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Índice:
- CP/ CPK; PP/ PPK;
- CM/ CMK.
- Diário de Bordo;
- Coleta dados; Cartas Controle.
INTRODUÇÃO - Controle Estatístico de Processo
GLOSSÁRIO
Aleatoriedade: condições na quais os valores individuais não são previsíveis, apesar de eles
poderem vir de uma distribuição definível;
Amostra: nome dado ao subgrupo, ou seja, um ou mais eventos ou medições utilizados para
analisar o desempenho de um processo;
Limites de Controle: uma linha ou linhas em uma carta de controle utilizada como uma base para
julgar a estabilidade do processo. A variação além de um limite de controle é evidência de que
causas especiais estão afetando o processo. Limites de controle são calculados a partir dos dados do
processo e não devem ser confundidos com as especificações de engenharia;
Causa Comum: fonte de variação que afeta todos os valores individuais do resultado do processo
sendo estudado; na análise da carta de controle ele representa parte da variação aleatória do
processo;
Estatística: é a ciência que estuda a variação. Auxilia a descobrir as causas de variação, permitindo
tomar ações
com base em fatos, e não opiniões;
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INTRODUÇÃO - Controle Estatístico de Processo
O QUE É O CEP
O CEP, Controle Estatístico de Processo, tradicionalmente, é uma ferramenta com base estatística,
de auxílio ao controle da qualidade, nas etapas do processo, particularmente no caso de processo de
produção repetitivo. Com a elaboração de uma carta de controle, podem-se tirar várias conclusões
que nos auxiliam para uma tomada de decisão acertada. Porém se o fizermos após a constatação de
um problema, o defeito já será um fato consumado, e só restarão as alternativas de refugar o lote
todo ou realizar uma inspeção 100%, causando retrabalho ou refugo de parte do material: de
qualquer maneira, encarecerá o produto.
Outro fato importante é que para se garantir a qualidade seria ideal se fosse possível fazer uma
inspeção minuciosa em todas as peças, o que na maioria dos casos é impraticável devido à
quantidade elevada, que torna a inspeção ineficiente, causando fadiga ao inspetor que
inconscientemente passa a aprovar peças defeituosas e refugar peças boas.
Alguns métodos de controle da Qualidade já foram utilizados, como os planos de amostragem, por
exemplo, com eficiência discutível chegando-se à conclusão que o melhor é realizar o controle
dentro do processo que permita prever o defeito ou na pior das hipóteses, tomarem providência
imediata em caso de surgirem problemas, e isso é possível através do controle Estatístico do
Processo (CEP)
O CEP se baseia no fato de que em todo processo repetitivo ou contínuo, existe uma faixa de
variação normal, definida pelo valor médio, mais ou menos três vezes o desvio padrão, que seja em
termos de dimensão, de quantidade consumida, tempo de execução, horário, quantidade ou
porcentagem de refugo, Etc...
Se pudermos manter a média daquilo que se está produzindo, aproximada ou igual ao centro de
tolerância, e a variação entre os limites toleráveis, (com margem de segurança), então tem-se a
certeza de que as condições do processo estão satisfatórias.
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INTRODUÇÃO - Controle Estatístico de Processo
Atualmente a inovação fundamental em relação ao CEP é que esses princípios e técnicas devem ser
compreendidos, e aplicados, por todas as pessoas da organização e não apenas pelos técnicos e
engenheiros da área de Qualidade.
APLICAÇÃO:
- Análise dimensional de produção seriada de uma determinada peça, análise de variação de peso,
análise de variação de horário, Etc.
Todo o Controle Estatístico da Qualidade é baseado na análise das variações ou variabilidade, que
são diferentes nas magnitudes (diâmetro, peso, densidade, etc.) presentes universalmente nos
produtos e serviços resultantes de qualquer atividade, e são considerados a maior inimiga da
Qualidade.
VARIAÇÃO E PREVISIBILIDADE
NÃO EXISTEM NA NATUREZA DOIS OBJETOS QUE SEJAM ABSOLUTAMENTE IGUAIS.
SEMPRE HÁ VARIAÇÃO.
CONTUDO, A VARIAÇÃO DEVIDA SOMENTE A CAUSAS COMUNS É PREVISÍVEL.
