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O PAPEL DOS ESTOQUES NA EMPRESA

ANALISE DOS ESTOQUES


MODELOS DE ESTOQUES
1- O PAPEL DOS ESTOQUES NA EMPRESA

1.1- Introdução

Visto como um recurso produtivo que no final da cadeia de suprimentos criará


valor para o consumidor final, os estoques assumem papel importante. Hoje todas
as empresas procuram a obtenção de uma vantagem competitiva em relação a seus
concorrentes, e a oportunidade de atendê-los prontamente, no momento e na
quantidade desejada. Descobrir formulas para controlar melhor o estoque é o grande
desafio.
A empresa deve buscar os estoques para que o cliente tenha a qualquer hora
o produto solicitado ou arrisca na quantidade adquirida correndo o risco do não
atendimento do seu cliente? A organização que conseguir um resultado melhor
nesta equação, terá um diferencial entres os concorrentes, será mais lucrativas,
pois terá um melhor gerenciamento nos estoques, elevam os níveis dos estoques
rapidamente para atender à maior demanda, ou os reduzem quando a demanda
decresce.
A gestão do fluxo de materiais, serviços e informações, desde o fornecedor
inicial até o consumidor final, constitui a essência da logística. A utilização da
logística na gestão dos estoques é indispensável para empresas que querem se
manter no mercado competindo de igual para igual com seus concorrentes, pois a
cada dia que passa, eles estão percebendo que existe uma necessidade de maior
agilidade no atendimento aos clientes, de controles adequados para evitar gastos
desnecessários.
Em termos financeiros, os estoques são muitos importantes para as empresas
de manufatura. No balanço patrimonial, eles representam de 20 a 60% dos ativos
totais. A medida que os estoques vão sendo utilizados, seu valor se converte em
dinheiro, o que melhora o fluxo de caixa e o retorno sobre o investimento. Existe um
custo de estocagem dos estoques, que aumenta os custos operacionais e diminui os
lucros.
Quando se elabora um programa para a implantação de uma Administração
de Materiais, estabelecem-se objetivos financeiros e administrativos bem definidos,
como:
 Eliminar itens sem movimentação, pela erradicação definitiva das causa
da existência de itens em estoque sem utilidade para produção ou venda;
 Reduzir os investimentos em estoques, sem prejuízo da produção e do
atendimento aos clientes;
 Reduzir perdas de materiais na Logística Industrial através de técnicas de
movimentação e acondicionamento;
 Obter um nível de serviço próximo a 100% no atendimento aos pedidos
dos clientes;
 Eliminar custo das embalagens dos matérias pela utilização de novos
sistemas de movimentação e abastecimento.

Fig. 01 – Fluxo de materiais

1.2 - Por que se precisa ter estoques?

A estocagem de mercadorias prevendo seu uso futuro exige investimento por


parte da organização. Como não é possível a sincronização entre a oferta e a
demanda, de maneira a tornar a manutenção de estoques desnecessária, deve-se
acumular estoque para assegurar a disponibilidade de mercadorias e minimizar os
custos totais de produção e distribuição.

Na verdade, estoques servem para uma série de finalidades, ou seja:

 melhoram o nível de serviço, melhorando o atendimento ao cliente;


Os estoques auxiliam no marketing da empresa, uma vez que podem ser
oferecidos produtos com mais descontos, com quantidades mais adequadas,
com mais vantagens para os clientes que precisam de fornecimento imediato
ou de períodos curtos de ressuprimento. Isso representa maiores vantagens
competitivas, diminuição nos custos e maiores lucros nas vendas.
 reduzem custos de produção e de movimentação de materiais em
processos;
O menor custo unitário de produção ocorre, geralmente, para grandes
lotes de fabricação com o mesmo tamanho. Considerando que os
estoques agem como reguladores entre oferta e demanda, possibilitam
uma produção mais constante, não oscilando com as flutuações das
vendas. Além disso, a força de trabalho pode ser mantida em lotes
estáveis e os custos de preparação de lotes podem ser diminuídos.

 permitem economias de escala nas compras e no transporte;


A geração de pequenos lotes de compras para atender às necessidades
de produção ou atender a clientes a partir da manufatura implica maiores
custos de fretes, uma vez que não há volume suficiente para obter
descontos oferecidos aos maiores lotes. Outra finalidade dos estoques é
possibilitar descontos no transporte de grandes lotes equivalentes à
capacidade dos veículos, gerando, assim, fretes menores.

 agem como proteção contra aumentos de preços;


Mercadorias negociadas em mercados abertos, tais como minérios,
produtos agrícolas e petróleo, têm seus preços ditados pelas curvas da
oferta e da demanda. Assim, as compras podem ser antecipadas em
razão de aumentos previstos nos preços, gerando estoques que devem
ser muito bem administrados.
 protegem a empresa de incertezas na demanda e no tempo de
ressuprimento;
Devido à impossibilidade de se conhecerem as demandas pelos produtos
ou seus tempos de ressuprimento de maneira exata no sistema logístico e,
para garantir a disponibilidade do produto, deve-se formar um estoque
adicional (estoque de segurança). Este é adicionado ao estoque regulador
para atender às necessidades da produção e do mercado.
 servem como segurança contra contingências
Algumas contingências podem atingir as empresas de maneira
inesperada. Como exemplo, podemos citar greves, incêndios, inundações,
entre outras. A manutenção do estoque de reserva é uma maneira viável
de garantir o fornecimento normal nessas ocasiões.

