coleção de fibras nervosas


que inervam o trato gastrintestinal (TGI), o
pâncreas e a vesícula biliar, constituindo-se no
“cérebro do intestino”.
• Funciona independentemente do SNC e
controla a motilidade, secreções exócrinas e
endócrinas e a microcirculação do TGI.
• Modulado tanto pelo sistema simpático
quanto pelo parassimpático.
Funções do sistema nervoso simpático

• Efeitos da estimulação da divisão simpática:


• Aumento da freqüência cardíaca;
• Aumento da P.A;
• Mobilização das reservas de energia;
• Aumento do fluxo sanguíneo para os
músculos;
• Dilatação das pupilas e brônquios;
• Afeta a motilidade do TGI e função da bexiga e
órgãos sexuais.
Funções do sistema nervoso simpático

• Reação de luta ou fuga:

• Essas reações são iniciadas tanto por ativação


simpática direta dos órgãos efetores quanto
por estimulação da medula suprarrenal,
liberando epinefrina e, em menor extensão,
norepinefrina.
Funções do sistema nervoso parassimpático

• Está envolvida com a manutenção da


homeostasia do organismo.

• Essencial para a vida, pois mantém funções


corporais essenciais como a digestão e
eliminação de resíduos.

• A divisão parassimpática geralmente atua para


opor ou equilibrar as ações da divisão simpática
e, em geral, predomina sobre o sistema simpático
e situações de “repouse e digira”.
Papel do SNC no controle das funções autônomas

• Embora o SNA seja um sistema motor, ele requer


impulsos sensoriais de estruturas periféricas para
proporcionar informações sobre o estado
corrente do organismo.

• Essa retroalimentação é proporcionada pelas


ondas de impulsos aferentes, originadas nas
vísceras e em outras estruturas inervadas pelo
sistema autônomo, que vão até os centros
integradores no SNC, como o hipotálamo, o bulbo
e a medula espinal.
• Esses centros respondem ao estímulo enviando
impulsos reflexos eferentes por meio do SNA.

• 1)Arcos reflexos: A maioria dos impulsos


aferentes é transformada involuntariamente em
respostas reflexas.

• 2)Emoções e o SNA: Estímulos que provocam


sensações fortes, como raiva, medo ou prazer,
podem modificar a atividade do SNA.
Inervação pelo sistema nervoso autônomo

• 1) Inervação dupla: A maioria dos órgãos do


organismo é inervada por ambas as divisões
do SNA.

• Assim, a inervação parassimpática vagal


diminui a freqüência cardíaca, e a inervação
simpática a aumenta.
• 2) Órgãos que recebem apenas a inervação
simpática:
• Embora a maioria dos tecidos receba
inervação dual, alguns órgãos efetores, como
a medula suprarrenal, rins, músculos
piloeretores e as glândulas sudoríparas,
recebem somente inervação do sistema
simpático.
Sistema Nervoso Somático (SNS)

• O sistema nervoso somático eferente difere do


SNA pelo fato de um único neurônio motor
mielinizado, originado no SNC, ir diretamente ao
músculo esquelético, sem a intermediação de
gânglios.

• O SNS inerva os músculos esqueléticos. Um


axônio motor somático é altamente ramificado, e
cada ramo inerva uma fibra muscular simples.
Ação dos sistemas simpático e parassimpático nos
órgãos efetores
Sinalização Química entre as Células

• A neurotransmissão no SNA é um exemplo de um


processo mais geral de sinalização química entre as
células.
• Outros tipos de sinalização incluem:

• Hormônios (exemplos, tiroxina, tiridoxina, calcitonina,


cortisol,insulina).
• Mediadores locais (exemplos: histamina;
prostaglandinas).
• Neurotransmissores (exemplos: GABA, acetilcolina,
dopamina, serotonina epinefrina e norepinefrina).
Alguns mecanismos usados comumente para a transmissão
de sinais reguladores entre as células
Resumo dos neurotransmissores liberados e dos tipos de receptores
encontrados nos sistemas nervosos autônomo e somático
Receptores de membrana que afetam a permeabilidade iônica
(receptores ionotrópicos)

• Os receptores de neurotransmissores são proteínas de


membrana que disponibilizam o local de ligação que
reconhece e responde à molécula neurotransmissora.

• Alguns receptores, como os nicotínicos pós-sinápticos


nas células musculares esqueléticas, estão ligados
diretamente a canais iônicos de membrana.

• Por isso, a ligação do neurotransmissor ocorre


rapidamente (em fração de milissegundos) e afeta
diretamente a permeabilidade iônica.
Receptores de membrana acoplados a segundos mensageiros
(receptores metabotrópicos)

• Vários receptores não são acoplados diretamente a canais


iônicos. Nesses casos, o receptor sinaliza o reconhecimento da
ligação de um neurotransmissor, iniciando uma série de reações,
que no final resultam em uma resposta intracelular específica.

• Moléculas segundas mensageiras e o efeito final na célula são


parte de uma cascata de eventos que traduz a ligação do
neurotransmissor em uma resposta celular, em geral, com a
intervenção de uma proteína G.

• Os dois segundos mensageiros mais amplamente reconhecidos


são os sistemas adenililciclase e cálcio-fosfatidilinositol .
Bibliografia

• KATZUNG, B.; TREVOR, A. Farmacologia Básica e Clínica - 13ª


ed. Porto Alegre: AMGH, 2017.

• WHALEN, K.; FINKELI, R.; PANAVELIL, T. Farmacologia


Ilustrada - 6ª ed.Porto Alegre: Artmed, 2016.

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