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Disjuntores de Potência

O disjuntor é um dispositivo mecânico de manobra, capaz de estabelecer, conduzir e


interromper correntes nas condições normais do circuito e anormais, como as de curto
circuito.
No estado ligado ou fechado o disjuntor deve suportar a corrente nominal da linha
sem que venha a aquecer além dos limites permissíveis. No estado aberto ou desligado a
distância de isolamento entre contatos deve suportar a tensão de operação e sobretensões
internas, devido a surto de manobras ou descargas atmosféricas.
Além das manobras com correntes de cargas, ele deve interromper com segurança
altas correntes de curto circuito indutivas, e não deve interromper prematuramente
pequenas correntes indutivas a fim de não provocar sobretensões. Além disso existem as
correntes capacitivas, manobra sob oposição de fase.
Um disjuntor moderno está em condições de interromper a corrente, com um tempo
de duração do arco voltaico de 5 a 20 ms. Convém lembrar que
os disjuntores, frequentemente instalados ao tempo, permanecem meses e meses no estado
estacionários ligado, conduzindo a corrente nominal sob condições climáticas das mais
variadas proporcionando, às vezes, variações de temperatura em dezenas de graus
centígrados, agentes atmosféricos agressivos a vários de seus componentes e outras
condições adversas.
Do exposto depreende-se que uma confiabilidade total é exigida do disjuntor de
potência e esta confiabilidade deve ser consequência de um projeto racional e um controle
de qualidade extremamente rigoroso, que vai desde a seleção de matérias-primas até os
ensaios finais.

Ainda não se chegou a uma equação única que defina o comportamento do arco
voltaico para todas as situações, razão pela qual um disjuntor não pode ser projetado
através de uma sequência de cálculos provenientes de princípios teóricos como se faz, por
exemplo, com um motor elétrico. O projeto deve se desenvolver mediante ensaios de
potências em circuitos diretos ou sintéticos feitos paralelamente, a fim de se comprovar a
eficiência da câmara de interrupção e seus componentes internos nas mais variadas
situações.

Características Principais de um disjuntor:


1. Tensão Nominal - É aquela para qual o disjuntor foi construído.
2. Corrente Nominal – É o valor máximo da intensidade de corrente que pode circular por
suas partes condutoras, sem aquecê-las.
3. Capacidade de ruptura – É a propriedade que um disjuntor tem em poder
interromper até correntes de curto-circuito.
4. Capacidade de fechamento – É a propriedade que um disjuntor tem em poder
efetuar o fechamento em presença de curto-circuito.

Os disjuntores devem satisfazer as seguintes condições:


1. Abrir e fechar um circuito no menor tempo possível.
2. Conduzir a corrente de carga das linhas
3. Deve suportar termicamente a corrente nominal de carga do sistema
4. Suportar térmica e mecanicamente a corrente de curto circuito do sistema por um
determinado tempo segundo especificações do fabricante.
5. Isolar tensão do sistema, em relação a terra, e entre seus pólos, sob quaisquer
condições do meio ambiente (sob chuva, a seco, em atmosfera poluída, etc).
6. Ter adequada resistência mecânica, não ser afetado por vibrações, ser compacto, requerer
pouca manutenção e ser de fácil montagem.

Tipos de Disjuntores
O que caracteriza um tipo determinado de disjuntor é maneira pela qual os arcos
elétricos são extintos em seus contatos.
Tipos principais:
● A óleo (câmara de extinção em pequeno e grande volume de óleo)
● Ar comprimido (sopro pneumático)
● Sopro Magnético
● A gás (SF6 – Hexafluoreto de enxofre)

Disjuntor a óleo:
São aqueles cujos contatos principais operam imersos em óleo isolante, o qual
serve tanto para extinção de arco como para isolar as partes energizadas do contato com o
tanque.
A extinção do arco é devida à decomposição do óleo, provocada pela temperatura do
arco, que a decompõe nos seguintes gases: Hidrogênio (66%), acetileno (17%), metano (9%),
outros gases (8%). A proporção de cada gás depende de cada tipo de óleo usado. O
hidrogênio é o principal responsável pela extinção do arco, pois suas ótimas propriedades
refrigerantes retira o calor do arco, facilitando a extinção.
Os gases produzidos pela decomposição do óleo são soprados transversalmente ou
ao longo do arco, dependendo do tipo da câmara do disjuntor (câmara axial ou transversal).
Nesse Caso, a extinção é essencialmente um fenômeno termodinâmico onde a quantidade
de gás é responsável pelo sucesso de extinção à proporcional à corrente de interrupção.
Logo, esse tipo de disjuntor tem mais facilidade em interromper altas correntes que baixas
correntes (15 a 150 A), devido a formação dos gases ser mais lenta (principalmente correntes
capacitivas). Em geral, a extinção do arco ocorre na primeira passagem da corrente pelo
zero, caso não haja extinção, na segunda pelo zero, os contatos já estarão mais afastados e
haverá também maior quantidade de gases e consequentemente maior probabilidade de
extinção do arco.
Também esse tipo de disjuntor é mais adequado para média corrente e é pouco
recomendável a utilização desse tipo de disjuntores para religamentos e circuitos com
maiores probabilidades de faltas.

