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Vice Governador
Domingos Gomes de Aguiar Filho
Secretária da Educação
Maria Izolda Cela de Arruda Coelho
Secretário Adjunto
Maurício Holanda Maia
Secretário Executivo
Antônio Idilvan de Lima Alencar
SUMÁRIO
2. PLANO DIRETOR................................................................................................................................20
3.1. OS PROFISSIONAIS....................................................................................................................29
URBANOS..................................................................................................................................................43
5. REFERÊNCIAS.....................................................................................................................................60
A Lei n° 10.257, de 10 de Julho de 2001, regulamenta os artigos 182 e 183 da Constituição Federal
que estabelece as diretrizes gerais da política urbana e dá outras providências. O CAPÍTULO I, desta Lei
em seu Art. 2° trata da política urbana que tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções
sociais da cidade e da propriedade urbana, mediante as seguintes diretrizes gerais:
A partir da Legislação Federal foi criada a LEI Nº. 7.987 de 23 de Dezembro de 1996, que regula o
uso e a ocupação do solo nas Microzonas de Densidade e nas Zonas Especiais, define diretrizes e normas
relativas ao sistema viário e faz a relação deste com o uso do solo urbano.
A estruturação urbana proposta reflete a realidade da espacialização das atividades, a existência das
redes de equipamentos e infra-estrutura inclusive as expansões projetadas e se consolida através das
diretrizes gerais e setoriais de desenvolvimento e de expansão do Município que contemplam a
desconcentração e a descentralização das atividades.
Por sua vez, as macrozonas foram subdivididas em várias microzonas de densidade populacional
em função das atividades existentes, das condições de solo, da infra-estrutura e da densidade populacional
existentes e projetadas para os próximos dez anos. Sete microzonas compõem a Macrozona Urbanizada e
quatro, a Macrozona Adensável, sem subdivisão para a Macrozona de Transição.
Ainda como componentes da estruturação urbana planejada, foram previstas nove Zonas Especiais
que, por suas peculiaridades físicas, culturais, econômicas e de especificidade de usos, demandam
tratamento próprio, quanto ao uso e à ocupação do solo, que seriam:
Para o Sistema Viário, foram previstos o subsistema estrutural e o subsistema de apoio. Compõem
o primeiro, os eixos e anéis expressos e arteriais e as vias ferroviárias, o segundo por sua vez é integrado
por vias comerciais, coletoras e locais.
Para atender as situações peculiares, que demandam normas e padrões de parcelamento, uso e
ocupação do solo específico, foram previstos os usos e ocupações diferenciados, compreendendo:
a) Conjuntos Habitacionais;
b) Parcelamento com Lotes em Condomínios;
c) Instituição de Áreas para Aglomerados Populares;
d) Projetos Especiais - Pólos Geradores de Tráfego.
O uso e a ocupação do solo nas Microzonas de Densidade e Zonas Especiais têm como
condicionantes básicos as características físicas, a paisagem natural, a paisagem cultural e o patrimônio
arquitetônico, e os indicadores de infra-estrutura. Na análise das características físicas foram considerados
o tipo de solo com sua capacidade de absorção das águas pluviais e altura do lençol freático, e na
paisagem natural, por sua vez foram considerados os recursos hídricos, o relevo, a cobertura vegetal e as
áreas de preservação.
Quanto ao sistema viário ampliou-se a classificação contida no PDDU-FOR, quais sejam: vias
expressas, arteriais, comerciais, coletoras e locais, com o desdobramento da via arterial, em arterial I e II.
Funcionalmente estas duas se assemelham, distinguindo-se pela dimensão de sua caixa e pela intensidade
de fluxo.
Este projeto de lei regulamenta a implantação das atividades no tecido urbano, no tocante aos
aspectos relativos à adequação de usos, normas e padrões de ocupação considerando as Microzonas de
Densidade, as Zonas Especiais e a classificação viária.
De maneira geral as atividades ocorrem no tecido urbano seguindo alguns pressupostos, assim é
que nas vias expressas são adequadas as atividades de grande porte; nas vias arteriais I são adequadas às
atividades de médio porte e nas vias arteriais II podem ser instaladas as atividades comerciais e de
serviços com portes menores. Nas vias coletoras é adequada a atividade residencial, com expansão
limitada de atividades de comércio e serviços. As vias comerciais sediam, preferencialmente, as
atividades de comércio e serviços, e se localizam nas Áreas de Urbanização Prioritária. À via local
adequa-se o uso residencial, com baixa incidência dos outros usos.
Estas legislações específicas controlam a altura das edificações situadas em faixas determinadas do
território municipal, e, no caso dos aeródromos, além de impor restrições ao gabarito de altura, impõe
também limitações no uso do solo, pela restrição de atividades em seu entorno.
Estas restrições de uso resultaram na definição de quatro Áreas Especiais Aeroportuárias - AEAs,
que se sobrepõem às Microzonas de Densidade nas áreas de influência dos Aeroportos Pinto Martins e
Alto da Balança, ditando seus padrões de ocupação. Por demandar um tratamento diferenciado, o uso e a
ocupação do solo nas Zonas Especiais, foram regulamentados de acordo com as seguintes diretrizes:
- Nas Áreas de Interesse Ambiental (dunas) e nas Áreas de Proteção, em função de suas
peculiaridades físicas, o presente projeto estabelece a baixa densidade populacional; a horizontalidade na
paisagem urbana, com o predomínio do uso residencial unifamiliar; o número restrito de atividades de
comércio e serviços de apoio ao uso residencial, com pequeno porte e baixo afluxo de transporte.
- Para a Orla Marítima, respeitadas as diferenças setoriais existentes, são propostos os usos
condizentes à sua vocação para o turismo e lazer.
- A Área de Interesse Urbanístico da Praia de Iracema foi tratada em três setores de uso e ocupação
do solo. Foi enfatizada a preservação, a revitalização e a renovação da área com incentivos aos usos
habitacional, cultural, de lazer e de hotelaria. No aspecto relativo à preservação buscou-se a manutenção
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Esta Lei dispõe sobre a divisão do Município em Microzonas de Densidade e Zonas Especiais,
regula o uso e a ocupação do solo considerando as características das zonas citadas, como também a
classificação viária, tendo em vista os seguintes objetivos:
I - a ordenação das funções da cidade através da utilização racional do território, dos recursos
naturais, e do uso dos sistemas viário e de transporte, quando do parcelamento do solo, da implantação e
do funcionamento das atividades industriais, comerciais, residenciais e de serviços;
II - a preservação e a proteção do ambiente natural e cultural;
III - a racionalização do uso da infra-estrutura instalada, inclusive sistema viário e transportes,
evitando sua sobrecarga ou ociosidade;
IV - a compatibilidade da densidade das atividades urbanas com as condições naturais, bem como
com a infra-estrutura instalada e projetada;
V - a intensificação do processo de ocupação do solo, à medida que houver ampliação da
capacidade da infra-estrutura preservando-se a qualidade de vida da coletividade;
VI - a compatibilidade do uso do solo à função da via garantindo a segurança, a fluidez, a
circulação, o conforto e as restrições físico-operacionais da mesma;
VII - o atendimento à função social da propriedade imobiliária urbana, preconizado na Constituição
Federal;
VIII - o incentivo para as áreas com concentração e com tendência à concentração de atividades,
possibilitando o desenvolvimento de núcleos alternativos aos existentes, através da aplicação dos
instrumentos urbanísticos e fiscais.
Para efeito desta Lei, além das definições constantes de artigos posteriores, são adotadas as
seguintes definições:
I - ACESSO - é o dispositivo que permite a interligação projetos de infra-estrutura, projetos de edificações, bem
para veículos e pedestres entre: como a localização e o funcionamento de atividades;
a) logradouro público e propriedade privada;
b) propriedade privada e áreas de uso comum em VII - ANÁLISE de ORIENTAÇÃO PRÉVIA (AOP) - é
condomínio; o exame de um projeto de empreendimento ou de uma
c) logradouro público e espaço de uso comum em intenção de realização de atividade à luz das normas
condomínio; definidas pela lei, através da qual o Município fornece ao
interessado as diretrizes;
II - ACOSTAMENTO - é a parcela da área de plataforma
adjacente a pista de rolamento, objetivando: VIII - APARTAMENTO - é a unidade autônoma de
a) permitir que veículos em início de processo de moradia em prédio de habitação múltipla.
