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Aula 03

Conhecimentos Específicos p/ AGEPEN-CE (Agente Penitenciário) Com videoaulas

Professor: Marcos Girão


CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS P/ AGENTE PENITENCIÁRIO/CE
Teoria e Questões
Aula 03 – Prof. Marcos Girão

AULA 03
Estatuto dos Funcionários Públicos do Ceará (Final)

SUMÁRIO
ESTATUTO DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS DO CEARÁ (Final) ............. 2
1. Regime Disciplinar ......................................................................... 2
1.3. As Penas Disciplinares ............................................................. 2
1.3.1. Repreensão .............................................................................. 4
1.3.2. Suspensão ............................................................................... 4
1.3.3. Demissão ................................................................................ 4
1.3.4. Cassação De Aposentadoria Ou Disponibilidade ............................ 6
1.4. O Processo Administrativo Disciplinar ...................................... 9
1.4.1. Disposições Gerais e Princípios Fundamentais............................... 9
1.4.2. Sindicância - a Apuração Sumária de Irregularidade .....................15
1.4.3. Suspensão Preventiva ..............................................................18
1.4.4. O PAD e o Inquérito Administrativo ............................................19
1.5. A Revisão do PAD ................................................................... 26
QUESTÕES DE SUA AULA .................................................................... 54
GABARITO .......................................................................................... 64

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ESTATUTO DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS DO CEARÁ (Final)

Caro aluno, nesta aula finalizaremos o estudo do Estatuto dos


Funcionários Públicos do Estado do Ceará, com a parte final do tema iniciado
na aula anterior: o Regime Disciplinar.

Aqui conheceremos sobre a responsabilidade dos funcionários, as


sanções discplinares e seus efeitos e todo o rito do Processo Administrativo
Disciplinar, mais conhecido como PAD.

Como é uma aula de continuação, seguiremos a sequência numérica dos


tópicos e das questões da aula passada. Beleza?

Então, vamos lá!

1. Regime Disciplinar

1.3. As Penas Disciplinares

As penas disciplinares aplicáveis, no âmbito do serviço público do


Estado do Ceará, aos funcionários públicos estão enumeradas no art. 196 da
Lei CE nº 9.826/1974. De acordo com esse dispositivo, as sanções aplicáveis
ao funcionário são as seguintes:

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Sobre as sanções disciplinares e seus efeitos, cabe uma importante


reflexão!

Primeiro de tudo, para a aplicação de qualquer penalidade deve sempre,


sem exceção alguma, ser assegurado ao servidor o direito constitucional ao
contraditório e à ampla defesa (CF, art. 5º, LV).

Em segundo, a aplicação de sanções disciplinares é, tradicionalmente,


apontada pela doutrina como hipótese de exercício do poder discricionário.
Deve-se atentar que, embora exista alguma discricionariedade na graduação
das sanções, a margem de liberdade da adminstração é bastante reduzida,
especialmente no que concerne à aplicação da penalidade mais grave, a
demissão.

Embora possa existir alguma discricionariedade na graduação de uma


pena disciplinar, ou no enquadramento de determinada conduta como infração
adminstrativa "A" ou a infração administrativa "B", certo é que nenhuma
discricionariedade existe quanto ao dever de punir quem
comprovadamente tenha praticado uma infração disicplinar.

Em outras palavras, quando a administração constata que um servidor


público, ou um particular que com ela possua vinculação jurídica específica,
praticou infração administrativa, ela é obrigada a puni-lo; não há
discricionariedade quanto a punir ou não alguém que comprovadamente tenha
cometido uma infração disciplinar. O que pode existir é discricionariedade na
graduação da pena disciplinar, ou mesmo no enquadramento da conduta como
infração sujeita a uma ou outra penalidade dentre as previstas na lei, mas não
há discricionariedade quanto ao dever de punir o infrator.

E anota essa aí:

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 As sançõesde suspensão e de cassação de


aposentadoria deverão ser cominadas por escrito e
fundamentalmente, sob pena de nulidade.

Sob pena de responsabilidade, o funcionário que exercer atribuições de


chefia, tomando conhecimento de um fato que possa vir a se configurar, ou se
configure como ilícito administrativo, é obrigado a representar perante a
autoridade competente, a fim de que esta promova a sua apuração.

Beleza? Bom, feitos esses esclarecimentos, vamos ver como o Estatuto


trata cada uma sanções disciplinares por ele regulamentadas.

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1.3.1. Repreensão

Aplicar-se-á a repreensão, sempre por escrito, ao funcionário que,


em caráter primário, a juízo da autoridade competente, cometer falta LEVE,
não cominável, por este Estatuto, com outro tipo de sanção.

Simples assim!

1.3.2. Suspensão

Será aplicada a suspensão, através de ato escrito, por prazo não


superior a 90 dias, nos casos de:

 reincidência de falta LEVE; e

 nos de ilícito GRAVE, salvo a expressa cominação, por lei,


de outro tipo de sanção.

Existe a possibilidade - e aqui se trata de decisão francamente


discricionária - de a administração converter a sanção de supensão em multa,
pois, segundo o art. 198, parágrafo único, por conveniência do serviço, a
suspensão poderá ser convertida em multa, na base de 50% por dia de
vencimento, obrigado, neste caso, o funcionário a permanecer em
exercício.
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Além da pena judicial que couber, serão considerados ainda como de


suspensão os dias em que o funcionário, notificado, deixar de atender à
convocação para prestação de serviços estatais compulsórios, salvo
motivo justificado.

1.3.3. Demissão

Se tem uma penalidade que você previsa memorizar a incidência dela,


essa é a demissão!

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De acordo com o art. 199 do Estatuto dos Funcionários Públicos do


Estado do Ceará, a demissão será obrigatoriamente aplicada nos
seguintes casos:

 crime contra a administração pública;

 crime comum praticado em detrimento de dever inerente à


função pública ou ao cargo público, quando de natureza
grave, a critério da autoridade competente;

 abandono de cargo;

Considera-se abandono de cargo a deliberada ausência ao serviço, sem


justa causa, por 30 dias consecutivos ou 60 dias, interpoladamente,
durante 12 meses.

 incontinência pública e escandalosa e prática de jogos


proibidos;

 insubordinação GRAVE em serviço;

 ofensa física ou moral em serviço contra funcionário ou


terceiros;

 aplicação irregular dos dinheiros públicos, que resultem em


lesão para o Erário Estadual ou dilapidação do seu
patrimônio;

 quebra do dever de sigilo funcional;


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 corrupção PASSIVA, nos termos da lei penal;

 desídia funcional;

 descumprimento de dever especial inerente a cargo em


comissão.

Para fins de prova, memorizar as condutas acima como aquelas


ensejadoras da pena de demissão é mais do que suficiente. Garanto!

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Quanto ao abandono de cargo, é entendida como ausência ao serviço


com justa causa não só a autorizada por lei, regulamento ou outro ato
administrativo, como a que assim for considerada após comprovação
em inquérito ou justificação administrativa, esta última requerida ao
superior hierárquico pelo fun-cionário interessado, valendo a justificação, nos
termos deste parágrafo, apenas para fins disciplinares.

E atenção:

 Tendo em vista a gravidade do ilícito, a demissão poderá


ser aplicada com a nota "a bem do serviço público", a
qual constará sempre nos casos de DEMISSÃO por:
 crime contra a administração pública; e

 aplicação irregular dos dinheiros públicos, que resultem


em lesão para o Erário Estadual ou dilapidação do seu
patrimônio.
 Salvo reabilitação obtida em processo disciplinar de revisão,
o funcionário demitido com a nota acima não poderá
reingressar nos quadros funcionais do Estado ou de
suas entidades, a qualquer título.

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1.3.4. Cassação De Aposentadoria Ou Disponibilidade

Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade se ficar provado,


em inquérito administrativo, que o aposentado ou disponível:

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 praticou, quando no exercício funcional, ilícito punível com


DEMISSÃO;

 aceitou cargo ou função que, legalmente, não poderia


ocupar, ou exercer, provada a má-fé;

 não assumiu o disponível, no prazo legal, o lugar funcional


em que foi aproveitado, salvo motivo de força maior;

 perdeu a nacionalidade brasileira.

E sobre essa sanção, uma informação boa de prova:

 A cassação da aposentadoria ou disponibilidade extingue o


vínculo do aposentado ou do disponível com o Estado ou
suas entidades autárquicas.

Tranquilo?

Ok, professor, mas ao estudar essas sanções, me veio uma dúvida:


quem tem competência para aplicá-las aos funcionários infratores?

Excelente pergunta! E quem nos responde é o próprio Estatuto em seu


art. 202!
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De acordo com esse dispositivo, são competentes para aplicação das


sanções disciplinares:

 os Chefes dos Poderes Legislativo e Executivo,

- Em qualquer caso; e

- Privativamente, nos casos de demissão e cassação de


aposentadoria ou disponibilidade, salvo se se tratar de punição
de funcionário autárquico.

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 os dirigentes superiores das autarquias:

- Em qualquer caso; e

- Privativamente, nos casos de demissão e cassação, da


aposentadoria ou disponibilidade;

 os Secretários de Estado e demais dirigentes de órgãos


subordinados ou auxiliares:

Em todos os casos, salvo os casos de competências citados nos


dois quadros anteriores.

 os chefes de unidades administrativas em geral:

Nos casos de repreensão, suspensão até 30 dias e multa


correspondente.

Tenho séria desconfiança de que as regras de competência acima serão


cobradas em sua prova...

Bom, seja qual for a sanção, ao ato que nela cominar, precederá
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sempre procedimento disciplinar, assegurada ao funcionário indiciado


ampla defesa, nos termos deste Estatuto em estudo, sob pena de nulidade da
cominação imposta.

E é sobre esse procedimento disciplinar que trataremos a partir do


próximo tópico.

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1.4. O Processo Administrativo Disciplinar

1.4.1. Disposições Gerais e Princípios Fundamentais

No âmbito da administração pública do Estado do Ceará, os intrumentos


de apuração da responsabilidade dos servidores públicos por infrações
praticadas no exercício de suas atribuições, ou que tenham relação com as
atribuições do seu cargo, são a sindicância e o processo administrativo
disciplinar (PAD), este último materializado pelo inquérito administrativo.
Tanto um como o outro se aplicam a qualquer cargo público estadual.

Pois bem, em seu art. 174, o Estatuto estabelece que o funcionário


público é administrativamente responsável, perante seus superiores
hierárquicos, pelos ilícitos que cometer.

 Considera-se ilícito administrativo a conduta comissiva ou


omissiva, do funcionário:

 que importe em violação de dever geral ou especial, ou


de proibição, fixado neste Estatuto e em sua legislação
complementar; OU 47991593487

 que constitua comportamento incompatível com o decoro


funcional ou social.
 O ilícito administrativo é punível, independentemente de
acarretar resultado perturbador do serviço estadual.

A apuração da responsabilidade funcional será promovida, de ofício, ou


mediante representação, pela autoridade de maior hierarquia no órgão ou
na entidade administrativa em que tiver ocorrido a irregularidade.

No entanto, nem sempre essa será a regra!

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Se se tratar de ilícito administrativo praticado fora do local de


trabalho, a apuração da responsabilidade será promovida pela autoridade
de maior hierarquia no órgão ou na entidade a que pertencer o
funcionário a quem se imputar a prática da irregularidade.

E não é só isso!

Se se imputar a prática do ilícito a vários funcionários lotados em


órgãos diversos do Poder Executivo, a competência para determinar a
apuração da responsabilidade caberá ao Governador do Estado.

E saiba, caro aluno, que a responsabilização do funcionário não é apenas


administrativa. O funcionário também poderá responderá civil e penalmente
pelos ilícitos que cometer. Ou seja: além de queda, coice!

Quer ver? Olha só:

 A responsabilidade CIVIL

A responsabilidade civil decorre de conduta funcional, comissiva ou


omissiva, dolosa ou culposa, que acarrete prejuízo para o patrimônio
do Estado, de suas entidades ou de terceiros.

A indenização de prejuízo causado ao Estado ou às suas entidades, no


que exceder os limites da fiança, quando for o caso, será liquidada mediante
prestações mensais descontadas em folha de pagamento, não excedentes da
10ª parte do vencimento, à falta de outros bens que respondam pelo
ressarcimento.

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 Em caso de prejuízo a terceiro, o funcionário responderá


perante o Estado ou suas entidades, através de ação
regressiva proposta depois de transitar em julgado a
decisão judicial, que houver condenado a Fazenda Pública a
indenizar o terceiro prejudicado.

Vixe, professor, como assim?!

Deixa eu te explicar melhor, mah!

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A responsabilidade civil de agentes públicos é do tipo subjetiva, por culpa


comum, isto é, eles só respondem pelos danos que causarem, por ação ou por
omissão, se o Estado provar que houve culpa ou dolo (intenção) do servidor. A
ação do Estado contra o agente público é denominada ação regressiva.

