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Faculdade Metropolitana do Grande Recife

Cursos: ADM / Logística / Gestão da Produção Industrial / Engenharia da Produção

Disciplina: ADM Produção

Guia de Estudos para a 02 Avaliação

LOCALIZAÇÃO DE UMA EMPRESA

A escolha do local a se instalar uma indústria, loja ou centro de distribuição, é uma decisão estratégica.

Ao buscar uma localização para uma instalação, deve-se buscar o melhor equilíbrio entre receitas e custos
dentro de um prazo compatível com a vida útil do empreendimento no local!

O processo de localização pode ser dividido em cinco estágios:

1. Escolha dos fatores de localização mais importantes;

2. Restrição da área a ser levada em consideração [escolha das zonas];

3. Pesquisas locais nas zonas escolhidas;

4. Atribuições de pesos aos fatores escolhidos;

5. Comparação final;

Fatores que afetam a decisões sobre a Localização

 Proximidade da Matéria-prima;
 Energia e Água (Fonte de combustível);
 Distância e dimensão do mercado ;
 Facilidades de distribuição;
 Condições de vida, leis e regulamentos;
 Terrenos disponíveis, clima, fatores topográficos;
 Capacidade produtiva da mão-de-obra;
 Processo condicionado às condições atmosféricas;
 Impostos, incentivos fiscais (estrutura tributária);
 Procedimentos de zoneamento;
 Restrições à empresas de impacto ambiental;
 Presença de hospitais, escolas, facilidade de transporte, segurança, oferta de moradias e o
saneamento básico;
 Comportamento da mão-de-obra: sindicatos fortes, rotatividade e absenteísmo exagerados.

Critérios

Macro Fatores:
 O mercado e suas necessidades de satisfação, incluindo-se uma previsão futura, por extrapolação
do consumo atual;
 O processo técnico-econômico e as necessidades de energia, matérias-primas e integração com
outras indústrias;
 A ecologia, ou seja, o meio geográfico, principalmente o clima;
 À mão de obra disponível;

Micro Fatores:

 Consequências danosas para as comunidades oriundas do processo tecnológico adotado (ruídos,


emanações nocivas, resíduos etc.);
 Posição relativa às vias de transporte, portos e desvios ferroviários;
 Possibilidade de fácil acesso dos funcionários à empresa;
 Condições de segurança contra acidentes (inundações, incêndios, etc.), contra vibrações de tráfego
pesado, contra propagação de sinistros ocorridos na vizinhança, etc.

Fatores de avaliação quantitativa

Ex.: A metrópole tem a capacidade de atrair um número maior de pessoas do que uma cidade menor;

 Mão-de-obra da região; ambiente social e sindical;


 Perspectiva de expansão do mercado local com a implantação da indústria;
 Alternativas para o transporte;
 Acidentes e fatores geográficos;
 Zoneamento em face de regulamentos municipais (ruídos, resíduos, etc)

Fatores de avaliação qualitativa

Ex.: Diferentemente da cidade menor os serviços oferecidos pela metrópole têm a capacidade de se
estender por um território mais amplo. dependendo da extensão de seus serviços a metrópole pode ser
classificada em mundial (cidade global), nacional e regional;

 Disponibilidade e transporte de matéria-prima e/ou produtos semi-acabados;


 Disponibilidade de meios de transporte;
 Fontes de energia, água, resíduos industriais e esgotos; bancos e financiamentos locais.

Fatores da seleção regional

 Matéria-prima e meios de transporte e relação peso/volume entre matéria-prima e produto


acabado;
 Mão-de-obra;
 Custos logísticos (armazenagem, movimentação, transportes etc.);
 Condições climáticas.

Fatores para escolha da região específica

 Região urbana, rural ou periferia.


 Transporte, zoneamento, serviços e impostos municipais e sindicalização locais.
 Clima.
 Facilidade de aquisição e qualidade de terrenos. Incentivos municipais.

