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12 C3a2ngulos3 PDF
12 C3a2ngulos3 PDF
ÂNGULOS
Neste capítulo apresenta-se uma das partes dos Problemas Métricos (a outra
é Distâncias). Estudam-se aqui os ângulos entre retas, entre planos e entre
retas e planos. Veremos que para se determinar a verdadeira grandeza de
um ângulo recorre-se, muitas vezes, aos Métodos Geométricos Auxiliares.
Sumário:
2. Os ângulos no espaço
3. Ângulos entre retas paralelas ao mesmo plano de projeção
4 e 5. Ângulos entre retas paralelas ao plano lateral de projeção
6. Ângulo entre duas retas oblíquas
7, 8, 9 e 10. Outras situações que se resolvem recorrendo ao triângulo
do rebatimento
11. Ângulo entre as retas oblíqua e de perfil
12. Ângulo entre retas enviesadas
13. Ângulos entre planos projetantes do mesmo género
14 e 15. Ângulos entre planos perpendiculares ao plano lateral de
projeção
16. Ângulos entre o plano de rampa e os planos de projeção e os
bissetores
17. Ângulo entre dois planos oblíquos
18 e 19. Outras situações que se resolvem utilizando retas
perpendiculares aos planos
20. Ângulo entre os planos oblíquo e de rampa
21. Ângulos entre o plano oblíquo e os planos de projeção
22. Ângulos entre o plano oblíquo e os planos bissetores
23. Ângulos entre retas paralelas a um plano de projeção e planos
perpendiculares ao mesmo
24. Ângulos entre retas paralelas ao plano lateral de projeção e
planos perpendiculares ao mesmo
25. Ângulos entre a reta de perfil e os planos de projeção e os
bissetores
26. Ângulo entre a reta oblíqua e o plano oblíquo
27 e 28. Outra situação que se resolve utilizando uma reta
perpendicular ao plano
29. Ângulo entre a reta oblíqua e o plano de rampa
30. Ângulos entre a reta oblíqua e os planos de projeção e os
bissetores
31. Ângulo entre planos definidos por retas
32. Ângulos entre uma reta e planos definidos por retas
33, 34 e 35. Exercícios
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Ângulos - 1
Os ângulos no espaço
Observam-se aqui os ângulos entre retas, entre planos e entre retas e planos no espaço. Nas proje-
ções veremos que a verdadeira grandeza (VG) de um ângulo nem sempre se determina da forma
direta e simples que estes imagens aparentam, sendo muitas vezes necessário aplicar processos
auxiliares.
r
Ângulo entre retas concorrentes
I Quando duas retas se cruzam, formam-se quatro
VG ângulos, iguais dois a dois quando não são retos. A
VG do ângulo entre duas retas indica-se num dos
ângulos de menor abertura.
s
r’ // r
s
α
Ângulo entre dois planos
Tal como acontece com as retas, quando dois pla-
nos se cruzam formam-se quatro ângulos, iguais
π dois a dois quando não são retos. A VG do ângulo
VG entre eles indica-se num dos de amplitude menor.
r
Ângulo entre uma reta e um plano
A VG do ângulo entre uma reta e um plano corres-
ponde à menor amplitude que existe entre as duas
VG π figuras. Podemos imaginar a reta s como resultante
s da intersecção de um plano perpendicular ao plano
dado, contendo a reta dada.
Quando duas retas são paralelas ao mesmo plano de projeção, a verdadeira grandeza do ângulo
formado por elas determina-se diretamente. Isso é válido tanto para retas concorrentes como para
retas enviesadas.
a2≡b2 I2
n2 (t2)≡I2 n2≡h2 I2
x
a1
I1 n1
n1 VG VG
b1 I1
h1 I1
VG
t1
f2 v1
VG
a2 VG h2
b2
f2 VG
x
(v2)
f1
a1
f1
h1
b1
Quando duas retas são paralelas ao plano lateral de projeção, a verdadeira grandeza do ângulo por
elas formado é determinado na projeção lateral. Os exemplos desta página mostram apenas situa-
ções que envolvem retas de perfil.