1.3 - Classificação dos estoques

Os recursos materiais, os estoques, podem ser classificados em demanda


dependente ou demanda independente. Os materiais, componentes, partes e
peças da demanda independente são os itens cuja demanda decorre, em sua
maioria, dos pedidos dos clientes externos, como por exemplo, os produtos
acabados, que a empresa vende diretamente a seus clientes externos e itens de
manutenção, de uso interno e requisitados por clientes internos, como material de
escritório e, portanto, relacionada com as condições do mercado e fora do controle
da empresa. Um item é dito de demanda dependente quando a quantidade a ser
utilizada depende da demanda de um item da demanda independente. Assim, um
pneu em uma montadora é um item de demanda dependente, pois a quantidade a
ser utilizada dependerá da previsão de automóveis a serem montados (5 unidades
por automóvel). Para um comerciante de pneus, no mercado de reposição, o mesmo
pneu é um item de demanda independente. Como os estoques constituem parcela
considerável dos ativos da empresa, eles recebem um tratamento contábil
minucioso.

1.2.4 - Tipos de Estoques

Define-se estoque como “quaisquer quantidades de bens físicos que sejam


conservados, de forma improdutiva, por algum intervalo de tempo”. Existem diversos
tipos ou nome de estoques, que podem ou não ser mantidos em um ou diversos
almoxarifados. Basicamente sendo mais utilizados estoque de matérias-primas,
estoque de materiais em processo, estoque de produtos auxiliares e estoque de
produtos acabados. Usualmente as empresas possuem em sua organização os
tipos abaixo:
 Estoque de matérias-primas – são itens comprados e recebidos que ainda não
entraram no processo de produção. Incluem materiais comprados, peças
componentes e subconjuntos. Ex. chapa, tarugo fundido, madeira, resina, pós,
etc. podem ser também itens comprados prontos ou já processados por outra
unidade ou empresa.

 Estoque de materiais auxiliares – compõe-se dos agregados que participam do


processo de transformação da matéria prima dentro da fábrica, porém não se
agrega a ela, tais como : rebolos, lixas, óleos, ferramentas etc.

 Estoque intermediário – Também conhecido como em processos ( WIP – Work


In Process ). Compõe esses almoxarifados as peças que estão em processo de
fabricação, ou em subconjuntos, que são armazenadas para compor o produto
final. O volume deste estoque é normalmente resultante de planejamento do
estoque de matéria-prima e do planejamento da produção. Um produto acabado
esperando liberação de qualidade é considerado um produto em processo.

 Estoque semi acabado - Os produtos semi-acabados são aqueles que ficam


armazenados, aguardando operações adicionais que os adaptem para diferentes
usos, normalmente são produtos customizáveis, sofrem um grau de
personalização e sofisticação exigidos pelo cliente e ou que foram reprovados
pela inspeção da qualidade antes de finalizar o processo.

 Estoque de produtos acabados – são itens que saem prontos do processo


produtivo e que já foram inspecionados pela área da qualidade, estão prontos
para serem vendidos como itens completos. Podem ser retidos na fábricas ou no
depósito central, ou ainda em vários pontos do sistema de distribuição.

 Estoque em Consignação - são estoques normalmente de produto acabado ou


de peças de reposição de manutenção que permanecem no cliente sob a sua
guarda, mas continua sendo, por meio de acordos mútuos, de propriedade do
fornecedor até que seja consumido.
 Estoque de manutenção – conhecido também como Suprimentos de
Manutenção, de reparo e de operação (MRO). Nessa categoria entram os itens
utilizados para apoiar as operações da organização. Incluem ferramentas
manuais, peças sobressalentes, lubrificantes e materiais de limpeza.

Quando a velocidade de entrada dos itens é maior que a saída, ou quando o número
de unidades recebidas é maior do que o número de unidades expedidas, o nível de
estoque aumenta. Se, ao contrário, mais itens saem, são demandados ou
consumidos do que entram, o estoque diminui. E se a quantidade que é recebida é
igual à que é despachada, o estoque mantém-se constante. Se considerarmos V (t)
como sendo a velocidade de entrada (unidades recebidas/unidade de tempo), v(t)
como a velocidade de saída (unidades expedidas/unidade de tempo) e E como
sendo o estoque, teremos as seguintes relações lógicas:

V(t) x t > v(t) x t _ E aumenta


V(t) x t < v(t) x t _ E diminui
V(t) x t = v(t) x t _ E mantém-se inalterado

Conseguir a igualdade V(t) x t = v(t) x t _ E é o grande desafio e objetivo da filosofia


Just in Time aplicada à gestão dos estoques, em que os estoques podem ser nulos.
A gestão do fluxo de chegada, V(t) x t é função de compras. Já a gestão do fluxo de
saída v(t) x t é função de vendas e de distribuição. A harmonização dos dois fluxos
dentro da fábrica é função do Planejamento e Controle da Produção (PCP).

Exemplo:
A empresa BJ consome o item 46123 a uma velocidade de 450 unidades por dia. O
item é comprado de terceiros e usado na montagem do produto final da empresa.
Sabendo-se que, em uma semana útil de 5 dias, a BJ recebeu dois lotes de 2500
unidades do item, qual foi a variação do estoque do item 46123 nessa semana?