A ação dita regressiva é sempre uma segunda ação. A primeira ação é


movida contra o Estado pela pessoa que sofreu o dano. Só depois que for
condenado, com trânsito em julgado, nessa primeira ação, a indenizar a
pessoa que sofreu o dano, é que o Estado, visando a obter o ressarcimento do
valor que foi condenado a indenizar, passa a ter ação (regressiva) contra o
agente público que ocasionou o dano.

Na ação regressiva, o Estado terá que provar que houve culpa ou dolo do
agente e, só se conseguir provar, será reconhecida a responsabilidade civil do
agente perante o Estado.

Entendido?

O Estatuto prevê ainda possibilidade de decretação de uma tal prisão


administrativa, em seus arts. 206 a 208, mas atenção:

Com a nova redação dada ao art. 319 Código de Processo


Penal pela Lei 12.403/2011, a possibilidade de prisão
administrativa foi removida do ordenamento jurídico
brasileiro!

Conclusão: você não precisa se preocpuar com as regras sobre essa tal
prisão e é bom a banca nem se atrever em cobrá-la em sua prova, ok?

Sigamos com a responsabilidade penal!


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 A responsabilidade PENAL

A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções


imputados, por lei, ao funcionário, nesta qualidade.

Só isso! Maaaass, você não pode deixar de saber e nem esquecer que:

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 São independentes as instâncias administrativas civil e


penal, e cumuláveis as respectivas cominações.

Nesse sentido, se o comportamento funcional irregular configurar, ao


mesmo tempo, responsabilidade administrativa, civil e penal, a autoridade que
determinou o procedimento disciplinar adotará providências para a apuração
do ilícito civil ou penal, quando for o caso, durante ou depois de concluídos a
sindicância ou o inquérito.

Fixada a responsabilidade administrativa do funcionário, a autoridade


competente aplicará a sanção que entender cabível, ou a que for tipificada
neste Estatuto para determinados ilícitos.

 Na aplicação da sanção, a autoridade levará em conta:

 os antecedentes do funcionário;

 as circunstâncias em que o ilícito ocorreu;

 a gravidade da infração; e
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 os danos que dela provirem para o serviço estatal de


terceiros.

Agora, atenção, muita atenção, pois o Estatuto preve também casos em


que a responsabilidade administrativa será excluída!

É mesmo, professor?

Como assim, explica isso aí melhor, hôme!

A melhor explicação vem por meio de mais dois destaques do Estatuto


que são bons de prova (art. 179, §§5º a 9º):

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 A legítima defesa e o estado de necessidade excluem


a responsabilidade administrativa. (REGRA GERAL, TÁ?)

 A alienação mental, comprovada através de perícia médica


oficial excluirá, também, a responsabilidade
administrativa, comunicando o sindicante ou a Comissão
Permanente de Inquérito à autoridade competente o fato, a
fim de que seja providenciada a aposentadoria do
funcionário.

O Estatuto se preocupou em conceituar, para fins de aplicação da


segundo regra do quadro-destaque acima, legitima defesa e estado de
necessidade. Confira:

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Beleza? Bom, agora peço que você me faça um favor: volte ao quadro-
destaque da página anterior e observe que ao final da primeira regra eu
coloquei (botei, como diz no Ceará) a expressão "(REGRA GERAL, TÁ?)".

Viu lá?!

Pois bem, a expressão está ali porque a regra de a legítima defesa e de o


estado de necessidade excluírem a responsabilidade administrativa não é
absoluta, ou seja, ela prevê exceção!

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E que exceção é essa? A seguinte:

 O exercício da legítima defesa e de atividades em virtude


do estado de necessidade não serão excludentes de
responsabilidade administrativa quando houver excesso,
imoderação ou desproporcionalidade, culposos ou
dolosos, na conduta do funcionário.

E por fim, há ainda os casos em que a responsabilidade administrativa,


apesar de ter existido, extinguiu-se. São os casos não de exclusão, mas de
extinção dessa responsabilidade.

Em seu art. 181 o Estatuto assim dispõe:

 Extingue-se a responsabilidade administrativa:

 com a morte do funcionário;

 pela prescrição do direito de agir do Estado ou de suas


entidades em matéria disciplinar.
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Bom, e sobre a tal da prescrição do direito de agir, assim como o direito


de petição, o direito de o Estado punir alguém não é infinito, ou seja, o
Estado não pode exercer o direito de punibilidade quando bem entender ou
quando lhe der na telha. Há também um prazo prescricional para a
punibilidade.

Segundo o que dispõe o art. 182 do Estatuto:

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 O direito ao exercício do poder disciplinar prescreve passados


05 anos da data em que o ilícito tiver ocorrido.

 São imprescritíveis o ilícito de abandono de cargo e a


respectiva sanção.

A apuração da responsabilidade funcional será feita através de


sindicância ou de inquérito e será processada mesmo nos casos de alteração
funcional, inclusive a perda do cargo.

E por falar então na sindicância e no inquérito, chegou a hora de


trazermos as regras sobre esses dois procedimentos à luz do que versa o
Estatuto dos Funcionários Públicos do Ceará.

Começemos pela sindicância?

1.4.2. Sindicância - a Apuração Sumária de Irregularidade

A sindicância é um meio mais célere de apurar irregularidades


praticadas pelos servidores. Por isso que é conhecida no meio como "apuração
sumária de irregularidades"!

Em alguns casos, a sindicância, pelo menos até determinado momento,


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constitui um procedimento meramente investigatório, sem a formalização de


acusação a qualquer servidor. Nessa situação, não se cogita a observância de
contraditório e de ampla defesa. Em outras palavras, enquanto a sindicância
tem caráter meramente investigativo (inquisitório), sem que exista acusação
formal a um servidor, ou alguma imputação que possa ser contraditada, não
cabe exigir contraditório e ampla defesa desse procedimento.

Diferentemente, sempre que a Administração pretender aplicar ao


servidor uma penalidade disciplinar com base apenas em procedimento de
sindicância, deverá, obrigatoriamente, assegurar ao servidor o contraditório e
a ampla defesa prévios.

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Nessa hipótese, a sindicância não possui caráter meramente


investigatório, isto é, deixa de possuir natureza de simples procedimento de
investigação e passa a configurar um verdadeiro (embora simplificado,
sumário) processo administrativo sancionatório, sujeito, portanto, à
impreterível observância do contraditório e da ampla defesa.

Cabe destacar, por fim, que a sindicância não é uma etapa do PAD,
nem deve, necessariamente, procedê-lo, vale dizer, pode-se iniciar a apuração
de determinada infração - qualquer uma - diretamente pela instauração de um
PAD.

Vale repetir, entretanto, que, se for aberta uma sindicância e os fatos


nela apurados ensejarem aplicação de penalidade grave, os autos da
sindicância integrarão o processo disciplinar, como peça informativa de
instrução.

Nesses casos, embora não integre o PAD como uma etapa do respectivo
procedimento, a sindicância previamente a ele realizada terá configurado uma
medida preparatória (mas não necessária) à instauração do processo
disciplinar.

Olhando agora para as regras emanadas pelo Estatuto dos Funcionários


Públicos do Ceará sobre a sindicância, o art. 209 nos ensina que a sindicância
é o procedimento sumário através do qual o Estado ou suas autarquias reúnem
elementos informativos para determinar a verdade em torno de possíveis
irregularidades que possam configurar, ou não, ilícitos administrativos.

A sindicância deve ser aberta pela autoridade de maior


hierarquia, no órgão em que ocorreu a irregularidade, ressalvadas em
qualquer caso, permitida a delegação de competência:

 do Governador, em qualquer caso;

 dos Secretários de Estado, dos dirigentes autárquicos e dos


Presidentes da Assembléia Legislativa, Tribunal de Contas e do
Conselho de Contas dos Municípios, em suas respectivas áreas
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funcionais.

Será aberta também sindicância para apuração das aptidões do


funcionário, no estágio probatório, para fins de demissão ou exoneração,
quando for o caso, assegurada ao indiciado ampla defesa, nos termos dos
artigos estatutários que disciplinam o inquérito administrativo, reduzidos os
prazos neles estabelecidos, à metade. Nesse caso:

Aberta a sindicância, suspende-se a fluência do período do


estágio probatório.

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Como você já sabe, e o Estatuto confirma, a sindicância precede o


inquérito administrativo, quando for o caso, sendo-lhe anexada como peça
informativa e preliminar, e deverá ser realizada por funcionário estável,
designado pela autoridade que determinar a sua abertura.

 A sindicância será realizada no prazo máximo de 15 dias,


prorrogável por igual período, a pedido do sindicante, E a
critério da autoridade que determinou a sua
abertura.

Pois bem, e como funciona o procedimento de sindicância, professor?

Bem simples e da seguinte forma:

Havendo ostensividade ou indícios fortes de autoria do ilícito


administrativo, o sindicante indiciará o funcionário, abrindo-lhe o prazo de 03
dias para defesa prévia. A seguir, com o seu relatório, o sinidicante
encaminhará o processo de sindicância à autoridade que determinou a sua
abertura.

O sindicante poderá ser assessorado por técnicos, de preferência


pertencentes aos quadros funcionais, devendo todos os atos da sindicância
serem reduzidos a termo por secretário designado pelo sindicante,
dentre os funcionários do órgão a que pertencer.

Ultimada a sindicância e não apurada a responsabilidade administrativa,


ou o descumprimento dos requisitos do estágio probatório, o processo será
arquivado. Agora, se fixada a responsabilidade funcional, a autoridade que
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determinou a sindicância encaminhará os respectivos autos para a


Comissão Permanente de Inquérito Administrativo, que funcionará:

 no Poder Executivo: na Governadoria, nas Secretarias de Estado,


órgãos desconcentrados e nas autarquias;

 no Poder Legislativo: na Diretoria Geral;

 no Tribunal de Contas; e

 no Conselho de Contas dos Municípios.

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E só!

E por falar nele, vamos então conhecer sobre o famoso inquérito


administrativo. Antes, no entanto, precisamos falar da suspensão preventiva,
um recurso que pode ser utilizado em determinados casos.

1.4.3. Suspensão Preventiva

Caro aluno, a faculdade de suspender preventiva e temporariamente o


servidor investigado está prevista no art. 205 do Estatuto dos Funcionários
Públicos do Ceará e é conferida à administração a fim de que se evite que o
servidor interfira no andamento do processo, prejudicando esse andamento.

No art. 205, o Estatuto estabelece que a suspensão preventiva será


ordenada pela autoridade que determinar a abertura do inquérito
administrativo, se, no transcurso deste, a entender indispensável. A
suspensão preventiva não ultrapassará o prazo de 90 dias e somente será
determinada quando o afastamento do funcionário for necessário, para que,
como indiciado, não venha a influir na apuração de sua responsabilidade.

Devemos notar que não se trata de penalidade, e sim de medida de


precaução (medida cautelar) da administração, para garantir a lisura do
processo. O funcionário, nessa fase, ainda é apenas um acusado e, como tal,
não pode estar sujeito ainda à penalidade. Se, após as investigações iniciais,
verificar-se que o processo deve ser arquivado - não deve ser levado adiante -,
o servidor retornará às suas regulares funções como se nada tivesse ocorrido.

É por isso que o funcionário terá ainda alguns direitos preservados


enquanto suspenso preventivamente. Anota aí:

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 Suspenso preventivamente, o funcionário terá, entretanto,


direito:

 a computar o tempo de serviço relativo ao período de


suspensão para todos os efeitos legais;

 a computar o tempo de serviço para todos os fins de lei,


relativo ao período que ultrapassar o prazo da suspensão
preventiva;

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 a perceber os vencimentos relativos ao período de


suspensão, se reconhecida a sua inocência no inquérito
administrativo;

 a perceber as gratificações por tempo de serviço já


prestado e o salário-família.

Beleza?

Vamos agora ao Processo Administrativo Disciplinar propriamente dito,


materializado no inquérito administrativo!

1.4.4. O PAD e o Inquérito Administrativo

O processo disciplinar é o instrumento destinado a apurar


responsabilidade de servidor por infração praticada no exercício de suas
atribuições, ou que tenha relação mediata com as atribuições do cargo que se
encontre investido.

O Estatuto assegura ao funcionário, no procedimento disciplinar, ampla


defesa, consistente, sobretudo nos direitos de:

 prestar depoimento sobre a imputação que lhe é feita e sobre os


fatos que a geraram;

 apresentar razões preliminares e finais, por escrito, nos termos


deste Estatuto;

 ser defendido por advogado, de sua indicação, ou por defensor


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público, também advogado, designado pela autoridade compe-


tente;

 arrolar e inquirir, reinquirir e contraditar testemunhas, e


requerer acareações;

 requerer todas as provas em direito permitidas, inclusive as de


natureza pericial;

 arguir prescrição;

 levantar suspeições e arguir impedimentos.

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Teoria e Questões
Aula 03 – Prof. Marcos Girão

No Estatuto em estudo, o procedimento disciplinar, como eu disse,


materializa-se, consubstancia-se no inquérito administrativo. Segundo o art.
210 do Estatuto, o inquérito administrativo é o procedimento através do qual
os órgãos e as autarquias do Estado apuram a responsabilidade disciplinar
do funcionário.