y≡z
p2≡p1≡p’2≡p’1
F3
F2
F’2 I3
F’3
H2≡F1≡H’2≡F’1 H3 VG H’3
x
p’3
H1 p3
H’1
y≡z
b3
A3
A2 C3
C2
VG
D3
D2
B3
B2
D1 a3
x
A1
a2≡a1 b2≡b1
C1
B1
y≡z
t1≡p2≡p1
F3
F2
I3 t3
(t2)≡F’2 F’3
VG
H2≡F1≡F’1 H3
x
p3
H1
y≡z
VG
A2 A3
a2≡a1 v2
B3
B2
a3
H2 H3
x
v3
A1
(v1)≡H1
B1
Quando duas retas são oblíquas, a verdadeira grandeza do ângulo entre elas determina-se rebaten-
do as retas sobre um plano horizontal ou frontal, recorrendo ao processo do triângulo do rebatimen-
to. Este processo está explicado no capítulo Métodos Geométricos Auxiliares, na parte relativa aos
rebatimentos.
s2
I2 r2
=
R2 S2 (fα)≡n2
x
I1 n1≡nR
=
IR’
S1≡SR
R1≡RR s1
IR
r1 rR
s2 r2
sR VG
rR I2
=
f2≡fR IR’
R2≡RR
S2≡SR
sR
IR
x
VG I1
=
(hθ)≡f1
R1 S1
s1
r1
Quando uma reta é oblíqua e outra é frontal ou horizontal surgem duas maneiras de resolver o exer-
cício. Numa delas utiliza-se um plano que corta ambas as retas, na outra usa-se a reta frontal ou
horizontal como charneira.
I2
r2 f2
= Ângulo entre as retas
R2 F2 oblíqua e frontal
(fα)≡n2 Utilizando um plano horizontal, esta situa-
ção fica idêntica à que envolve duas retas
oblíquas.
x Se se utilizar um plano frontal contendo a
reta frontal, esta será a charneira, apenas
f1 I1 rebatendo a reta oblíqua, como sucede com
F1≡FR a opção tomada no exercício seguinte, em
=
R1≡RR
rR IR
r1 fR
r2
P2
=
(fβ)≡n2 I2
Ângulo entre as retas
oblíqua e horizontal
Utilizando um plano horizontal que contém a
reta horizontal, esta serve de charneira; x
assim sendo, apenas rebate a reta oblíqua, rR
com a ajuda do ponto P, já que nesta situa-
ção o ponto I é fixo.
Se se utilizar um plano frontal, resulta uma n1≡nR VG
charneira frontal, o que dará uma situação
idêntica à do exercício de cima, mas com o P1 r1
traçado do rebatimento na projeção frontal. I1≡IR =
PR’
PR
P2
r2
=
I2 (fρ)≡a2 Ângulo entre as retas
oblíqua e fronto-horizontal
Aqui utiliza-se um plano horizontal contendo
a reta fronto-horizontal, que fica como char-
x neira do rebatimento. Apenas a reta oblíqua
PR rebate, com ajuda do ponto P. A linha per-
pendicular à charneira, que parte de P1, fica
aqui oculta pela linha de chamada desse
rR ponto.
Com um plano frontal contendo a mesma
reta, o resultado seria idêntico, mas com o
I1≡IR a1≡aR traçado do rebatimento na projeção frontal.
VG
r1
=
P1 PR’
nR
PR
f2≡fR
VG
Ângulo entre as retas PR’
horizontal e frontal
=
I2≡IR
Aqui utiliza-se um plano frontal contendo a
reta frontal, charneira do rebatimento. Ape- n2 P2
nas a reta horizontal rebate, com ajuda do
ponto P.
Com um plano horizontal contendo a reta
horizontal, o resultado seria idêntico, mas x
com o traçado do rebatimento na projeção
horizontal.
(hω)≡f1 = I1
n1
P1
v2
I2
r2
= Ângulo entre as retas
R2 (fα)≡n2 oblíqua e vertical
V2 Aqui utiliza-se um plano horizontal que ao
cortar as retas, dá origem a uma charneira
horizontal. Neste caso, a linha que se traça
x paralela à charneira coincide com ela, pelo
que o triângulo do rebatimento fica reduzido
ao segmento de reta [I1IR’].