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INTRODUÇÃO - Controle Estatístico de Processo
Na natureza, por exemplo, todas as crianças ao nascerem, tem um peso dentro de uma faixa
considerada normal, mas se uma criança nasce de 7 meses, que é uma causa anormal, o seu peso
será inferior a essa faixa.
Por outro lado, é sabido também, que nunca encontramos duas folhas ou dois pássaros do mesmo
espécime, exatamente iguais; em um cardume, os peixes parecem todos iguais; mas se analisarmos
detalhadamente, encontra diferenças, minúsculas que sejam.
Se nem a natureza consegue criar duas coisas ou seres exatamente iguais, que dirá então as
máquinas criadas pelos seres humanos.
Através do histograma podemos analisar se as variações que ocorrem nos processos, verificar se
essas variações estão dentro da normalidade ou se existem variações causais.
Partindo-se de algumas fórmulas, na maioria simples, podemos calcular o quanto são essas
variações, denominadas de DESVIOs PADRÕE e são representados pela letra grega “sigma “ (δ).
Tomando-se o valor médio da amostra (X) e subtraindo-se três desvios padrões (- 3δ ), obtem-se
limite inferior de controle (LIC) e somando-se o mesmo valor (+ 3δ), obtem-se o limite superior de
controle (LSC).
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INTRODUÇÃO - Controle Estatístico de Processo
COMUNS ESPECIAIS
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INTRODUÇÃO - Controle Estatístico de Processo
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INTRODUÇÃO - Controle Estatístico de Processo
Ação sobre o sistema CAUSAS COMUNS Resolve 85% dos problemas do processo
Ação no local de trabalho CAUSAS ESPECIAIS Resolve 15% dos problemas do processo.
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INTRODUÇÃO - Controle Estatístico de Processo
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INTRODUÇÃO - Controle Estatístico de Processo
MELHORIA ATRAVÉS DO
CEP
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INTRODUÇÃO - Controle Estatístico de Processo
INDICES:
Os índices de Capacidade informam como o processo poderá agir no futuro, já os índices de performance informam
como o processo agiu no passado ou está agindo no momento.
O cálculo dos índices de performance é muito semelhante ao dos índices de capacidade, salvo o que diz respeito ao
desvio-padrão utilizado.
Mas qual desvio-padrão deve ser usado para o cálculo dos índices?
Até 1991, essa pergunta não tinha uma resposta exata. Para eliminar essa confusão, a ASQC - American Society for
Quality Control (Sociedade Americana de Controle da Qualidade) publicou naquele ano "o manual fundamental de
referência do Controle Estatístico de Processo".
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INTRODUÇÃO - Controle Estatístico de Processo
O que está definido no manual publicado pela ASQC é que os índices de capacidade do processo utilizam o desvio-
padrão estimado e os índices de performance utilizam o desvio-padrão calculado sobre os valores individuais do
processo.
Você perceberá, em seguida, que o cálculo dos índices de Performance do processo é idêntico ao cálculo dos índices
de Capacidade, exceto que o desvio-padrão utilizado é o calculado.
Pp
• Desempenho: Intervalo de tolerância dividida pelo desempenho do processo;
• Desconsidera a centralização do processo;
• Não é sensível aos deslocamentos (causas especiais) dos dados;
• Quanto maior o índice, menos provável que o processo esteja fora das especificações;
• Um processo com uma curva estreita (um Pp elevado) pode não estar de acordo com as
necessidades do cliente se não for centrado dentro das especificações.
• Cálculo do índice
Na fórmula, percebemos , como foi escrito anteriormente, que este índice desconsidera a média do processo,
retratando apenas sua variação.
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INTRODUÇÃO - Controle Estatístico de Processo
Obs.: Atente-se para a simbologia do desvio-padrão. O desvio-padrão estimado é simbolizado por , já o calculado é
simbolizado por .
Agora que já vimos como calcular os índices, vamos ver em gráficos quais os seus significados.
Sabemos que quanto mais estreita a curva da distribuição, menor a variação e maiores os valores dos índices Pp e
Ppk. Sabemos ainda que quanto maior o valor de Pp e Ppk, melhor é o status do processo.
Considerando essa afirmação, vamos entender em quais ocasiões temos valores altos e baixos para esses dois
índices.