desgoverno retomem a direção correta;
b) proporcionar aos veículos acidentados, com defeitos, ou IX - APROVAÇÃO do PROJETO - é o ato
cujos motoristas fiquem incapacitados de continuar administrativo que precede ao licenciamento da
dirigindo, um local seguro para serem estacionados fora da construção;
trajetória dos demais veículos;
c) estimular os motoristas a usar a largura total da faixa X - ÁREA COBERTA - é a medida da superfície da
mais próxima ao meio-fio; projeção, em plano horizontal, de qualquer coberta da
edificação, nela incluída superfícies das projeções de
III - ACRÉSCIMO ou AMPLIAÇÃO - é a obra que paredes, pilares, marquises, beirais e demais componentes
resulta no aumento do volume ou da área construída total das fachadas;
da edificação existente;
XI - ÁREA COMUM: é a medida da superfície
IV - ALINHAMENTO - é a linha legal, traçada pelas constituída dos locais destinados a estacionamento em
autoridades municipais, que serve de limite entre o lote ou qualquer pavimento, lazer, pilotis, rampas de acesso,
gleba e o logradouro público; elevadores, circulações e depósitos comunitários,
apartamento de zelador, depósito de lixo, casa de gás,
V - ALTURA MÁXIMA da EDIFICAÇÃO - é a guarita, e subsolo quando destinado a estacionamento;
distância vertical tomada em meio da fachada, e o ponto
mais alto da cobertura, incluíndo as construções auxiliares, XII - ÁREA CONSTRUÍDA do PAVIMENTO - é a área
situadas acima do teto do último pavimento (caixa d'água, de construção de piso do pavimento, inclusive as ocupadas
casas de máquinas, halls de escadas) e os elementos de por paredes e pilares, incluindo-se as áreas comuns e
composição da referida fachada (platibandas e frontões), excluindo-se os vazios de poços de ventilação e
observando-se: iluminação;
a) relativamente ao afastamento das construções quanto ao
alinhamento com o logradouro - público, a altura será XIII - ÁREA CONSTRUÍDA TOTAL: é a soma das
contada a partir da cota altimétrica do passeio, no plano da áreas de pisos de todas as edificações principais e edículas,
fachada, coincidindo com o centro da mesma; inclusive as ocupadas por áreas comuns;
b) relativamente ao afastamento das construções, quanto as a) logradouro público e propriedade privada;
divisas laterais e de fundos, a altura será contada a partir b) propriedade privada e áreas de uso comum em
da cota altimétrica do terreno que coincidir com o centro condomínio;
da fachada correspondente. c) logradouro público e espaço de uso comum em
condomínio;
VI - ALVARÁ - é o documento que licencia a execução de
obras relativas a loteamentos, urbanização de áreas,
XIV - ÁREA de ENCOSTA - é a área compreendida por partes correspondentes às paredes, pilares, jardineiras e
terrenos em cujo perímetro se observem declividades sacadas de até 0,90m (noventa centímetros) de largura;
superiores a 30% (trinta por cento);
XXVII - ÁREA VERDE - é o percentual da área objeto
XV - ÁREA LIVRE do LOTE - é a superfície do lote não de parcelamento destinada exclusivamente a praças,
ocupada pela projeção da edificação; parques, jardins para usufruto da população;
XVI - ÁREA "NON AEDIFICANDI" - é a área situada XXVIII - ATIVIDADES COMERCIAIS - são atividades
ao longo das águas correntes e dormentes, das faixas de econômicas que têm como função específica a troca de
ferrovias, rodovias e dutos bem como ao longo de bens;
equipamentos urbanos, definidas em leis federal, estadual
ou municipal onde não é permitido qualquer edificação; XXIX - ATIVIDADES INDUSTRIAIS - são atividades
voltadas para a extração, ou transformação de substâncias
XVII - ÁREA OCUPADA - é a superfície do lote ocupada ou produtos, em novos bens ou produtos;
pela projeção da edificação em plano horizontal, não sendo
computados para o cálculo dessa área, elementos XXX - ATIVIDADES INSTITUCIONAIS - são
componentes das fachadas, tais como: "brise-soleil", atividades voltadas para o aspecto social, cultural, artístico
jardineiras, marquises, pérgolas e beirais; e lazer instituídas por iniciativa do Poder Público ou
privado;
XVIII - ÁREA PARCIAL da UNIDADE: é a área
construida da unidade, inclusive as ocupadas por paredes e XXXI - ATIVIDADES RESIDENCIAIS - são atividades
pilares e excluido-se jardineiras e sacadas de até 0,90m correspondentes às formas de morar, em caráter
(noventa centímetros) de largura; permanente de pessoas ou grupos de pessoas;
XIX - ÁREA PARCIAL da EDIFICAÇÃO: é a soma XXXII - ATIVIDADES de SERVIÇOS - são atividades
das áreas parciais de todos os pavimentos de uma econômicas que têm como função específica a prestação
edificação; de serviços de qualquer natureza;
XX - ÁREA PARCIAL do PAVIMENTO: é a área
construida do pavimento, inclusive as ocupadas por XXXIII - ATIVIDADES URBO-AGRÁRIAS - são
paredes e pilares, excluindo-se as áreas comuns, os vazios atividades econômicas voltadas para a exploração do solo
de poços de ventilação e iluminação e jardineiras e sacadas com finalidade de atender as necessidades, quer seja de
de até 0,90m (noventa centímetros) de largura; matéria prima ou para subsistência;
XXI - ÁREAS PÚBLICAS - são áreas de loteamento XXXIV - BALANÇO - é o avanço da edificação ou de
destinadas à circulação, à implantação de equipamentos elementos da edificação sobre os recuos;
urbanos e comunitários bem como espaços livres de uso
público; XXXV - BANCA ou BARRACA - é o equipamento de
pequeno porte, móvel e de fácil remoção, para o exercício
XXII - ÁREA de RECUO - é a área de terreno não de atividades comerciais ou de serviços;
edificável, compreendida entre as divisas do terreno e os
alinhamentos dos recuos. XXXVI - BEIRA, BEIRAL OU BEIRADO - é o
prolongamento da coberta que sobressai das paredes
XXIII - ÁREA TOTAL de EDIFICAÇÃO - é a soma das externas de uma edificação;
áreas de piso de todos os pavimentos de uma edificação;
XXXVII - BICICLETÁRIO de CURTA DURAÇÂO - é
XXIV - ÁREA de USO COMUM - é a área edificada ou o estacionamento dotado de equipamento mínimo para
não, que se destina ao uso comum dos proprietários ou manter uma bicicleta em posição vertical e acorrentada.
ocupantes de uma gleba ou de uma edificação, constituídas
de unidades autônomas; XXXVIII - BICICLETÁRIO de LONGA DURAÇÂO -
é o estacionamento de bicicleta dotado de cobertura contra
XXV - ÁREA para USO INSTITUCIONAL - é o intempéries e com vigilância.
percentual da área objeto de parcelamento destinada
exclusivamente a implantação de equipamentos XXXIX - CAIXA CARROÇÁVEL ou de
comunitários para usufruto da população; ROLAMENTO - é a faixa da via destinada á circulação
de veículos, excluídos os passeios, os canteiros centrais e o
XXVI - ÁREA ÚTIL - é a superfície utilizável de área acostamento;
construída de uma parte ou de uma edificação, excluídas as
assistência social, atividade religiosa, cultura, lazer, LXXV - FRAÇÃO do LOTE - é o índice utilizado para o
esporte, transporte, segurança, quer do domínio público ou cálculo do número máximo de unidades destinadas a
privado, além dos equipamentos para a administração habitação ou ao comércio e serviço no lote;
governamental;
LXXVI - FRENTE (do lote ou terreno) - é a divisa do
LXV - EQUIPAMENTOS COMUNITÁRIOS - são terreno lindeira com o(s) logradouro(s) público(s), ou
espaços destinados a: reconhecido como tal.
a) Campos de esporte e "play-grounds" abertos à utilização
pública gratuíta e restrita; LXXVII - FUNDO de TERRENO - é a divisa oposta à
b) Edificações e instalações destinadas a atividades de frente do lote.
assistência médica e sanitária,
promoção de assistência social, educação, abastecimento, LXXVIII - GALERIA - é o espaço de livre acesso
cultura, esporte e lazer da administração direta do poder público para circulação de pedestres, coberto por marquise
público ou com ela conveniada; ou laje do pavimento imediatamente superior, podendo, em
casos especiais, dar acesso a veículos de serviço e/ou
LXVI - EQUIPAMENTO de IMPACTO - são acesso a estacionamento;
empreendimentos públicos ou privados que representem
uma excepcional sobrecarga na capacidade da infra- LXXIX - GLEBA - é o terreno que ainda não foi objeto de
estrutura urbana ou ainda que provoquem dano ao meio parcelamento, sob qualquer forma;
ambiente natural ou construído;
LXXX - GRUPOS de USO - é o conjunto de usos que
LXVII - EQUIPAMENTOS URBANOS - são aqueles possuem características comuns, e são divididos em
destinados à prestação dos serviços de abastecimento subgrupos que reunem atividades afins. Os grupos de uso
d'água, esgotamento sanitário e pluvial, energia elétrica, são: Grupo Residencial, Grupo Comercial, Grupo de
rede telefônica e gás canalizado; Serviço, Grupo de Comércio e Serviço, Grupo
Institucional, Grupo Industrial, Grupo Urbo-Agrário;
LXVIII - ESCALA - é a relação entre as dimensões do
desenho e o que ele representa; LXXXI - HABITAÇÃO (Domicílio) - é a edificação
destinada á moradia;
LXIX - ESTACIONAMENTO - é o espaço público ou
privado destinado à guarda ou estacionamento de veículos, LXXXII - HABITE-SE - é o documento fornecido pela
constituído pelas áreas de vagas e circulação; municipalidade autorizando a utilização da edificação;
LXXII - FAIXA de PROPAGAÇÃO para LXXXV - LARGURA de uma VIA - é a distância entre
TELECOMUNICAÇÕES - é o conjunto de áreas nas os alinhamentos da via;
quais existe limitação de gabarito de altura para fins de
proteção dos feixes de microondas e dos enlaces radio- LXXXVI - LINDEIRO - é o que se limita ou é limítrofe;
elétricos;
LXXXVII - LOGRADOURO PÚBLICO - é o espaço
LXXIII - FAIXA de PROTEÇÃO da GALERIA de livre, reconhecido pela municipalidade, destinado ao
DRENAGEM - é a área "non-aedificandi" que trânsito, tráfego, comunicação ou lazer públicos;
compreende a largura da galeria de drenagem acrescida da
área de proteção; LXXXVIII - LOTE - é a parcela de terreno contida em
uma quadra, resultante de loteamento ou de
LXXIV - FICHA TÉCNICA - é o documento emitido desmembramento, com pelo menos uma das divisas
pela Administração informando a situação urbanística para lindeira à via pública;
determinado imóvel ou empreendimento;
LXXXIX - MARQUISE - é a coberta em balanço
aplicada às fachadas de um edifício;
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XCVI- PÁTIO ABERTO - é o espaço descoberto, para o CIX - PROJETO URBANÍSTICO - é o projeto
qual está voltada apenas uma face do edifício, sem desenvolvido para determinada área urbana, mediante a
possibilidade de unir à face ou faces de outros edifícios prévia aprovação do Município, considerando, entre outros
vizinhos; os seguintes aspectos:
a) revitalização do espaço urbano;
XCVII - PÁTIO FECHADO - é o espaço descoberto, b) criação de áreas e equipamentos de uso público;
limitado por quatro paredes do mesmo edifício, ou quando c) preservação de edificações e espaços de valor histórico;
limitado por duas ou três paredes do mesmo edifício possa d) definições dos usos;
vir a ter como limite uma parede do edifício vizinho; e) definição do sistema de circulação;
f) reserva de áreas para alargamento do sistema viário;
XCVIII - PAVIMENTO - é o espaço da edificação, g) reserva de área para estacionamento e terminais de
fechado ou vazado, compreendido entre dois pisos transporte público;
sucessivos ou entre um piso e a cobertura;
CX - REENTRÂNCIA - é a área para a qual o mesmo
XCIX - PAVIMENTO TÉRREO - é o pavimento edifício tem três faces, ou quando embora limitado por
definido pelo projeto, cujo piso não fique acima de 1,00m duas faces do mesmo edifício, possa a vir a ter uma
(um metro) em relação ao ponto médio do(s) passeio(s) terceira formada pela parede do edifício vizinho;
do(s) logradouro(s) que lhe(s) sejam lindeiro(s);
CXI - RECUO - é a distância medida entre o limite
C - PAVIMENTO TIPO - são pavimentos com a mesma externo da projeção da edificação no plano horizontal, e a
planta que se repetem na edificação; divisa do lote. O recuo de frente é medido com relação ao
alinhamento ou, quando se trata de lote lindeiro a mais de
CXIII - REPAROS GERAIS - são obras destinadas, CXXIV - USO ADEQUADO - é o uso compatível às
exclusivamente, a conservar e estabilizar a edificação e características estabelecidas para a via na microzona de
que não impliquem em alteração nas dimensões dos densidade ou para a zona especial;
espaços, admitida, com responsabilidade
técnica, a execução de laje até o limite de 40,00m² CXXV - USO INADEQUADO - é o uso incompatível às
(quarenta metros quadrados); características estabelecidas para a via na microzona de
densidade ou para a zona especial;
CXIV - REURBANIZAÇÃO - é o processo pelo qual
uma área urbanizada sofre modificações que substituem, CXXVI - USO do SOLO - é o resultado de toda e
total ou parcialmente, suas primitivas estruturas físicas e qualquer atividade, que implique em dominação ou
urbanísticas; apropriação de um espaço ou terreno;
devem ocorrer sem riscos de causar poluição sonora e visual, poluição do ar, da água, do solo e do
subsolo. Para os efeitos desta Lei, considera-se poluição a presença, o lançamento e a liberação de toda e
qualquer forma de matéria ou energia, capaz de tornar ou vir a tornar, as águas, o ar, o solo e o subsolo:
Segundo o artigo 14 e 15 desta lei, os terrenos ou glebas a serem edificados ou ocupados devem ser
resultantes de parcelamento do solo, aprovado pelo Município ou regularizado com base no Decreto Nº
5185, de 28 de setembro de 1978, publicado no DOM, de 16 de outubro de 1978. A ocupação de terrenos
ou glebas não resultantes de parcelamento aprovado ou regularizado nos termos da legislação é admitida
quando atender cumulativamente às seguintes condições:
Mesmo atendendo às condições fixadas neste artigo, não será admitida a ocupação, quando se
tratarem de:
a) áreas não saneadas que tenham resultado de aterros com materiais nocivos à saúde pública;
b) áreas não drenadas, sujeitas a alagamentos e inundações;
c) áreas definidas na legislação, como de preservação ecológica ou de recursos hídricos.