O inquérito administrativo será contraditório, assegurado ao acusado a


ampla defesa, com a utilização dos meios e recursos admitidos em direito.
Como você já sabe, os autos de sindicância integrarão o processo disciplinar,
como peça informativa de instrução.

E sobre a defesa em processo disciplinar, cabe três destaques


interessantes:

 A defesa do funcionário no procedimento disciplinar, que é


de natureza contraditória, é privativa de advogado, que a
exercitará nos termos deste Estatuto e nos da legislação
federal pertinente (Estatuto da Ordem dos Advogados do
Brasil).

 A autoridade competente designará defensor para o


funcionário que, pobre na forma da lei, ou revel, não
indicar advogado, podendo a indicação recair em
advogado do Instituto de Previdência do Estado do Ceará
(IPEC).

 O funcionário poderá defender-se, pessoalmente, se tiver


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a qualidade de advogado.

Na fase do inquérito, a Comissão Permanente de Inquérito Administrativo


promoverá a tomada de depoimentos, acareações, investigações diligências
cabíveis, objetivando a coleta de prova, recorrendo quando necessário, a
técnicos e peritos, de modo a permitir a completa elucidação dos fatos.

O inquérito administrativo produzirá, preliminarmente, os seguintes


efeitos:

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 afastamento do funcionário indiciado de seu cargo ou função,


nos casos de prisão preventiva ou prisão administrativa;

 sobrestamento do processo de aposentadoria voluntária;

 proibição do afastamento do exercício, salvo o primeiro caso


acima;

 proibição de concessão de licença, ou o seu sobrestamento,


salvo a concedida por motivo de saúde;

 cessação da disposição, com retorno do funcionário ao seu


órgão de origem.

O inquérito precisa ser instaurado por alguém e, de acordo com o


parágrafo único do art. 210, são competentes para instaurar o inquérito:

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Aí eu te pergunto: o pessoal aí de cima é competente para instaurar o


inquérito, mas uma vez instaurado, são eles que o conduzem?

Não, não!

Em seu art. 211, o Estatuto nos ensina que o inquérito administrativo


será realizado por Comissões Permanentes, instituídas por atos aí sim: do
Governador, do Presidente da Assembléia Legislativa, do Presidente do
Tribunal de Contas, do Presidente do Conselho de Contas dos Municípios, dos
dirigentes das Autarquias e dos órgãos desconcentrados, permitida a
delegação de poder, no caso do Governador, ao Secretário de
Administração.

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São as chamadas Comissões Permanentes de Inquérito


Administrativo, já citadas por aqui! Elas são órgãos colegiados e, como tal,
compostas por pessoas que tomam decisões em conjunto. E quem são essas
pessoas?

Eis a resposta:

 As Comissões Permanentes de Inquérito Administrativo são:

 compostas de 03 membros, todos funcionários estáveis


do Estado ou de suas autarquias;

 presidida pelo servidor que for designado pela


autoridade competente, que colocará à disposição das
Comissões o pessoal necessário ao desenvolvimento de
seus trabalhos, inclusive os de secretário e
assessoramento.

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Sob pena de nulidade, as reuniões e as diligências realizadas


pela Comissão de Inquérito serão consignadas em atas.

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Pois bem, instaurado o inquérito administrativo, a autoridade


encaminhará seu ato para a Comissão de Inquérito que for competente, tendo
em vista o local da ocorrência da irregularidade verificada, ou a vinculação
funcional do servidor a quem se pretende imputar a responsabilidade
administrativa.

Abertos os trabalhos do inquérito, o Presidente da Comissão mandará


citar o funcionário acusado, para que, como indiciado, acompanhe, na forma
do estabelecido neste Estatuto, todo o procedimento, requerendo o que for do
interesse da defesa.

A citação será pessoal, mediante protocolo, devendo o servidor dele


encarregado consignar, por escrito, a recusa do funcionário em recebê-la.

Em caso de não ser encontrado o funcionário, estando ele em lugar


incerto e não sabido, a citação será feita por edital, publicado no Diário
Oficial do Estado, com prazo de 15 dias, depois do que, não
comparecendo o citado, ser-lhe-á designado defensor, nos termos do
quadrinho-destaque lá da página 21.

A falta de notificação do indiciado ou de seu defensor, para


todas as fases do inquérito, determinará a nulidade do
procedimento.

Citado, o indiciado poderá requerer suas provas no prazo de 05


dias, podendo renovar o pedido, no curso do inquérito, se necessário para
demonstração de fatos novos.

Encerrada a fase probatória, o indiciado será notificado para


apresentar, por seu defensor, no prazo de 10 dias, suas razões finais de
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defesa. Se no transcurso do procedimento disciplinar outro funcionário for


indiciado, o sindicante ou a Comissão Permanente de Inquérito,
conforme o caso, reabrir os prazos de defesa para o novo indiciado.

Apresentadas as razões finais de defesa, a Comissão encaminhará os


autos do inquérito, com relatório circunstanciado e conclusivo, à
autoridade competente para o seu julgamento.

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 Recebidos os autos do inquérito, a autoridade julgadora


proferirá sua decisão no prazo improrrogável de 20 dias.

Da decisão de autoridade julgadora cabe recurso no prazo de 10


dias, com efeito suspensivo, para a autoridade hierárquica imediatamente
superior, ou para a que for indicada em regulamento ou regimento.

E sobre esse recurso, você tem que saber ainda que:

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O inquérito administrativo será concluído no prazo máximo de 90


dias, podendo ser prorrogado por igual período, a pedido da Comissão,
ou a requerimento do indiciado, dirigido à autoridade que determinou o
procedimento.

E para finalizarmos o Procedimento Disciplinar, mais alguns destaques


que podem chamar a atenção da banca (arts. 222 a 224):

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 Em QUALQUER FASE DO INQUÉRITO será permitida a


intervenção do indiciado, por si, ou por seu defensor.

 Havendo MAIS DE UM INDICIADO e DIVERSIDADE DE


SANÇÕES caberá o julgamento à autoridade competente para
imposição da sanção mais grave. Neste caso, os prazos
assinados aos indiciados correrão em comum.

 O funcionário SÓ PODERÁ SER EXONERADO, estando


respondendo a inquérito administrativo, depois de julgado
este com a declaração de sua inocência.

Declarada a nulidade do inquérito, no todo ou em parte, por falta do


cumprimento de formalidade essencial, inclusive o reconhecimento de direito
de defesa, novo procedimento será aberto. Nesse caso e no de esgotamento
do prazo para a conclusão do inquérito, o indiciado, se tiver sido afastado de
seu cargo, retornará ao seu exercício funcional.

E por fim, cabe ressaltar que a inobservância de qualquer dos


preceitos relativos à forma do procedimento, à competência e ao direito
de ampla defesa acarretará a nulidade do procedimento disciplinar.

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 O funcionário público fica sujeito ao poder disciplinar desde


a posse ou, se esta não for exigida, desde o seu ingresso
no exercício funcional.
 Aplica-se tudo o que aqui foi estudado ao procedimento em
que for indiciado aposentado ou funcionário em
disponibilidade.

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E para fecharmos o assunto, é preciso saber que o resultado do PAD


pode ser revisto. É o que veremos no tópicoa seguir!

1.5. A Revisão do PAD

A revisão do Processo Administrativo Disciplinar está regida nos arts. 228


a 233 da Lei CE nº 9.826/1974.

Segundo o que dispõe o art. 228 do Estatuto, a qualquer tempo


poderá ser requerida a revisão do procedimento administrativo de que
resultou sanção disciplinar, quando se aduzam fatos ou circunstâncias que
possam justificar a inocência do requerente, mencionados ou não no
procedimento original.

Dizer que a revisão pode acontecer a qualquer tempo, significa dizer, a


possibilidade de revisão do PAD não é alcançada por prazo extintivo de
espécie alguma. Entendido?

Saiba ainda que no processo revisional o ônus da prova cabe ao


requerente e que não constitui fundamento para a revisão a simples
alegação de injustiça da sanção.

Pois bem, o requerimento devidamente instruído será dirigido à


autoridade que aplicou a sanção, ou àquela que a tiver confirmado, em
grau de recurso.

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 Tratando-se de funcionário falecido ou desaparecido, a


revisão poderá ser requerida pelo cônjuge, companheiro,
descendente, ascendente colateral consanguíneo até o 2º
grau civil.

Para processar a revisão, a autoridade que receber o requerimento


nomeará uma comissão composta de 03 funcionários efetivos, de categoria
igual ou superior à do requerente.

A revisão será processada em apenso ao processo original e na petição


inicial o requerente pedirá dia e hora para inquirição das testemunhas que
arrolar.

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Estar apensado significa estar anexado, juntado, acrescido. É um


acessório, algo que foi acrescentado. O apenso de um processo é também
outro processo! Beleza?

Será considerada informante a testemunha que, residindo


fora da sede onde funcionar a comissão, prestar depoimento
por escrito.

Concluído o encargo da comissão, no prazo de 60 dias, prorrogável


por 30 dias, nos casos de força maior, será o processo, com o respectivo
relatório, encaminhado à autoridade competente para o julgamento.

 O prazo para julgamento da revisão será de 20 dias,


prorrogável por igual período, no caso de serem
determinadas novas diligências.

E pensa que parou por aí?!

Parou não, mah!

Em seu art. 233, o Estatuto estabece ainda que das decisões proferidas
em procedimento de revisão cabe recurso, no prazo de 10 dias, com
efeito suspensivo, para a autoridade hierárquica imediatamente superior que
proferiu a decisão, ou para a que for indicada em regulamento ou regimento. E
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aqui também segue a mesma que você já estudou:

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Aula 03 – Prof. Marcos Girão

Pronto! Sobre o Regime Disciplinar e todos os seus desdobramentos, é


o que a Lei CE nº 9.826/1974 tem a nos ensinar!

Vamos agora às últimas questões do nosso curso sobre o Estatuto. A


numeração delas também segue a sequência da Aula 03.

Aos trabalhos!

58. [ESTRATÉGIA E GIRÃO – AGEPEN – SEJUS/CE - 2017] Estabelece a


Lei CE nº 9.826/1974 que o direito ao exercício do poder disciplinar
prescreve passados:

(A) 05 anos da data em que o ilícito tiver ocorrido.

(B) 180 dias da data em que o ilícito foi denunciado

(C) 02 anos da data em que o ilícito tiver ocorrido

(D) 05 anos da data em que o ilícito foi denunciado

(E) 02 anos em que o ilícito foi denunciado.

Comentário:

Em seu art. 182, a Lei CE nº 9.826/1974 estabelece que:

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Gabarito: Letra "A"

[ESTRATÉGIA E GIRÃO – AGEPEN – SEJUS/CE - 2017] Quanto às


sanções aplicáveis aos funcionários públicos do Estado do Ceará nos
termos da Lei Estadual nº. 9.826/1974, considere:

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59. O direito ao exercício do poder disciplinar prescreve passados 03 (três)


anos da data em o ilícito ocorreu, inclusive nos casos de abandono de cargo.

60. As sanções disciplinares serão aplicadas pelos chefes de unidades


administrativas em geral, nos casos de advertência ou de suspensão de até 30
(trinta) dias.

61. A penalidade de suspensão poderá, por conveniência do serviço, converter


a suspensão em multa, na base de 50% por dia de vencimento, obrigado, neste
caso, o funcionário a permanecer em exercício.

Comentário 59:

Essa você deve ter respondido num piscar de olhos!!

Em seu art. 182, caput e parágrafo único, a Lei CE nº 9.826/1974


estabelece o seguinte:

Gabarito: Errado

Comentário 60:

Erradíssima! De acordo com o art. 202, inciso IV, do Estatuto dos


47991593487

Funcionários Públicos do Ceará, são competentes para a aplicação das sanções


disciplinares os chefes de unidades administrativas em geral, nos casos
repreensão, suspensão até 30 dias e multa correspondente.

Gabarito: Errado

Comentário 61:

Certíssimo!

Segundo o art. 198, parágrafo único, do Estatuto, por conveniência do


serviço, a suspensão poderá ser convertida em multa, na base de 50% por dia
de vencimento, obrigado, neste caso, o funcionário a permanecer em exercício.

Gabarito: Certo

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62. [ESTRATÉGIA E GIRÃO – AGEPEN – SEJUS/CE - 2017] No que


concerne à ação disciplinar contra funcionários públicos do Estado do
Ceará, é correto afirmar:

(A) São prescritíveis o ilícito de abandono de cargo e a respectiva sanção.

(B) O direito ao exercício do poder disciplinar prescreve passados 10 anos da


data em que o ilícito tiver ocorrido.

(C) A morte do funcionário extingue a responsabilidade administrativa.

(D) O prazo de prescrição começa a correr da data em que o fato ou a


transgressão se tornou conhecido.

(E) O exercício da legítima defesa e de atividades em virtude do estado de


necessidade não serão excludentes de responsabilidade administrativa.