(v1)≡I1≡V1≡VR Pode utilizar-se um plano frontal fazendo da
reta vertical a charneira. Nesse caso o exer-
cício ficaria idêntico ao de baixo, mas com o
=
VG
R1≡RR rR
vR
r1≡n1≡nR
r2
P2
=
Ângulo entre as retas
(fθ) (t2)≡I2
oblíqua e de topo
Aqui o plano contém a reta de topo, sendo
esta a charneira. Assim sendo, apenas reba-
te a reta oblíqua, com ajuda do ponto P. De x
notar que a linha perpendicular à charneira PR’
fica, neste caso, paralela ao eixo x.
Pode utilizar-se um plano frontal cortando as
=
duas retas, de onde resultará uma charneira
frontal. Nesse caso o exercício seria idêntico
ao de cima, mas com o traçado do rebati- PR P1
mento na projeção frontal.
I1≡IR
r1 rR
t1≡tR VG
VG
pR
f2≡fR AR
B2≡BR nR
Ângulo entre as retas
de perfil e horizontal
AR’
N2≡NR A reta de perfil está definida pelos pontos A e
B, sendo A a intersecção com a reta horizon-
n2 A2 tal.
Utiliza-se um plano horizontal que corta a reta
p em B e a n em N, que definem a charneira
frontal f. A partir daqui aplica-se o triângulo do
x rebatimento da forma habitual.
Pode também ser utilizado o plano horizontal
B1 contendo a reta horizontal, que será charnei-
ra. Desse modo apenas a reta de perfil reba-
(hω)≡f1 = N1 te. Será uma situação idêntica à do exercício
n1 seguinte, mas com o traçado do rebatimento
feito na projeção horizontal.
A1
p1≡p2
BR’
=
B2 f2≡fR
p1≡p2
A determinação do ângulo entre uma reta oblíqua e uma de perfil, pode ser mais complexa do que
as observadas nas páginas anteriores, caso obrigue à utilização de um processo auxiliar, como
sucede no caso que aqui se apresenta.
y≡z
p2≡p1
I2 I3
r2
=
(fδ)≡n2 R2 P2 P3
p3
rR
pR
H2
x VG H3
IR
H1
r1 P1≡PR
R1≡RR
I1
=
n1≡nR
IR’
Mostra-se aqui como se determina o ângulo entre duas retas enviesadas oblíquas. Por comparação
com este exemplo, e através do estudo dos ângulos entre outras retas, facilmente se adapta este
procedimento a essas outras.
s2
I2 r’2
r2
=
R2 S2 (fα)≡n2
x
I1
=
r1 IR’ n1≡nR
S1≡SR
R1≡RR s1
IR
r’1 rR
r’ // r
sR VG
A verdadeira grandeza do ângulo entre dois planos projetantes pode-se determinar diretamente se
ambos os planos forem projetantes horizontais ou projetantes verticais.
fθ fβ fπ fα fω≡hω
hα
VG (hδ)
VG
hβ
hπ
hθ VG
fβ≡hβ
fρ VG
fσ
VG (fθ)
VG fπ
fψ
hσ hπ
hψ hρ
Nesta página mostra-se como se determina a verdadeira grandeza do ângulo entre dois planos de
rampa, por dois processos.
y≡z
lπ
fπ
fα
x VG
lα
hπ
hα
fδ≡hδ≡i2≡i1≡i’2≡i’1≡hδR
fπ F2
fα F’2
F1≡F2≡H’1≡H’2 F’R VG
x≡fδR FR
iR
hπ H1≡HR
i’R
hα
H’1≡H’R
y≡z
lβ
fα
lα
VG
x
(hβ)
hα
y≡z
fα
(fπ)≡lπ
VG
x
lα
hα
Aqui determina-se o ângulo que o plano de rampa faz com cada um dos planos de projeção e cada
um dos planos bissetores, recorrendo aos seus traços laterais.
y≡z
fθ
VG’
hθ
y≡z
fθ
VG
lβ1/3
Ângulo entre o plano de rampa
e os planos bissetores
A VG do ângulo que o plano faz com o β1/3
está indicado entre o seu traço lateral e o H3
traço lateral desse bissetor, o mesmo sucede
x
com o β2/4.
VG’
hθ lθ
lβ2/4
Todas as situações que não se resolvem diretamente, nem com recurso aos traços laterais dos pla-
nos, resolvem-se recorrendo a retas perpendiculares aos planos, uma vez que o ângulo entre elas é
igual ao ângulo entre os planos.
b
=
I2
fα
a2 b2
= fπ
(fδ)≡n2 A2
B2
x
VG
n1≡nR IR
aR
A1≡AR
b1
hα a1
hπ
B1≡BR
IR’
=
bR
I1
Aqui mostram-se outras situações que se resolvem recorrendo a retas perpendiculares aos planos.