c) os indicadores urbanos, as normas e restrições que incidirão sobre o empreendimento são os relativos a
atividade com maiores exigências.
Deve-se observar que quando um empreendimento se situar em terreno voltado para mais de uma
via, a sua implantação deverá observar as seguintes condições:
a) atender os indicadores urbanos, normas e restrições para todas as atividades do empreendimento
relativos a cada via limítrofe ao terreno;
b) se o empreendimento for inadequado a alguma via da qual o terreno é limítrofe, aplica-se os
indicadores urbanos, normas e restrições relativos à via com maiores exigências.
c) os acessos de entradas e saídas de veículos do empreendimento devem localizar-se na via de menor
classificação funcional;
Já as atividades industriais classificadas como adequadas ao meio urbano, podem ser implantadas
em todo o Município, ressalvadas as restrições contidas nesta Lei.
I - nas edificações com mais de quatro pavimentos as medidas de todos os recuos deverão ser acrescidas
de 20cm (vinte centímetros) por pavimento que excederem ao quarto, medidos a partir do térreo;
II - nas edificações com mais de dez pavimentos as medidas de todos os recuos, a partir do térreo,
deverão observar a relação de 14% (quatorze por cento) da altura máxima da edificação;
III - em todos os pavimentos a distância mínima entre blocos deverá ser igual ou superior a duas vezes o
recuo lateral exigido considerando os acréscimos decorrentes da verticalização, para a classe do subgrupo
de uso.
Na aplicação dos parâmetros estabelecidos nos incisos I e II deste artigo deverão ser respeitadas as
alturas máximas de 13,00m (treze metros) para o piso do quarto pavimento e de 30,00m (trinta metros)
para o piso do décimo pavimento.
Será permitido balanço de 1,00m (um metro), observada a altura mínima de 3,00m (três metros) do
nível do piso do pavimento por onde existe acesso quando o recuo de frente for maior que 3,00m (tres
metros). No caso do recuo ser igual ou superior a 7,00m (sete metros), o balanço poderá ser de 2,00m
(dois metros).
Será permitida a projeção em até 90cm (noventa centímetros) de elementos componentes das
fachadas, compreendendo: brises, pérgolas, jardineiras e similares, quando os recuos obrigatórios, laterais
e de fundos forem superiores a 5,00m (cinco metros).
Os recuos laterais obrigatórios poderão sofrer uma redução de até 50% (cinqüenta por cento), numa
extensão máxima de 1/3 (um terço) da profundidade do lote, desde que ocupados por escadas, elevadores,
rampas, lixeiras e circulações comunitárias. Em se tratando de lotes com profundidade superior a 50,00m
(cinqüenta metros), os recuos laterais poderão sofrer a mesma redução de que trata este artigo, desde que
não ultrapasse a extensão máxima de 18,00m (dezoito metros).
Nas edificações com recuo lateral inferior a 1,50m (um metro e cinquenta centímetros) fica proibida
a construção de portas, janelas, terraços, varandas e cobertas que despejem águas nos terrenos lindeiros.
Em qualquer pavimento acima do térreo, quando a edificação encostar na lateral e houver terraços ou
pavimento de transição, será obrigatória a vedação para o vizinho localizada a no mínimo 1,50m (um
metro e cinquenta centímetros) da divisa.
Será obrigatório o uso de elevadores nas edificações em desenvolvimento vertical que possuam
lajes de piso acima da cota de 13,00 m (treze metros), contados a partir do nível médio do passeio por
onde existe acesso.
Os recuos exigidos para os subgrupos de uso e respectivas classes, conforme sua adequação a cada
Setor, são os constantes da Tabela abaixo:
Nos lotes com testada de até 8,00m (oito metros), é permitido encostar a edificação nas duas
laterais, respeitados os recuos de frente e fundos, o índice de aproveitamento, a taxa de ocupação, a taxa
de permeabilidade e as condições mínimas de ventilação e iluminação dos compartimentos. O nível de
laje do teto do último pavimento encostado nas laterais não poderá ultrapassar a cota de 7,00m (sete
metros), contados do nível mais baixo do passeio por onde existe acesso.Quando a laje de teto do
pavimento encostado for inclinada e servir de suporte à coberta, a altura a que se refere o parágrafo
anterior será o ponto mais baixo desta laje.
Nos lotes com testada entre 8,01 (oito metros e um centímetro), e 12,00m (doze metros), é
permitido encostar o pavimento térreo da edificação nas duas laterais, respeitados os recuos de frente e
fundos, o índice de aproveitamento, a taxa de ocupação, a taxa de permeabilidade e as condições mínimas
de ventilação e iluminação dos compartimentos.
Nos lotes com testada entre 8,01m (oito metros e um centímetro), e 12,00m (doze metros), acima do
pavimento térreo, é permitido encostar a edificação em apenas uma das divisas laterais, para os subgrupos
de uso - Residencial classe R-1 e Hospedagem. O nível da laje de teto do último pavimento encostado na
lateral não poderá ultrapassar a cota de 7,00m (sete metros), contados do nível mais baixo do passeio por
onde existe acesso. Quando a laje de teto do pavimento encostado for inclinada e servir de suporte à
coberta, a altura a que se refere o parágrafo anterior será o ponto mais baixo desta laje.
Nos lotes com testadas acima dos 12,00m (doze metros), no pavimento térreo é permitido encostar a
edificação nas laterais, para os subgrupos de uso Residencial - classe R-1 e M-1 e subgrupo de uso
Hospedagem - H, respeitados os recuos de frente e fundos, o índice de aproveitamento, a taxa de
ocupação, a taxa de permeabilidade e as condições mínimas de ventilação e iluminação dos
compartimentos. No pavimento acima do térreo, é permitido encostar nas divisas laterais, numa extensão
de 7,00m (sete metros), apenas para a atividade residencial, classe R-1, respeitados os recuos de frente e
fundos. O nível de laje de teto do pavimento a encostado nas laterais não poderá ultrapassar a cota de
7,00m (sete metros), contados do nível mais baixo do passeio por onde existe acesso. Quando a laje de
teto do pavimento encostado for inclinada e servir de suporte à coberta, a altura a que se refere o
parágrafo anterior será o ponto mais baixo desta laje.
As obras, cujo licenciamento de construção haja sido concedido anteriormente à data da vigência
desta Lei, deverão ser iniciadas no prazo de validade do licenciamento, sob pena de caducidade. Não se
aplica o disposto neste artigo às obras cujo inicio ficar, comprovadamente, na dependência de ação
judicial para retomada do imóvel ou para a sua regularização jurídica, desde que proposta no prazo,
dentro do qual deveriam ser iniciadas, podendo ser revalidado o licenciamento de construção tantas vezes
quantas forem necessárias.
Os empreendimentos e atividades já instalados, que não se enquadrarem nas classes adequadas nesta
Lei, terão um prazo máximo de funcionamento de 05 (cinco) anos, contados da data de sua publicação.
Os empreendimentos e atividades com uso inadequado terão alvarás expedidos a título precário,
mediante requerimento do interessado, com validade de 01(um) ano, renovável por períodos não
superiores a 12 (doze) meses, respeitado o prazo máximo estabelecido neste artigo. (Com redação dada
pelo Art. 9º da Lei nº 8161, de 01 de junho de 1998 e renumerado pelo mesmo artigo.)