Disjuntores a pequeno volume de óleo (PVO)


Este tipo de disjuntor representa uma evolução no sentido em que se procurou
projetar uma câmara de extinção com fluxo forçado de óleo sobre o arco elétrico. Desta
maneira, aumentou-se a eficiência do processo de interrupção da corrente e diminuiu-se
consideravelmente o volume de óleo no disjuntor.

Disjuntor a grande volume de óleo (GVO)


Este é o tipo mais antigo de disjuntores a óleo. No passado consistia apenas de um
recipiente metálico com os contatos simplesmente imersos no óleo sem nenhuma câmara
de extinção. Hoje, os disjuntores GVO, possuem câmaras de extinção onde se força o fluxo
de óleo sobre o arco. Nesses disjuntores o tanque de óleo está aterrado.

24/10/2018
Equipamentos para controle de tensão
O controle de tensão no sistema, é acompanhado pelo controle da produção, absorção
e fluxo de potência reativa em todos os níveis do sistema elétrico.
As unidades de geração provêm os meios básicos para o controle. Os reguladores
automáticos de tensão controlam a excitação de campo para manutenção de um esquema
do nível de tensão nos terminais dos geradores.
Meios adicionais são usualmente requeridos para o controle de tensão através do
sistema.
Capacitores shunt, reatores e capacitores série provém compensação passiva. Eles
estão permanentemente conectados aos sistemas de transmissão e distribuição,
contribuindo para o controle de tensão através da modificação das características da rede.

Linhas de Transmissão
O desempenho das linhas de transmissão, ou seja, sua regulação e seu rendimento,
dependem muito do fator de potência da carga e essa dependência se torna mais evidente,
quanto mais longa for a linha.
Toda linha de transmissão tem um ponto de operação em que ela não absorve nem
fornece potência reativa. Tal ponto é denominado SIL. Assim sendo, se a potência ativa é
inferior ao SIL da linha, esta fornece potência reativa, e se a potência é superior ao SIL da
linha, esta absorve potência reativa.
SIL (Surge Impedance Loading): Potência natural da linha, ou ponto ótimo de
operação, em que ela não fornece nem absorve reativos.
As condições de carga influenciam diretamente no balanço de reativos da linha de
transmissão. Desse modo pode-se ter variação de tensão fora dos limites aceitáveis,
indicando a necessidade de meios para a compensação reativa.

Estabeleça características, vantagens e desvantagens para o controle de tensão


utilizando os seguintes recursos:
• Máquina Síncrona
• Tap’s em transformadores de potência
• Reatores shunt
• Compensadores estáticos
• Capacitores shunt
• Capacitores série

O controle de tensão em uma máquina síncrona é representado como um sistema de


realimentação que mede a tensão terminal do gerador, compara com uma referência e
passa por um ganho que vai modificar a tensão do campo e consequentemente modificar a
tensão interna gerada pela máquina.
Os taps dos transformadores são frequentemente utilizados para controlar a tensão de
uma barra. Verifica-se que problemas de oscilações, sustentadas como problemas de
colapso de tensão, podem surgir como consequência da interação entre cargas dinâmicas
e sistema de controle de chaveamento de tap dos transformadores.

31/10/2018
Transformadores: Fundamentais p/ o sist. Elétrico de potência, representam parte
significativa dos investimentos pertencentes à implantação desse sistema.

• Condições operativas impostas aos transformadores:


Presença de harmônicos; Sobrecargas; Sobre-excitações; Sazonalidade; Eficiência do sist.
de proteção: (Disjuntores, Relés, Fusíveis, Obsolescência).

• Condições ambientais
Temperatura; Umidade; Poluição; Incidência solar, além de outros agentes degradantes.

• Descargas atmosféricas
Falhas e defeitos em transformador de potência: Aquecimento excessivo; Descargas
elétricas internas; Gotejamento do líquido isolante.

• Subdivisão do Trafo em blocos


Buchas; Tanque e acessórios; Sistema de proteção e controle; Sistema de refrigeração:
Parte ativa; Comutador de tap’s; Óleo.

• Maior incidência de falhas


a) Parte ativa: Enrolamento; Núcleo.
b) Buchas: Buchas; TC’s de buchas.
c) Comutadores de derivação: Comutador (comutador de derivação em carga/ comut.
De deriv. Sem tensão); Seletora; Pré-seletora.
d) Sistema de refrigeração: Ventiladores; Radiadores; Óleo.
e) Sistema de proteção e controle: Relés (de proteção e de gás); Indicadores de nível de
óleo (válvula de alívio; termômetro de óleo; term. Do enrolamento); Relé diferencial;
Chave de bloqueio; Outras proteções.
f) Tanque e acessório: Tanque; Tanque de expansão; Válvulas dos radiadores; Caixa
terminal dos TC’c de bucha; Registros; Flanges; Compartilhamento de sílica-gel;
Tubulação de óleo; Dispositivo p/ coleta de gás do relé; Janela de inspeção e de
vista.
g) Óleo: Sistema isolante.

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