Contudo, os traçados estão apenas iniciados, dado que a determinação dos ângulos entre as retas
daqui resultantes foi já abordada aquando do estudo dos ângulos entre retas.
I2 n2 I2
fπ fπ
r2 r2
f2 fω
fθ
x x
hπ r1 r1 hω
hπ
n1
hθ
I1 I1 f1
Ângulo entre os planos oblíquo e vertical Ângulo entre os planos oblíquo e de topo
As retas perpendiculares a estes planos são a oblí- As retas perpendiculares a estes planos são a oblí-
qua e a horizontal. qua e a frontal.
fπ I2 a2 n2 I2
r2
fθ f2 fω
fβ≡hβ
x x
hπ r1 n1 hω
hθ
a1
I1 I1 f1
Ângulo entre os planos oblíquo e de perfil Ângulo entre os planos vertical e de topo
As retas perpendiculares a estes planos são a oblí- As retas perpendiculares a estes planos são a hori-
qua e a fronto-horizontal. zontal e a frontal.
fπ I2≡(t2) fπ I2
r2
r2
(fω)
v2
x x
t1
hπ r1
hπ (hθ)
r1
I1
I1≡(v1)
Ângulo entre os planos oblíquo e frontal Ângulo entre os planos oblíquo e horizontal
As retas perpendiculares a estes planos são a oblí- As retas perpendiculares a estes planos são a oblí-
qua e de topo. qua e a vertical.
Este processo pode também ser utilizado para a Este processo pode também ser utilizado para a
determinação do ângulo entre o plano oblíquo e o determinação do ângulo entre o plano oblíquo e o
PFP. PHP.
Esta situação resolve-se também recorrendo a retas perpendiculares aos planos. Contudo, apresen-
ta-se como a mais complexa, dado que a reta perpendicular ao plano de rampa é de perfil, o que
implica recorrer à sua projeção lateral, por exemplo.
y≡z
p2≡p1
I2 I3
fπ r2
=
p3
(fδ)≡n2 R2 P2 P3
fα
x VG rR
pR lα
IR
hπ hα
r1
P1≡PR
R1≡RR
I1
=
n1≡nR
IR’
Mostram-se aqui dois processos para determinar a verdadeira grandeza do ângulo entre um plano
oblíquo e os planos de projeção. Em cima recorre-se a retas perpendiculares aos planos (os traça-
dos estão apenas iniciados); em baixo recorre-se às retas de maior declive e de maior inclinação.
fπ I2≡(t2) fπ I2
r2 r2
v2
x x
t1
hπ hπ
r1 r1
I1
I1≡(v1)
F2
fπ
iπ2
HR iπR fπ
F2≡FR =
dπ2
VG
=
F1 H2
x H2 F1 x
iπ1 hπ
VG
=
= hπ
H1≡HR
dπR
FR dπ1
H1
Sendo os bissetores planos de rampa, as retas que lhes são perpendiculares são de perfil. Aparen-
temente, será necessário recorrer ao plano lateral de projeção para resolver estas situações. Contu-
do, existe um processo muito simples e prático, que aqui se mostra.
Estes exercícios não se apresentam completos, mostrando apenas aquilo que é novidade. Para os
completar rebatem-se as retas pelo processo do triângulo do rebatimento.
I2
fπ
=
R2 (fθ)≡n2 Ângulo entre o plano
oblíquo e o β2/4
P2
Para traçar uma reta de perfil perpendicular
r2 ao β2/4 basta que a distância entre os pontos
que a definem seja a mesma entre as proje-
ções frontais e as horizontais, estando essas
x pela ordem que se apresenta.
Um desses pontos é I, a intersecção com a
reta perpendicular ao plano oblíquo, o outro é
R1 P, por onde passa o plano sobre o qual se vai
hπ fazer o rebatimento, em torno da reta n, que é
P1 a charneira.
r1
n1≡nR
=
I1
p1≡p2
R2
I2
fπ
r2 =
=
(hδ)≡f1 R1
P1
A VG do ângulo entre dois planos projetantes pode determinar-se diretamente se ambos os planos
forem projetantes horizontais ou projetantes verticais.
fθ fπ fα
(t2)
n2 a2
hα
VG a1
VG
n1
hπ
hθ t1 VG
v2
f2 VG
fσ
VG b2
VG fπ
fψ
b1
f1
hπ (v1)
hψ hσ
y≡z
H2≡F1 H3
x VG
hπ Outras situações
com resolução idêntica
Em baixo estão outras situações com
resolução idêntica, que envolvem as
retas de perfil, de topo e vertical, com os
planos frontal, horizontal e de rampa.
