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Pedro VICTOR
Universidade Federal de Pernambuco, Recife, PE
Os romances de J.K Rowling, que operam dentro dos moldes da tradição literária infantil
inglesa, narram o conto de Harry Potter, um órfão que aos 11 anos descobre que é um bruxo,
tendo vivido até este ponto no mundo comum de pessoas não-mágicas, conhecidas como
"trouxas" completamente alheio a esse mundo bruxo que é mantido em segredo. A descoberta
se dá quando ele é convidado a participar de uma escola de magia, semelhante a internatos
ingleses. Harry torna-se um estudante da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, onde se
passam a maior parte dos eventos dos sete livros. Enquanto Harry cresce durante sua
adolescência, ele aprende a superar os problemas que ele enfrenta: mágicos, sociais e seus
traumas psicológicos, além de desafios adolescentes comuns, como amizades, romances e
provas, com o desafio máximo de enfrentar o lorde das trevas, Voldemort, assassino de seus
pais e líder de um movimento fascista dentro da comunidade bruxa .
Cada livro narra um ano letivo de Harry, com a narrativa se passando entre os anos de 1991 e
1998. Por se tratar de uma série onde cada livro equivale a um ano da vida do protagonista, as
situações amadurecem conforme ele cresce. Os leitores que pegaram nos livros ainda muito
jovens, têm uma experiência similar. A estrutura dos romances, torna-se mais complexa e
sofisticada a cada volume. Os problemas no mundo mágico são difíceis e indiferentes como
os do nosso mundo - preconceito, depressão, ódio, sacrifício, pobreza, morte.
Porém o tema mais recorrente ao longo da série é o amor, tratado como a mais poderosa
forma de magi,. pelo mentor do protagonista, Dumbledore, que acredita que a capacidade de
amar permitiu que Harry resistisse e perseverança, todas as dificuldades. Em contraste, outro
tema muito importante, é o da morte. "Os meus livros abordam bastante a morte. Começam
com a morte dos pais de Harry. Há a obsessão de Voldemort em derrotar a morte e conquistar
a imortalidade a qualquer preço [...]. Colocando os temas de amor contra a morte de maneira
tão orgânica dentro da narrativa, a autora, inquieta as sensibilidades de seus leitores
contrastando temas tão íntimos.
nerdwritter
empire
Com oito filmes dentro de dez anos, HArry Potter, se tornou uma franquia cinematográfica
avaliada em bilhões de dólares. Mirando em um grande público e com nomes conceituados
na direção, sempre buscando inovar. A série pavimentou, antes mesmo da sua conclusão nas
salas de cinema, o precedente para o evento que hoje conhecemos como universos
cinematográficos compartilhados.
O Problema do Produto
frase de dumbledore
A partir do momento que Harry Potter se tornou uma franquia cinematográfica, regida pela
empresa Warner Brothers, A Saga do Bruxo transcende as barreiras das páginas para o
campo de batalha que embora seja mais novo por se tratar de uma linguagem visual, acessa
outro tipo de público completamente diferente. Expandindo sua potencial audiência para
números nunca antes pensados.
porém o contraponto é que automaticamente A partir do momento que a série se torna uma
franquia cinematográfica, ela se torna um bem comercial que visa lucro. Ela passa a
configurar uma cultura de mídia, de imagem, que explorando a visão e a audição, passa a
dominar a vida cotidiana, Fazendo parte da engrenagem midiática, Que segundo Keller está
minando a potencialidade e a criatividade humana.
kellner
dentro dessa configuração a franquia se tornou um bem de consumo de massas, que começa
aproveitando o sucesso dos livros, mas logo feito nos moldes do clássico filme Blockbuster
de grande orçamento, passa a se sustentar sozinho. Considerando essa lógica de grandes
orçamentos e apostas milionárias é ainda mais significativo e o estúdio tenha optado por
nomes autorais na cadeira de direção. O que provém os filmes uma qualidade Acima da
Média, porém ainda assim, um Universo cinematográfico. Um case de sucesso que inspirou
diversos outros universos, como o da Marvel, o de Star Wars, nessa nova fase, e outras
tantas adaptações de obras infanto-juvenis para as telas como as séries Jogos Vorazes e
divergente, por exemplo.
porém como Hollywood é Hollywood, os exemplos tirados de Harry Potter, para serem
seguidos e outras adaptações, visando o sucesso similar ao primeiro, São no mínimo
perigosas, pois por exemplo, eventualmente a ideia de universo compartilhado ficou muito
maior dentro da Indústria, como fator determinante para um Bom desempenho da película
nas bilheterias, do quê mesmo a qualidade individual do filme em si.