Solução:
Recebimentos: V(t) x t = 2 x 2500 unidades = 5000 unidades/semana
Consumo: v(t) x t = 5 dias/semana x 450 unidades/dia = 2250 unidades/semana
Como V(t) x t > v(t) x t, o estoque aumentou em 2.750 unidades na semana.(5000 –
2250)

Custos dos estoques

Uma das principais preocupações do Administrador de Materiais é saber quais são


os custos relacionado ao estoque que gerencia.
O custo do estoque pode ser desmembrado em quatro partes, que auxiliarão na
determinação do nível de estoque a ser mantido:

 Custo de aquisição
É o valor pago pela empresa compradora do material adquirido. Este custo
esta relacionado com o poder de negociação , que buscara minimizar o preço
pago por unidade adquirida. Quanto maior o preço unitário pago, maior será o
valor do estoque para uma mesma quantidade estocada.

Custo de Aquisição = Preço Unitário X Quantidade Adquirida

 Custo de armazenagem;
Valor que envolve todos os materiais que estão estocados na empresa, de
toda mão- de- obra envolvida na atividade de estoques (manutenção, controle
e gerenciamento, inclusive os encargos trabalhistas), das despesas mensais
para manter estoques, incluindo a depreciação dos equipamentos, máquinas
e instalações e despesas a eles associados e ao custo anual do m2 de
armazenamento.
O custo de armazenagem de determinado item “i” em estoque pode ser
calculado pela formula:
CAm = EM x PMu x T x CAmu
Onde:
CAm = Custo de Armazenagem de um item
EM = Estoque médio de um item no tempo T (qtde)
PMu = Preço médio unitário do item no tempo T (valor)
T = Tempo em estoque
CAmu = Custo de Armazenagem unitário
 Custo de pedido
São custos fixos e variáveis referentes ao processo de emissão de um
pedido. Os fixos são os salários do pessoal envolvidos na emissão dos
pedidos e os variáveis estão nas fichas de pedidos e nos processos de enviar
esses pedidos aos fornecedores, bem como, todos os recursos necessários
para tal procedimento. Portanto, o custo de pedido está diretamente
relacionado com o volume das requisições ou pedidos que ocorrem no
período;

CP = n(CPAu + CPVu) onde:

CP = Custo do Pedido
N = Número de pedidos
CPAu = Custo de Pedido Administrativo unitário
CPVu = Custo de Pedido Variável unitário

 Custo de falta
No caso de não cumprir o prazo de entrega de um pedido colocado, poderá
ocorrer ao infrator o pagamento de uma multa ou até o cancelamento do
pedido, reduzindo o volume de vendas e prejudicando a imagem da empresa.
Este problema acarretará um custo elevado e de difícil medição relacionado
com a imagem, custos, confiabilidade, concorrência etc.

Exemplo:
Em uma empresa ocorreu um atraso de 4 dias na entrega do produto a um
cliente em razão de uma parada de 5 dias por falta de um item do estoque.
Considerando os dados abaixo fornecido pela empresa qual o custo de falta

Quadro 01

Custo de Falta = 5x400,00 + 5x120,00 + 4x50,00 = R$ 2.800,00


2 - Controle e Análise de Estoques

Como os estoques representam parcela substancial dos ativos das empresas,


devem ser encarados como um fator potencial de geração de negócios e de lucros.
Assim, cabe ao administrador verificar se estão tendo a utilidade adequada ou sendo
um “peso morto”, não apresentando o retorno sobre o capital neles investido.

Existem vários indicadores de produtividade na análise e controle dos estoques,


sendo os mais usuais diferenças entre o inventário físico e o contábil, acurácia dos
controles, nível do serviço (ou nível do atendimento), giro de estoques e cobertura
dos estoques.

A função de controle é definida como um fluxo de informações que permite comparar


o resultado real de determinada atividade com seu resultado planejado a fim de
encontrar um nível de estoque adequado.

2.1 – Curva dente-de-serra

A denominada Curva dente de Serra é imprescindível nas atividades de gestão de


Estoques, especialmente na aplicação dos Métodos de Reposição por Quantidades
Fixas e Reposição por Revisões Periódicas e suas derivações, pois possibilita o
estabelecimento das relações matemáticas necessárias para entender e
automatizar, pelo Controle, as atividades de Reposição dos Estoques. A evolução
de estoque é representada por um gráfico em que no eixo x colocamos o tempos e
no eixo y a quantidade em estoque, conforme gráfico 1.

Gráfico xx - Evolução do estoque real


Este ciclo será sempre repetitivo e constante se:
 Não existir alterações de demanda durante o período de consumo;
 Não existirem falhas que provoquem um esquecimento de comprar;
 O fornecedor não atrasar a entrega do item para o estoque;
 Nenhuma entrega do fornecedor for rejeitado pelo controle de qualidade.

Todavia, para efeitos de cálculo, desconsideramos essas possíveis falhas e


chegamos ao modelo da curva dente-de-serra, de forma simplificada.
Posteriormente, veremos como corrigi-las.

Grafico xx – Curva dente-de-serra

A prática mostra-nos que estas quatro premissas citadas não ocorrem com
freqüência. Os consumos de matéria-prima, normalmente, são variáveis e não
podemos confiar demais nos prazos de entrega dos fornecedores, pois existem
falhas de operação, e sempre existirá um risco de alguma remessa de material ser
rejeitada parcial ou totalmente
Figura 2. Dente de serra com ruptura

Voltando à Figura 1 (dente de serra), se determinássemos um ponto e, em


conseqüência, uma quantidade que ficasse de reserva, para suportar os atrasos de
entrega, as rejeições na qualidade e as alterações do consumo, a probabilidade de o
estoque ir a zero, e assim não atender à produção ou ao requisitante, seria bem
menor.