Comentário:

Item A - Errado. Já vimos aqui que são imprescritíveis o ilícito de abandono


de cargo e a respectiva sanção (art. 182, parágrafo único).

Item B – Nunca é demais repetir: o direito ao exercício do poder disciplinar


prescreve passados 05 anos 10 anos da data em que o ilícito tiver ocorrido.
Errado.

Item C – Certinho e é importante você não se esquecer dos fatos que podem
extinguir a responsabilidade administrativa. Eles estão elencados no art. 181,
do Estatuto, que assim dispõe:

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Item D – Errado. O prazo de prescrição começa a correr da data em que o


ilícito tiver ocorrido.

Item E – Muito cuidado com essa regra! Não esqueça: o exercício da legítima
defesa e de atividades em virtude do estado de necessidade não serão
excludentes de responsabilidade administrativa somente quando houver
excesso, imoderação ou desproporcionalidade, culposos ou dolosos, na
conduta do funcionário (art. 179, §9º).

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Gabarito: Letra “C”

[ESTRATÉGIA E GIRÃO – AGEPEN – SEJUS/CE - 2017] O servidor


público estadual deve exercer com zelo e dedicação as atribuições de
seu cargo, observando as normas legais e regulamentos, sob pena de
responder por seus atos, civil, penal e administrativamente. Nesse
contexto, julgue os itens a seguir.

63. Nos casos de abandono de cargo, a sanção prevista, segundo dicção legal,
é a de demissão.

64. As sanções de repreensão, suspensão e de cassação de aposentadoria


deverão ser cominadas por escrito e fundamentalmente, sob pena de nulidade.

Comentário 63:

Perfeito e foi o que acabamos de ver no comentário do item anterior! Nos


casos de abandono de cargo, a sanção prevista, segundo dicção legal (art. 199,
III), é a de demissão.

Gabarito: Certo

Comentário 64:

Não, não! São as sanções suspensão e de cassação de aposentadoria


que deverão ser cominadas por escrito e fundamentalmente, sob pena de
nulidade (art. 201, parágrafo único). As demais sanções não entram na regra.

Gabarito: Errado

65. [ESTRATÉGIA E GIRÃO – AGEPEN – SEJUS/CE - 2017] A Lei


Estadual n. 9.826/1974 institui o Estatuto dos Funcionários Públicos do
Estado do Ceará. Sobre sanções aplicáveis, previstas no capítulo
dedicado ao regime disciplinar, assinale a afirmativa correta.
(A) A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas leves e
médias e nas graves, salvo a expressa cominação, por lei, de outro tipo de
47991593487

sanção, no prazo de 90 (noventa) dias.

(B) Na aplicação das sanções não serão consideradas a gravidade da infração


cometida, os danos que dela provierem para o serviço estatal de terceiros, as
circunstâncias em que o ilícito ocorreu e os antecedentes do funcionário.

(C) A demissão será aplicada, dentre outras situações, nos casos de crime
contra a Administração Pública, abandono de cargo, incontinência pública e
escandalosa e de desídia funcional.

(D) Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade se ficar provado, em


inquérito administrativo, que o aposentado ou disponível praticou ilícito punível
com advertência.

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(E) A destituição de cargo em comissão, exercido por não ocupante de cargo


efetivo, será aplicada somente nos casos de infração sujeita à penalidade de
demissão.

Comentário:

Item A – Eradíssima, não é? De acordo com o art. 198 do Estatuto, será


aplicada a suspensão, através de ato escrito, por prazo não superior a 90
dias, nos casos de:

 reincidência de falta LEVE; e

 nos de ilícito GRAVE, salvo a expressa cominação, por lei, de


outro tipo de sanção.
Item B - É justamente o contrário! Na aplicação das penalidades não serão
sim consideradas a gravidade da infração cometida, os danos que dela
provierem para o serviço público, as circunstâncias em que o ilícito ocorreu e os
antecedentes do funcionário (art. 179, §4º).

Item C - Verdade e foi o que aqui estudamos! A demissão será


obrigatoriamente aplicada nos casos (art. 199):

 crime contra a administração pública;

 crime comum praticado em detrimento de dever inerente à função pública


ou ao cargo público, quando de natureza grave, a critério da autoridade
competente;

 abandono de cargo;

 incontinência pública e escandalosa e prática de jogos proibidos;

 insubordinação GRAVE em serviço;

 ofensa física ou moral em serviço contra funcionário ou terceiros;


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 aplicação irregular dos dinheiros públicos, que resultem em lesão para o


Erário Estadual ou dilapidação do seu patrimônio;

 quebra do dever de sigilo funcional;

 corrupção PASSIVA, nos termos da lei penal;

 desídia funcional;

 descumprimento de dever especial inerente a cargo em comissão.

Item D – Errado! Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade se ficar


provado, em inquérito administrativo, que o aposentado ou disponível:

 praticou, quando no exercício funcional, ilícito punível com demissão;

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 aceitou cargo ou função que, legalmente, não poderia ocupar, ou exercer,


provada a má-fé;

 não assumiu o disponível, no prazo legal, o lugar funcional em que foi


aproveitado, salvo motivo de força maior;

 perdeu a nacionalidade brasileira.

Item E – O Estatuto não prevê a destituição de cargo em comissão como uma


sanção disciplinar e, por isso, a regra a ele não se aplica.

Gabarito: Letra "C"

66. [ESTRATÉGIA E GIRÃO – AGEPEN – SEJUS/CE - 2017] Nos termos


da Lei CE nº 9.826/1974, a prática de determinado ato considerado
irregular por servidor público em face de suas atribuições, implica na

(A) responsabilidade penal pelo cometimento apenas de crimes imputados, por


lei, ao funcionário, nesta qualidade.

(B) responsabilização administrativa por conduta comissiva ou omissiva, do


funcionário que importe em violação de dever geral ou especial, ou de
proibição, fixado na norma citada e em sua legislação complementar.

(C) inaplicabilidade das sanções civis, penais e administrativas


cumulativamente, por serem independentes entre si.

(D) não responsabilização do servidor perante a Fazenda Pública, em ação


regressiva, tratando- se de dano causado a terceiros.

(E) responsabilidade civil decorrente de conduta funcional comissiva e dolosa


ou culposa, que acarrete prejuízo apenas para o patrimônio do Estado.

Comentário:

Item A – Não só de crimes! A responsabilidade penal abrange os crimes e


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contravenções imputados, por lei, ao funcionário, nesta qualidade (art. 178).

Item B – Exatamente! Em outras palavras, considera-se ilícito administrativo a


conduta comissiva ou omissiva do funcionário, que importe em violação de
dever geral ou especial, ou de proibição, fixado na norma em estudo e em sua
legislação complementar (art. 175).

Item C - É o contrário! A prática de determinado ato considerado irregular por


servidor público em face de suas atribuições, implica na aplicabilidade das
sanções civis, penais e administrativas, cumulativamente, por serem
independentes entre si (art. 179).

Item D – Erradíssimo! Implica sim na não responsabilização do servidor


perante a Fazenda Pública, em ação regressiva, tratando- se de dano causado a
terceiros.

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Item E – Essa você tirou de letra, pois já sabe que está errada! Afinal de
contas, a responsabilidade civil decorre de conduta funcional, comissiva ou
omissiva, dolosa ou culposa, que acarrete prejuízo para o patrimônio do
Estado, de suas entidades ou de terceiros. (Certo)

Gabarito: Letra "B"

67. [ESTRATÉGIA E GIRÃO – AGEPEN – SEJUS/CE - 2017] Quanto ao


regime disciplinar dos funcionários públicos civis do Estado do Ceará,
marque a opção verdadeira.

(A) A responsabilidade civil decorre somente de conduta funcional comissiva,


dolosa, que acarrete prejuízo para o patrimônio do Estado, de suas entidades
ou de terceiros.

(B) Considera-se legítima defesa o revide moderado e proporcional à agressão


ou à iminência de agressão moral ou física, que atinja ou vise a atingir o
funcionário, ou seus superiores hierárquicos ou colegas, ou o patrimônio da
instituição administrativa a que servir.

(C) Considera-se em estado de necessidade o funcionário que realiza atividade


mesmo que dispensável ao atendimento de uma urgência administrativa,
inclusive para fins de preservação do patrimônio público.

(D) O inquérito administrativo para apuração da responsabilidade do


funcionário produzirá sempre o afastamento do funcionário indiciado de seu
cargo ou função, nos casos de prisão preventiva ou prisão administrativa.

Comentário:

Item A – Não, não! A responsabilidade civil decorre somente de conduta


funcional comissiva ou omissiva, dolosa ou culposa, que acarrete prejuízo
para o patrimônio do Estado, de suas entidades ou de terceiros (art. 177).
(Errado)

Item B – Perfeito! Considera-se legítima defesa o revide moderado e


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proporcional à agressão ou à iminência de agressão moral ou física, que atinja


ou vise a atingir o funcionário, ou seus superiores hierárquicos ou colegas, ou o
patrimônio da instituição administrativa a que servir (art. 179, §7º). (Certo)

Item C - Considera-se em estado de necessidade o funcionário que realiza


atividade indispensável mesmo que dispensável ao atendimento de uma
urgência administrativa, inclusive para fins de preservação do patrimônio
público (art. 177, §8º). (Errado)

Item D - O erro aqui foi ter utilizado a palavra “sempre”. O Estatuto não a
utiliza, assim dispondo em seu art. 183, inciso I: o inquérito administrativo
produzirá, preliminarmente, o seguinte efeito, dentre outros: afastamento do
funcionário indiciado de seu cargo ou função, nos casos de prisão preventiva ou
prisão administrativa.

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Gabarito: Letra “B”

68. [ESTRATÉGIA E GIRÃO – AGEPEN/CE – SEJUS/CE - 2017]


Considera-se ilícito administrativo:

(A) a conduta comissiva, do funcionário, que importe em violação de dever


especial, fixado em lei complementar.

(B) a conduta omissiva do servidor público de cargo efetivo, que importe em


violação de dever geral previsto em lei complementar.

(C) a conduta omissiva do servidor público de cargo efetivo ou cargo em


comissão, que importe em violação de dever geral previsto em decreto
expedido pela repartição a que está lotado.

(D) a conduta comissiva ou omissiva, do funcionário, que importe em violação


de dever geral ou especial, ou de proibição, fixado no Estatuto do funcionário
público estadual e em sua legislação complementar, ou que constitua
comportamento incompatível com o decoro funcional ou social.

Comentário:

Vamos relembrar um de nossos importantes quadros-destaque da aula


(art. 175):

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Gabarito: Letra “D”

69. [ESTRATÉGIA E GIRÃO – AGEPEN – SEJUS/CE - 2017] Quanto à


apuração da responsabilidade funcional, marque a alternativa
verdadeira.

(A) Será promovida, de ofício, ou mediante representação, pela autoridade da


mesma hierarquia no órgão ou na entidade administrativa em que tiver
ocorrido a irregularidade. Se se tratar de ilícito administrativo praticado fora do
local de trabalho, a apuração da responsabilidade será promovida pela
autoridade de maior hierarquia no órgão ou na entidade a que pertencer o
funcionário a quem se imputar a prática da irregularidade.

(B) Será promovida, sempre de ofício, pela autoridade de maior hierarquia no

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órgão ou na entidade administrativa em que tiver ocorrido a irregularidade. Se


se tratar de ilícito administrativo praticado fora do local de trabalho, a apuração
da responsabilidade será promovida pela autoridade de maior hierarquia no
órgão ou na entidade a que pertencer o funcionário a quem se imputar a
prática da irregularidade.

(C) Será promovida, de ofício, ou mediante representação, pela autoridade de


maior hierarquia no órgão ou na entidade administrativa em que tiver ocorrido
a irregularidade. Se se tratar de ilícito administrativo praticado fora do local de
trabalho, a apuração da responsabilidade será promovida pela autoridade de
maior hierarquia no órgão ou na entidade a que pertencer o funcionário a quem
se imputar a prática da irregularidade.

(D) Será promovida, sempre mediante representação, pela autoridade de maior


hierarquia no órgão ou na entidade administrativa em que tiver ocorrido a
irregularidade. Se se tratar de ilícito administrativo praticado fora do local de
trabalho, a apuração da responsabilidade será promovida pela autoridade de
maior hierarquia no órgão ou na entidade a que pertencer o funcionário a quem
se imputar a prática da irregularidade.

Comentário:

De acordo com o art. 176, a apuração da responsabilidade funcional será


promovida, de ofício, ou mediante representação, pela autoridade de maior
hierarquia no órgão ou na entidade administrativa em que tiver ocorrido a
irregularidade. Se se tratar de ilícito administrativo praticado fora do local de
trabalho, a apuração da responsabilidade será promovida pela autoridade de
maior hierarquia no órgão ou na entidade a que pertencer o funcionário a quem
se imputar a prática da irregularidade.

Gabarito: Letra “C”

70. [ESTRATÉGIA E GIRÃO – AGEPEN – SEJUS/CE - 2017] A


responsabilidade administrativa do funcionário público se extingue
com a
47991593487

(A) morte do funcionário e pela absolvição por inexistência de prova.

