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Material Teórico
Definindo a Técnica de VLSM e Supernet
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Definindo a Técnica de VLSM e Supernet
• Introdução;
• Desperdício de Endereço;
• Quando Utilizar VLSM;
• Cálculo de Sub-Redes com VLSM;
• Sumarização de Rotas;
• Configurando VLSM.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
• Compreender e abordar as Técnicas de VLSM e SuperNet;
• Entender a necessidade de utilização, esgotamento de endereços e aumento de en-
tradas em tabelas de roteamento, sumarização de rota;
• Aprender como calcular uma Rede usando a técnica de VLSM.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e
de aprendizagem.
UNIDADE Definindo a Técnica de VLSM e Supernet
Introdução
Um dos maiores problemas da Internet rodando o IPv4 é, certamente, o limite
de capacidade de endereçamento que esse Protocolo pode ter (cerca de 4 bilhões
de endereços) e, por causa do crescimento exponencial da Internet, tornou-se qua-
se impossível a utilização de endereços públicos para dentro de um ambiente de
Rede local.
Para isso, foram criadas várias técnicas a fim de minimizar desperdícios de ende-
reços. Outro problema não muito falado na comunidade é em relação ao aumento
de rotas nas Tabelas de roteamento dos roteadores em função também do cresci-
mento da Internet.
Nesta Unidade, vamos discutir um pouco sobre algumas dessas técnicas, como o
uso de VLSM e a agregação de rotas.
Desperdício de Endereço
Num passado próximo, não era aconselhável usar a primeira e a última Sub-redes
calculadas. A utilização da primeira Sub-rede, conhecida como Sub-rede zero, era
desencorajada em função da confusão que poderia ocorrer se uma Rede e uma Sub-
rede tivessem o mesmo endereço, em virtude de as Redes genéricas sempre acabarem
em zero (0) nos endereços dedicados a host.
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Na próxima Figura, temos um exemplo da utilização de três bits da porção host
de um endereço Classe C que foram emprestados para a criação de novas Re-
des menores.
Se uma determinada equipe optar por utilizar a Sub-rede zero, haverá oito Sub-
-redes utilizáveis. Cada Sub-rede pode suportar 30 hosts ativos. É importante lem-
brar que hosts ativos dizem respeito ao endereçamento dos dispositivos, ou seja,
não aplicamos endereço de Rede, de Sub-rede e de broadcast nos hosts, e sim,
endereços que estão dentro desses intervalos calculados (TANENBAUM, 2011).
Uma equipe reconhece que será necessário endereçar os três links WAN ponto
a ponto que interligam Sydney, Brisbane, Perth e Melbourne.
Se essa Equipe utilizar as últimas três Sub-redes criadas para os links de WAN
ponto a ponto, teremos um desperdício de 28 endereços de host de cada Sub-
-rede, pois, necessariamente, vamos precisar apenas de dois endereços em cada
Rede ponto a ponto.
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UNIDADE Definindo a Técnica de VLSM e Supernet
Com essa finalidade, foram criadas algumas novas técnicas de criação e mape-
amento de endereços, como, por exemplo, o VLSM, que pode ser utilizado em
links ponto a ponto, sem, necessariamente, desperdiçar endereços de uma even-
tual Sub-rede calculada.
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A sigla VLSM é o significado de máscara de Sub-rede de tamanho variável, ou
seja, estamos criando Sub-redes menores ainda, extraídas de uma Sub-rede calculada
inicialmente e, por esse motivo, às vezes são chamadas de Sub-sub-rede (STALLINGS;
ROSS, 2010).
As Sub-redes grandes são criadas para serem aplicadas nas Redes locais. Após
essa aplicação, escolhe-se uma Rede desse pool para a criação de Redes menores
e que serão usadas para as conexões de WAN ponto a ponto.
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UNIDADE Definindo a Técnica de VLSM e Supernet
Já os Protocolos de Roteamento classful, tais como RIP v1, IGRP e EGP, não
suportam VLSM e CIDR e, nesse caso, mesmo que criadas técnicas de Sub-redes ou
de VLSM o roteador retornaria tais endereços como endereços originais (padrão).
Um link WAN precisará apenas de dois endereços válidos, um para cada
roteador dessa conectorização e isso resulta em 252 endereços desperdiça-
dos desnecessariamente.
Se a técnica de VLSM for utilizada, uma máscara de 24 bits ainda seria
aplicada nos segmentos LAN para os 250 hosts; porém, uma máscara de 30 bits
poderia ser utilizada para o endereçamento de link WAN ponto a ponto (CISCO
NETACAD, 2017).