Figura 3. Dente de serra utilizando o estoque mínimo

Essa curva é elaborada calculando-se a demanda média ou consumo


médio no período, através da seguinte fórmula:

DM = D1 + D2 + ... + Dn
n

em que:
DM = Demanda média
Di = Demanda em cada período (diária, mensal, etc)
N = Número de períodos

Exemplo:
Calcule a demanda diária do item em estoque código 12005, dado que o consumo
nos últimos 10 dias foi:

Dia 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Demand 3 2 1 1 3 5 1 2 0 2
a

DM = 3 + 2 + 1 + 1 + 3 + 5 + 1 + 2 + 0 + 2 = 20 = 2
10 10

Tempo de reposição do estoque

Tempo de reposição de estoque é definido como o período entre detecção de que o


estoque de determinado item precisa ser reposto até a efetiva disponibilidade do
item para consumo, sendo considerados a soma dos de cada uma das etapas
abaixo descritas:
 Contatar a necessidade de reposição pelo Almoxarifado;
 Informar a area de compras da necessidade de reposição;
 Contatar os fornecedores para obter as propostas de fornecimento;
 Emitir pedido de compra;
 Cumprir prazo de entrega pelo fornecedor;
 Transportar item comprado do fornecedor até o comprador;
 Desembaraços alfandegários, quando necessários;
 Realizar procedimentos adequados de inspeção e ensaios pelo Controle da
Qualidade.

Estoque de segurança

As simplificações realizadas para construir a curva dente-de-serra


desconsidera as falhas que ocorrem na cadeia de abastecimento. Logo, para que
não haja falta de itens importantes no estoque é preciso incorporar um fator que
corrija qualquer eventualidade, ao que chamamos de “estoque de segurança”.
As falhas mais críticas no procedimento de reposição de estoque ocorrem
em três pontos principais:
 Aumento repentino de demanda – aumento não previstos da
demanda do item em estoque motivados por promoções e outras
ações de mercado. A figura abaixo mostra o que acontece com o
estoque quando isso ocorre:

Grafico xx – Falta em virtude do


aumento repentino da demanda

 Demora no procedimento do pedido de compra – falhas no


sistema de informações do Almoxarifado ou da área de compras
podem incorrer em demoras excessivas na expedição do pedido;
 Atrasos na entrega pelo fornecedor – o fornecedor nem sempre
tem condições de cumprir seus prazos de entrega em virtude de
problemas no seu sistema de produção, transporte ou dependência
de liberação alfandegária. Veja o gráfico para este caso:
Portanto, a maneira correta para corrigir essas falhas que ocorrem com
freqüência é dimensionar um estoque de segurança que sirva como um “pulmão” do
estoque e não cause paradas na produção. Veja no gráfico como isso funciona:

Existem diversas formas complexas de se estimar o estoque de segurança.


A mais simples e prática, destacamos a seguir:

ESeg = (DMáx – DM) x (TRMáx – TR)

Em que:
ESeg = Estoque de segurança
DMáx = Demanda máxima histórica
DM = Demanda média
TRMáx = Tempo de reposição máximo
TR = Tempo de reposição médio

NOTA IMPORTANTE: Como o estoque de segurança é um volume


adicional, é necessário dimensioná-lo com muito cuidado, para evitar a
supervalorização do estoque, causando problemas financeiros à empresa, como
tratamos anteriormente.

1.1 – Ponto de Pedido


A quantidade em estoque que, quando atingida, deve acionar um novo
processo de compra ou fabricação é chamada de ponto de pedido.
Se conhecemos a demanda média de um produto, podemos prever quando
o seu saldo atingirá o nível de segurança (estoque de segurança) e, baseado no
tempo de reposição, iniciamos uma nova compra para que quando esta chegar, o
saldo esteja muito próximo do mínimo estipulado.
Assim, o ponto de pedido pode ser calculado com a seguinte expressão:

PP = DM x TR + ESeg

Em que:

PP = Ponto de pedido
DM = Demanda ou consumo médio no período
TR = Tempo de reposição
ESeg = Estoque de segurança

Pelo gráfico, podemos entender melhor o que isso significa:

Estoque médio

O estoque médio é um parâmetro útil que resume as transações de entradas e saída


de um determinado item de estoque isto é, é o nível médio de estoque em torno do
qual as operações de compra e consumo se realizaram, sendo calculado pela
seguinte formula:

EM = Q +ESEG onde:
EM = Estoque Médio
Q = Quantidade adquirida ou fabricada para reposição de estoque
ESEG = Estoque de Segurança

Giro ou rotatividade de estoque

È definido como o número de vezes em que o estoque é totalmente renovado em


um período de tempo. É calculado pela formula:

Giro = Demanda Média no Período


Estoque Médio no Período

2 – Curva ABC
A análise ABC é uma das formas mais usuais de se examinar estoques.
Essa análise consiste na verificação, em um certo espaço de tempo, do consumo,
em valor monetário ou quantidade, dos itens em estoque, para que eles possam ser
classificados em ordem decrescente de. É conveniente que os itens mais
importantes, segundo algum critério, tenham prioridade sobre os menos importantes.
Assim, economiza-se tempo e recursos.