Fatores Importantes

 Serviços de apoio à vida como Medicina, bombeiros, polícia, etc; são atrativos para a instalação de
novas empresas.
 Serviços de informação tendem a ser altamente flexíveis em virtude da facilidade das
comunicações eletrônicas.

Desta forma atividades de serviço se orientarão mais para fatores como:

 Proximidade de mercado (clientes)


 Tráfego (facilidade de acesso)
 Localização dos concorrentes
 Rede de comunicações: entrada e saída
 Aspectos locais, instalações e estacionamento para os clientes

Localização Industrial Hoje

A localização depende do mercado a ser atendido. Muito mais que incentivos fiscais, a empresa deve ter
agilidade na entrega de produtos a seus clientes, sejam eles cliente final ou transformadores/montadores.

É por isso que existe uma disseminação de indústrias como as de automóvel por todo o mundo. Os centros
de desenvolvimento são mantidos em suas localizações tradicionais, mas a produção em massa localiza-se
em pontos estratégicos para melhorar a gestão do fluxo

Matéria-Prima → Transformação → Cliente

A localização de uma planta, também depende do tipo de indústria a ser instalada. Uma indústria pode ser
classificada segundo:

 Natureza dos bens produzidos


 Função
 Tecnologia

 Natureza dos bens produzidos

Indústria de base : localizam-se perto das fontes fornecedoras


Ex.: siderúrgicas, metalúrgicas e petroquímicas.

Indústria de bens de capital : localizam-se principalmente perto de seus consumidores, nos centros
industriais

Indústria de bens de consumo : Localizam-se nas cidades médias, ou em centros urbanos.

 Função

Indústrias germinativas : elas geram o aparecimento de outras indústrias, como a petroquímica.

Indústrias de ponta : são as indústrias dinâmicas, que comandam a produção industrial, como a
automobilística.

Indústrias tradicionais : são empresas que ainda estão ligadas com a primeira revolução industrial.
Geralmente são empresas familiares, e existem algumas dessas ainda no Brasil.

Indústrias tradicionais : são empresas que ainda estão ligadas com a primeira revolução industrial.
Geralmente são empresas familiares, e existem algumas dessas ainda no Brasil.

Indústrias dinâmicas: usam muita tecnologia e capital, e pouca força de trabalho. Está ligada com o
desenvolvimento mais recente da química e eletrônica. Operam em economia de escala.

Exemplos

A zona de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, reúne seis industrias automobilística.

São dados três motivos principais para essa associação:

1- a mão de obra especializada existente no local, assim entrando um competidor por essa mão de obra os
concorrentes;

2 - o segundo motivo da associação local é a presença de fornecedores e de seus técnicos. Há serviços de


manutenção estabelecidos pelos fabricantes de aparelhos, o que assegura rápido atendimento aos
chamados.

3 - a localização na proximidade do competidos permite desfrutar das mesmas condições de transportes


para a freguesia e receber matérias-primas pelo mesmo preço.

Um exemplo ocorreu na região do Médio Paraíba, no Vale do Paraíba do Sul, onde empresas como a
Volkswagen Ônibus e Caminhões (1996) e PSA Peugeot Citroën (2001) estão estrategicamente localizados
no meio do principal corredor industrial brasileiro, ao longo da rodovia Rio-São Paulo, sendo próximos de
uma das principais empresas siderúrgicas do país, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), estabelecida
em Volta Redonda (RJ), a partir dos anos 1940.
Pode-se dizer que foi após a inauguração da CSN que toda essa região, tradicionalmente associada a
grandes fazendas de café, começou a mudar o seu perfil de modo a ser hoje anunciada, a partir da vinda da
indústria automotiva nos anos 1990, como um pólo de desenvolvimento com "vocação para a indústria
metal-mecânica".

O menor custo não deve ser a única medida na hora de escolher a localização de uma Empresa, outros
fatores tem que ser levados em consideração, como o tipo de negocio da mesma, proximidade da matéria-
prima, incentivos fiscais, fontes de energia e água, presença de hospitais, escolas, facilidade de transporte,
segurança, oferta de moradia, saneamento básico e capacidade produtiva da mão-de-obra.