Vencido o prazo máximo previsto neste artigo, serão interditados os estabelecimentos, cujas
atividades estejam em desacordo com o disposto nesta Lei. (Com redação dada pelo Art. 9º da Lei nº
8161, de 01 de junho de 1998 e renumerado pelo mesmo artigo.)
Durante o prazo máximo de que trata este artigo e mantido o uso inadequado, não serão permitidas
ampliações, reparos gerais e modificações das edificações, ressalvadas as reformas consideradas
essenciais à segurança e à higiene dos prédios, instalações e equipamentos, de acordo com projeto
previamente aprovado pelo órgão competente do Município. (Com redação dada pelo Art. 9º da Lei nº
8161, de 01 de junho de 1998 e renumerado pelo mesmo artigo.)
Os casos omissos da presente Lei serão dirimidos pelo Chefe do Poder Executivo Municipal, após
ouvida a Comissão Permanente de Avaliação do Plano Diretor-CPPD. Caberá ao Superintendente do
Instituto de Planejamento do Município – IPLAM regulamentar o procedimento administrativo da Análise
de Orientação Prévia - AOP, a que se refere o art. 165 desta Lei, fixando os prazos de tramitação do
processo e de validade da AOP. O Poder Executivo divulgará, de forma ampla e didática o conteúdo desta
Lei visando o acesso da população aos instrumentos de política urbana que orientam a produção e
organização do espaço habitado.
2. PLANO DIRETOR
Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano é uma peça fundamental e deve estabelecer princípios,
objetivos, estratégias e diretrizes gerais, que venham a promover o desenvolvimento ordenado das
funções sociais, o uso socialmente justo e equilibrado do território, o direito à moradia e aos serviços
urbanos, dentre outros.
O Plano Diretor tem como principais objetivos considerar, no processo de planejamento e execução
das políticas públicas, a integração social, econômica, ambiental e territorial do Município e da Região
Metropolitana, construindo um sistema democrático e participativo de planejamento e gestão da cidade.
Ele também regula o uso, a ocupação e o parcelamento do solo urbano a partir da capacidade de
suporte do meio físico, da infraestrutura de saneamento ambiental e das características do sistema viário,
combatendo a especulação imobiliária, sem esquecer-se de preservar e conservar o patrimônio cultural de
interesse artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico e os principais marcos da paisagem urbana.
Cita-se inclusive a indução da utilização de imóveis não edificados, não utilizados e subutilizados e
a promoção da acessibilidade e a mobilidade universal, garantindo o acesso de todos os cidadãos a
qualquer ponto do território, através da rede viária e do sistema de transporte coletivo.
As diretrizes que norteiam esta política de habitação e regularização fundiária acreditam que o
desenvolvimento equilibrado do território deverá ser alcançado através da democratização do acesso à
terra urbana e à moradia digna a todos os habitantes da cidade e, em especial, à população de baixa renda,
com melhoria das condições de habitabilidade, acessibilidade, preservação ambiental, qualificação dos
espaços urbanos e oferta de serviços públicos.
Para tanto se faz necessária à articulação entre a política de habitação e regularização fundiária com
as demais políticas setoriais na efetivação de políticas públicas inclusivas, com atenção especial aos
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grupos sociais vulneráveis, sempre respeitando às normas e os princípios de proteção dos direitos
humanos e fundamentais, em especial o direito social à moradia, garantindo a adequação cultural, social,
econômica, ambiental e urbanística da política habitacional.
A iniciativa privada deverá estimular à produção de habitação voltada para o mercado popular,
prioritariamente em zonas dotadas de infraestrutura, devendo ser estimulado o desenvolvimento e à
utilização de processos tecnológicos que garantam a melhoria da qualidade construtiva, a adequação
ambiental, a acessibilidade e a redução dos custos da produção habitacional.
A fim de atender a necessidade e a utilidade de terras públicas é necessária a identificação das áreas
e edifícios públicos, implantando e mantendo atualizado em um sistema de informações geográficas
(SIG).
Almejando êxito em garantir a moradia poderá ser realizada concessão de terras públicas, de forma
gratuita, para fins de habitação e regularização fundiária, destinando-se à:
I - utilização da terra para fins de moradia de interesse social;
I - utilização da terra para fins de subsistência;
II - construção de obras ou instalação de serviços públicos de interesse social e equipamentos
sociais.
Ressalta-se que a nenhum concessionário será concedido gratuitamente o uso de mais de 1 (um) lote
de terreno público, independentemente de sua dimensão.
Serão concedidas, de forma onerosa, terras públicas para a exploração econômica com fins
lucrativos nos seguintes casos:
I - edificações e uso para fins comerciais e de serviços;
I - implantação de indústrias;
II - exploração hortifrutigranjeira.
É necessário que seja regularizado o uso e ocupação do solo, para que não haja detrimentos dos
locais onde as habitações serão construídas, garantindo um ambiente saudável para as futuras gerações,
para tanto é necessário à preservação, conservação, recuperação e uso sustentável dos ecossistemas e
recursos naturais, sem esquecer a compatibilização do desenvolvimento econômico, social, cultural,
étnico e dos saberes tradicionais com a preservação e conservação dos sistemas socioambientais,
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Ações estratégicas podem ser implementadas nos municípios para a regulação do uso e ocupação do
solo no âmbito da política de meio ambiente, tais como:
I - elaborar a Agenda 21 do Município, entendida como um processo de planejamento participativo,
com a mobilização de todos os segmentos da sociedade, que diagnostica e analisa a situação do Município
e estabelece uma estratégia de ação, baseada em compromissos de mudanças, democratização e
descentralização;
II - realizar inventário das fontes de poluição, de contaminantes e de seus níveis de risco nos
diferentes sistemas ambientais e nas bacias hidrográficas que drenam o Município, vinculando-o ao SIM;
III - criar incentivos para o reflorestamento das áreas de matas ciliares com espécies nativas e/ou
compatíveis componentes do revestimento vegetal primário;
IV - promover o zoneamento ecológico-econômico do Município para subsidiar a regulação do uso
e ocupação do solo e o gerenciamento das unidades de conservação já estabelecidas ou em fase de
implementação;
V - garantir a participação dos moradores do entorno dos empreendimentos passíveis de
licenciamento ambiental, classificados como Empreendimentos Geradores de Impactos, conforme dispõe
o art. 197, nas discussões sobre sua viabilidade, através de audiências públicas;
VI - promover ações conjuntas entre os órgãos ambientais e a vigilância sanitária e ambiental.
A Coordenadoria de Defesa Civil de Fortaleza precisa atuar nas ações preventivas, corretivas e
emergenciais, particularmente junto à população mais carente que ocupa áreas de risco.
Deverá ser realizada a definição de normas, políticas, planos e procedimentos que visem, em caráter
permanente, à prevenção, redução e erradicação de risco ambiental, o socorro e a assistência à população
e a recuperação de áreas quando ameaçadas ou afetadas por fatores adversos, sejam naturais ou
antrópicos, considerando as especificidades de cada ocupação.
O índice de aproveitamento é aquele que, multiplicado pela área do terreno, resulta na área de
construção computável, estabelecendo as condições de utilização dos instrumentos urbanísticos, jurídicos
e tributários definidos nesta Lei.
A área de construção computável para fins de empreendimento residencial é a soma das áreas
privativas das unidades autônomas definidas pela NBR nº 12.721, excluídas as sacadas com largura total
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máxima de 1.05m (um metro e cinco centímetros) e as áreas destinadas a estacionamento. A área de
construção computável de empreendimentos de edifício-garagem corresponde a 90 % (noventa por cento)
da área total construída. A área de construção computável dos empreendimentos de demais usos
corresponde a 65% (sessenta e cinco por cento) da área total construída, excluídas as sacadas c/ largura
total máxima de 1.05m (um metro e cinco centímetros) e as áreas destinadas a estacionamento.
A altura máxima da edificação é a distância vertical tomada no meio da fachada por onde se localiza
o acesso principal, medida a partir da cota altimétrica do passeio até o topo da laje do último pavimento
utilizado, excluindo as construções auxiliares como caixas d’água, caixas de escadas e compartimentos
destinados a equipamentos mecânicos de circulação vertical:
I - os elementos de composição de fachada, como platibandas, empenas e frontões, para não serem
incluídos no cálculo da altura máxima da edificação, deverão ter extensão vertical máxima
correspondente a 80% da altura dos pavimentos tipo da edificação, em valores nunca superiores a 2,50m
(dois metros e cinquenta centímetros);
II - quando um imóvel fizer frente para 2 (dois) ou mais logradouros públicos, a altura máxima da
edificação será medida a partir da cota altimétrica do passeio correspondente à testada do lote com maior
dimensão;
III - para os casos de imóvel com desníveis superiores a 2m (dois metros), a altura máxima da
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edificação será medida a partir da cota altimétrica do ponto médio do passeio correspondente à testada do
lote que apresenta o referido desnível.
A Taxa de Permeabilidade é a relação entre a parte do lote ou gleba que permite absorção de água,
permanecendo livre de qualquer edificação e a área total dos mesmos. Para as diferentes formas de
pavimentação, ficam estabelecidos os seguintes coeficientes de permeabilidade:
I - pavimento asfáltico, betuminoso, cimentado e/ou recoberto de ladrilhos, pedras polidas ou
cerâmicas sem juntas: impermeável;
II - piso industrial de concreto ou em placas de concreto contínuo, apenas com juntas de dilatação:
permeabilidade de 5%;
III - piso em tijolos cerâmicos: permeabilidade de 15%;
IV - piso em pedra portuguesa ou similar: permeabilidade de 20%;
V - piso em paralelepípedo: permeabilidade de 20%;
VI - piso intertravado de concreto ou similar: permeabilidade de 25%;
VII - piso em pedra tosca irregular: permeabilidade de 35%;
VIII - piso “verde” em blocos de concreto com vazaduras: permeabilidade de 60%;
IX - piso em grama: permeabilidade de 100%;
X - piso em brita solta, cascalhos ou terra batida: permeabilidade de 100%.