Classificação

 Classe A: constituída por poucos itens (ate 10% ou 20% dos itens), o valor de
consumo acumulado é alto (acima de 50% ate 80% em geral);
 Classe B: formada por um número médio de itens (20% a 30% em geral),
apresenta um valor de consumo acumulado ao redor de 20% a 30%;
 Classe C: constituída por um grande número de itens (acima de 50%), o valor
de consumo acumulado é baixo (5% a 10%).

Para simplificar a construção de uma curva ABC, separamos o processo em


6 etapas a seguir:

1º) Definir a variável a ser analisada


A análise dos estoques pode ter vários objetivos e a variável deverá ser
adequada para cada um deles. No nosso caso, a variável a ser considerada é o
custo do estoque médio, mas poderia ser: o giro de vendas, o mark-up, etc.

2º) Coleta de dados


Os dados necessários neste caso são: quantidade de cada item em estoque e o
seu custo unitário.
Com esses dados obtemos o custo total de cada item, multiplicando a quantidade
pelo custo unitário.

3º) Ordenar os dados


Calculado o custo total de cada item, é preciso organizá-los em ordem
decrescente de valor, como mostra a tabela a seguir:

Item Quant. Média Custo unitário Custo total (A Ordem


em estoque (B) x B)
(A)
Unidades R$/unid. R$
Apontador 5 2.000,00 10.000,00 3º
Bola 10 70,00 700,00 10º
Caixa 1 800,00 800,00 9º
Dado 100 50,00 5.000,00 5º
Esquadro 5000 1,50 7.500,00 4º
Faca 800 100,00 80.000,00 1º
Giz 40 4,00 160,00 11º
Herói 50 20,00 1.000,00 8º
Isqueiro 4 30,00 120,00 12º
Jarro 240 150,00 36.000,00 2º
Key 300 7,50 2.250,00 6º
Livro 2000 0,60 1.200,00 7º
TOTAL 144.730,00
4º) Calcular os percentuais
Na tabela a seguir, os dados foram organizados pela coluna “Ordem” e
calcula-se o custo total acumulado e os percentuais do custo total acumulado de
cada item em relação ao total.

Ordem Item Quant. Custo Custo Custo Percentuai


Média unitário total (A x total s%
em (B) B) acumulad
estoque o
(A)
Unidade R$/unid. R$
s
1º Faca 800 100,00 80.000,00 80.000,00 55,3
2º Jarro 240 150,00 36.000,00 116.000,0 80,1
0
3º Apontado 5 2.000,0 10.000,00 126.000,0 87,1
r 0 0
4º Esquadro 5000 1,50 7.500,00 133.500,0 92,2
0
5º Dado 100 50,00 5.000,00 138.500,0 95,7
0
6º Key 300 7,50 2.250,00 140.750,0 97,3
0
7º Livro 2000 0,60 1.200,00 141.950,0 98,1
0
8º Herói 50 20,00 1.000,00 142.950,0 98,8
0
9º Caixa 1 800,00 800,00 143.750,0 99,3
0
10 Bola 10 70,00 700,00 144.450,0 99,8
º 0
11 Giz 40 4,00 160,00 144.610,0 99,9
º 0
12 Isqueiro 4 30,00 120,00 144.730,0 100,0
º 0
TOTAL 144.730,0
0

5º) Construir a curva ABC


Desenha-se um plano cartesiano, onde no eixo “x” são distribuídos os itens
do estoque e no eixo “y”, os percentuais do custo total acumulado.
6º) Análise dos resultados
Os itens em estoque devem ser analisados segundo o critério ABC. Na
verdade, esse critério é qualitativo, mas a tabela abaixo mostra algumas indicações
para sua elaboração:

Classe % itens Valor acumulado Importância


A 20 80% Grande
B 30 15% Intermediária
C 50 5% Pequena

Pelo nosso exemplo, chegamos à seguinte distribuição:

Nº % Valor
Classe Itens em estoque
itens itens acumulado
A 2 16,7% 80,1% Faca, Jarro
B 3 25,0% 15,6% Apontador, Esquadro, Dado
C 7 58,3% 4,3% Key, Livro, Herói, Caixa, Bola, Giz,
Isqueiro.

A aplicação prática dessa classificação ABC pode ser vista quando, por
exemplo, reduzimos 20% do valor em estoque dos itens A (apenas 2 itens),
representando uma redução de 16% no valor total, enquanto que uma redução de
50% no valor em estoque dos itens C (sete itens), impactará no total em apenas
2,2%. Logo, reduzir os estoques do grupo A, desde que calculadamente, seria uma
ação mais rentável para a empresa do nosso exemplo.

 Em qualquer período de tempo, isto cria um fenômeno chamado de curva


ABC, um conceito particularmente valioso para o planejamento logístico.

2.1 - Inventário Físico

O inventário é um processo de avaliação criado dentro da organização para


examinar e avaliar a gestão em determinados períodos. O objetivo é assessorar os
membros da organização para que se tenha um controle maior sobre seus produtos.
Em todo o mundo, o inventário é realizado nos mais diversos setores e dentro de
organizações cujo porte, finalidade e estrutura variam. Além dos tradicionais
objetivos empresariais de otimização de lucros e de resposta às necessidades dos
mercados em que se inserem num mundo em constante mutação, as empresas
deparam-se com novas situações, que conduzem a uma forte motivação,
relativamente a preocupações com a eficácia e eficiência dos recursos. Atualmente,
o inventário constitui uma função de apoio à gestão que além de importante, tornou-
se imprescindível no mundo empresarial atual.