Quando se trata de atividades industriais, de modo geral, estão fortemente orientadas para o local onde se
localiza os recursos (matéria-prima, energia, mão-de-obra).

Quando se trata de atividades de serviços, de modo geral, estão localizadas mais próximas ao mercado
consumidor.

ESTOQUES

CONTROLE DE ESTOQUE DE MATÉRIAS-PRIMAS

FUNÇÃO DO CONTROLE DE ESTOQUE

A função do Controle de Estoque é maximizar o efeito lubrificante no feedback de vendas não realizadas,
ajudando no ajuste do planejamento de produção.

A administração do controle de estoque deve minimizar o capital total investido em estoques, pois ele é
caro e aumenta continuamente, uma vez que, o custo financeiro também se eleva. Uma empresa não
poderá trabalhar sem estoque, pois, sua função amortecedora entre vários estágios de produção vai até a
venda final do produto.

Somente algumas matérias-primas têm a vantagem de estocar, em razão da influência da entrega do


fornecedor. Outras matérias-primas especiais, o fornecedor precisa de vários dias para produzi-la.

O controle de estoque é de suma importância para a empresa, sendo que controla-se os desperdícios,
desvios, apura-se valores para fins de análise, bem como, apura o demasiado investimento, o qual
prejudica o capital de giro.

Quanto maior é o investimento, também maior é a capacidade e a responsabilidade de cada setor da


empresa.

Os objetivos dos departamentos de compras, de produção, de vendas e financeiro, deverá ser conciliado
pela administração de controle de estoques, sem prejudicar a operacionalidade da empresa. A
responsabilidade da divisão de estoques já é antiga; os materiais caem sobre o almoxarife, que zela pelas
reposições necessárias.

Na administração moderna, a responsabilidade dos estoques fica sob uma única pessoa. Os departamentos
tradicionais ficam livres desta responsabilidade e podem dedicar-se à sua função primária.
OBJETIVO DO CONTROLE DE ESTOQUE

O objetivo do controle de estoque é otimizar o investimento em estoque, aumentando o uso dos meios
internos da empresa, diminuindo as necessidades de capital investido.

O estoque do produto acabado, matéria-prima e material em processo não serão vistos como
independentes. Todas as decisões tomadas sobre um dos tipos de estoque, influenciarão os outros tipos. Às
vezes acabam se esquecendo dessa regra nas estruturas de organização mais tradicionais e conservadoras.

O controle de estoque tem também o objetivo de planejar, controlar e replanejar o material armazenado
na empresa.

POLÍTICA DE ESTOQUE

A administração geral da empresa deverá determinar ao departamento de controle de estoque, o


programa de objetivos a serem atingidos, isto é, estabelece certos padrões que sirvam de guias aos
programadores e controladores e também de critérios para medir o desenvolvimento do departamento.

Estas políticas são diretrizes que, de maneira geral, são as seguintes:

 Metas de empresas quando há tempo de entrega dos produtos ao cliente;

b) Definição do número de depósitos de almoxarifados e da lista de materiais a serem estocados nele;

c) Até que nível deverão flutuar os estoques para atender uma alta ou baixa demanda ou uma alteração de
consumo;

d) As definições das políticas são muito importantes ao bom funcionamento da administração de estoques.

PRINCÍPIOS BÁSICOS PARA O CONTROLE DE ESTOQUES

Para se organizar um setor de controle de estoque, inicialmente deveremos descrever suas principais
funções:

 Determinar o que deve permanecer em estoque. Número de itens;


 Determinar quando se deve reabastecer o estoque. Prioridade;
 Determinar a quantidade de estoque que será necessário para um período pré-determinado;
 Acionar o departamento de compras para executar a aquisição de estoque;
 Receber, armazenar e atender os materiais estocados de acordo com as necessidades;
 Controlar o estoque em termos de quantidade e valor e fornecer informações sobre sua posição;
 Manter inventários periódicos para avaliação das quantidades e estados dos materiais estocados;
 Identificar e retirar do estoque os itens danificados.