Na Macrozona de Ocupação Urbana, a Taxa de Permeabilidade poderá ser reduzida até o mínimo de
20% da área do lote, desde que a área correspondente à diferença entre este valor e a porcentagem
definida nesta tabela seja substituída por área equivalente de absorção, através de drenos horizontais, sob
as áreas edificadas ou pavimentadas, e drenos verticais em qualquer ponto do terreno, devendo essa
solução ser comprovada através de proposta técnica apresentada quando do processo de aprovação e
concessão do alvará de construção.
Os recuos representam as distâncias que devem ser observadas entre a edificação e as linhas
divisórias do terreno, constituindo-se em recuos frontal, lateral e de fundos, definidos em função do uso
do solo do sistema viário, de suas classificações, e da distância das edificações à rede elétrica.
Para efeito desta Lei, além das definições constantes de artigos posteriores, são adotadas as
seguintes definições:
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas, cujos ou funcionamento de atividades sujeitas à fiscalização
dispositivos fazem parte integrante desta Lei quando com municipal.
ela relacionados.
ANDAIME - Plataforma provisória, elevada, destinada a
ACRÉSCIMO OU AUMENTO - Ampliação de uma suster operários, equipamentos e materiais quando da
edificação feita durante a construção ou após a sua execução de serviços de construção, reconstrução, reforma
conclusão. ou demolição.
ALICERCE - Elemento da construção que transmite a APROVAÇÃO DO PROJETO - Ato administrativo que
carga da edificação ao solo. precede ao licenciamento da construção.
ALINHAMENTO - Linha divisória entre o terreno e o ÁREA COBERTA - Medida de superfície de qualquer
logradouro público. edificação coberta, nela incluídas as superfícies das
projeções de paredes, de pilares, marquises, beirais e
ALVARÁ - Documento que licencia a execução de obras demais componentes das fachadas.
ÁREA EDIFICADA - Superfície do lote ocupada pela FACHADA - Designação de cada face de um edifício.
projeção horizontal da edificação, ;não sendo computados
para o cálculo dessa área elementos componentes das FISCALIZAÇÃO - Atividade desempenhada pelo poder
fachadas, tais como: "brise-soleil", jardineiras, marquises, público, em obra, serviço ou qualquer outra atividade, com
pérgulas e beirais. o objetivo de cumprir ou fazer cumprir as determinações
estabelecidas em lei.
ÁREA TOTAL DE EDIFICAÇÃO - Soma das áreas de
todos os pavimentos de uma edificação. FRAÇÃO IDEAL - É o quociente da divisão da área de
um terreno pelo número das unidades autônomas.
ÁREA PARCIAL DE EDIFICAÇÃO - Soma das áreas de
todos os pavimentos de uma edificação, não sendo FRENTE DE LOTE - É a sua divisa lindeira à via oficial
computados, no total da área, os locais destinados a de circulação.
estacionamento, lazer, pilotes, rampas de acesso
elevadores, circulações comunitárias, depósitos de até FUNDAÇÕES - Conjunto dos elementos da construção
10,00m2 (dez metros quadrados), apartamento do zelador que transmitem ao solo as cargas das edificações.
de até 40,00m2 (quarenta metros quadrados) e subsolo. A
área Parcial de Edificação é utilizada para fins de cálculo FUNDO DO LOTE - É a divisa oposta à da frente.
do Índice de Aproveitamento (I -A).
GABARITO - Medida que limita ou determina a altura de
ÁREA LIVRE - Superfície do lote não ocupada pela edificações ou o número de seus pavimentos.
edificação, considerando-se esta, em sua projeção
horizontal. GALERIA - Corredor interno ou externo de uma
edificação.
ÁREA ÚTIL - Superfície utilizável de uma edificação,
excluídas as paredes e pilares. HABITE-SE - Documento fornecido pela Municipalidade,
autorizando a utilização da edificação.
BEIRA, BEIRAL OU BEIRADO - Prolongamento da
cobertura que sobressai das paredes externas de uma ILUMINAÇÃO E VENTILAÇÃO ZENITAL - Iluminação
edificação. e/ou ventilação feitas através de domus, clarabóias e
similares..
CANTEIRO DE OBRA - Áreas em que se realiza a
construção, se armazenam os materiais a serem entregados ÍNDICE DE APROVEITAMENTO (I -A.) - Quociente
ou com eles se trabalha ou, ainda, onde se efetua a entre a soma da área parcial de edificação e a área total do
montagem dos elementos que serão utilizados na obra. terreno.
CAIXA CARROÇÁVEL OU ROLAMENTO DE UMA JIRAU - Pavimento intermediário entre o piso e o forro de
VIA - Largura da via excluídos os passeios e canteiros um compartimento de uso exclusivo deste.
centrais.
LARGURA DE UMA VIA - Distância entre os
CHAMINÉ DE VENTILAÇÃO - Pátio de pequenas alinhamentos da via.
dimensões destinado a ventilar compartimentos de
permanência transitória. LOGRADOURO PÚBLICO - Parte da Cidade destinada
ao uso público, reconhecida oficialmente e designada por
CONSTRUIR - Realizar qualquer obra nova. um nome.
COTA - Indicação ou registro numérico de dimensões; MARQUISE - Coberta em balanço aplicada às fachadas de
medidas. um edifício.
DUTO HORIZONTAL - Pequeno espaço entre lajes, MEIO-FIO - bloco de cantaria ou concreto que separa o
destinados a ventilar compartimentos de permanência passeio da faixa de rodagem.
transitória.
PASSEIO OU CALÇADA - Parte do logradouro,
EMBARGO - Ato administrativo que determina a destinada ao trânsito de pedestres.
paralisação de uma obra.
PATAMAR - Superfície horizontal intermediária entre dois
ESPECIFICAÇÕES - Descrição das qualidades dos lances de escadas.
materiais a empregar numa obra e da sua aplicação,
completando as indicações do projeto e dos detalhes. PAVIMENTO - Qualquer piso pavimentado que divide a
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3.1. OS PROFISSIONAIS
Para os efeitos desta Lei, as firmas e os profissionais legalmente habilitados deverão requerer suas
matrículas na Prefeitura, mediante juntada de certidão de registro profissional, do Conselho Regional de
Engenharia, Arquitetura e Agronomia ou apresentação da Carreira Profissional.
Para o efeito de registro de suas atribuições perante a Prefeitura, ficam os profissionais subdivididos
em três grupos, a saber:
I - Aqueles denominados autores de projetos ou projetistas, responsáveis pela elaboração dos projetos,
compreendendo: peças gráficas e memoriais descritivos das obras previstas, especificações sobre
II - Aqueles denominados construtores, responsáveis pela execução das obras projetadas, dirigindo
efetivamente a execução dos trabalhos em todas as suas fases, desde o início até sua integral conclusão;
O profissional poderá registrar-se em todos os grupos mencionados nas alíneas "I", "II" e "III" do
"caput" deste artigo, desde que legalmente habilitado. Somente o profissional autor do projeto ou
responsável pela execução das obras projetadas poderá tratar, junto à Prefeitura, dos assuntos técnicos
relacionados com as obras sob a sua responsabilidade.
Os profissionais construtores são responsáveis pela fiel execução dos projetos e suas implicações,
pelo eventual emprego de material inadequado ou de má qualidade, por incômodos ou prejuízos as
edificações vizinhas durante os trabalhos, pelos inconvenientes e riscos decorrentes da guarda
inapropriada de materiais, pela deficiente instalação do canteiro de serviço, pela falta de precaução e
conseqüentes acidentes que envolvam operários e terceiros, por imperícia, e, ainda, pela inobservância de
qualquer das disposições desta Lei e da Legislação de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo.
Sempre que cessar a sua responsabilidade técnica perante a Prefeitura o profissional deverá solicitar
ao órgão Municipal competente, imediatamente, a respectiva baixa, que somente será concedida estando a
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Além das penalidades previstas no Código Civil, na legislação profissional específica e das multas e
outras penalidades em que incorrerem nos termos desta Lei e da Legislação de Parcelamento, Uso e
Ocupação do Solo, os profissionais responsáveis ficam sujeitos a suspensão pelo órgão competente da
Prefeitura, nos seguintes casos:
Deverá permanecer no local da obra, o Alvará respectivo ou a autorização da Prefeitura, bem como
as plantas do projeto aprovado.
A construção de passeios de muros em logradouros públicos, cujos alinhamentos ainda não tenham
sido definidos oficialmente, depende do respectivo certificado de alinhamento expedido pelo órgão
competente da Prefeitura.
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Nas edificações existentes que estiveram em desacordo com o disposto nesta Lei e na Legislação de
Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo só serão concedidas licenças para quaisquer obras de acréscimo,
reforma ou reconstrução parcial, nos seguintes casos:
I - Obras de reforma, acréscimo ou reconstrução parcial que venham enquadrar a edificação, em seu
todo, às disposições desta Lei e da Legislação de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo;
II - Obras de acréscimo quando as partes acrescidas não derem lugar à formação de novas
disposições em desobediência às normas da presente Lei e da Legislação de Parcelamento, Uso e
Ocupação do Solo e não vierem contribuir para aumentar a duração natural das partes antigas;
III - Obras de reforma quando representarem melhoria efetiva das condições de higiene, segurança
ou comodidade e não vierem contribuir para aumentar a duração natural da edificação, devendo as partes
objeto das modificações passarem a atender ao disposto na Legislação Vigente;
IV - Reconstrução parcial - quando estiverem em casos análogos aos da reforma.
I - Limpeza e pintura, interna ou externa, que não dependem de tapumes ou andaimes no alinhamento dos
logradouros;
II - Concertos em pisos, pavimentos, paredes ou muros, bem como substituição de revestimentos;
III - Construção e reconstrução de passeios e muros até 3,00m de altura, no alinhamento dos logradouros,
cujos alinhamentos encontrem-se oficialmente definidos;
IV - Substituição ou concertos de esquadrias, sem modificar o vão;
V - Substituição de telhas ou de elementos de suporte da cobertura, sem modificação da sua estrutura;
VI - Concertos de instalações elétricas, hidráulicas e/ou sanitárias.