Os membros da Administração demonstram cada vez mais a aceitação do inventário


como um meio de obter análises, avaliações e informações objetivas sobre os
controles e o desempenho da organização. Outros departamentos da empresa,
como logística, operações e prevenção de perdas, utilizam os resultados do trabalho
do inventário para complementar o seu próprio e até mesmo encontrar soluções
para os problemas encontrados.

O inventário físico consiste na contagem física dos itens de estoque. Caso haja
diferenças entre o inventário físico e os registros do controle de estoques devem ser
feitos os ajustes conforme recomendações contábeis e tributárias.

O inventário físico é a contagem de todos os estoques da empresa, para verificação


se as quantidades correspondem aos controles do estoque. Esta contagem também
deve ser efetuada em componentes, aguardando definição da qualidade para serem
rejeitados. Os benefícios dos inventários é a verificação de eventuais desvios no
controle - estoques de peças rejeitadas, cujos controles não são lançados por
alguma falha.

Essas faltas não registradas e controladas podem causar problemas de atrasos nas
entregas de pedidos aos clientes, pois o planejamento de compras não irá suprir a
falta destes materiais por falha nas informações. O maior benefício é ter os estoques
com as quantidades corretas. Hoje, em empresas que trabalham com volumes de
estoques pequenos, pratica-se o inventário contínuo, no qual são feitas contagens
semanais de um pequeno porcentual do universo de peças para verificação de
diferenças de peças entre o físico e o controle. Essa prática é denominada de
verificação de acuracidade do estoque, no qual até um determinado porcentual de
desvio é aceito, e acima deste valor, ações são imediatamente tomadas para corrigir
os desvios.
Qual a periodicidade do inventário físico? Quais são as suas etapas? A prática das
empresas é a de fazer o inventário físico por ocasião do Balanço da Empresa. Há
casos de empresas que fazem o balanço anualmente ou semestralmente. Não
existem etapas para a execução do inventário físico. Na prática, o que é feito é o
trabalho em mutirão de muitos funcionários da empresa, empenhados na contagem
dos estoques. A empresa pára suas atividades para evitar a contagem em
duplicidade da mesma peça.

Para empresas nas quais os produtos são de muito valor, a periodicidade é menor e
cada empresa tem seus próprios critérios para definir a periodicidade. O inventário
físico é geralmente efetuado de dois modos: periódico ou rotativo.

2.2 Inventário rotativo

O inventário rotativo é um método de inventário físico em que o estoque é contado


em intervalos regulares, dentro de um exercício. Esses intervalos (ou ciclos)
dependem do código de inventário rotativo definido para os materiais. O inventário
rotativo permite que os artigos de alta rotatividade sejam contados com maior
freqüência do que os de baixa rotatividade. Necessário em situações de pré e pós
compra, ou até mesmo para obter-se os reais quantitativos e qualitativos de itens de
bens, o Inventário Físico requer para sua execução, um elaborado programa e
coordenação.

Normalmente é utilizada uma quantidade razoável de pessoas para sua realização,


assim é comum haver a necessidade de duplo inventário para sua certificação. Este
trabalho é constituído pelo levantamento de bens "in loco", instalados em:
depósitos, almoxarifados e até vias públicas.
O termo "Levantamento" significa :
- Identificação do local (endereço, armazém, galpão, centro de custo, corredor,
prateleira, gaveta, etc.) ;
- Identificação do bem (descrição, fabricante, modelo, tipo, etc.) ;
- Quantificação (unidade, peso, comprimento, etc. ) ;
- Avaliação do bem (observações quanto ao estado aparente do bem).
O Inventário Físico, quando se fizer necessário, poderá ser acompanhado por
"levantamento fotográfico", ocasião em que além da utilização dos técnicos
especializados, lança-se mão também de fotógrafos profissionais com larga
experiência nessa atividade.
Um critério usual é contar a cada 3 meses 100% dos itens da Classe A, 50% dos
itens da Classe B e 5 % dos itens da Classe C.

2.3 Inventário periódico

O inventário periódico ocorre em determinados períodos, normalmente no


encerramento dos exercícios fiscais, ou duas vezes por ano faz-se a contagem física
de todos os itens em estoque. Nessas ocasiões coloca-se um número maior de
pessoas com a função específica de contar os itens. É uma força-tarefa designada
exclusivamente para esse fim, já que tal contagem deve ser feita no menor espaço
de tempo possível (geralmente de 1 a 3 dias).

Exemplo:

Uma empresa tem em seu estoque aproximadamente 10 mil itens diferentes. No


inventário do ano anterior verificou-se que havia, uma média, de 15 unidades de
cada item. Supondo que uma pessoa possa contar em média, 80 itens por minuto,
quantas pessoas serão necessárias para contar todos os itens em 2 dias de
trabalho?

1 dia = 8 horas
Número de itens a serem contados = 10.000 X 15 = 150.000 itens
Tempo necessário para contagem = 150.000/80 itens/minuto = 1875 minutos
Nr de pessoas necessário = N
(2 dias) X 8 horas/dia X 60 minutos = 960
1875/960 = 1,95 ou 2 pessoas.