Existem determinados aspectos que devem ser especificados, antes de se montar um sistema de controle
de estoque.
Um deles refere-se aos diferentes tipos de estoques existentes em uma fábrica. Os principais tipos
encontrados em uma empresa industrial são: matéria-prima, produto em processo, produto acabado e
peças de manutenção.

CUSTOS DOS ESTOQUES

Qualquer tipo de armazenamento de matéria-prima gera determinados custos que são:

 Juros
 Depreciação
 Aluguel
 Equipamentos de manutenção
 Deterioração
 Obsolescência
 Seguros
 Salários
 Conservação

Estes custos, podem ser divididos em modalidades:

 Custos de capital - juros, depreciação.


 Custos com pessoal - salários, encargos sociais.
 Custos de edificação - aluguel, impostos, luz e conservação.
 Custos de manutenção - deterioração, obsolescência e equipamentos.

Há duas variáveis que elevam estes custos, as quais são: a quantidade em estoque e o tempo de
permanência em estoque.

Elevadas quantidades de matéria-prima em estoque somente poderão ser movimentadas com a utilização
de um maior número de funcionários ou, então, com maior uso de equipamentos de movimentação. Com
isso, resultará na elevação destes custos, assim quando há um menor volume de matéria-prima em
estoque, os custos serão diminuídos, estes custos relacionados podem ser chamados de custos de
armazenagem. Esses são calculados baseado no estoque médio e geralmente indicados em porcentagem
do valor em estoque, com isso os custos de armazenagem são proporcionais à quantidade e o tempo que
uma matéria-prima permanece em estoque.

PREVISÃO PARA OS ESTOQUES

Toda a teoria dos estoques é pautada na previsão do consumo de material.

A previsão de consumo determina estas estimativas futuras dos produtos que a empresa comercializa.

Assim, determina quais produtos, quanto e quando serão vendidos. A previsão possui características
básicas, que são:

 Ponto de partida de todo planejamento empresarial


 Não consiste uma meta de vendas
 Sua previsão deve ser compatível com o custo de obtê-la
Há informações básicas na previsão dos estoques que se dividem em duas categorias: quantitativas e
qualitativas, estas permitem decidir quais serão as dimensões e a distribuição no tempo da demanda dos
produtos acabados.

Quantitativas:

a) Evolução das vendas no passado;

b) Variáveis cuja evolução e explicação estão ligadas diretamente às vendas;

c) Variáveis de fácil previsão, relativamente ligadas às vendas - populações, renda, PNB;

d) Influência da propaganda.

Qualitativas:

a) Opinião dos gerentes;


b) Opinião dos vendedores;

Opinião dos compradores;

 Pesquisa de mercado.

No comportamento dinâmico do processo, existem as técnicas de previsão do consumo que se classificam


em três grupos:

 Projeção: admite-se que o futuro será a repetição do passado ou as vendas se elevarão com o
tempo, assim este grupo é de natureza quantitativa.
 Explicação: procura-se explicar as vendas do passado mediante leis que relacionem as mesmas com
outras variáveis, cuja evolução é conhecida ou previsível. São aplicações de técnicas de regressão e
correlação.
 Predileção: funcionários e conhecedores de fatores influentes nas vendas e no mercado
estabelecem a evolução das vendas futuras.

Também existem alguns fatores que podem alterar o comportamento do consumo e influenciar na previsão
para os estoques.

 Influências políticas;
 Influências conjunturais;
 Influências sazonais;
 Alterações no comportamento dos clientes;
 Inovações técnicas;
 Tipos retirados da linha de produção;
 Alteração da produção;
 Preços competitivos dos concorrentes.

