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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

DEPARTAMENTO DE LETRAS VERNÁCULAS – CURSO DE LETRAS


PRAGMÁTICA; SEMESTRE 2017.1

PROFESSOR: Júlio César Araújo


ALUNOS: Adriana Teixeira, Alice Gama, Jéssica Lara Veras, Lídia, Michelle Abreu,
Silvinha, Yuri Sales.

PRESERVAÇÃO DE FACES

 Crença no papel que o indivíduo está representando


 O ator sincero acredita piamente no papel que desempenha. O ator cínico, por motivos vários, está a
desempenhar um papel que sabe não ser verdadeiro (defesa, profissão, status, etc.). São os extremos
de um contínuo que oscila num ciclo da descrença à crença e vice-versa, podendo haver um ponto de
transição, de auto ilusão.

 Fachada
Representação -Atividade de um indivíduo diante de um grupo.
Fachada: Desempenho padrão do indivíduo.
Cenário: Espaço / Elementos físicos que participam da ação do indivíduo.
Fachada pessoal: Itens (fixos) que o indivíduo carrega como parte de sua fachada.
Aparência: elementos que identificam o status social do indivíduo.
Maneira: intenção do indivíduo na interação.

 Realização dramática
O indivíduo, na presença de outros, busca fazer com que o espectador tenha uma visão positiva de sua
performance;
Para Goffman, a dramatização pode ser positiva e até mesmo essencial, entretanto, às vezes pode
prejudicar uma função.

 Idealização
Valores oficialmente reconhecidos pela sociedade.
Literatura sobre mobilidade social.
Farsas de superioridade e de inferioridade.
“Consumo secreto”
Discrepância entre aparência e realidade total.
Práticas das individualidades sociais.
“Segregação do auditório”.

 Manutenção do controle expressivo


Impedir que os membros da equipe se tornem atores emocionalmente ligados ao auditório, para que assim,
seja impossível revelar os erros da impressão dada;
Evitar ser arrastado por seu próprio espetáculo, e que isto não destrua sua tarefa de manter uma encenação
bem-sucedida;
Exige-se que os atores sejam prudentes e coesos ao representar o espetáculo, tendo uma preparação prévia;
Adaptar sua apresentação às condições de informação sob as quais deve encenar;
Os atores podem ou não afrouxar a manutenção da fachada, de acordo com a companhia daqueles que
conhece ou não.
 Representação falsa
Representação falsa é considerada um ato intencional, sendo um ato que pode surgir pela palavra ou pela
ação, por uma declaração ambígua ou distorção da verdade literal, não revelação ou impedimento da
descoberta.
Muitos atores têm ampla capacidade e motivos para falsear os fatos. Somente a vergonha, a culpa ou o
medo o impedem de fazê-lo
É natural sentirmos que a impressão que o ator procura das pode ser verdadeira ou falsa, genuína ou
ilegítima, válida ou mentirosa.
A qualquer momento pode ocorrer um acontecimento que os apanhe em erro e contradiga
manifestamente o que declarava abertamente, trazendo imediata humilhação e, as vezes, perda permanente
da reputação.

 Mistificação
Representação de um indivíduo construída na base da acentuação de certos aspectos e dissimulação de
outros;
O indivíduo vem a proporcionar uma certa ideia aos receptores, na qual, o mesmo deixa transpassar
somente o desejado;
Criação, pelo receptor, de uma concepção “não real” do indivíduo, dando-lhe a oportunidade de
idealização de um produto distinto da sua imaginação.

 Realidade e artifícios
De modo geral, há dois modelos de bom senso: o da representação falsa e o da verdadeira, entendendo-
se a primeira como algo completamente ensaiado e a segunda como algo completamente espontâneo; mas,
no dia a dia, o ator, sincero ou não, bom ou não, representa e convence sua plateia, com base na troca de
informações recíprocas (“deixas” e “pontas”).
“Uma condição, uma posição ou um lugar social não são coisas materiais que são possuídas e, em
seguida, exibidas; são um modelo de conduta apropriada, coerente, adequada e bem articulada.
Representando com facilidade ou falta de jeito, com consciência ou não, com malícia ou boa-fé, nem por
isso deixa de ser algo que deva ser encenado e retratado e que precise ser realizado. ”

Referências
http://www.filologia.org.br/xvi_cnlf/tomo_1/049.pdf
http://gitsufba.net/a-representacao-do-eu-na-vida-cotidiana-introducao-e-capitulo-1/
https://prezi.com/yvnbydfkkf7b/a-representacao-do-eu-na-vida-cotidiana/
http://www.juliopascoal.com.br/quem-e-voce/

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