Pp baixo
Causa: variação maior que a faixa dos limites de especificação
Ppk baixo
Causa: a distribuição está centrada, mas há uma variação maior que a faixa dos limites de especificação
Processo: incapaz
Pp bom
Causa: variação menor que a faixa dos limites de especificação
Ppk bom
Causa a distribuição está centrada e há uma variação menor que a faixa dos limites de especificação
Processo: satisfatório
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INTRODUÇÃO - Controle Estatístico de Processo
Pp alto
Causa: baixa variação em relação à faixa dos limites de especificação
Ppk alto
Causa: a distribuição está centrada e há uma baixa variação em relação à faixa dos limites de especificação
Processo: capaz
Nos três exemplos anteriores, os índices Pp e Ppk receberam os mesmos conceitos, mas nem sempre isso ocorre.
Veja no próximo exemplo em que há um processo com uma variação bem pequena, que gera um Pp ótimo e também
geraria um Ppk com valor alto, mas a distribuição não está centrada entre os limites de especificação.
Pp alto
Causa: baixa variação em relação à faixa dos limites de especificação
Ppk baixo
Causa: há uma baixa variação em relação à faixa dos limites de especificação, mas a distribuição não está centrada
Processo: incapaz
Como já vimos no mês passado, um processo, para ser capaz, necessita de centralização entre os limites de
especificação e baixa variação.
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INTRODUÇÃO - Controle Estatístico de Processo
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
• Cp é sempre maior ou igual a Cpk
• Quando o processo está centralizado, ou seja, a sua média está bem no meio da especificação,
então Cp = Cpk
• Tanto Cp como Cpk só têm resultados válidos se a distribuição dos valores individuais for normal
Os índices Cm e Cmk são utilizados para avaliar um equipamento ou máquina nas seguintes
condições:
Intrinsecamente, este índice admite que a média da máquina pode ser facilmente ajustada e,
portanto, somente a tolerância de engenharia (que é a distância entre o limite superior e o inferior
da especificação) é comparada com a dispersão total. Esta é sempre a melhor condição possível
para o estudo, daí o porquê do índice ser habitualmente chamado de capacidade potencial.
Onde:
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INTRODUÇÃO - Controle Estatístico de Processo
Se Cmi for menor que Cms, então Cmk será igual a Cmi. Caso contrário, Cmk será igual a Cms.
É recomendado utilizar o índice Cmk nos casos em que existe somente o LIE ou o LSE, ou quando
a média do processo não pode ser centralizada na especificação por problema de engenharia ou
devido a um elevado custo de alteração ou ajuste.
No índice Cmk, além de avaliar-se a variabilidade total permitida às peças com a tolerância natural
de fabricação, verifica-se, também, a posição do processo em relação aos limites (superior e
inferior) da especificação. Assim, o valor de Cmk deve ser igual ou superior a 1 para o processo ser
considerado capaz.
Para determinação dos parâmetros Cm e Cmk devem ser analisados somente as variações das
máquinas. A máquina deve estar ajustada conforme as suas especificações.
onde:
CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA:
A) Medidas de Localização (ou de Tendência Central)
• Média da Amostra (x-barra)
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INTRODUÇÃO - Controle Estatístico de Processo
Onde:
= R/d2
C D
n A2 E2 d2 D3 D4 4
2 1,880 2,660 1,128 --- 3,267 0,798 0,709
n 2
S= Xi - X
Σ
i=1 n-1
Exemplo do cálculo:
2
n Xi Xi - Média
Xi -
1 1,880 0,521 0,271441
2 1,023 -0,336 0,112896
3 1,457 0,098 0,009604
4 1,693 0,334 0,111556
5 1,128 -0,231 0,053361
6 1,184 -0,175 0,030625
7 1,054 -0,305 0,093025
8 1,290 -0,069 0,004761
9 1,772 0,413 0,170569
10 1,109 -0,250 0,0625
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INTRODUÇÃO - Controle Estatístico de Processo
Média = 1,3590
Somatória = 0,920338
N-1= 9
s= 0,920338
9
s = 0,31978083
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INTRODUÇÃO - Controle Estatístico de Processo
OBSERVAÇÕES
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INTRODUÇÃO - Controle Estatístico de Processo
O objetivo maior na implantação do CEP é atingir um estado de atitude e comportamento, do
pessoal de linha e gerencial, voltado continuamente para a melhoria do processo, o que é conhecido
como KAIZEN, termo japonês para aperfeiçoamento contínuo (melhoria contínua).