TEMPO DE REPOSIÇÃO

O tempo de reposição é uma das informações básicas necessárias para se calcular o estoque mínimo.
O tempo de reposição consiste no tempo gasto desde a averiguação de que o estoque necessita ser reposto
até a entrega efetiva do material no almoxarifado da empresa.

Assim este tempo pode ser dividido em três partes:

 Emissão do pedido: - tempo que leva desde a emissão do pedido de compra até ele chegar ao
fornecedor;

 Preparação do pedido: - tempo que leva o fornecedor para fabricar os produtos até deixá-los em
condições de serem transportados;
 Transporte: - tempo que leva da saída do fornecedor até o recebimento dos materiais pela
empresa.

Em relação à sua importância, o tempo de reposição deve ser determinado do modo mais realista possível,
pois as variações podem alterar toda a estrutura dos sistemas de estoques.

ESTOQUE MÍNIMO

O estoque mínimo ou também chamado estoque de segurança, determina a quantidade mínima que existe
no estoque, destinada a cobrir eventuais atrasos no suprimento e objetivando a garantia do funcionamento
eficiente do processo produtivo, sem o risco de faltas.

Entre as causas que ocasionavam estas faltas, pode-se citar as seguintes: oscilações no consumo; oscilações
nas épocas de aquisição, ou seja, atraso no tempo de reposição; variação na quantidade, quando o controle
de quantidade rejeita um lote e diferenças de inventário.

A importância do estoque mínimo é a chave para o adequado estabelecimento do ponto de pedido.

Idealmente o estoque mínimo poderia ser tão alto que jamais haveria, para todas as finalidades práticas,
ocasião de falta de material.

Entretanto, desde que, a quantidade de material representada como margem de segurança não seja usada
e, torna-se uma parte permanente do estoque, a armazenagem e os outros custos serão elevados. Ao
contrário, se estabelecer uma margem de segurança demasiado baixa, acarretaria custo de ruptura, que
são os custos de não possuir os materiais disponíveis quando necessários, isto é, a perda de vendas,
paralisação da produção e despesas para apressar entregas.

Estabelecer uma margem de segurança, ou estoque mínimo, é um risco que a empresa assume na
ocorrência da falta de estoque.

A determinação do estoque mínimo pode ser feita através de fixação de determinada projeção mínima,
estimada no consumo, e cálculo com base estatística.

Nestes casos, parte-se do pressuposto de que deve ser atendida uma parte do consumo, isto é, que seja
alcançado o grau de atendimento adequado e definido.

Esse grau de atendimento, nada mais é, que a relação entre a quantidade necessitada e quantidade
atendida.
ESTOQUE MÁXIMO

O estoque máximo é igual a soma do estoque mínimo e do lote de compra.

O lote de compra poderá ser econômico ou não.

Em condições normais de equilíbrio entre a compra e o consumo, o estoque oscilará entre os valores
máximo e mínimo.

O estoque máximo é uma função no lote de compra e do estoque mínimo, e evidentemente, variará todas
as vezes em que uma ou duas parcelas acima variarem. O estoque máximo sofrerá também limitações de
ordem física, como espaço para armazenamento. É possível ainda diminuir, tanto o tamanho do lote como
o de estoque mínimo, quando a falta de capital torna-se maior.

É preferível diminuir o tamanho do lote e diminuir o estoque mínimo, a fim de evitar a paralisação da
produção por falta de estoque.

CURVA ABC DAS MATÉRIAS-PRIMAS

A mais importante técnica para administrar os estoques é a chamada análise ABC.

A forma prática da aplicação de análise ABC, obtêm-se por ordenação dos itens em função do seu valor
relativo.

A técnica ABC, é a única que trás resultados imediatistas em fase da sua simplicidade de aplicação.

Uma vez que consegue-se ordenar todos os itens pelo seu valor relativo, passa-se a classificá-los em três
grupos chamados A, B e C, conforme exemplo a seguir:

 Classe A, neste grupo, incluem-se todos os itens de valor elevado e portanto, são os que requerem
maior cuidado por parte do administrador de matéria-prima.
 Classe B, incluem-se os itens de valor intermediativos; e
 Classe C, mantém-se os itens de menos valor relativo.

