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MEC0253 – INTEGRIDADE

ESTRUTURAL

INTRODUÇÃO À MECÂNICA
DA FRATURA

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Prof. Me. Eng. Mec. Vagner Grison
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Princípios da Mecânica da Fratura


• A literatura demonstra que falhas catastróficas
como as dos navios Liberty, das aeronaves
Comet e outros eventos similares fizeram com
que extensos esforços de pesquisa fossem
realizados no campo da mecânica da fratura.
• Os estudos realizados desde a década de 1980
associados à evolução computacional tem
auxiliado na prevenção às falhas estruturais.

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Princípios da Mecânica da Fratura


Projeto Estrutural Convencional
Tensão Limite de
Aplicada Resistência

Mecânica da Fratura
Tensão
Aplicada

Tamanho de Tenacidade
Defeitos à Fratura
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Falha vs. Fratura


s Fratura
Quebra em 2 ou mais partes
Impossibilita o uso
Causa danos secundários
e

Falha
O produto não atende aos requisitos
Pode impedir ou somente limitar o uso
Nem sempre causa danos secundários
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Fratura
Formação de uma Trinca
1. Formação ou Nucleação

2a

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Fratura
Formação de uma Trinca
1. Formação ou Nucleação
2. Crescimento ou propagação
2ac a)
Propagação Lenta: Estável
b) Propagação Rápida: Instável

– Na transição entre a propagação lenta e rápida, diz-se que


a trinca atingiu um tamanho crítico.

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Fratura
Formação de uma Trinca
1. Formação ou Nucleação
2. Crescimento ou propagação
2ac a)
Propagação Lenta: Estável
b) Propagação Rápida: Instável

– Na transição entre a propagação lenta e rápida, diz-se que


a trinca atingiu um tamanho crítico.
– Após atingir o tamanho crítico, rapidamente a trinca se
propaga resultando na fratura.
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Princípios da Mecânica da Fratura


Mecânica da Fratura Linear Elástica
ry • O círculo de dimensão característica ry << a
é típico de materiais frágeis.
• Assim, vidro, aços duros, ligas fortes de
2a alumínio e, mesmo aços de baixo carbono
abaixo da temperatura de transição dúctil-
frágil, podem ser analisados desta maneira.

• Nestes casos a trinca não fica encapsulada por uma grande área
plastificada, facilitando a sua propagação.
• Este critério é conhecido como Mecânica da Fratura Linear
Elástica (MFLE)
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Mecânica da Fratura Elastoplástica
ry • O círculo de dimensão característica ry
maior é típico de materiais dúcteis.
• Assim, alumínio, ligas de cobre e aços de
2a baixo carbono acima da temperatura de
transição dúctil-frágil, podem ser analisados
desta maneira.

• Nestes casos a trinca fica encapsulada por uma grande área


plastificada, dificultando a sua propagação.
• Este critério é conhecido como Mecânica da Fratura
Elastoplástica (MFEP)
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Princípios da Mecânica da Fratura


Mecânica da Fratura vs. Tempo
ry • Mecânica da Fratura Dinâmica, Viscoelástica
e Viscoplástica.
• Autores como Rice, Sih e Irwin, apud
2a Anderson desenvolveram equações capazes
de predizer o movimento de uma trinca em
relação ao tempo.

• Mais tarde, outros autores, tais como Freund, Clifton e Nilsson


demonstraram que a solução para uma velocidade constante de
propagação de uma trinca é válida para a maioria dos casos.
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Mecânica da Fratura Análise Linear e
não dependente
Linear Elástica do tempo

Análise Não
Mecânica da Fratura Linear e não
Elasto Plástica dependente do
tempo

Mecânica da Mecânica da Mecânica da Análises


Fratura Fratura Fratura dependentes
Viscoplástica do tempo
Dinâmica Viscoelástica
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Critério da Intensidade de Tensão
• Teoricamente, um sólido elástico frágil
deveria ter sua resistência coesiva da ordem
de E/10.
2a • Na prática observa-se que esta resistência
situa-se entre E/1000 e E/100.
• Griffith, um dos pioneiros nos estudos da
fratura sugeriu que esta discrepância era
devido à presença de defeitos pequenos,
r
microscópicos, existentes na superfície e no
interior do corpo.
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Critério da Intensidade de Tensão
• Trincas tem raios r muito pequenos na sua
extremidade, fazendo com que a tensão
x x'
tenda ao infinito.
2a • Na prática,
sm próximo à ponta
da trinca há uma
plastificação do
material,
so
r limitando a
tensão máxima
local sm.
x x' 13
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Critério da Intensidade de Tensão
• Se admitirmos que uma trinca possui um
formato elíptico conforme a ilustração ao
lado, então a tensão máxima na
2a extremidade da trinca vale:
so = tensão nominal
r = raio de extremidade
a = comprimento de trinca
• Para uma trinca relativamente longa que
possui um raio de extremidade pequeno:
r

Assim:
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Critério da Intensidade de Tensão
• Inglis, autor das equações apresentadas
2b anteriormente, também apontou outra
relação entre a tensão máxima e a tensão
2a nominal para o caso de uma trinca com
formato elíptico.
𝑎
𝜎𝑚 = 𝜎𝑜 1 + 2
𝑏

• Neste caso, percebe-se que sm/so assume


um valor igual a 3 quando a=b, ou seja, a
elipse assume a forma de um círculo.
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Modos de Trinca
Modo I Modo II Modo III

Modo de Modo de Modo de


Trinca Aberta Deslizamento Rasgamento
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Intensidade de Tensão

Estado plano de tensão


Estado plano de
deformação
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Intensidade de Tensão
Assim as equações anteriores ficam:

Estado plano de tensão


Estado plano de
deformação
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Intensidade de Tensão
• O fator K apresentado não deve ser confundido com os
fatores de concentração de tensão Kt e Kts.
• O fator de intensidade de tensão K é uma função da
geometria, do tamanho e da forma da trinca, e do tipo de
carregamento. Para diferentes cargas e configurações
geométricas, a equação pode ser reescrita assim:

• Sendo b um fator de modificação da intensidade de tensão, o


qual tem alguns exemplos apresentados na sequência.
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Sem restrição de flexão


Com restrição de flexão

Fator b

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Fator b

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r
Fator b

Cilindro carregado axialmente tendo


𝑟𝑖2 . 𝑝𝑖 𝑟𝑜2 uma trinca radial de profundidade a
𝜎𝑡 = 2 1+ 2
𝑟𝑜 − 𝑟𝑖2 𝑟 estendendo-se completamente ao redor
de sua circunferência
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Tenacidade à fratura

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Tenacidade à fratura

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Tenacidade à fratura

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Referências
• Anderson, T. M. “Fracture Mechanics” 2ª
edição. CRC Press. 1994.
• Callister Jr., W. D. “Ciência e Engenharia de
Materiais”. 5ª edição. LTC. 2002.
• Dowling, Norman E. “Mechanical Behavior of
Materials”. Prentice-Hall. 1993.
• Shigley, J. E., et. al. “Projeto de Engenharia
Mecânica”. 7ª edição. Bookman. 2004.
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