(B) morte do funcionário, somente.

(C) morte e a extinção da punibilidade.

(D) morte do funcionário e pela prescrição do direito de agir do Estado ou de


suas entidades em matéria disciplinar.

Comentário:

Aqui temos a cobrança de regrinha constante de mais um de nossos


quadros-destaque. Confira:

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Gabarito: Letra “D”

71. [ESTRATÉGIA E GIRÃO – AGEPEN – SEJUS/CE - 2017] O inquérito


administrativo para apuração da responsabilidade do funcionário
produzirá, preliminarmente, os seguintes efeitos:

(A) afastamento do funcionário indiciado de seu cargo ou função, nos casos de


prisão preventiva ou prisão administrativa; sobrestamento do processo de
aposentadoria voluntária; proibição do afastamento do exercício, salvo prisão
preventiva ou administrativa; proibição de concessão de licença, ou o seu
sobrestamento, salvo a concedida por motivo de saúde e cessação da
disposição, com retorno do funcionário ao seu órgão de origem.

(B) afastamento permanente do funcionário indiciado de seu cargo ou função,


nos casos de prisão preventiva ou prisão administrativa, apenas.

(C) afastamento do funcionário indiciado de seu cargo ou função, se decretada


prisão preventiva ou administrativa.

(D) afastamento do funcionário indiciado de seu cargo ou função, nos casos de


prisão preventiva ou prisão administrativa e sobrestamento do processo de
aposentadoria voluntária.

Comentário:

Estabelece o art. 183 do Estatuto que o inquérito administrativo


produzirá, preliminarmente, os seguintes efeitos:
47991593487

 afastamento do funcionário indiciado de seu cargo ou função, nos


casos de prisão preventiva ou prisão administrativa;

 sobrestamento do processo de aposentadoria voluntária;

 proibição do afastamento do exercício, salvo o primeiro caso acima;

 proibição de concessão de licença, ou o seu sobrestamento, salvo a


concedida por motivo de saúde;

 cessação da disposição, com retorno do funcionário ao seu órgão de


origem.

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Como se pode ver, o item “A” é o que traz a resposta mais completa!

Gabarito: Letra “A”

72. [ESTRATÉGIA E GIRÃO – AGEPEN/CE – SEJUS/CE - 2017] Em caso


de prejuízo a terceiro, o funcionário responderá perante o

(A) terceiro, diretamente, em ação judicial.

(B) Estado e o terceiro, concomitantemente, em ação judicial ou


administrativa.

(C) Estado ou suas entidades, através de ação regressiva proposta depois de


transitar em julgado a decisão judicial, que houver condenado a Fazenda
Pública a indenizar o terceiro prejudicado.

(D) Estado ou terceiro, concomitantemente, somente em ação judicial.

Comentário:

Em caso de prejuízo a terceiro, o funcionário responderá perante o Estado


ou suas entidades, através de ação regressiva proposta depois de transitar em
julgado a decisão judicial, que houver condenado a Fazenda Pública a indenizar
o terceiro prejudicado (art. 177, §2º).

Gabarito: Letra “C”

73. [ESTRATÉGIA E GIRÃO - AGEPEN - SEJUS/CE - 2017] Sobre o


procedimento disciplinar, em especial a etapa do inquérito
administrativo, previsto na Lei CE nº 9.826/1974, julgue os itens a
seguir.

I. Havendo mais de um indiciado e diversidade de sanções caberá o julgamento


à autoridade competente para imposição da sanção mais leve. Neste caso, os
prazos assinados aos indiciados correrão em separado.

II. O funcionário não poderá se defender pessoalmente durante o inquérito


47991593487

administrativo.

III. A falta de notificação do indiciado ou de seu defensor, para todas as fases


do inquérito, determinará a suspensão do procedimento.

IV. A defesa do funcionário no procedimento disciplinar, que é de natureza


contraditória, é privativa de advogado, que a exercitará nos termos deste
Estatuto e nos da legislação federal pertinente.

V. O funcionário público fica sujeito ao poder disciplinar desde o seu exercício


funcional.

Está incorreto o que se afirma em:

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(A) I, II, III e V

(B) IV, apenas

(C) II e III

(D) III, IV e V

Comentário:

Item I - Não foi bem isso que vimos! Havendo mais de um indiciado e
diversidade de sanções caberá o julgamento à autoridade competente para
imposição da sanção mais grave leve. E mais: neste caso, os prazos assinados
aos indiciados correrão em comum separado (art. 223). (Errado)

Item II - Claro que pode sim! Segundo o que dispõe o §2º do art. 185 do
Estatuto, o funcionário poderá sim defender-se, pessoalmente, se tiver a
qualidade de advogado. (Errado)

Item III - Não esqueça e não confunda: a falta de notificação do indiciado ou


de seu defensor, para todas as fases do inquérito, determinará a nulidade
suspensão do procedimento (art. 216). (Errado)

Item IV - Ah, agora sim! A defesa do funcionário no procedimento disciplinar,


que é de natureza contraditória, é privativa de advogado, que a exercitará nos
termos deste Estatuto e nos da legislação federal pertinente. É o que
estabelece o art. 185 do Estatuto. (Certo)

Item V - Não é bem essa a regra. Lembre-se: o funcionário público fica sujeito
ao poder disciplinar desde a posse ou, se esta não for exigida, desde o seu
ingresso no exercício funcional (art. 186).

Logo, está incorreto o que se afirma em I, II, III e V.

Gabarito: Letra "A"

74. [ESTRATÉGIA E GIRÃO - AGEPEN - SEJUS/CE - 2017] De acordo


47991593487

com o que estabelece o Estatuto dos Funcionários Públicos do Estado


do Ceará, o inquérito administrativo será concluído

(A) no prazo 90 dias, prorrogável, a pedido da Comissão, ou a requerimento do


indiciado.

(B) no prazo máximo de 60 dias, improrrogável, a pedido da Comissão.

(C) no prazo máximo de 90 dias, prorrogável, a pedido da Comissão, ou a


requerimento do indiciado.

(D) no prazo máximo de 60 dias, prorrogável, a pedido da Comissão, ou a


requerimento do indiciado.

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(E) no prazo máximo de 90 dias, prorrogável, a requerimento do indiciado.

Comentário:

Esse é o tipo de questão que as bancas adoram elaborar! E a resposta


para essa aqui você encontra na regra do art. 221 do Estatuto, que assim
estabelece: o inquérito administrativo será concluído no prazo máximo de 90
dias, podendo ser prorrogado por igual período, a pedido da Comissão,
ou a requerimento do indiciado, dirigido à autoridade que determinou o
procedimento.

Gabarito: Letra "C"

75. [ESTRATÉGIA E GIRÃO - AGEPEN - SEJUS/CE - 2017] Assinale


opção de resposta correta no que diz respeito ao regime disciplinar
regulamentado pela Lei nº 9.826/1974, do Estado do Ceará.

(A) As Comissões Permanentes de Inquérito Administrativo são compostas de


05 membros, com pelo menos 03 deles funcionários estáveis do Estado ou de
suas autarquias.

(B) Tratando-se de funcionário falecido ou desaparecido, a revisão do


procedimento disciplinar poderá ser requerida pelo cônjuge, companheiro,
descendente, ascendente colateral consanguíneo até o 2º grau civil.
(C) Não cabe recuroso das decisões proferidas em procedimento de revisão do
procedimento disciplinar.

(D) A sindicância será realizada no prazo máximo de 60 dias, prorrogável por


igual período, a pedido do sindicante.

(E) Das decisões do Presidente da Assembléia Legislativa e do Tribunal de


Contas, relacionadas ao inquérito administrativo, caberá recurso, sem efeito
suspensivo, para o Governador do Estado.

Comentário: 47991593487

Item A - Errado. As Comissões Permanentes de Inquérito Administrativo são


compostas de 03 05 membros, com pelo menos 03 deles todos funcionários
estáveis do Estado ou de suas autarquias (art. 212).

Item B - Perfeito e eis a nossa resposta! Tratando-se de funcionário falecido ou


desaparecido, a revisão do procedimento disciplinar poderá ser requerida pelo
cônjuge, companheiro, descendente, ascendente colateral consanguíneo até o
2º grau civil (art. 228, parágrafo único).
Item C - Claro que cabe sim! Das decisões proferidas em procedimento de
revisão cabe recurso, no prazo de 10 dias, com efeito suspensivo, para a
autoridade hierárquica imediatamente superior que proferiu a decisão, ou para
a que for indicada em regulamento ou regimento.

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Item D - Não, não!!! Mais uma regrinha boa de prova e que dela você não pode
se esquecer (art. 209, §5º):

Item E - Erradíssimo. Mais um esqueminha que você tem que levar bem
memorizado para a sua prova (art. 220, parágrafo único):

Gabarito: Letra "B" 47991593487

76. [FCC - TÉCNICO JUDICIÁRIO - TRT/9ª - 2010 - Adapt.] Dentre as


penalidades previstas na Lei CE nº 9.826/1974, NÃO se inclui a

(A) repreensão.

(B) demissão.

(C) suspensão.

(D) destituição de cargo em comissão.

(E) multa.

Comentário:

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As penas disciplinares aplicáveis no âmbito do Estado do Ceará aos seus


funcionários públicos estão enumeradas no art. 196 da Lei nº 9.826/1974. De
acordo com esse dispositivo, as sanções disciplinares aplicáveis aso funcionário
são as seguintes:

Logo, dentre as penalidades previstas na Lei CE nº 9.826/1974, NÃO se


inclui a destituição de cargo em comissão.

Gabarito: Letra "D"

[FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO - TRE/AM - 2010 - Adapt.] Quanto às


sanções aplicáveis aos funcionários públicos no âmbito do regime
disciplinar da Lei Estatual nº 9.826/1974, do Ceará, é correto que

77. Na aplicação das sanções serão consideradas a gravidade da infração


cometida, os danos que dela provierem para o serviço público, as
circunstânciasem que o ilícito ocorreu e os antecedentes funcionais.

78. A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas médias e nas
graves, salvo a expressa cominação, por lei, de outro tipo de sanção, não
podendo exceder de sessenta dias.
47991593487

Comentário 77:

Exato! Na aplicação da sanção, a autoridade levará em conta (art. 179,


§4º):

 os antecedentes do funcionário;

 as circunstâncias em que o ilícito ocorreu;

 a gravidade da infração; e

 os danos que dela provirem para o serviço estatal de terceiros.

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Gabarito: Certo

Comentário 78:

Errado! De acordo com o art. 198 do Estatuto, será aplicada a suspensão,


através de ato escrito, por prazo não superior a 90 dias, nos casos de:

 reincidência de falta LEVE; e

 nos de ilícito GRAVE, salvo a expressa cominação, por lei, de


outro tipo de sanção.

Gabarito: Errado

79. [FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO - TRT/15ª - 2013 - Adapt.] A Lei CE


nº 9.826/1974 estabelece uma série de deveres e proibições aos
funcionários públicos do Estado do Ceará. Também estabelece o rol de
penalidades aplicáveis, para cuja aplicação

(A) são consideradas a gravidade da infração, mas também são sopesados os


danos advindos para o serviço público.

(B) são considerados os antecedentes funcionais, como avaliação de


desempenho, análise crítica de desempenho e relatórios correicionais.

(C) são considerados apenas elementos objetivos, não sofrendo influência de


circunstâncias atenuantes ou agravantes.

(D) devem ser considerados todos os elementos subjetivos e objetivos, tais


como tempo de serviço, histórico de apostilamento e avaliação de desempenho.

(E) podem ser considerados outros elementos, além dos critérios de tipificação
legais, tais como avaliação de desempenho, pontualidade e assiduidade.

Comentário:

Essa daqui parece um pouco mais difícil, mas a gente vai responder
47991593487

apenas com que nos ensina o art. 179, §4º, do Estatuto:

Gabarito: Letra "A"

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80. [FGV - ADMINISTRADOR - PGE/MT - 2015 - Adapt.] De acordo com


a Lei nº 9.826/1974, do Estado do Ceará, assinale a opção que indica
as sanções disciplinares a que estão sujeitos os funcionários públicos
do Estado.

(A) Reversão, suspensão e demissão.

(B) Reversão, reintegração e transferência.

(C) Repreensão, suspensão e demissão.

(D) Repreensão, suspensão e transferência.

(E) Reversão, reintegração e demissão.

Comentário:

De acordo com o art. 196 do Estatuto dos Funcionários Públicos do


Estado do Ceará, são penas disciplinares:

Gabarito: Letra "C" 47991593487

81. [FGV - ADMINISTRADOR - PGE/MT - 2015 - Adapt.] De acordo com


a Lei nº 9.826/1974, assinale a opção que configura abandono de
cargo e indica a sanção disciplinar aplicável.

(A) A deliberada ausência ao serviço, sem justa causa, por trinta dias
consecutivos ou sessenta dias, interpoladamente, durante 12 meses. É
aplicável a penalidade de demissão.