Assim, divide-se o inventário em três classes.

 Classe A, que requer controle rigoroso;


 Classe B, que requer um controle menos rigoroso;
 Classe C, que requer um controle apenas rotineiro.

Se a classe A representa nove por cento dos itens, isto é, treze itens ela pode representar sessenta por
cento do capital investido em estoque.

A classe B representa trinta e um por cento do total dos itens, isto é, quarenta e três itens correspondem a
vinte e cinco por cento do capital.

A classe C representa portanto, sessenta por cento dos itens, ou seja, oitenta e quatro itens e vai
corresponder a quinze por cento do valor empatado em estoque.
Somando-se os itens das classes A e B, isto é, treze mais quarenta e três é igual a cinqüenta e seis, verifica-
se que isto representará oitenta e cinco por cento do total do investimento em estoque.

Portanto, um controle acentuado e eficiente sobre os quarenta por cento dos itens, significará controlar
bem oitenta e cinco por cento dos investimentos em estoque.

OBJETIVOS DOS LAYOUTS DAS INSTALAÇÕES

O termo Layout também conhecido como Arranjo Físico é utilizado para nomear ou identificar o
posicionamento de setores, de máquinas/equipamentos, de colaboradores, de sistemas, dos recursos, etc.,
enfim a forma que é posicionada toda a estrutura de uma empresa.

É um dos principais responsáveis pela eficiência das empresas, em todos os sentidos, fisicamente falando e
também filosoficamente, pois cada modelo adotado irá de uma forma direta ou indireta, influenciar na
sequência de uma execução, no prazo, no controle, na estratégia e até no custo e preço final.

O Layout ou Arranjo Físico tem como objetivo harmonizar e integrar todos os sistemas, os setores,
máquinas, equipamentos, movimentação de carga, armazenagem dos materiais e a mão-de-obra na
ocupação do espaço, ou seja, todos os recursos que fazem parte do trabalho, na busca de um fluxo
racional.

Um Layout ou Arranjo Físico bem planejado proporciona:

 Otimização do espaço;
 Maior produtividade (maior produção por unidade de tempo);
 Segurança e conforto no ambiente de trabalho;

A escolha do modelo ou forma deste Layout ou Arranjo Físico não deve ser executada apenas quando no
início de um empreendimento ou durante um projeto para a construção ou ampliação de uma empresa.
Mas deve ser reavaliado sempre que ocorrerem as seguintes possibilidades:

 Ocorrer uma alteração nos processos ou procedimentos operacionais;


 Ocorrer uma alteração no planejamento estratégico da empresa;
 Ocorrer uma nova necessidade operacional;

A decisão sobre qual modelo ou forma do Layout ou Arranjo Físico devemos adotar deve estar baseada e
alinhada com a missão da empresa e ainda devemos dentro do possível considerar os seguintes fatores:

 Integração: harmonia e eficiência do conjunto;


 Aproveitamento da iluminação natural: além da economia gera conforto ambiental;
 Áreas de circulação adequadas: segurança e melhor qualidade;
 Fácil abastecimento de matéria prima e retirada da produção: tempo e agilidade;
 Boa localização: almoxarifado, sanitários e bebedouros: tempo e eficiência;
 Acesso para manutenção: tempo e operação;
 Otimizar as distâncias: o transporte não agrega valor, é necessário reduzir a distância entre as
diversas operações;
 Facilitar a comunicação entre as pessoas: aumento da troca de informações;

Um dos fatores mais recorrentes hoje é a necessidade de estar preparado para as mudanças comerciais,
políticas e econômicas. Temos que ter a Flexibilidade: são frequentes as necessidades de mudança
(métodos e sistemas de trabalho). É necessário prever as mudanças para que não resultem em problemas
para o Layout ou Arranjo Físico.