Os conceitos e as técnicas estatísticas são importantes para o CEP, mas devem ser vistos apenas
como auxiliares. O mais importante é desenvolver uma nova cultura na empresa (cultura para
produzir com qualidade) que permita a motivação e a cooperação de todos na busca da melhoria
contínua de todo o processo. Sem essa nova cultura as técnicas têm pouco efeito significativo. É a
nova cultura que propiciará as condições básicas para se extrair o máximo da potencialidade das
técnicas estatísticas. Essa nova cultura passa fundamentalmente pela melhoria no nível de educação
e de motivação da mão de obra. A falta de visão sobre a necessidade de se criar um novo tipo de
comportamento e de relações de trabalho, adequadas ao CEP, explica muitos dos casos de
implantação mal sucedidas nas empresas brasileiras.
Nessa nova cultura a gerência deve ter como meta delegar o controle rotineiro do processo para o
próprio pessoal de linha (isso supõe treinar, organizar e oferecer meios/recursos para o pessoal de
produção) e procurar se concentrar nos problemas crônicos, nas mudanças de tecnologias, nos
projetos de melhorias, etc. Ou seja, "a gerência não deve ficar apagando incêndios, mas deve
estudar formas de eliminar, permanentemente, as causas do incêndio". Nesse ambiente a
implantação do ciclo PDCA de gerenciamento, em todos os níveis da empresa, seguida da
delegação e descentralização do controle, permite liberar o tempo das gerências e da alta
administração para os projetos de melhoria (do processo, da qualidade do produto,etc.) que tornam
a empresa mais competitiva. Facilita também a implementação de novos paradigmas da gestão da
qualidade:
ATRIBUTOS
TIPOS:
A) Gráfico da Fração Defeituosa na Amostra (p)
CUIDADO !
Uma variável sempre transmite muito mais informação do que um atributo CLASSIFICAÇÃO x
CONTAGEM
Pergunta: a amostra tem algum defeito?
Atributos que consistem na contagem de defeitos são analisados através de gráficos do tipo c ou u
TAMANHO DE AMOSTRA
• gráficos de controle para atributos necessitam tamanhos de amostra maiores do que variáveis
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INTRODUÇÃO - Controle Estatístico de Processo
• tamanhos de amostra insuficientes trazem problemas na construção do gráfico
UM EXEMPLO ABSURDO
AMOSTRA n d p
1 3 0 0,00
2 3 0 0,00
3 3 0 0,00
4 3 1 0,33
5 3 0 0,00
6 3 0 0,00
7 3 0 0,00
8 3 0 0,00
9 3 0 0,00
10 3 1 0,33
TAMANHO DE AMOSTRA
Para que o tamanho de amostra seja suficiente, temos que observar as seguintes restrições:
• para gráficos de controle do tipo p ou np _ n.p > 5
• n.(1 - p) > 5
•c>5
CONVENÇÕES
n = tamanho da amostra
k = número (quantidade) de amostras
d = número de defeituosos
p = fração defeituosa
_
p = fração defeituosa média
c = número de defeitos
_
c = número médio de defeitos
u = número de defeitos por unidade
_
u = número médio de defeitos por unidade
FRAÇÃO DEFEITUOSA NA AMOSTRA (p)
OBSERVAÇÃO
Se o limite inferior de controle (LIC) der negativo, então adotar que este não existe. PROF.
ALBERTO W. RAMOS PRO 2712 – CONTROLE DA QUALIDADE 53
NÚMERO DE DEFEITUOSOS NA AMOSTRA (np)
np = número de defeitos encontrados na amostra Número médio de defeitos na amostra
OBSERVAÇÃO
Se o limite inferior de controle (LIC) der negativo, então adotar que este não existe.
NÚMERO DE DEFEITOS NA AMOSTRA (c)
c = número de defeitos encontrados na amostra
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INTRODUÇÃO - Controle Estatístico de Processo
OBSERVAÇÃO
Se o limite inferior de controle (LIC) der negativo, então adotar que este não existe.
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