(B) A ausência intencional ao serviço, sem causa justificada, por mais de trinta
dias consecutivos. É aplicável a penalidade de demissão.

(C) A revelação de segredo apropriado em razão do cargo. É aplicável a


penalidade de suspensão.

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(D) A acumulação ilegal de cargos ou funções públicas após a constatação em


processo disciplinar. É aplicável a penalidade de demissão.

(E) A recusa injustificada de submissão à inspeção médica determinada pela


autoridade competente. É aplicável a penalidade de suspensão.

Comentário:

Conforme aqui estudamos, considera-se abandono de cargo a


deliberada ausência ao serviço, sem justa causa, por 30 dias
consecutivos ou 60 dias, interpoladamente, durante 12 meses (art. 199,
§1º). E vimos também que o abandono de cargo é punível de demissão (art.
199, III).

Gabarito: Letra "A"

82. [FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO - TRT/22ª - 2010 - Adapt.] No


âmbito da responsabilidade do Funcionário Público Civil do Estado do
Ceará, estabelece a Lei Estadual nº 9.826/1974, além de outras
hipóteses, que

(A) em se tratando de dano causado a terceiros, não responderá o servidor


perante a Fazenda Pública, em ação regressiva.

(B) Considera-se ilícito penal a conduta comissiva ou omissiva do funcionário,


que constitua comportamento incompatível com o decoro funcional ou social.

(C) as sanções civis, penais e administrativas são inacumuláveis, embora


independentes entre si.

(D) a responsabilidade administrativa do servidor não poderá ser afastada no


caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria.

(E) A responsabilidade civil decorre de conduta funcional, comissiva ou


omissiva, dolosa ou culposa, que acarrete prejuízo para o patrimônio do
Estado, de suas entidades ou de terceiros.
47991593487

Comentário:

Item A - É o contrário! Em caso de prejuízo a terceiro, o funcionário


responderá sim perante o Estado ou suas entidades, através de ação
regressiva proposta depois de transitar em julgado a decisão judicial, que
houver condenado a Fazenda Pública a indenizar o terceiro prejudicado (art.
155, §2º).

Item B – Não confunda! Considera-se ilícito administrativo a conduta


comissiva ou omissiva, do funcionário (art. 175):

 que importe em violação de dever geral ou especial, ou de proibição,


fixado neste Estatuto e em sua legislação complementar; ou

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 que constitua comportamento incompatível com o decoro


funcional ou social.

(Errado)

Item C – Corrigindo: são independentes as instâncias administrativas, civil e


penal, e cumuláveis as respectivas cominações (art. 179). (Errado)

Item D – Não hásqualquer previsão nesse Estatuto a respeito. (Errado)

Item E – Certíssimo! De acordo com o art. 177 do Estatuto, a responsabilidade


civil decorre de conduta funcional, comissiva ou omissiva, dolosa ou culposa,
que acarrete prejuízo para o patrimônio do Estado, de suas entidades ou de
terceiros. (Certo)

Gabarito: Letra "E"

[FCC - ADVOGADO - METRÔ/SP - 2010 - Adapt.] Em tema de


responsabilidade dos funcionários públicos estaduais do Ceará, julgue
o item a seguir:

83. Praticando conduta que configure ilícito administrativa, que acarrete dano à
Administração e seja tipificada como crime, o funcionário público estará sujeito
às consequências civis, administrativas e penais, pois têm elas fundamento e
natureza diversos.

Comentário:

Certinha e resume bem o que aqui estudamos a respeito das


responsabilidades dos funcionários públicos do Estado do Ceará: praticando
conduta que configure infração administrativa, que acarrete dano à
Administração e seja tipificada como crime, o servidor público estará sujeito às
consequências civis, administrativas e penais, pois têm elas fundamento e
natureza diversos. É o que se pode inferir do que regulamenta o caput do art.
179.
47991593487

Gabarito: Certo

84. [FCC - TÉCNICO JUDICIÁRIO - TRT/9ª - 2010 - Adapt.] Sobre as


responsabilidades do funcionário público, previstas na Lei CE nº
9.826/1974, é INCORRETO afirmar:

(A) A alienação mental, mesmo que comprovada através de perícia médica


oficial, não excluirá a responsabilidade administrativa.

(B) As sanções penais, civis e administrativas poderão cumular-se, sendo


independentes entre si.

(C) Em caso de prejuízo a terceiro, o funcionário responderá perante o Estado


ou suas entidades, através de ação regressiva.

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(D) A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputados,


por lei, ao funcionário, nesta qualidade.

(E) Se se tratar de ilícito administrativo praticado fora do local de trabalho, a


apuração da responsabilidade será promovida pela autoridade de maior
hierarquia no órgão ou na entidade a que pertencer o funcionário a quem se
imputar a prática da irregularidade.

Comentário:

Item A – Eita, meu Deus! Claro que está errada! Lembre-se (art. 179, §6º):

(Errado)

Item B – É outra forma de dizer que são independentes as instâncias


administrativa, civil e penal, e cumuláveis as respetivas cominações. (Certo)

Item C – Certinho também! Versa o §2º do art. 177 que em caso de prejuízo a
terceiro, o funcionário responderá perante o Estado ou suas entidades, através
de ação regressiva proposta depois de transitar em julgado a decisão judicial,
que houver condenado a Fazenda Pública a indenizar o terceiro prejudicado.
(Certo)

Item D – Perfeito! A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções


imputados, por lei, ao funcionário, nesta qualidade. (Certo)
47991593487

Item E – É isso mesmo o que regulamenta a segunda parte do caput do art.


176 do Estatuto: se se tratar de ilícito administrativo praticado fora do local de
trabalho, a apuração da responsabilidade será promovida pela autoridade de
maior hierarquia no órgão ou na entidade a que pertencer o funcionário a quem
se imputar a prática da irregularidade. (Certo)

Gabarito: Letra "A"

85. [FCC - TÉCNICO JUDICIÁRIO - TRE/AM - 2010 - Adapt.] Quanto à


responsabilidade civil do servidor público do Estado do Ceará, é correto
que:

(A) decorre de conduta funcional, comissiva ou omissiva, dolosa ou culposa,

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que acarrete prejuízo para o patrimônio do Estado, de suas entidades ou de


terceiros.

(B) a apuração da responsabilidade funcional será feita através de inquérito e


será processada mesmo nos casos de alteração funcional, exceto a perda do
cargo.

(C) As sanções civis, penais e administrativas não poderão cumular-se, sendo


incompatíveis entre si.

(D) A legítima defesa e o estado de necessidade sempre excluem a


responsabilidade administrativa.

(E) Tratando-se de dano causado a terceiros, não responderá o servidor


perante a Fazenda Pública, ainda que em ação regressiva.

Comentário:

Item A – Exato! Segundo o Estatuto, a responsabilidade civil decorre de


conduta funcional, comissiva ou omissiva, dolosa ou culposa, que acarrete
prejuízo para o patrimônio do Estado, de suas entidades ou de terceiros.
(Certo)

Item B – Deixa eu corrigir: a apuração da responsabilidade funcional será feita


através de sindicância ou de inquérito e será processada mesmo nos casos
de alteração funcional, inclusive exceto a perda do cargo (art. 179, §2º c/c
art. 180). (Errado)

Item C – Essa já está manjada, não é? Mas vamos lá: as sanções civis, penais
e administrativas não poderão cumular-se, sendo independentes
incompatíveis entre si. (Errado)

Item D – Nem sempre! O exercício da legítima defesa e de atividades em


virtude do estado de necessidade não serão excludentes de
responsabilidade administrativa quando houver excesso, imoderação ou
desproporcionalidade, culposos ou dolosos, na conduta do funcionário.
47991593487

(Errado)

Item E – Oh, Jesus... Em caso de prejuízo a terceiro, o funcionário responderá


sim perante o Estado ou suas entidades, através de ação regressiva proposta
depois de transitar em julgado a decisão judicial, que houver condenado a
Fazenda Pública a indenizar o terceiro prejudicado (art. 155, §2º). (Errado)

Gabarito: Letra "A"

86. [FCC - OFICIAL DE DEFENSORIA PÚBLICA - DPE/SP - 2010 -


Adapt.] A responsabilização do servidor público estadual do Ceará na
esfera administrativa

(A) impede a instauração de processo para aplicação de penalidade civil ou


penal.

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(B) não exime o funcionário da responsabilidade civil ou criminal cabível.

(C) não exime o funcionário da responsabilidade penal, vedada, entretanto, a


responsabilização civil.

(D) impede a instauração de processo penal, cabível, apenas o arbitramento de


indenização na esfera civil.

(E) não exime o funcionário da responsabilidade civil, ficando o processo, no


entanto, suspenso até o trânsito em julgado da decisão administrativa.

Comentário:

Aqui é só você se lembrar da famosa regrinha do art. 179 do Estatuto em


estudo:

Logo, diante das opções de resposta, conclui-se que a responsabilização


do servidor público na esfera administrativa não o exime da responsabilidade
civil ou criminal cabível.

Gabarito: Letra "B"

87. [FCC - TÉCNICO JUDICIÁRIO - TRE/RN - 2011 - Adapt.] A


responsabilidade civil do servidor público estadual do Ceará

(A) resulta de ato apenas comissivo, praticado no desempenho de cargo ou


função. 47991593487

(B) somente será afastada no caso de absolvição criminal que negue a


existência do fato.

(C) decorre de conduta funcional, comissiva ou omissiva, dolosa ou culposa,


que acarrete prejuízo para o patrimônio do Estado, de suas entidades ou de
terceiros.

(D) implicará na aplicação de sanção administrativa, que não poderá cumular-


se com demais sanções de natureza penal ou civil, sob pena de caracterizar bis
in idem.

Comentário:

Itens A e C – A responsabilidade civil decorre de conduta funcional, comissiva

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ou omissiva, dolosa ou culposa, que acarrete prejuízo para o patrimônio do


Estado, de suas entidades ou de terceiros. Logo, o item A está errado e o item
C correto.

Item B – Na há essa regra no Estatuto em estudo.

Item D – Como se repete a coisa, né? De novo para você não se esquecer:

Gabarito: Letra "C"

Pronto. Como de praxe, vamos resolver agora questões em que o


Estatuto foi originalmente cobrado em provas para cargos públicos do meu
Ceará! Veja como são bem tranquilas:

89. [FCC - ANALISTA AUDITIORIA - TCE/CE - 2008] O funcionário


público civil do Estado do Ceará que, exercendo função de chefia,
presenciar a prática de ilícito administrativo, deverá

(A) efetuar a respectiva notitia criminis à autoridade policial competente e


escusar-se de outra medida em sede funcional.

(B) deixar o conhecimento e a apuração do fato às autoridades competentes,


evitando interferência pessoal que comprometa sua atuação como testemunha.

(C) efetuar a imediata repreensão do ilícito e aplicar a sanção correspondente,


com base nos princípios da verdade real e da verdade sabida.
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(D) representar imediatamente a autoridade competente para que promova a


apuração do fato, mediante o processo cabível.

(E) determinar a instauração do processo administrativo disciplinar, avocando a


competência para o julgamento em razão de sua proximidade presencial.

Comentário:

De acordo com o que estabelece o §1º do art. 179 do Estatuto, sob pena
de responsabilidade, o funcionário que exercer atribuições de chefia, tomando
conhecimento de um fato que possa vir a se configurar, ou se configure como
ilícito administrativo, é obrigado a representar perante a autoridade
competente, a fim de que esta promova a sua apuração.

Gabarito: Letra “D”

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[CESPE - TÉCNICO JUDICIÁRIO - TJ/CE - 2008] Acerca do Estatuto dos


Funcionários Públicos do Ceará (EFPC/CE), julgue os itens a seguir.

90. De acordo com o EFPC/CE, são competentes para aplicar sanções


disciplinares os chefes dos Poderes Legislativo e Executivo, em qualquer caso e,
privativamente, nos casos de demissão e cassação de aposentadoria ou
disponibilidade, salvo se se tratar de punição de funcionário autárquico.

91. A insubordinação grave em serviço enseja a suspensão do funcionário.

92. A comprovada desídia funcional acarreta obrigatoriamente a demissão do


servidor.

Comentário 90:

Certíssimo! De acordo com o art. 202, inciso I, do Estatuto, são


competentes para aplicar sanções disciplinares os chefes dos Poderes
Legislativo e Executivo, em qualquer caso e, privativamente, nos casos de
demissão e cassação de aposentadoria ou disponibilidade, salvo se se tratar de
punição de funcionário autárquico.

Gabarito: Certo

Comentário 91:

De forma alguma! A insubordinação grave em serviço enseja


obrigatoriamente a demissão suspensão do funcionário (art. 199, caput e
inciso V).

Gabarito: Errado

Comentário 92:

Verdade! Segundo o art. 199, caput e inciso XI, do Estatuto, a demissão


do servidor ocorrerá obrigatoriamente no caso de comprovada desídia funcional
acarreta obrigatoriamente a demissão do servidor.
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Gabarito: Certo

[CESPE - ANALISTA LEGISLATIVO - AL/CE - 2011] Com relação ao


Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado do Ceará — Lei n.o
9.826/1974 —, julgue o próximo item.