O órgão competente da Prefeitura expedirá licença especial para os serviços de "Reparos Gerais",
referentes a pequenas reformas que não impliquem em demolição de paredes estruturais, podendo
entretanto, constar de acréscimos até 40,00m² (quarenta metros quadrados), com colocação de lajes tipo
PM, Volterrana, gesso ou similar.
Não estando o projeto conforme o disposto em Lei será indeferida a aprovação do projeto e a
licença das Obras por deficiência na elaboração do projeto, e o interessado será notificado no prazo de 60
(sessenta) dias a contar da data do protocolo na SUOP do requerimento de aprovação do projeto e licença
das Obras, devendo no ato do indeferimento ser alegada, de uma só vez, todas as deficiências de
elaboração contidas no Projeto tendo em vista o disposto em Lei, com a indicação precisa dos
fundamentos legais das referidas deficiências.
A concessão de Alvará de aprovação de projeto e licença de Obras para parcelamento do solo para
fins urbanos será feita em 2 (duas) etapas:
a) na primeira etapa o alvará será concedido o título precário para que o interessado realize as obras
de infraestrutura constantes do projeto, gerando este alvará ao interessado tão somente o direito de
executar estas obras.
b) na Segunda etapa o alvará será concedido a título pleno, depois de realizadas e aprovadas pela
SUOP as obras de infraestrutura constantes de projeto.
A licença para construção de tapume, plataformas de segurança e andaimes será dada no próprio
alvará de obras.
Nas construções já existentes que, possuindo "habite-se", estejam em desacordo com legislação em
vigor, as reformas deverão observar os seguintes requisitos:
I - As modificações não poderão agravar a desconformidade existente, nem criar novas infrações à
legislação;
II - As alterações não poderão prejudicar, nem agravar, as condições das partes existentes;
III - As modificações poderão abranger até 50% (cinqüenta por cento), no máximo, da área total da
construção existente;
IV - Independentemente do disposto no item anterior, a área de construção a ser acrescida ou
diminuída, mesmo que atenda às exigências dos itens I e II, não poderá ser superior a 30% (trinta por
cento) em área total da construção primitiva.
Se forem ultrapassada as condições e limites deste artigo, a reforma será considerada como obra
nova, ficando tanto as partes objeto das modificações como as existentes sujeitas ao integral atendimento
da legislação vigente.
Para efeitos da presente Lei, o destino dos compartimentos não será considerado apenas pela sua
denominação em plantas, mas também pela sua finalidade lógica decorrente de suas disposições no
projeto.
Compartimentos de permanência prolongada são aqueles que poderão ser utilizados, pelo menos,
para uma das funções ou atividades seguintes:
I - Dormir ou repousar; IV - Preparo e consumo de alimentos;
II - Estar ou lazer; V - Tratamento médico ou recuperação de pessoas;
III - Trabalhar, ensinar ou estudar; VI - Reunir ou recrear.
Compartimentos de permanência transitória são aqueles que poderão ser utilizados, pelo menos,
para uma das funções ou atividades seguintes:
I - Circulação e acesso de pessoas;
II - Higiene pessoal;
III - Depósito para guarda de materiais, utensílios ou peças sem a possibilidade de qualquer atividade no
local;
IV - Troca e guarda de roupas;
V - Lavagem de roupa e serviços de limpeza.
Compartimentos sem permanência são aqueles que não comportam permanência humana ou
habitabilidade, assim perfeitamente caracterizados no projeto. Compartimentos para outras destinações ou
com denominações não indicadas nos artigos precedentes deste Capítulo, ou que apresentem
peculiaridade especiais, serão classificados com base nos critérios fixados nos referidos artigos, tendo em
vista as exigências de higiene, salubridade e conforto correspondentes à função ou atividade.
sanitárias obrigatórias, conforme fixado nas tabelas próprias, para cada destinação, previstas nas normas
específicas das edificações, levará em conta a área total dos andares atendidos pelo mesmo conjunto
sanitários;
IV - O percurso máximo de qualquer ponto da edificação até uma instalação sanitária não será superior a
100,00m e será sempre protegido com cobertura;
V - Quando o número mínimo obrigatório para a edificação, fixado nas tabelas próprias previstas nas
Normas Específicas, for igual ou superior a dois aparelhos sanitários e dois lavatórios, sua instalação
deverá ser distribuída em compartimentos separados para os dois sexos, ressalvados os casos cujo número
de instalações, para cada sexo, já se acha indicado na tabela própria das Normas Específicas das
edificações. A mesma exigência de separação prevalecerá para os chuveiros, quando a instalação de dois
os mais for obrigatória pelas mencionadas tabelas;
VI - Nas edificações construídas de unidades autônomas, as instalações sanitárias poderão ser distribuídas
pelas respectivas unidades, desde que observadas as proporcionalidade pelos andares (item III deste
artigo), a distribuição para os dois sexos (item V deste artigo), e as quantidades fixadas nas tabelas
próprias previstas nas Normas Específicas das edificações constantes desta Lei.
Não será permitida a colocação de forro constituindo teto sobre compartimentos formados por
tabiques, podendo tais compartimentos, entretanto, ser guarnecidos na parte superior, com elementos
vazados decorativos, que não prejudiquem a iluminação e ventilação dos compartimentos resultantes.
Para efeito de insolação, iluminação e ventilação, todo compartimento deverá dispor de abertura
direta para logradouro ou pátio. Não será permitido o envidraçamento de terraços de serviços ou
passagens comuns a mais de uma unidade habitacional quando pelos mesmos se processar iluminação ou
ventilação de outros compartimentos.
Em cada compartimento, uma das vergas das aberturas, pelo menos, distará do teto no máximo 1/8
(um oitavo) do pé direito deste compartimento, não ficando nunca a altura inferior a 2,20m (dois metros e
vinte centímetros), a contar do piso deste compartimento. Caso a abertura da verga mais alta de um
compartimento for dotada de bandeirola, esta deverá ser dotada de dispositivo que permita a renovação de
ar. Estas distâncias poderão ser modificadas, em casos excepcionais, a juízo do órgão municipal
competente, desde que sejam adotados dispositivos permitindo a renovação do colchão de ar entre as
vergas e o forro.
em vista a segurança, a higiene e o conforto dos usuários, de acordo com as normas técnicas oficiais
vigentes.
Será obrigatória a instalação para os serviços de água, esgoto, luz, força, telefone e gás, na
modalidade determinada pelas normas emanadas da autoridade competente, observadas as normas
técnicas oficiais.
Sempre que a edificação apresentar carga elétrica instalada superior a 100kw, poderão ser exigidos
compartimentos próprios para a instalação dos equipamentos transformadores e demais aparelhos,
situados em local que assegure o acesso desses equipamentos, tudo conforme as normas técnicas oficiais.
Tais compartimentos deverão satisfazer os requisitos do artigo 203.
Nas edificações implantadas no alinhamento dos logradouros, as águas pluviais provenientes dos
telhados, balcões, terraços, marquises e outros locais voltados para o logradouro, deverão ser captadas em
calhas e condutores para despejo na sarjeta do logradouro, passando sob os passeios.
Nas fachadas situadas no alinhamento dos logradouros os condutores eram embutidos no trecho
compreendido entre o nível do passeio e a altura de 3,00m, no mínimo acima desse nível.
Não será permitido o despejo de águas pluviais na rede de esgoto, nem o despejo de esgotos ou de
águas residenciais e de lavagens, nas sarjetas dos logradouros ou em galerias de águas pluviais.
Os ambientes ou compartimentos (depósitos) que contiverem recipientes (bujões) de gás, bem como
equipamentos ou instalações de funcionamento a gás deverão atender às normas emanadas da autoridade
competente e, ainda, ter ventilação permanente assegurada por aberturas diretas para exterior, com área
mínima de 0,01m2 e a menor das dimensões não inferior a 0,04m, e, ainda, situadas junto ao piso e ao
teto do compartimento.
Nos casos de instalações especiais de renovação e condicionamento de ar, o sistema deverá ter
capacidade para proporcionar renovação compatível com a destinação do compartimento, de acordo com
as normas técnicas oficiais vigentes, devendo assegurar, pelo menos, uma troca de volume de ar do
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Nas edificações em geral, excluídas as mencionadas no Parágrafo Único do artigo 69, será
observado o seguinte:
I - Nos dutos permanentes de ar, verticais ou horizontais, bem como de elevadores e poços para
outros fins, será permitida somente a passagem de fiação elétrica, desde que indispensável ao
funcionamento dos respectivos aparelhos de renovação ou condicionamento de ar ou dos respectivos
elevadores;
II - Os dutos e poços referidos no item anterior que se estenderem por mais de dois andares, bem
como os recintos para recipientes e os depósitos de lixo e, ainda, as cabinas ou compartimentos para
instalação de equipamentos elétricos, térmicos, de combustão e outros que apresentem risco, deverão ser
executados ou protegidos com material de resistência ao fogo de 2 horas, no mínimo. As câmaras de
incineração, nos casos excepcionalmente admitidos, deverão ser à prova de fogo e ter as aberturas
voltadas exclusivamente para o ar livre;
III - Serão fechadas e terão recobrimento com argamassa de areia e cimento com espessura mínima
de 0,05m, ou proteção equivalente, as instalações de canalização de gás, dutos elétricos ou outras
tubulações similares, quando absolutamente necessária a sua passagem através das paredes, pisos ou tetos,
para os quais haja exigência de resistência mínima ao fogo.
As edificações residenciais que constituírem conjunto residenciais deverão observa além das
disposições desta Lei, as da Legislação de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo e demais legislações
específicas, no que dizem respeito tanto às unidades, quanto aos demais componentes do conjunto.
Toda habitação unifamiliar deverá contar, pelo menos, com ambientes para repouso, alimentação,
serviços e higiene. As dimensões e áreas mínimas dos compartimentos, assim como as condições,
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dimensões e áreas mínimas para os vãos destinados à iluminação, ventilação e insolação das residências
unifamiliares, deverão obedecer às condições mínimas contidas na Tabela I, constante do Anexo I da
presente Lei. As disposições de Circulação e Segurança não se aplicam às habitações unifamiliares.
As escadas com mais de 19 degraus deverão ter patamares intermediários, os quais não terão
qualquer dimensão, no plano horizontal, inferior a 0,80m. Nas escadas em curva, a menor dimensão do
piso dos degraus não poderá ser inferior a 0,07m.