Podem ser divididos basicamente em tipos:

Arranjo Posicional - As máquinas, os equipamentos, as estruturas permanecem paradas e as pessoas é que


se movimentam. Utilizado quando as dimensões e o peso dificultam a movimentação (navios, grandes
geradores, prensas, ... ) ou o sistema e processo são rígidos (centros cirúrgicos, teatros, restaurantes
convencionais, ... ).

Arranjo por Processo ou Departamental – Os serviços, as operações ou sistemas do mesmo tipo são
agrupadas em um mesmo departamento ou local (supermercado, casa de caldeiras, estufa de pintura, loja
de departamentos, ...).

Arranjo Linear ou por Produto – O produto se movimenta de um equipamento para outro, seguindo a
sequência do processamento ou uma sequência na sua execução (montagem de televisores, linha de
montagem de automóveis, restaurante do tipo bandejão ou a quilo, ...)

Arranjo Híbrido – É quando utilizamos mais de um tipo de Arranjo ao mesmo tempo no mesmo setor.

DICAS IMPORTANTES:

Na prática é encontrado a coexistência desses tipos de arranjo.

O arranjo físico está intimamente relacionado com a prevenção de acidentes;

Um local organizado e limpo contribui para a satisfação dos trabalhadores;

Devem ser atendidas as NR`s - Normas de Segurança do MTE - Ministério do Trabalho e Emprego. Em
especial as NR-10 Eletricidade, NR-11- Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio, NR-12 –
Máquinas e equipamentos, NR-17 – ergonomia, NR-26 – sinalização de segurança e demais Normas;

SUSTENTABILIDADE

Da teoria à prática Desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da


geração atual, garantindo a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. É o
desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro.

Essa definição surgiu na Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada pelas Nações
Unidas para discutir e propor meios de harmonizar dois objetivos: o desenvolvimento econômico e a
conservação ambiental.

Nos últimos anos, práticas de responsabilidade social corporativa tornaram-se parte da estratégia de um
número crescente de empresas, cientes da necessária relação entre retorno econômico, ações sociais e
conservação da natureza e, portanto, do claro vínculo que une a própria prosperidade com o estado da
saúde ambiental e o bem-estar coletivo da sociedade.

É cada vez mais importante que as empresas tenham consciência de que são parte integrante do mundo e
não consumidoras do mundo. O reconhecimento de que os recursos naturais são finitos e de que nós
dependemos destes para a sobrevivência humana, para a conservação da diversidade biológica e para o
próprio crescimento econômico é fundamental para o desenvolvimento sustentável, o qual sugere a
utilização dos recursos naturais com qualidade e não em quantidade.

Sustentabilidade? O que é Sustentabilidade?

Nunca antes se ouviu falar tanto nessa palavra quanto nos dias atuais: Sustentabilidade. Mas, afinal de
contas, o que é sustentabilidade?

Segundo a Wikipédia: “sustentabilidade é um conceito sistêmico; relacionado com a continuidade dos


aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana”.

Mas você ainda pode pensar: “E que isso tudo pode significar na prática?”

Podemos dizer “na prática”, que esse conceito de sustentabilidade representa promover a exploração de
áreas ou o uso de recursos planetários (naturais ou não) de forma a prejudicar o menos possível o
equilíbrio entre o meio ambiente e as comunidades humanas e toda a biosfera que dele dependem para
existir. Pode parecer um conceito difícil de ser implementado e, em muitos casos, economicamente
inviável. No entanto, não é bem assim. Mesmo nas atividades humanas altamente impactantes no meio
ambiente como a mineração; a extração vegetal, a agricultura em larga escala; a fabricação de papel e
celulose e todas as outras; a aplicação de práticas sustentáveis nesses empreendimentos; revelou-se
economicamente viável e em muitos deles trouxe um fôlego financeiro extra.