H1 Não se apresentam resoluções dadas as
semelhanças com a situação anterior.
F2 F2
(fβ)
p2≡p1
H2≡F1
x H2≡F1 x
(hα) p2≡p1
H1 H1
fδ fδ
v2
(t2)≡F2
F1 H2
x x
t1
(v1)≡H1
hδ hδ
Aqui determina-se o ângulo que a reta de perfil faz com cada um dos planos de projeção e cada um
dos planos bissetores, recorrendo à projeção lateral da reta.
y≡z
F3
F2
p2≡p1
VG
H1 p3
y≡z
F3
F2
VG
p2≡p1 lβ1/3
VG’
H1 p3
lβ2/4
Aproveita-se esta situação para explicar o processo geral que se utiliza para determinar ângulos
entre retas e planos. Este processo é idêntico ao já utilizado entre planos, onde a ideia consiste em
resolver as situações com recurso a retas. É utilizado para as situações não abrangidas nas páginas
anteriores.
p2
I2 r2
=
(fα)≡n2 P2 Ângulo entre uma reta e um plano,
fπ nas projeções
R2
Para determinar a VG do ângulo entre a
reta r e o plano π, procede-se da seguinte
maneira:
x 1. Cruza-se com a reta r a reta p, perpendi-
I1 cular ao plano;
n1≡nR 2. Pelo processo do triângulo do rebatimen-
=
r1
hπ IR VG
rR
αº
pR
O processo utilizado na página anterior pode aplicar-se entre a reta oblíqua e todos os planos. Mos-
tra-se aqui apenas o começo de cada exercício; a continuação consiste em achar a verdadeira gran-
deza do ângulo entre a reta dada e a que é perpendicular ao plano, e marcar o complementar.
I2 I2
p2
r2 fβ
r2
fω
p2
hβ p1
r1
r1
p1 hω
I1 I2
r2 I2 r2 I2≡(p2)
(fδ)
p2
(hθ)
r1
r1
I1≡(p1) I1
p1
p2 I2
I2 I2
n2 p2
fβ
f2
fω
p2
hβ hω p1
n1
p1 f1
I1 I2
I2
fβ I2
p2 p2
q2≡q1 q2≡q1
fω
hβ
p1 hω
I1 p1
I1
I2
p2
Ângulos entre retas e planos diversos
q2≡q1 fβ Aqui temos as retas horizontal, frontal e de perfil,
assim como os planos de topo, vertical e oblíquo.
Em todos os exercícios existe uma reta p, perpen-
dicular ao plano.
Para continuar estes exercícios rebatem-se as
x retas sobre um plano horizontal ou frontal.
Nos casos que envolvem a reta de perfil pode
haver necessidade de recorrer às suas projeções
laterais.
hω
p1 I1
O processo utilizado para determinar a verdadeira grandeza do ângulo entre uma reta oblíqua e um
plano oblíquo aplica-se aqui também.
Este exercício resulta idêntico ao que envolve uma reta de perfil e um plano oblíquo, pois em ambos
os casos se conjugam uma reta de perfil com uma oblíqua.
y≡z
p2≡p1
I2 I3
r2
p3
(fδ)≡n2 R2 P2 P3
fπ
pR rR
x αº
VG
lα
IR
hπ
r1
P1≡PR
R1≡RR
n1≡nR
I1
IR’
Mostra-se aqui estas situações segundo processos diferentes. Para que a explicação fique mais cla-
ra, em baixo não se apresenta o traçado completo, faltando rebater as retas.