93. Caso cometa, no exercício de sua função, ato passível de punição, estando
em legítima defesa ou em estado de necessidade, o servidor público não será
responsabilizado penalmente, mas poderá sê-lo administrativamente pelo que
cometer.

Comentário:

Vimos aqui que como regra geral que a legítima defesa e o estado de

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necessidade excluem a responsabilidade administrativa. No entanto, vimos


também que o exercício da legítima defesa e de atividades em virtude do
estado de necessidade não serão excludentes de responsabilidade
administrativa quando houver excesso, imoderação ou desproporcionalidade,
culposos ou dolosos, na conduta do funcionário.

Logo, podemos concluir que o servidor público poderá, de fato, sê-lo


administrativamente pelo que cometer. E aí é o seguinte: se as instâncias
administrativa, civil e penal são independentes e suas respectivas cominações
cumuláveis, o servidor poderá sim ser responsabilizado penalmente.

Gabarito: Errado

94. [CEV/UECE – AGENTE PENITENCIÁRIO – SEJUS/CE - 2011] De


acordo com o estabelecido no art. 182 da Lei Estadual 9.926 de 14 de
maio de 1974 que dispõe sobre direitos, deveres e regime disciplinar
dos Funcionários Públicos Civis do Estado do Ceará, contado a partir da
data de ocorrência do ilícito, o número de anos para prescrição do
direito ao exercício do poder disciplinar é

(A) dois.

(B) três.

(C) quatro.

(D) cinco.

Comentário:

Começamos a primeira questão com a regra e terminaremos a úlitma


com ela:
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Fácil demais!

Gabarito: Letra “D”

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***

Fim de linha para o Estatuto dos Funcionários Públicos do Estado do


Ceará!

Até aqui foram quase 100 questões somadas todas as aulas, número
mais do que suficiente para te deixar nos cascos para a sua prova!

Grande abraço, bons estudos e até a próxima aula!

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QUESTÕES DE SUA AULA

58. [ESTRATÉGIA E GIRÃO – AGEPEN – SEJUS/CE - 2017] Estabelece a


Lei CE nº 9.826/1974 que o direito ao exercício do poder disciplinar
prescreve passados:
(A) 05 anos da data em que o ilícito tiver ocorrido.
(B) 180 dias da data em que o ilícito foi denunciado
(C) 02 anos da data em que o ilícito tiver ocorrido
(D) 05 anos da data em que o ilícito foi denunciado
(E) 02 anos em que o ilícito foi denunciado.

[ESTRATÉGIA E GIRÃO – AGEPEN – SEJUS/CE - 2017] Quanto às


sanções aplicáveis aos funcionários públicos do Estado do Ceará nos
termos da Lei Estadual nº. 9.826/1974, considere:
59. O direito ao exercício do poder disciplinar prescreve passados 03 (três)
anos da data em o ilícito ocorreu, inclusive nos casos de abandono de cargo.
60. As sanções disciplinares serão aplicadas pelos chefes de unidades
administrativas em geral, nos casos de advertência ou de suspensão de até 30
(trinta) dias.
61. A penalidade de suspensão poderá, por conveniência do serviço, converter
a suspensão em multa, na base de 50% por dia de vencimento, obrigado,
neste caso, o funcionário a permanecer em exercício.

62. [ESTRATÉGIA E GIRÃO – AGEPEN – SEJUS/CE - 2017] No que


concerne à ação disciplinar contra funcionários públicos do Estado do
Ceará, é correto afirmar:
(A) São prescritíveis o ilícito de abandono de cargo e a respectiva sanção.
(B) O direito ao exercício do poder disciplinar prescreve passados 10 anos da
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data em que o ilícito tiver ocorrido.


(C) A morte do funcionário extingue a responsabilidade administrativa.
(D) O prazo de prescrição começa a correr da data em que o fato ou a
transgressão se tornou conhecido.
(E) O exercício da legítima defesa e de atividades em virtude do estado de
necessidade não serão excludentes de responsabilidade administrativa.

[ESTRATÉGIA E GIRÃO – AGEPEN – SEJUS/CE - 2017] O servidor


público estadual deve exercer com zelo e dedicação as atribuições de
seu cargo, observando as normas legais e regulamentos, sob pena de
responder por seus atos, civil, penal e administrativamente. Nesse
contexto, julgue os itens a seguir.

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63. Nos casos de abandono de cargo, a sanção prevista, segundo dicção legal,
é a de demissão.
64. As sanções de repreensão, suspensão e de cassação de aposentadoria
deverão ser cominadas por escrito e fundamentalmente, sob pena de nulidade.

65. [ESTRATÉGIA E GIRÃO – AGEPEN – SEJUS/CE - 2017] A Lei


Estadual n. 9.826/1974 institui o Estatuto dos Funcionários Públicos
do Estado do Ceará. Sobre sanções aplicáveis, previstas no capítulo
dedicado ao regime disciplinar, assinale a afirmativa correta.
(A) A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas leves e
médias e nas graves, salvo a expressa cominação, por lei, de outro tipo de
sanção, no prazo de 90 (noventa) dias.
(B) Na aplicação das sanções não serão consideradas a gravidade da infração
cometida, os danos que dela provierem para o serviço estatal de terceiros, as
circunstâncias em que o ilícito ocorreu e os antecedentes do funcionário.
(C) A demissão será aplicada, dentre outras situações, nos casos de crime
contra a Administração Pública, abandono de cargo, incontinência pública e
escandalosa e de desídia funcional.
(D) Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade se ficar provado, em
inquérito administrativo, que o aposentado ou disponível praticou ilícito punível
com advertência.
(E) A destituição de cargo em comissão, exercido por não ocupante de cargo
efetivo, será aplicada somente nos casos de infração sujeita à penalidade de
demissão.

66. [ESTRATÉGIA E GIRÃO – AGEPEN – SEJUS/CE - 2017] Nos termos


da Lei CE nº 9.826/1974, a prática de determinado ato considerado
irregular por servidor público em face de suas atribuições, implica na
(A) responsabilidade penal pelo cometimento apenas de crimes imputados, por
lei, ao funcionário, nesta qualidade. 47991593487

(B) responsabilização administrativa por conduta comissiva ou omissiva, do


funcionário que importe em violação de dever geral ou especial, ou de
proibição, fixado na norma citada e em sua legislação complementar.
(C) inaplicabilidade das sanções civis, penais e administrativas
cumulativamente, por serem independentes entre si.
(D) não responsabilização do servidor perante a Fazenda Pública, em ação
regressiva, tratando- se de dano causado a terceiros.
(E) responsabilidade civil decorrente de conduta funcional comissiva e dolosa
ou culposa, que acarrete prejuízo apenas para o patrimônio do Estado.

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67. [ESTRATÉGIA E GIRÃO – AGEPEN – SEJUS/CE - 2017] Quanto ao


regime disciplinar dos funcionários públicos civis do Estado do Ceará,
marque a opção verdadeira.
(A) A responsabilidade civil decorre somente de conduta funcional comissiva,
dolosa, que acarrete prejuízo para o patrimônio do Estado, de suas entidades
ou de terceiros.
(B) Considera-se legítima defesa o revide moderado e proporcional à agressão
ou à iminência de agressão moral ou física, que atinja ou vise a atingir o
funcionário, ou seus superiores hierárquicos ou colegas, ou o patrimônio da
instituição administrativa a que servir.
(C) Considera-se em estado de necessidade o funcionário que realiza atividade
mesmo que dispensável ao atendimento de uma urgência administrativa,
inclusive para fins de preservação do patrimônio público.
(D) O inquérito administrativo para apuração da responsabilidade do
funcionário produzirá sempre o afastamento do funcionário indiciado de seu
cargo ou função, nos casos de prisão preventiva ou prisão administrativa.

68. [ESTRATÉGIA E GIRÃO – AGEPEN/CE – SEJUS/CE - 2017]


Considera-se ilícito administrativo:
(A) a conduta comissiva, do funcionário, que importe em violação de dever
especial, fixado em lei complementar.
(B) a conduta omissiva do servidor público de cargo efetivo, que importe em
violação de dever geral previsto em lei complementar.
(C) a conduta omissiva do servidor público de cargo efetivo ou cargo em
comissão, que importe em violação de dever geral previsto em decreto
expedido pela repartição a que está lotado.
(D) a conduta comissiva ou omissiva, do funcionário, que importe em violação
de dever geral ou especial, ou de proibição, fixado no Estatuto do funcionário
público estadual e em sua legislação complementar, ou que constitua
comportamento incompatível com o decoro funcional ou social.
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69. [ESTRATÉGIA E GIRÃO – AGEPEN – SEJUS/CE - 2017] Quanto à


apuração da responsabilidade funcional, marque a alternativa
verdadeira.
(A) Será promovida, de ofício, ou mediante representação, pela autoridade da
mesma hierarquia no órgão ou na entidade administrativa em que tiver
ocorrido a irregularidade. Se se tratar de ilícito administrativo praticado fora do
local de trabalho, a apuração da responsabilidade será promovida pela
autoridade de maior hierarquia no órgão ou na entidade a que pertencer o
funcionário a quem se imputar a prática da irregularidade.
(B) Será promovida, sempre de ofício, pela autoridade de maior hierarquia no
órgão ou na entidade administrativa em que tiver ocorrido a irregularidade. Se
se tratar de ilícito administrativo praticado fora do local de trabalho, a

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apuração da responsabilidade será promovida pela autoridade de maior


hierarquia no órgão ou na entidade a que pertencer o funcionário a quem se
imputar a prática da irregularidade.
(C) Será promovida, de ofício, ou mediante representação, pela autoridade de
maior hierarquia no órgão ou na entidade administrativa em que tiver ocorrido
a irregularidade. Se se tratar de ilícito administrativo praticado fora do local de
trabalho, a apuração da responsabilidade será promovida pela autoridade de
maior hierarquia no órgão ou na entidade a que pertencer o funcionário a
quem se imputar a prática da irregularidade.
(D) Será promovida, sempre mediante representação, pela autoridade de
maior hierarquia no órgão ou na entidade administrativa em que tiver ocorrido
a irregularidade. Se se tratar de ilícito administrativo praticado fora do local de
trabalho, a apuração da responsabilidade será promovida pela autoridade de
maior hierarquia no órgão ou na entidade a que pertencer o funcionário a
quem se imputar a prática da irregularidade.

70. [ESTRATÉGIA E GIRÃO – AGEPEN – SEJUS/CE - 2017] A


responsabilidade administrativa do funcionário público se extingue
com a
(A) morte do funcionário e pela absolvição por inexistência de prova.
(B) morte do funcionário, somente.
(C) morte e a extinção da punibilidade.
(D) morte do funcionário e pela prescrição do direito de agir do Estado ou de
suas entidades em matéria disciplinar.

71. [ESTRATÉGIA E GIRÃO – AGEPEN – SEJUS/CE - 2017] O inquérito


administrativo para apuração da responsabilidade do funcionário
produzirá, preliminarmente, os seguintes efeitos:
(A) afastamento do funcionário indiciado de seu cargo ou função, nos casos de
prisão preventiva ou prisão administrativa; sobrestamento do processo de
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aposentadoria voluntária; proibição do afastamento do exercício, salvo prisão


preventiva ou administrativa; proibição de concessão de licença, ou o seu
sobrestamento, salvo a concedida por motivo de saúde e cessação da
disposição, com retorno do funcionário ao seu órgão de origem.
(B) afastamento permanente do funcionário indiciado de seu cargo ou função,
nos casos de prisão preventiva ou prisão administrativa, apenas.
(C) afastamento do funcionário indiciado de seu cargo ou função, se decretada
prisão preventiva ou administrativa.
(D) afastamento do funcionário indiciado de seu cargo ou função, nos casos de
prisão preventiva ou prisão administrativa e sobrestamento do processo de
aposentadoria voluntária.

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72. [ESTRATÉGIA E GIRÃO – AGEPEN/CE – SEJUS/CE - 2017] Em caso


de prejuízo a terceiro, o funcionário responderá perante o
(A) terceiro, diretamente, em ação judicial.
(B) Estado e o terceiro, concomitantemente, em ação judicial ou
administrativa.
(C) Estado ou suas entidades, através de ação regressiva proposta depois de
transitar em julgado a decisão judicial, que houver condenado a Fazenda
Pública a indenizar o terceiro prejudicado.
(D) Estado ou terceiro, concomitantemente, somente em ação judicial.