Esta Norma visa proporcionar à maior quantidade possível de pessoas, independentemente de idade,
estatura ou limitação de mobilidade ou percepção, a utilização de maneira autônoma e segura do
ambiente, edificações, mobiliário, equipamentos urbanos e elementos.
Todos os espaços, edificações, mobiliário e equipamentos urbanos que vierem a ser projetados,
construídos, montados ou implantados, bem como as reformas e ampliações de edificações e
equipamentos urbanos, devem atender ao disposto nesta Norma para serem considerados acessíveis.
Edificações e equipamentos urbanos que venham a ser reformados devem ser tornados acessíveis.
Em reformas parciais, a parte reformada deve ser tornada acessível.
As unidades autônomas acessíveis devem ser localizadas em rota acessível. As entradas e áreas de
serviço ou de acesso restrito, tais como casas de máquinas, barriletes, passagem de uso técnico etc., não
necessitam ser acessíveis.
Acessibilidade: Possibilidade e condição de alcance, públicas, como passeios, calçadas, vias de pedestres, faixas
percepção e entendimento para a utilização com segurança de travessia de pedestres, passarelas, caminhos, passagens,
e autonomia de edificações, espaço, mobiliário, calçadas verdes e pisos drenantes entre outros, bem como
equipamento urbano e elementos. espaços de circulação externa em edificações e conjuntos
industriais, comerciais ou residenciais e centros
Acessível: Espaço, edificação, mobiliário, equipamento comerciais.
urbano ou elemento que possa ser alcançado, acionado,
utilizado e vivenciado por qualquer pessoa, inclusive Deficiência: Redução, limitação ou inexistência das
aquelas com mobilidade reduzida. O termo acessível condições de percepção das características do ambiente ou
implica tanto acessibilidade física como de comunicação. de mobilidade e de utilização de edificações, espaço,
Adaptável: Espaço, edificação, mobiliário, equipamento mobiliário, equipamento urbano e elementos, em caráter
urbano ou elemento cujas características possam ser temporário ou permanente.
alteradas para que se torne acessível.
Desenho universal: Aquele que visa atender à maior gama
Adaptado: Espaço, edificação, mobiliário, equipamento de variações possíveis das características antropométricas
urbano ou elemento cujas características originais foram e sensoriais da população.
alteradas posteriormente para serem acessíveis.
Elemento: Qualquer dispositivo de comando,
Adequado: Espaço, edificação, mobiliário, equipamento acionamento, comutação ou comunicação. São exemplos
urbano ou elemento cujas características foram de elementos: telefones, intercomunicadores, interruptores,
originalmente planejadas para serem acessíveis. torneiras, registros, válvulas, botoeiras, painéis de
comando, entre outros.
Altura: Distância vertical entre dois pontos.
Equipamento urbano: Todos os bens públicos e privados,
Área de aproximação: Espaço sem obstáculos para que a de utilidade pública, destinados à prestação de serviços
pessoa que utiliza cadeira de rodas possa manobrar, necessários ao funcionamento da cidade, implantados
deslocar-se, aproximar-se e utilizar o mobiliário ou o mediante autorização do poder público, em espaços
elemento com autonomia e segurança. públicos e privados.
Área de resgate: Área com acesso direto para uma saída, Espaço acessível: Espaço que pode ser percebido e
destinada a manter em segurança pessoas portadoras de utilizado em sua totalidade por todas as pessoas, inclusive
deficiência ou com mobilidade reduzida, enquanto aquelas com mobilidade reduzida.
aguardam socorro em situação de sinistro.
Faixa elevada: Elevação do nível do leito carroçável
Área de transferência: Espaço necessário para que uma composto de área plana elevada, sinalizada com faixa de
pessoa utilizando cadeira de rodas possa se posicionar travessia de pedestres e rampa de transposição para
próximo ao mobiliário para o qual necessita transferir-se. veículos, destinada a promover a concordância entre os
níveis das calçadas em ambos os lados da via.
Barreira arquitetônica, urbanística ou ambiental:
Qualquer elemento natural, instalado ou edificado que Faixa livre: Área do passeio, calçada, via ou rota
impeça a aproximação, transferência ou circulação no destinada exclusivamente à circulação de pedestres.
espaço, mobiliário ou equipamento urbano.
Faixa de travessia de pedestres: Sinalização transversal
Calçada: Parte da via, normalmente segregada e em nível às pistas de rolamento de veículos, destinada a ordenar e
diferente, não destinada à circulação de veículos, reservada indicar os deslocamentos dos pedestres para a travessia da
ao trânsito de pedestres e, quando possível, à implantação via - Código de Trânsito Brasileiro.
de mobiliário, sinalização, vegetação e outros fins -
Código de Trânsito Brasileiro. Fatores de impedância: Elementos ou condições que
possam interferir no fluxo de pedestres. São exemplos de
Calçada rebaixada: Rampa construída ou implantada na fatores de impedância: mobiliário urbano, entradas de
calçada ou passeio, destinada a promover a concordância edificações junto ao alinhamento,
de nível entre estes e o leito carroçável. vitrines junto ao alinhamento, vegetação, postes de
Circulação externa: Espaço coberto ou descoberto, sinalização, entre outros.
situado fora dos limites de uma edificação, destinado à
circulação de pedestres. As áreas de circulação externa
incluem, mas não necessariamente se limitam a, áreas
Foco de pedestres: Indicação luminosa de permissão ou ou linha guia, perceptível por pessoas com deficiência
impedimento de locomoção na faixa apropriada - Código visual.
de Trânsito Brasileiro.
Rampa: Inclinação da superfície de piso, longitudinal ao
Guia de balizamento: Elemento edificado ou instalado sentido de caminhamento. Consideram-se rampas aquelas
junto aos limites laterais das superfícies de piso, destinado com declividade igual ou superior a 5%.
a definir claramente os limites da área de circulação de Reforma: Intervenção física em edificação, mobiliário,
pedestres, perceptível por pessoas com deficiência visual. equipamento urbano ou elemento que implique a
modificação de suas características estruturais e
Impraticabilidade: Condição ou conjunto de condições funcionais.
físicas ou legais que possam impedir a adaptação de
edificações, mobiliário, equipamentos ou elementos à Rota acessível: Trajeto contínuo, desobstruído e
acessibilidade. sinalizado, que conecta os ambientes externos ou internos
de espaços e edificações, e que possa ser utilizado de
Linha-guia: Qualquer elemento natural ou edificado que forma autônoma e segura por todas as pessoas, inclusive
possa ser utilizado como guia de balizamento para pessoas aquelas com deficiência. A rota acessível externa pode
com deficiência visual que utilizem bengala de incorporar estacionamentos, calçadas rebaixadas, faixas de
rastreamento. travessia de pedestres, rampas, etc. A rota acessível interna
pode incorporar
Local de reunião: Espaço interno ou externo que corredores, pisos, rampas, escadas, elevadores etc.
acomoda grupo de pessoas reunidas para atividade de
lazer, cultural, política, social, educacional, religiosa ou Rota de fuga: Trajeto contínuo, devidamente protegido
para consumo de alimentos e bebidas. proporcionado por portas, corredores, antecâmeras,
passagens externas, balcões, vestíbulos, escadas, rampas
Mobiliário urbano: Todos os objetos, elementos e ou outros dispositivos de saída ou combinações destes, a
pequenas construções integrantes da paisagem urbana, de ser percorrido pelo usuário, em caso de um incêndio de
natureza utilitária ou não, implantados mediante qualquer ponto da edificação até atingir a via pública ou
autorização do poder público em espaços públicos e espaço externo, protegido do incêndio.
privados.
Superfície de trabalho: Área para melhor manipulação,
Orla de proteção: Elemento edificado ou instalado, empunhadura e controle de objetos.
destinado a constituir barreira no piso para proteção de
árvores, áreas ajardinadas, espelhos d’água e espaços Tecnologia assistiva: Conjunto de técnicas, aparelhos,
similares. instrumentos, produtos e procedimentos que visam auxiliar
a mobilidade, percepção e utilização do meio ambiente e
Passarela: Obra de arte destinada à transposição de vias, dos elementos por pessoas com deficiência.
em desnível aéreo, e ao uso de pedestres -Código de
Trânsito Brasileiro. Uso comum: Espaços, salas ou elementos externos ou
internos que são disponibilizados para o uso de um grupo
Passeio: Parte da calçada ou da pista de rolamento, neste específico de pessoas (por exemplo, salas em edifício de
último caso separada por pintura ou elemento físico, livre escritórios, ocupadas geralmente por funcionários,
de interferências, destinada à circulação exclusiva de colaboradores e eventuais visitantes).
pedestres e, excepcionalmente, de ciclistas - Código de
Trânsito Brasileiro. Uso público: Espaços, salas ou elementos externos ou
internos que são disponibilizados para o público em geral.
Pessoa com mobilidade reduzida: Aquela que, O uso público pode ocorrer em edificações ou
temporária ou permanentemente, tem limitada sua equipamentos de propriedade pública ou privada.
capacidade de relacionar-se com o meio e de utilizá-lo.
Entende-se por pessoa com mobilidade reduzida, a pessoa Uso restrito: Espaços, salas ou elementos internos ou
com deficiência, idosa, obesa, gestante entre outros. externos que são disponibilizados estritamente para
pessoas autorizadas (exemplos: casas de máquinas,
Piso cromo-diferenciado: Piso caracterizado pela barriletes, passagem de uso técnico e espaços similares).
utilização de cor contrastante em relação ás áreas
adjacentes e destinado a constituir guia de balizamento ou Visitável: Parte de unidade residencial, ou de unidade para
complemento de informação visual ou tátil, perceptível por prestação de serviços, entretenimento, comércio ou espaço
pessoas com deficiência visual. cultural de uso público que contenha pelo menos um local
de convívio social acessível e um sanitário unissex
Piso tátil: Piso caracterizado pela diferenciação de textura acessível.
em relação ao piso adjacente, destinado a constituir alerta
Para a determinação das dimensões referenciais, foram consideradas as medidas entre 5% a 95% da
população brasileira, ou seja, os extremos correspondentes a mulheres de baixa estatura e homens de
estatura elevada.