2.4 Inventários Contábeis do Imobilizado


Constitui-se na pesquisa da documentação contábil existente, tais como:
 diários e razão auxiliar;
 notas fiscais;
 fichas patrimoniais;
 razão auxiliar em UFIR'S;
 guias de importação.

Inicia-se desde a constituição da empresa ou da data em que existirem documentos


até a data atual, cujos saldos constam no razão auxiliar, ou do último balanço de
encerramento fiscal.
Através das pesquisas feitas, pode-se calcular os valores contábeis de cada
patrimônio da empresa, de acordo com procedimentos fiscais e legais como:
 Cálculos de depreciação desde a aquisição do item (em R$, UFIR e moeda
estrangeira);
 Cálculos de Correção Monetária;
 Cálculos da diferença de Correção Monetária - Lei 8.200/91;
 Cálculos do Plano Verão;
 Apuração do valor do bem em qualquer moeda estrangeira.

2.5 Acurácia dos Estoques

Uma vez terminado o inventário, pode-se calcular a acurácia dos controles que
mede a porcentagem de itens corretos, tanto em quantidade quanto em valor, ou
seja:

Acurácia = Número de itens com registros corretos


Número total de itens
Ou

Acurácia = Valor de itens com registros corretos


Valor total de itens

Exemplo:
Calcule a acurácia do controle, sabendo-se que no exemplo do item 2.2, após os
três primeiros meses, foram encontradas as seguintes divergências entre o número
de unidades contadas por item e o número indicado pelo controle.

Solução:

(0,2903 X 0,9454) + (0,5395 X 0,9520) + (0,1702 X 0,9809) = 95,50%

2.6 Nível de Serviço ou Nível de Atendimento

É o indicador de quão eficaz foi o estoque para atender às solicitações dos usuários.
Assim, quanto mais requisições forem atendidas, nas quantidades e especificações
solicitadas, tanto maior será o nível de serviço.

Nível de Serviço = Número de requisições atendidas


Número de requisições efetuadas

Exemplo:
No almoxarifado da empresa VendeTudo, durante um período de 6 meses, foram
apresentadas 3100 requisições de materiais, com um número médio de 1,45 item
por requisição. Foram entregues 4400 dos itens solicitados. Qual o nível de
atendimento do almoxarifado?

Nível de Serviço = Número de requisições atendidas


Número de requisições efetuadas
Número de requisições atendidas = 4400
Número de requisições efetuadas = 3100 X 1,45 = 4495
Nível de Serviço = 4400 = 97,88 %
4495

4- MODELOS DE ESTOQUES

Os estoques pode ser dividida em 3 abordagens dominantes:

4.2 - Just in Time – JIT


Just in time é um sistema de administração da produção que determina que nada
deve ser produzido, transportado ou comprado antes da hora exata. Pode ser
aplicado em qualquer organização, para reduzir estoques e os custos decorrentes.
O just in time é o principal pilar do Sistema Toyota de Produção ou Produção enxuta.
Com este sistema, o produto ou matéria prima chega ao local de utilização somente
no momento exato em que for necessário. Os produtos somente são fabricados ou
entregues a tempo de serem vendidos ou montados.
O conceito de just in time está relacionado ao de produção por demanda, onde
primeiramente vende-se o produto para depois comprar a matéria prima e
posteriormente fabricá-lo ou montálo.
Nas fábricas onde está implantado o just in time o estoque de matérias primas é
mínimo e suficiente para poucas horas de produção. Para que isto seja possível, os
fornecedores devem ser treinados, capacitados e conectados para que possam
fazer entregas de pequenos lotes na frequência desejada.
A redução do número de fornecedores para o mínimo possível é um dos fatores que
mais contribui para alcançar os potenciais benefícios da política just in time. Esta
redução, gera porém, vulnerabilidade em eventuais problemas de fornecimento, já
que fornecedores alternativos foram excluídos. A melhor maneira de prevenir esta
situação é selecionar cuidadosamente os fornecedores e arranjar uma forma de
proporcionar credibilidade dos mesmos de modo a assegurar a qualidade e
confiabilidade do fornecimento (Cheng et. al., 1996, p. 106).
As modernas fábricas de automóveis são construídas em condomínios industriais,
onde os fornecedores just in time estão a poucos metros e fazem entregas de
pequenos lotes na mesma frequência da produção da montadora, criando um fluxo
contínuo.
O sistema de produção adapta-se mais facilmente às montadoras de produtos onde
a demanda de peças é relativamente previsível e constante, sem grandes
oscilações.