73. [ESTRATÉGIA E GIRÃO - AGEPEN - SEJUS/CE - 2017] Sobre o


procedimento disciplinar, em especial a etapa do inquérito
administrativo, previsto na Lei CE nº 9.826/1974, julgue os itens a
seguir.
I. Havendo mais de um indiciado e diversidade de sanções caberá o
julgamento à autoridade competente para imposição da sanção mais leve.
Neste caso, os prazos assinados aos indiciados correrão em separado.
II. O funcionário não poderá se defender pessoalmente durante o inquérito
administrativo.
III. A falta de notificação do indiciado ou de seu defensor, para todas as fases
do inquérito, determinará a suspensão do procedimento.
IV. A defesa do funcionário no procedimento disciplinar, que é de natureza
contraditória, é privativa de advogado, que a exercitará nos termos deste
Estatuto e nos da legislação federal pertinente.
V. O funcionário público fica sujeito ao poder disciplinar desde o seu exercício
funcional.
Está incorreto o que se afirma em:
(A) I, II, III e V
(B) IV, apenas 47991593487

(C) II e III
(D) III, IV e V

74. [ESTRATÉGIA E GIRÃO - AGEPEN - SEJUS/CE - 2017] De acordo


com o que estabelece o Estatuto dos Funcionários Públicos do Estado
do Ceará, o inquérito administrativo será concluído
(A) no prazo 90 dias, prorrogável, a pedido da Comissão, ou a requerimento
do indiciado.
(B) no prazo máximo de 60 dias, improrrogável, a pedido da Comissão.
(C) no prazo máximo de 90 dias, prorrogável, a pedido da Comissão, ou a
requerimento do indiciado.

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(D) no prazo máximo de 60 dias, prorrogável, a pedido da Comissão, ou a


requerimento do indiciado.
(E) no prazo máximo de 90 dias, prorrogável, a requerimento do indiciado.

75. [ESTRATÉGIA E GIRÃO - AGEPEN - SEJUS/CE - 2017] Assinale


opção de resposta correta no que diz respeito ao regime disciplinar
regulamentado pela Lei nº 9.826/1974, do Estado do Ceará.
(A) As Comissões Permanentes de Inquérito Administrativo são compostas de
05 membros, com pelo menos 03 deles funcionários estáveis do Estado ou de
suas autarquias.
(B) Tratando-se de funcionário falecido ou desaparecido, a revisão do
procedimento disciplinar poderá ser requerida pelo cônjuge, companheiro,
descendente, ascendente colateral consanguíneo até o 2º grau civil.
(C) Não cabe recuroso das decisões proferidas em procedimento de revisão do
procedimento disciplinar.
(D) A sindicância será realizada no prazo máximo de 60 dias, prorrogável por
igual período, a pedido do sindicante.
(E) Das decisões do Presidente da Assembléia Legislativa e do Tribunal de
Contas, relacionadas ao inquérito administrativo, caberá recurso, sem efeito
suspensivo, para o Governador do Estado.

76. [FCC - TÉCNICO JUDICIÁRIO - TRT/9ª - 2010 - Adapt.] Dentre as


penalidades previstas na Lei CE nº 9.826/1974, NÃO se inclui a
(A) repreensão.
(B) demissão.
(C) suspensão.
(D) destituição de cargo em comissão.
(E) multa.
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[FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO - TRE/AM - 2010 - Adapt.] Quanto às


sanções aplicáveis aos funcionários públicos no âmbito do regime
disciplinar da Lei Estatual nº 9.826/1974, do Ceará, é correto que
77. Na aplicação das sanções serão consideradas a gravidade da infração
cometida, os danos que dela provierem para o serviço público, as
circunstânciasem que o ilícito ocorreu e os antecedentes funcionais.
78. A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas médias e nas
graves, salvo a expressa cominação, por lei, de outro tipo de sanção, não
podendo exceder de sessenta dias.

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79. [FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO - TRT/15ª - 2013 - Adapt.] A Lei CE


nº 9.826/1974 estabelece uma série de deveres e proibições aos
funcionários públicos do Estado do Ceará. Também estabelece o rol de
penalidades aplicáveis, para cuja aplicação
(A) são consideradas a gravidade da infração, mas também são sopesados os
danos advindos para o serviço público.
(B) são considerados os antecedentes funcionais, como avaliação de
desempenho, análise crítica de desempenho e relatórios correicionais.
(C) são considerados apenas elementos objetivos, não sofrendo influência de
circunstâncias atenuantes ou agravantes.
(D) devem ser considerados todos os elementos subjetivos e objetivos, tais
como tempo de serviço, histórico de apostilamento e avaliação de
desempenho.
(E) podem ser considerados outros elementos, além dos critérios de tipificação
legais, tais como avaliação de desempenho, pontualidade e assiduidade.

80. [FGV - ADMINISTRADOR - PGE/MT - 2015 - Adapt.] De acordo com


a Lei nº 9.826/1974, do Estado do Ceará, assinale a opção que indica
as sanções disciplinares a que estão sujeitos os funcionários públicos
do Estado.
(A) Reversão, suspensão e demissão.
(B) Reversão, reintegração e transferência.
(C) Repreensão, suspensão e demissão.
(D) Repreensão, suspensão e transferência.
(E) Reversão, reintegração e demissão.

81. [FGV - ADMINISTRADOR - PGE/MT - 2015 - Adapt.] De acordo com


a Lei nº 9.826/1974, assinale a opção que configura abandono de
cargo e indica a sanção disciplinar aplicável.
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(A) A deliberada ausência ao serviço, sem justa causa, por trinta dias
consecutivos ou sessenta dias, interpoladamente, durante 12 meses. É
aplicável a penalidade de demissão.
(B) A ausência intencional ao serviço, sem causa justificada, por mais de trinta
dias consecutivos. É aplicável a penalidade de demissão.
(C) A revelação de segredo apropriado em razão do cargo. É aplicável a
penalidade de suspensão.
(D) A acumulação ilegal de cargos ou funções públicas após a constatação em
processo disciplinar. É aplicável a penalidade de demissão.
(E) A recusa injustificada de submissão à inspeção médica determinada pela
autoridade competente. É aplicável a penalidade de suspensão.

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82. [FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO - TRT/22ª - 2010 - Adapt.] No


âmbito da responsabilidade do Funcionário Público Civil do Estado do
Ceará, estabelece a Lei Estadual nº 9.826/1974, além de outras
hipóteses, que
(A) em se tratando de dano causado a terceiros, não responderá o servidor
perante a Fazenda Pública, em ação regressiva.
(B) Considera-se ilícito penal a conduta comissiva ou omissiva do funcionário,
que constitua comportamento incompatível com o decoro funcional ou social.
(C) as sanções civis, penais e administrativas são inacumuláveis, embora
independentes entre si.
(D) a responsabilidade administrativa do servidor não poderá ser afastada no
caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria.
(E) A responsabilidade civil decorre de conduta funcional, comissiva ou
omissiva, dolosa ou culposa, que acarrete prejuízo para o patrimônio do
Estado, de suas entidades ou de terceiros.

[FCC - ADVOGADO - METRÔ/SP - 2010 - Adapt.] Em tema de


responsabilidade dos funcionários públicos estaduais do Ceará, julgue
o item a seguir:
83. Praticando conduta que configure ilícito administrativa, que acarrete dano
à Administração e seja tipificada como crime, o funcionário público estará
sujeito às consequências civis, administrativas e penais, pois têm elas
fundamento e natureza diversos.

84. [FCC - TÉCNICO JUDICIÁRIO - TRT/9ª - 2010 - Adapt.] Sobre as


responsabilidades do funcionário público, previstas na Lei CE nº
9.826/1974, é INCORRETO afirmar:
(A) A alienação mental, mesmo que comprovada através de perícia médica
oficial, não excluirá a responsabilidade administrativa.
(B) As sanções penais, civis e administrativas poderão cumular-se, sendo
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independentes entre si.


(C) Em caso de prejuízo a terceiro, o funcionário responderá perante o Estado
ou suas entidades, através de ação regressiva.
(D) A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputados,
por lei, ao funcionário, nesta qualidade.
(E) Se se tratar de ilícito administrativo praticado fora do local de trabalho, a
apuração da responsabilidade será promovida pela autoridade de maior
hierarquia no órgão ou na entidade a que pertencer o funcionário a quem se
imputar a prática da irregularidade.

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85. [FCC - TÉCNICO JUDICIÁRIO - TRE/AM - 2010 - Adapt.] Quanto à


responsabilidade civil do servidor público do Estado do Ceará, é
correto que:
(A) decorre de conduta funcional, comissiva ou omissiva, dolosa ou culposa,
que acarrete prejuízo para o patrimônio do Estado, de suas entidades ou de
terceiros.
(B) a apuração da responsabilidade funcional será feita através de inquérito e
será processada mesmo nos casos de alteração funcional, exceto a perda do
cargo.
(C) As sanções civis, penais e administrativas não poderão cumular-se, sendo
incompatíveis entre si.
(D) A legítima defesa e o estado de necessidade sempre excluem a
responsabilidade administrativa.
(E) Tratando-se de dano causado a terceiros, não responderá o servidor
perante a Fazenda Pública, ainda que em ação regressiva.

86. [FCC - OFICIAL DE DEFENSORIA PÚBLICA - DPE/SP - 2010 -


Adapt.] A responsabilização do servidor público estadual do Ceará na
esfera administrativa
(A) impede a instauração de processo para aplicação de penalidade civil ou
penal.
(B) não exime o funcionário da responsabilidade civil ou criminal cabível.
(C) não exime o funcionário da responsabilidade penal, vedada, entretanto, a
responsabilização civil.
(D) impede a instauração de processo penal, cabível, apenas o arbitramento
de indenização na esfera civil.
(E) não exime o funcionário da responsabilidade civil, ficando o processo, no
entanto, suspenso até o trânsito em julgado da decisão administrativa.

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87. [FCC - TÉCNICO JUDICIÁRIO - TRE/RN - 2011 - Adapt.] A


responsabilidade civil do servidor público estadual do Ceará
(A) resulta de ato apenas comissivo, praticado no desempenho de cargo ou
função.
(B) somente será afastada no caso de absolvição criminal que negue a
existência do fato.
(C) decorre de conduta funcional, comissiva ou omissiva, dolosa ou culposa,
que acarrete prejuízo para o patrimônio do Estado, de suas entidades ou de
terceiros.
(D) implicará na aplicação de sanção administrativa, que não poderá cumular-
se com demais sanções de natureza penal ou civil, sob pena de caracterizar bis
in idem.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS P/ AGENTE PENITENCIÁRIO/CE
Teoria e Questões
Aula 03 – Prof. Marcos Girão

89. [FCC - ANALISTA AUDITIORIA - TCE/CE - 2008] O funcionário


público civil do Estado do Ceará que, exercendo função de chefia,
presenciar a prática de ilícito administrativo, deverá
(A) efetuar a respectiva notitia criminis à autoridade policial competente e
escusar-se de outra medida em sede funcional.
(B) deixar o conhecimento e a apuração do fato às autoridades competentes,
evitando interferência pessoal que comprometa sua atuação como testemunha.
(C) efetuar a imediata repreensão do ilícito e aplicar a sanção correspondente,
com base nos princípios da verdade real e da verdade sabida.
(D) representar imediatamente a autoridade competente para que promova a
apuração do fato, mediante o processo cabível.
(E) determinar a instauração do processo administrativo disciplinar, avocando
a competência para o julgamento em razão de sua proximidade presencial.

[CESPE - TÉCNICO JUDICIÁRIO - TJ/CE - 2008] Acerca do Estatuto dos


Funcionários Públicos do Ceará (EFPC/CE), julgue os itens a seguir.
90. De acordo com o EFPC/CE, são competentes para aplicar sanções
disciplinares os chefes dos Poderes Legislativo e Executivo, em qualquer caso
e, privativamente, nos casos de demissão e cassação de aposentadoria ou
disponibilidade, salvo se se tratar de punição de funcionário autárquico.
91. A insubordinação grave em serviço enseja a suspensão do funcionário.
92. A comprovada desídia funcional acarreta obrigatoriamente a demissão do
servidor.

[CESPE - ANALISTA LEGISLATIVO - AL/CE - 2011] Com relação ao


Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado do Ceará — Lei n.o
9.826/1974 —, julgue o próximo item.
93. Caso cometa, no exercício de sua função, ato passível de punição, estando
em legítima defesa ou em estado de necessidade, o servidor público não será
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responsabilizado penalmente, mas poderá sê-lo administrativamente pelo que


cometer.
94. [CEV/UECE – AGENTE PENITENCIÁRIO – SEJUS/CE - 2011] De
acordo com o estabelecido no art. 182 da Lei Estadual 9.926 de 14 de
maio de 1974 que dispõe sobre direitos, deveres e regime disciplinar
dos Funcionários Públicos Civis do Estado do Ceará, contado a partir da
data de ocorrência do ilícito, o número de anos para prescrição do
direito ao exercício do poder disciplinar é
(A) dois.
(B) três.
(C) quatro.
(D) cinco.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS P/ AGENTE PENITENCIÁRIO/CE
Teoria e Questões
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GABARITO

58 59 60 61 62 63 64
A E E C C C E
65 66 67 68 69 70 71
C B B D C D A
72 73 74 75 76 77 78
C A C B D C E
79 80 81 82 83 84 85
A C A E C A A
86 87 88 89 90 91 92
B C E D C E C
93 94
E D

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