Assim, as idéias de projetos empresariais que atendam aos parâmetros de sustentabilidade, começaram a
multiplicar-se e a espalhar-se por vários lugares antes degradados do planeta. Muitas comunidades que
antes viviam sofrendo com doenças de todo tipo; provocadas por indústrias poluidoras instaladas em suas
vizinhanças viram sua qualidade de vida ser gradativamente recuperada e melhorada ao longo do
desenvolvimento desses projetos sustentáveis. Da mesma forma, áreas que antes eram consideradas
meramente extrativistas e que estavam condenadas ao extermínio por práticas predatórias, hoje tem uma
grande chance de se recuperarem após a adoção de projetos de exploração com fundamentos sólidos na
sustentabilidade e na viabilidade de uma exploração não predatória dos recursos disponíveis. Da mesma
forma, cuidando para que o envolvimento das comunidades viventes nessas regiões seja total e que elas
ganhem algo com isso; todos ganham e cuidam para que os projetos atinjam o sucesso esperado.

A exploração e a extração de recursos com mais eficiência e com a garantia da possibilidade de


recuperação das áreas degradadas é a chave para que a sustentabilidade seja uma prática exitosa e
aplicada com muito mais freqüência aos grandes empreendimentos. Preencher as necessidades humanas
de recursos naturais e garantir a continuidade da biodiversidade local; além de manter, ou melhorar, a
qualidade de vida das comunidades inclusas na área de extração desses recursos é um desafio permanente
que deve ser vencido dia a dia. A seriedade e o acompanhamento das autoridades e entidades ambientais,
bem como assegurar instrumentos fiscalizatórios e punitivos eficientes, darão ao conceito de
sustentabilidade uma forma e um poder agregador de idéias e formador de opiniões ainda muito maior do
que já existe nos dias atuais.

De uma forma simples, podemos afirmar que garantir a sustentabilidade de um projeto ou de uma região
determinada; é dar garantias de que mesmo explorada essa área continuará a prover recursos e bem estar
econômico e social para as comunidades que nela vivem por muitas e muitas gerações. Mantendo a força
vital e a capacidade de regenerar-se mesmo diante da ação contínua e da presença atuante da mão
humana.
Sustentabilidade Industrial: Aplicando Sustentabilidade na Indústria

A sustentabilidade industrial tem sido foco das discussões sobre a temática que envolve questões não
apenas ambientais, mas que também visam o crescente lucro, ou de condições favoráveis às indústrias.

Uma das perguntas centrais das discussões em torno do desenvolvimento sustentável das indústrias é:
como é possível torná-las ecologicamente éticas e ao mesmo tempo produtivas (que gerem lucros
rápidos)?

A forma mais utilizada para tornar a indústria sustentável é, sem dúvida, a adoção de projetos sustentáveis
com vistas na geração de energia limpa e renovável, além de medidas de ordens sociais e ambientais que
possam ser vantajosas, como por exemplo, as atitudes que permitam uma geração de emprego sustentável
nas comunidades que extraiam a matéria prima utilizada pela indústria em questão, um outro exemplo de
atitude sustentável é a reeducação dos funcionários e o treinamento destes para tornar a produção mais
ecologicamente ética. Há também medidas internacionais, como os provenientes do protocolo de Kyoto
que debatem a viabilidade das industriais utilizarem a intervenção financeira como meio de redução da
emissão de gases danosos ao ambiente, por exemplo.

Quando as indústrias já são sustentáveis, tem-se o cuidado de manter tais medidas e de sempre utilizar um
investimento reservado a aplicação de novas técnicas nas suas produções. Um exemplo de indústria
sustentável são as que produzem o açúcar e que utilizam do bagaço de cana para a geração de energia, ou
aquelas que se referem a produção de cosméticos e de celulose que incentivam não somente o replantio,
mas que também criam áreas de reservas intocáveis. A reciclagem e o aproveitamento de todos os
materiais, como a utilização hídrica, também representam um interesse comum da sustentabilidade
industrial.

A adoção da sustentabilidade industrial além de ser uma medida ética e produtiva, também ganha um
espaço cada vez maior em questão de aceitabilidade dos consumidores.

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