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02 - Imunidade Inata e Adquirida
02 - Imunidade Inata e Adquirida
Sistema complemento: sistema/cascata de ptns solúveis circulantes no soro que, na presença de um agente
infeccioso, suas ptns iniciais ligam-se à superfície desses agentes infecciosos, disparando uma cascata de
ptns até chegar a uma ptn final chamada C9. Várias destas C9s formarão um polímero, capaz de criar um
poro (canal) na membrana bacteriana por onde será extravasando o seu conteúdo. Ao extravasar, a
bactéria é lisada e morre. Este é um mecanismo importante contra bactérias extracelulares.
Indivíduos que possuem imunodeficiência na produção do complemento terão suscetibilidade grande à
infecções recorrentes por bactérias extracelulares. É um mecanismo de reposta imune inata e ñ celular:
TIPOS DE RESPOSTAS
RESPOSTAS CELULARES:
→Resposta imune inata: compreendem as barreiras epiteliais, algumas células fagocíticas, NKs,
complemento.
→Resposta imune adaptativa: é baseada na atuação dos linfócitos, tanto T quanto o B.
RESPOSTA NÃO-CELULAR:
→Resposta imune adaptativa humoral: consistindo em elementos solúveis no plasma circulante.
Então a resposta imune adaptativa é um pouco mais tardia, levando em torno de quatro a sete dias para ser
montada, estando associada normalmente com memória imunológica.
Quando se fala em vacinas, automaticamente podemos pensar em resposta imune adaptativa. Hoje
temos vacinas para bactérias e vírus, pois estes possuem uma complexidade antigênica um pouco mais
simples. Não se tem vacinas contra metazoários, protozoários e helmintos pela sua complexidade
antigênica, pois não se sabe qual o antígeno responsável pela ativação de clones de linfócitos específicos
que serão capazes de controlar a infecção.
Resposta imune inata (natural) ou adaptativa (adquirida)
EM RELAÇÃO À ESPECIFICIDADE. A resposta imune natural possui uma especificidade para estruturas
compartilhadas, ou seja, para grupos de antígenos similares (microbianos ou não microbianos) que o sistema
imune inato reconhecerá como um padrão de antígenos; padrão de antígenos associados a vírus, a
bactérias, a protozoários, etc. Possui uma especificidade, porém é uma especificidade parcial, mais
superficial. Diferente da adquirida, que é altamente específica (especificidade refinada).
TOLERÂNCIA. É importante que haja tolerância ao próprio. Tolerância ao próprio a fim de que qualquer
componente do sistema imune não responda às seus próprios antígenos. Então, é fundamental que se tenha
uma tolerância (não responda ao próprio) tanto na resposta imune natural como resposta imune adquirida.
Do contrário, podem ser desencadeadas doenças auto-imunes.
IMUNIDADE PASSIVA
Acontece ao se inserir células efetoras ou imunoglobulinas sem ativação do sistema imune do indivíduo. Na
imunidade passiva, apesar do controle do agente infeccioso, o indivíduo não adquirirá a memória
imunológica. São colocados elementos efetores para eliminar a infecção, porém sem ativar as células
virgens (ingênuas). Células virgens: células que ainda não entraram em contato com o antígeno. Assim, se
não forem ativadas as células virgens, não ocorrerá expansão clonal, ou seja, os clones específicos para
esse antígeno não serão selecionados, não expandirão e não formarão células de memória. Isso acontece
em qualquer soroterapia (difteria, ferimento por peçonha).
MEMÓRIA. Temos uma grande diversidade de clones de linfócitos específicos para os mais diversos
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antígenos (em torno de 10 ), com especificidade muito refinada. Quando se insere o antígenoX em um
camundongo, estimula-se uma resposta imune específica a este antígenoX. De forma que serão
selecionados clones de Linfócitos B específicos para o antígenoX. Assim, estes clones selecionados (um ou
dois), que são células virgens, reconhecerão o antígeno, em seguida, serão ativados e sofrerão uma
expansão clonal, sendo gerados então centenas de milhões de células com a mesma especificidade ao
antígenoX.
À medida que o antígenoX é eliminado do sistema, não há motivo para que as células permaneçam no
local. Assim, haverá uma tentativa de voltar a homeostasia, ocorrendo uma retração clonal (a morte
programada dessas células (apoptose)). Porém não morrem todas, ficam as células remanescentes que
serão as células de memória. Estas células de memória terão a capacidade de responder mais rápido e
eficientemente que a célula virgem. A virgem levaria em torno de 6 a 7 dias para responder efetivamente.
Ao passo que a célula de memória levaria de 1 a 2 dias para atuar, acelerando o processo de controle do
patógeno. *A não-resposta a um antígeno pode ter basicamente duas causas: não haver o clone específico
ao antígeno (raro) e, uma incompetência na apresentação desse antígeno (via MHC).
A cada imunização que é feita, a resposta aumenta cada vez mais (vacina contra HepB p.ex., em três
doses), pois gera mais afinidade e velocidade de resposta das células aos antígenos.
As células virgens são formadas no sistema hematopoiético, na medula óssea. Estas células serão testadas
para eliminar aquelas que vão normalmente reagir contra o próprio e, então, serão liberadas para a
periferia, onde estarão aptas a responder contra os antígenos de patógenos. Desde que nascemos,
entramos em contato com vários antígenos. Estes clones são ativados à medida que se tem uma maturação
dessa resposta. Estes clones são previamente formados (a teoria da diversidade clonal).
O bebê não tem uma imunidade tão eficaz como a do adulto, pois o bebê possui os clones específicos,
mas são todas células virgens, assim, sempre os primeiros contatos serão sofridos pelo bebê. O bebê tem
paulatinamente seus clones específicos sendo ativados e, somente em seguida, transformados em células
de memória. Clone virgem é uma célula específica para determinado antígeno, porém não foi selecionado.