B2
B2≡BR
sR
s2
= AR VG
s2
=
A2 (fδ)
A2
x x
B1 (hρ)
s1 B1
=
A1≡AR = s1
VG
A1
sR BR
B2 B2
s2 s2 =
=
A2 P2 (fθ)≡n2
A2 P2 (fθ)≡n2
x x
B1 P1
s1
n1≡nR =
=
A1
n1≡nR P1 B1
p1≡p2 A1
p1≡p2
Se os planos estiverem definidos por retas há que traçar retas paralelas aos seus traços, para se
poder traçar retas perpendiculares aos planos. Se um dos planos definido por retas for de rampa,
haverá necessidade de recorrer às projeções laterais. Essa situação não se mostra aqui, mas fica-
se com uma ideia daquilo que é necessário fazer nesse caso observando o segundo exercício da
página seguinte.
I2
p2
f2
d2
p’2
a2
A’2 D2
b2 c2 f’2
n2 A2 C2 n’2
B2 D’2
P2
B1 f’1
f1 A1
C1 D1
A’1
n1 p1 p’1
a1 b1 D’1
n’1
d1 P1
c1
I1
Mostra-se aqui como se procede para determinar o ângulo entre uma reta oblíqua e um plano defini-
do por duas retas paralelas. Se a reta for de perfil ou o plano for de rampa (como se mostra na
segunda situação) será necessário recorrer à projeção lateral, por exemplo. Os exercícios não se
apresentam completos para não sobrecarregar os traçados.
f2
a2
A’2
b2
p2
n2 A2 Ângulo entre a reta oblíqua e um
I2
B2 plano oblíquo definido por retas
Para traçar uma reta perpendicular a um
r2 plano definido por retas (sejam paralelas
ou oblíquas) representa-se uma reta
horizontal e outra frontal desse plano. A
x reta perpendicular ao plano será perpen-
dicular a essas retas. Para terminar o
B1 exercício basta rebater as retas r e p e
f1 A1 indicar como VG o complementar do
r1
A’1 ângulo entre elas.
p1
n1
a1 b1
I1
y≡z
q2≡q1≡p2≡p1
I3 q3
r2 I2
a2 A3
A2
B2 B3
b2
J2 J3
x
b1 I1 p3
B1
r1 J1
a1
A1
Ângulo entre uma reta oblíqua e um plano de rampa definido por duas retas
Um plano definido por duas retas fronto-horizontais é um plano de rampa; uma reta perpendicular a esse plano
é de perfil. Para a determinar utiliza-se aqui a reta de perfil q, do plano. A reta pretendida, p, terá que ser per-
pendicular a essa, o que se confirma na projeção lateral. Também aqui, para terminar o exercício basta rebater
as retas r e p e indicar como VG o complementar do seu ângulo.
Ângulos entre retas paralelas ao mesmo Situações diversas de ângulos entre retas
plano de projeção
9. Determinar a VG do ângulo entre as retas:
1. Determinar a VG do ângulo entre as retas: - r, que contém H(5;7;0) e P(-2;-1;5);
- n, horizontal, com traço em F(1;0;4), fazen- - s, que contém P e é paralela ao β2/4, fazen-
do 35ºad; do a sua projeção frontal 50ºae.
- m, horizontal, com traço em F’(4;0;-2), fa-
zendo 70ºad. 10. Determinar a VG do ângulo entre as retas:
- r, do exercício anterior;
2. Determinar a VG do ângulo entre as retas: - n, horizontal, concorrente com r no seu
- f, frontal, com traço em H(3;0;0), fazendo ponto com 2cm de cota, fazendo 25ºad.
50ºad;
- g, frontal, com traço em H’(-1;-4;0), fazendo 11. Determinar a VG do ângulo entre as retas:
30ºae. - s, do exercício 9;
Indicar também o ponto de cada reta que fica mais - a, concorrente com s no seu traço horizon-
próximo da outra. tal, sendo paralela ao β1/3 e fazendo a sua
projeção frontal 30ºae.
3. Determinar a VG do ângulo entre as retas:
- h, fronto-horizontal do β1/3, com -2,5cm de 12. Determinar a VG do ângulo entre as retas:
afastamento; - a, do exercício anterior;
- n, horizontal, que contém P(-4;-6;4), fazen- - h, fronto-horizontal, concorrente com a no
do 50ºad. seu ponto com 1cm de cota.