4.2 – Kanban
Kanban é uma palavra japonesa que significa literalmente registro ou placa visível.
Em Administração da produção significa um cartão de sinalização que controla os
fluxos de produção em uma indústria. O cartão pode ser substituído por outro
sistema de sinalização, como luzes, caixas vazias e até locais vazios demarcados.
Coloca-se um Kanban em peças ou partes específicas de uma linha de produção,
para indicar a entrega de uma determinada quantidade. Quando se esgotarem todas
as peças, o mesmo aviso é levado ao seu ponto de partida, onde se converte num
novo pedido para mais peças.
Quando for recebido o cartão ou quando não há nenhuma peça na caixa ou no local
definido, então deve-se movimentar, produzir ou solicitar a produção da peça.O
Kanban permite agilizar a entrega e a produção de peças. Pode ser empregado em
indústrias montadoras, desde que o nível de produção não oscile em demasia. Os
Kanbans físicos (cartões ou caixas) transitam entre os locais de armazenagem e
produção substituindo formulários e outras formas de solicitar peças, permitindo
enfim que a produção se realize Just in time - metodologia desenvolvida e
aperfeiçoada por Taiichi Ohno e Toyota Sakichi conhecida como Sistema Toyota de
Produção.
A técnica japonesa denominada de KAN BAN, integrada no conceito JUST IN TIME,
hoje largamente difundida quando se fala sobre produção ou administração de
estoque, nasceu na maior fábrica automobilística do Japão, a TOYOTA, está idéia a
brotou da iniciativa realizada por Yasuhiro Monden, que fundiu todas estas idéias e
conceitos sistematizando-os e difundiu para o resto do mundo, traduzindo para
língua inglesa.
O fundamento básico desta técnica, está baseado em manter um fluxo contínuo dos
produtos que estão sendo manufaturados. O KAN BAN (etiqueta ou cartão), traz
como grande inovação o conceito de eliminar estoques (estoque zero), os materiais
e componentes agregados ao produto chegam no momento exato de sua
produção/execução (just in time). O sucesso deste comportamento está na ênfase
dada no processo de manufatura nivelado e de automação - "jidoka" -
AUTOCONTROLE.

4.1 - Material Requirement Planning – MRP


Material Requirement Planning (planeamento das necessidades de materiais
(português europeu) ou planejamento das necessidades de materiais (português
brasileiro),PNR) tem vindo a ser usado para dar significado a MRP e a MRP II
(Manufacturing Resource Planning). Introduzido inicialmente, o MRP foi sendo
desenvolvido até se tornar MRP II que já tem em conta aspectos relacionados com
finanças, compras e marketing. Este sistema, nomeadamente o MRP, tornou-se um
conceito popular nos anos de 1960 e 1970.
O MRP é um sistema computarizado de controlo de inventário e produção que
assiste a optimização da gestão de forma a minimizar os custos mas, mantendo os
níveis de material adequados e necessários para os processos produtivos da
empresa.
Este sistema possibilita às empresas calcularem os materiais dos diversos tipos que
são necessários e em que momento, assegurando os mesmo que sejam
providenciados no tempo certo, de modo a que se possa executar os processos de
produção. O MRP utiliza como informação de input os pedidos em carteira, assim
como a previsão das vendas que são provêm da área comercial da empresa.

4.3 – Lead time

Lead time ou tempo de aprovisionamento, em português europeu, é o período


entre o início
de uma atividade, produtiva ou não, e o seu término. A definição mais convencional
para lead time em Supply Chain Management é o tempo entre o momento de
entrada do material até à sua saída do inventário (Lambert et al., 1998, p. 347, pp.
503-506, pp. 566-576). Em resultado da definição mais genérica, lead time é, muitas
vezes, confundido ou tem até o mesmo significado que ciclo (Lambert et al., 1998, p.
116), tack time e deadline, entre outros.]
O lead time é um dos conceitos mais importante da logística. Deve ser levado em
consideração em todas as atividades, pois está associado ao custo da operação.

5-CONCLUSÃO
(A QUAIS RESULTADOS CHEGOU?)

Em função do que tenha sido pedido pelo Professor, aqui o aluno deverá::
 Apresentar as conclusões a que chegou com o seu trabalho.
 Fazer uma síntese dos resultados do trabalho, ou do estudo.
 Apresentar um posicionamento, uma avaliação do trabalho, ou do
estudo.
2.2.1 Conclusão
Sumariando o contexto, percebe-se que o gerenciamento dos estoques é de
fundamental importância na administração de uma empresa. Atualmente, ostentar
grandes estoques não é mais um benefício e as organizações não se podem dar o
luxo dessa prática. Ter estoques excessivos passou a dar lugar para os estoques
suficientes para saldar um determinado período de venda. Para tal, faz-se
necessário um controle muito preciso e saber muito bem balancear a quantidade de
produtos ofertados pela empresa em detrimento com a quantidade demandada de
seus produtos. Mais uma vez, uma dura equação de ser resolvida. Então... mãos a
obra!!!

2.2.2 Conclusão
O gerenciamento dos estoques nas empresas é fundamental para a diminuição dos
custos. Estoques elevados e precariamente administrados são fatores que oneram o
preço final dos produtos, bem como uma aplicação indevida do capital de giro das
empresas. A competitividade das empresas no mundo globalizado exige uma correta
manutenção desse ativo, sendo fundamental manter apenas as quantidades
necessárias para a produção.

A correta gestão de estoques na cadeia de suprimentos não pode ser efetuada


isoladamente, algumas medidas de controle de produção podem ser implementadas
pela empresa. Porém, é fundamental que a cadeia de suprimentos esteja no mesmo
nível de evolução e a relação cliente-fornecedor tenha um sincronismo total.

6-BIBLIOGRAFIA
MARTINS, P.G. ; Alt, P.R.C. Administração de Materiais e recursos patrimoniais.
São Paulo: Ed. Saraiva, 2005.

FRANCISCHINI, Administração de Materiais e recursos patrimoniais. São Paulo:


Ed. Pioneira, 2002.

O que é inventário físico? Quais os seus benefícios?. Disponível em:


http://www.sebraesp.com.br. Acesso em 12/03/2007

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