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Figura 3 – Cálculo de VLSM
Fonte: ebah.com.br
Já para calcular os endereços de Sub-rede que serão utilizados nos links WAN,
pegaremos uma dessas Sub-redes /26 criadas e vamos novamente subdividi-la em
Redes de tamanho que atendam nossas necessidades.
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A técnica de VLSM pode ser utilizada, então, para dividir em Sub-redes um en-
dereço já dividido em Sub-redes. Considere, por exemplo, o endereço de Sub-rede
172.16.32.0/20 e uma Rede que precisa de dez (10) endereços de host válidos.
Com esse endereço de Sub-rede, existem 212 –2, ou seja, teríamos 4094 en-
dereços de host válidos, a maioria dos quais será desperdiçada certamente numa
Rede que necessita de muito menos número de endereços.
Sumarização de Rotas
Quando a técnica de VLSM for utilizada, é importante manter os números de
Sub-rede sequencialmente agrupados para que possamos permitir uma even-
tual agregação.
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mas não muito divulgado, diz respeito ao excesso de criação de rotas na Internet
que, certamente, consome muito recurso dos roteadores e dispositivos intermediá-
rios nessa grande Rede (TANENBAUM, 2011).
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Quadro 4 – Finalização do Processo de Sumarização
Endereços Primeiro Octeto Segundo Octeto Terceiro Octeto Quarto Octeto
172.16.0.0 10101100 00010000 00000000 00000000
172.16.2.0 10101100 00010000 00000010 00000000
172.16.3.128 10101100 00010000 00000011 10000000
172.16.4.0 10101100 00010000 00000100 00000000
172.16.4.128 10101100 00010000 00000100 10000000
Resposta:
172.16.0.0/21 10101100 00010000 00000000 00000000
Fonte: ebah.com.br
Configurando VLSM
Então, na próxima Figura, vamos colocar em prática o que foi comentado e en-
tender melhor os cálculos da técnica de VLSM que foram aplicados:
• O Endereço de Rede que estamos trabalhando no exemplo é um endereço de
Classe C: 192.168.10.0;
• O roteador de nome Perth precisa suportar 60 hosts válidos. Isso significa
que serão necessários pelo menos seis (6) bits na porção dedicada ao host
do endereço. Seis bits resultarão em 26 – 2, ou seja, 62 endereços de hosts
possíveis. A conexão de Rede Local do roteador Perth recebe a designação da
Sub-rede 192.168.10.0/26;
• Os roteadores de nome Sydney e Singapore necessitam suportar 12 hosts
cada um (número menor que o de Perth). E isso significa que serão necessários
pelo menos quatro (4) bits na porção dedicada a host do endereço. Quatro
bits resultarão em 24 – 2, ou seja, 14 possíveis endereços de host válidos e
suficientes para o mapeamento de endereços necessário. Por esse motivo,
para a conexão de Rede Local do roteador Sydney, é designada a Sub-rede
192.168.10.96/28, e para a conexão da Rede Local do roteador Singapore
é designada a Sub-rede 192.168.10.112/28, ambos os endereços poderiam
suportar a necessidade de endereçamento proposta;
• O roteador KL (que está no topo da tipologia) precisa suportar 28 hosts váli-
dos. Isso significa que serão necessários pelo menos cinco (5) bits na porção
dedicada a host do endereço. Cinco bits resultarão em 25 – 2, ou seja, 30
possíveis endereços de host válidos. A conexão de Rede local do roteador KL
recebe, então, a designação de endereço de Sub-rede 192.168.10.64/27.
Note que, utilizando a técnica de VLSM, nós, Administradores de Rede, pode-
mos calcular Redes distintas com tamanhos conforme nossa necessidade de Proje-
to e, nesse caso, atendendo aos requisitos do não desperdício de endereços IPv4,
que era nossa principal preocupação.
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Podemos observar um exemplo de configuração de conexão ponto a ponto en-
tre KL e Singapure, como segue:
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Livros
Redes de Computadores e a Internet
STALLINGS, W. e ROSS K. 5.ed Pearson, 2010.
Redes de Computadores
TANENBAUM, A. S. 5.ed. Pearson, 2011.
Leitura
Cursos Web
CISCO NETACAD. Módulo de Roteamento e Switching – Conceitos Essenciais.
Capítulo 6 – Sessão 6.3: Técnica de VLSM, Versão 6.0, EUA, 2017.
CISCO NETACAD. Módulo de Roteamento e Switching – Conceitos Essenciais.
Capítulo 6 – Sessão 6.3: Técnica de CIDR, Versão 6.0, EUA, 2017.
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Referências
CISCO NETACAD. Módulo de Roteamento e Switching: Conceitos Essenciais
(CCNA2) – 6ª Versão, Cisco Systems, 2017 (Material on-line).
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