Indicar também o ponto de cada reta que fica mais
próximo da outra. 13. Determinar a VG do ângulo entre as retas:
- b, que contém B(1;4;6) e é passante num
4. Determinar a VG do ângulo entre as retas: ponto com 5cm de abcissa.
- t, de topo, com 2cm de abcissa e 3cm de - t, de topo, concorrente com b em B.
cota;
- f, frontal, que contém R(1;4;2) e faz 25ºad. 14. Determinar a VG do ângulo entre as retas:
Indicar também o ponto de cada reta que fica mais - b, do exercício anterior;
próximo da outra. - v, vertical, concorrente com b em B.
Situações diversas de ângulos entre planos 38. Determinar a VG do ângulo entre a reta e o pla-
no:
27. Determinar a VG do ângulo entre os planos: - a, fronto-horizontal, que tem -4cm de cota
- σ, que cruza o eixo x num ponto com -1cm e 3cm de afastamento;
de abcissa, fazendo os seus traços frontal e - α, de topo, que cruza o eixo x num ponto
horizontal 50ºae e 35ºae, respetivamente. com 2cm de abcissa, fazendo 35ºad.
- θ, que cruza o eixo x num ponto com 2cm
de abcissa, fazendo os seus traços frontal e 39. Determinar a VG do ângulo entre a reta e os
horizontal 40ºad e 60ºad, respetivamente. planos:
- p, de perfil, cujos traços são H(6;-3;0) e
28. Determinar a VG dos ângulos entre os planos: F(6;0;5);
- σ, do exercício anterior; - PHP e PFP.
- PFP e PHP.
40. Determinar a VG do ângulo entre a reta e o pla-
29. Determinar a VG do ângulo entre os planos: no:
- α, perpendicular ao β2/4, que cruza o eixo x - p, do exercício anterior;
num ponto com -3cm de abcissa, fazendo o - ρ, cujos traços têm 2cm de cota e -6cm de
seu traço frontal 60ºad; afastamento.
- δ, vertical, que cruza o eixo x num ponto
com 2cm de abcissa, fazendo 25ºae. 41. Determinar a VG do ângulo entre a reta e o pla-
no:
30. Determinar a VG do ângulo entre os planos: - v, vertical, com 3cm de abcissa e 3cm de
- α, do exercício anterior; afastamento;
- β1/3; - ω, passante, que contém o ponto T(4;-3;2).
31. Determinar a VG do ângulo entre os planos: 42. Determinar a VG do ângulo entre a reta e o pla-
- δ, do exercício 29; no:
- ρ, de topo, que cruza o eixo x num ponto - t, de topo, com 4cm de abcissa e -4cm de
com 2cm de abcissa e faz 50ºad. afastamento;
- ω, do exercício anterior.
32. Determinar a VG do ângulo entre os planos:
- ρ, do exercício anterior;
- β2/4.
48. Determinar a VG do ângulo entre a reta e o pla- 59. Determinar a VG do ângulo entre os planos:
no: - ψ, do exercício anterior;
- r, do exercício 45; - β2/4.
- PHP.
60. Determinar a VG do ângulo entre a reta e o pla-
49. Determinar a VG do ângulo entre a reta e o pla- no:
no: - n, horizontal, cujo traço é F(2;0;5), fazendo
- s, cujo traço frontal é F(6;0;7) fazendo as 65ºae;
suas projeções frontal e horizontal 35ºae e - α, definido por dα, que contém H(0;5;0) e é
60ºad, respetivamente. paralela ao β2/4, fazendo a sua projecção
- β, que cruza o eixo x num ponto com 3cm frontal 50ºad.
de abcissa, fazendo os seus traços frontal e
horizontal 65ºae e 25ºad, respetivamente. 61. Determinar a VG do ângulo entre a reta e o pla-
no:
50. Determinar a VG do ângulo entre a reta e o pla- - v, vertical, com traço em H(2;5;0);
no: - α, do exercício anterior.
- s, do exercício anterior;
- PFP. 62. Determinar a VG do ângulo entre a reta e o pla-
no:
51. Determinar a VG do ângulo entre a reta e o pla- - ρ, do exercício 55;
no: - h, fronto-horizontal, com 3cm de cota e 4cm
- s, do exercício 49; de afastamento.
- β1/3.
63. Determinar a VG do ângulo entre a reta e o pla-
52. Determinar a VG do ângulo entre a reta e o pla- no:
no: - ψ, do exercício 58;
- t, de topo, que contém o ponto T(1;4;4); - p, de perfil passante, contendo P(1;3;6).
- β, do exercício 49.
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Ângulos - 35