Considera-se o módulo de referência a projeção de 0,80 m por 1,20 m no piso, ocupada por uma
pessoa utilizando cadeira de rodas, conforme figura 3.
A figura 4 mostra dimensões referenciais para deslocamento em linha reta de pessoas em cadeiras
de rodas.
As medidas necessárias para a manobra de cadeira de rodas sem deslocamento, conforme a figura 6,
são:
a) para rotação de 90° = 1,20 m x 1,20 m;
b) para rotação de 180° = 1,50 m x 1,20 m;
c) para rotação de 360° = diâmetro de 1,50 m.
A3 = Altura do centro da mão com antebraço formando M3 = Comprimento do antebraço (do centro do cotovelo
90º com o tronco. ao centro da mão).
I3 = Altura do centro da mão com o braço estendido, E3 = Altura do piso até a parte superior da coxa.
formando 30° com o piso = alcance máximo confortável. N3 = Profundidade da superfície de trabalho necessária
B3 = Altura do centro da mão estendida ao longo do eixo para aproximação total.
longitudinal do corpo. F3 = Altura mínima livre para encaixe da cadeira de rodas
J3 = Altura do centro da mão com o braço estendido sob o objeto.
formando 60° com o piso = alcance máximo eventual. O3 = Profundidade da nádega à parte superior do joelho.
C3 = Altura mínima livre entre a coxa e a parte inferior de G3 = Altura das superfícies de trabalho ou mesas.
objetos e equipamentos. P3 = Profundidade mínima necessária para encaixe dos
L3 = Comprimento do braço na horizontal, do ombro ao pés.
centro da mão. H3 = Altura do centro da mão com braço estendido
D3 = Altura mínima livre para encaixe dos pés. paralelo ao piso.
Este símbolo pode, opcionalmente, ser representado em branco e preto (pictograma branco sobre
fundo preto ou pictograma preto sobre fundo branco). A figura deve estar sempre voltada para o lado
direito. Nenhuma modificação, estilização ou adição deve ser feita a este símbolo.
O símbolo internacional de acesso deve indicar a acessibilidade aos serviços e identificar espaços,
edificações, mobiliário e equipamentos urbanos onde existem elementos acessíveis ou utilizáveis por
pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida.
SÍMBOLOS PROPORÇÕES
Esta sinalização deve ser afixada em local visível ao público, sendo utilizada principalmente nos
seguintes locais, quando acessíveis:
a) entradas;
b) áreas e vagas de estacionamento de veículos;
c) áreas acessíveis de embarque/desembarque;
Desenho de Construção Civil - Aspectos Legais e Formais de Projetos de 51
Construção Civil
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional
d) sanitários;
e) áreas de assistência para resgate, áreas de refúgio, saídas de emergência;
f) áreas reservadas para pessoas em cadeira de rodas;
g) equipamentos exclusivos para o uso de pessoas portadoras de deficiência.
Os acessos que não apresentam condições de acessibilidade devem possuir informação visual
indicando a localização do acesso mais próximo que atenda às condições estabelecidas nesta Norma.
Todos os sanitários devem ser sinalizados com o símbolo internacional de sanitário, de acordo com
cada situação, conforme as figuras a seguir.
a) anel com textura contrastante com a superfície do corrimão, instalado 1,00 m antes das
extremidades, conforme figura;
b) sinalização em Braille, informando sobre os pavimentos no início e no final das escadas fixas e
rampas, instalada na geratriz superior do prolongamento horizontal do corrimão.
Desenho de Construção Civil - Aspectos Legais e Formais de Projetos de 52
Construção Civil
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Todo degrau ou escada deve ter sinalização visual na borda do piso, em cor contrastante com a do
acabamento, medindo entre 0,02 m e 0,03 m de largura. Essa sinalização pode estar restrita à projeção dos
corrimãos laterais, com no mínimo 0,20 m de extensão, localizada conforme figura.
A sinalização tátil no piso pode ser do tipo de alerta ou direcional. Ambas devem ter cor
contrastante com a do piso adjacente, e podem ser sobrepostas ou integradas ao piso existente, atendendo
às seguintes condições:
a) quando sobrepostas, o desnível entre a superfície do piso existente e a superfície do piso
implantado deve ser chanfrado e não exceder 2 mm;
b) quando integradas, não deve haver desnível.
Pisos
Os pisos devem ter superfície regular, firme, estável e antiderrapante sob qualquer condição, que
não provoque trepidação em dispositivos com rodas (cadeiras de rodas ou carrinhos de bebê).
Admite-se inclinação transversal da superfície até 2% para pisos internos e 3% para pisos externos e
inclinação longitudinal máxima de 5%. Inclinações superiores a 5% são consideradas rampas.
Recomenda-se evitar a utilização de padronagem na superfície do piso que possa causar sensação de
insegurança (por exemplo, estampas que pelo contraste de cores possam causar a impressão de
tridimensionalidade).
Este piso deve ser utilizado para sinalizar situações que envolvem risco de segurança. O piso tátil
de alerta deve ser cromodiferenciado ou deve estar associado à faixa de cor contrastante com o piso
adjacente 1.
Desníveis
Desníveis de qualquer natureza devem ser evitados em rotas acessíveis. Eventuais desníveis no
piso de até 5 mm não demandam tratamento especial. Desníveis superiores a 5 mm até 15 mm devem ser
tratados em forma de rampa, com inclinação máxima de 1:2 (50%), conforme figura abaixo. Desníveis
superiores a 15 mm devem ser considerados como degraus e ser sinalizados.
Condições gerais
Nas edificações e equipamentos urbanos todas as entradas devem ser acessíveis, bem como as rotas
de interligação às principais funções do edifício.
O percurso entre o estacionamento de veículos e a(s) entrada(s) principal(is) deve compor uma rota
acessível. Quando da impraticabilidade de se executar rota acessível entre o estacionamento e as entradas
acessíveis, devem ser previstas vagas de estacionamento exclusivas para pessoas com deficiência,
interligadas à(s) entrada(s) através de rota(s) acessível(is).
Quando existirem catracas ou cancelas, pelo menos uma em cada conjunto deve ser acessível.
Quando existir porta giratória ou outro dispositivo de segurança de ingresso que não seja acessível, deve
ser prevista junto a este outra entrada que garanta condições de acessibilidade. Deve ser prevista a
sinalização informativa, indicativa e direcional da localização das entradas acessíveis.
Acessos de uso restrito, tais como carga e descarga, acesso a equipamentos de medição, guarda e
coleta de lixo e outras com funções similares, não necessitam obrigatoriamente atender às condições de
acessibilidade desta Norma.
A inclinação das rampas, conforme figura 79, deve ser calculada segundo a seguinte equação:
onde:
i é a inclinação, em porcentagem;
h é a altura do desnível;
c é o comprimento da projeção horizontal.
Escadas fixas com lances curvos ou mistos devem atender ao disposto na ABNT NBR 9077. A
inclinação transversal não deve exceder 1%. A largura das escadas deve ser estabelecida de acordo com o
fluxo de pessoas, conforme ABNT NBR 9077. A largura mínima recomendável para escadas fixas em
rotas acessíveis é de 1,50 m, sendo o mínimo admissível 1,20 m. O primeiro e o último degrau de um
lance de escada devem distar no mínimo 0,30 m da área de circulação adjacente e devem estar
sinalizados.
As escadas fixas devem ter no mínimo um patamar a cada 3,20 m de desnível e sempre que houver
mudança de direção. Entre os lances de escada devem ser previstos patamares com dimensão longitudinal
mínima de 1,20 m. Os patamares situados em mudanças de direção devem ter dimensões iguais à largura
da escada. A inclinação transversal dos patamares não pode exceder 1% em escadas internas e 2% em
escadas externas.
Corrimãos e guarda-corpos
Os corrimãos e guarda-corpos devem ser construídos com materiais rígidos, ser firmemente
fixados às paredes, barras de suporte ou guarda-corpos, oferecer condições seguras de utilização e serem
sinalizados. Os corrimãos devem ser instalados em ambos os lados dos degraus isolados, das escadas
fixas e das rampas.
Os corrimãos devem ter largura entre 3,0 cm e 4,5 cm, sem arestas vivas. Deve ser deixado um
espaço livre de no mínimo 4,0 cm entre a parede e o corrimão. Devem permitir boa empunhadura e
deslizamento, sendo preferencialmente de seção circular.
Os corredores devem ser dimensionados de acordo com o fluxo de pessoas, assegurando uma faixa
livre de barreiras ou obstáculos, conforme 6.10.8. As larguras mínimas para corredores em edificações e
equipamentos urbanos são:
a) 0,90 m para corredores de uso comum com extensão até 4,00 m;
b) 1,20 m para corredores de uso comum com extensão até 10,00 m; e 1,50 m para corredores com
extensão superior a 10,00 m;
c) 1,50 m para corredores de uso público;
d) maior que 1,50 m para grandes fluxos de pessoas.
Para transposição de obstáculos, objetos e elementos com no máximo 0,40 m de extensão, a largura
mínima do corredor deve ser de 0,80 m, conforme 4.3.2. Acima de 0,40 m de extensão, a largura mínima
deve ser de 0,90 m.
As figuras abaixo exemplificam espaços necessários junto às portas, para sua transposição por
P.C.R.
As portas, inclusive de elevadores, devem ter um vão livre mínimo de 0,80 m e altura mínima de
2,10 m. Em portas de duas ou mais folhas, pelo menos uma delas deve ter o vão livre de 0,80 m. O
mecanismo de acionamento das portas deve requerer força humana direta igual ou inferior a 36 N.
As portas devem ter condições de serem abertas com um único movimento e suas maçanetas devem
ser do tipo alavanca, instaladas a uma altura entre 0,90 m e 1,10 m. Quando localizadas em rotas
acessíveis, recomenda-se que as portas tenham na sua parte inferior, inclusive no batente, revestimento
resistente a impactos provocados por bengalas, muletas e cadeiras de rodas, até a altura de 0,40 m a partir
do piso, conforme figura.
5. REFERÊNCIAS
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada, Brasil!