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Modalidade de Curso
Pós-Graduação – Revisão: 15/12/2017
Disponível em:
1 - CULTURA AFRO-BRASILEIRA
Brasil colônia até a atualidade. A cultura da África chegou ao Brasil, em sua maior
referências culturais. Traços fortes da cultura africana podem ser encontrados hoje
Pernambuco, Alagoas, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São
Paulo e Rio Grande do Sul foram os mais influenciados pela cultura de origem
como pela migração interna dos escravos após o fim do ciclo da cana-de-açúcar na
De maneira geral, tanto na época colonial como durante o século XIX a matriz
cultural de origem europeia foi a mais valorizada no Brasil, enquanto que as
manifestações culturais afro-brasileiras foram muitas vezes desprezadas,
desestimuladas e até proibidas. Assim, as religiões afro-brasileiras e a arte marcial
da capoeira foram frequentemente perseguidas pelas autoridades. Por outro lado,
algumas manifestações de origem folclórico, como as congadas, assim como
expressões musicais como o lundu, foram toleradas e até estimuladas.
Entretanto, a partir de meados do século XX, as expressões culturais afro-brasileiras
começaram a ser gradualmente mais aceitas e admiradas pelas elites brasileiras
como expressões artísticas genuinamente nacionais. Nem todas as manifestações
culturais foram aceitas ao mesmo tempo. O samba foi uma das primeiras
expressões da cultura afro-brasileira a ser admirada quando ocupou posição de
destaque na música popular, no início do século XX.
Posteriormente, o governo da ditadura do Estado Novo de Getúlio Vargas
desenvolveu políticas de incentivo do nacionalismo nas quais a cultura afro-brasileira
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2 - Estudos afro-brasileiros
Algumas religiões afro-brasileiras ainda mantém quase que totalmente suas raízes
africanas, como é o caso das casas tradicionais de Candomblé e do Xangô do
Nordeste; outras formaram-se através do sincretismo religioso, como o Batuque, o
Xambá e a Umbanda. Em maior ou menor grau, as religiões afro-brasileiras mostram
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Segundo o IBGE, 0,3% dos brasileiros declaram seguir religiões de origem africana,
embora um número maior de pessoas sigam essas religiões de forma reservada.
Inicialmente desprezadas, as religiões afro-brasileira foram ou são praticadas
abertamente por vários intelectuais e artistas importantes como Jorge Amado,
Dorival Caymmi, Vinícius de Moraes, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Maria Bethânia
(que frequentavam o terreiro de Mãe Menininha), Gal Costa (que foi iniciada para o
Orixá Obaluaye), Mestre Didi (filho da iyalorixá Mãe Senhora), Antonio Risério,
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Caribé, Fernando Coelho, Gilberto Freyre e José Beniste (que foi iniciado no
candomblé ketu).
3 - Religiões afro-brasileiras
Babaçuê - Pará
Batuque - Rio Grande do Sul
Cabula - Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Santa Catarina
Candomblé - Em todos estados do Brasil
Culto aos Egungun - Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo
Culto de Ifá - Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo
Macumba - Rio de Janeiro
Omoloko - Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo
Quimbanda - Rio de Janeiro, São Paulo
Tambor-de-Mina - Maranhão
Terecô - Maranhão
Umbanda - Em todos estados do Brasil
Xambá - Alagoas, Pernambuco
Xangô do Nordeste - Pernambuco
Confraria
Irmandade dos homens pretos
Sincretismo
3.1 - Arte
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3.2. Culinária
uma adaptação tropical da feijoada portuguesa que não foi servida normalmente
aos escravos. Apesar disso, a cozinha brasileira regional foi muito influenciada pela
cozinha africana, mesclada com elementos culinários europeus e indígenas.
A culinária baiana é a que mais demonstra a influência africana nos seus pratos
típicos como acarajé, caruru, vatapá e moqueca. Estes pratos são preparados com
o azeite-de-dendê, extraído de uma palmeira africana trazida ao Brasil em tempos
coloniais. Na Bahia existem duas maneiras de se preparar estes pratos "afros".
Numa, mais simples, as comidas não levam muito tempero e são feita nos terreiros
de candomblé para serem oferecidas aos orixás. Na outra maneira, empregada
fora dos terreiros, as comidas são preparadas com muito tempero e são mais
saborosas, sendo vendidas pelas baianas do acarajé e degustadas em
restaurantes e residências.
Afoxé
Agogô
Atabaque
Berimbau
Tambor
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4 - OS AFRICANOS NO BRASIL
(Fonte:Wikipédia)
A maior parte dos escravos vindos da África Centro-Ocidental era fornecida por
chefes políticos ou mercadores, os portugueses trocavam algum produto pelos
negros capturados.
A proveniência dos escravos percorria toda a costa oeste da África, passando por
Cabo Verde, Congo, Quíloa e Zimbábue. Dividiam-se em três grupos: sudaneses,
guinenos-sudaneses muçulmanos e bantus. Cada um desses grupos
representava determinada região do continente e tinha um destino característico no
desenrolar do comércio.
(Fonte:Wikipédia)
4.1 - TUMBEIROS
Navios negreiros ou navios tumbeiros eram os nomes dados aos navios que
realizavam o transporte de escravos, originários especialmente da África, até o
século XIX.
A partir de 1432 quando o navegador português Gil Eanes levou para Portugal a
primeira carga de escravos negros vindos da África que os portugueses
começaram a traficar os escravos com as Ilhas das Madeiras e em Porto-Santo.
Mais adiante os negros foram trazidos para o Brasil.
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(Fonte:Wikipédia)
Leia o poema:
NAVIO NEGREIRO
(Castro Alves )
...”Hoje... o porão negro, fundo,
Infecto, apertado, imundo,
Tendo a peste por jaguar...
E o sono sempre cortado
Pelo arranco de um finado,
E o baque de um corpo ao mar”...
Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus!
Se eu deliro... ou se é verdade
Tanto horror perante os céus...
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Art. 1º: É declarada extinta desde a data desta lei a escravidão no Brasil.
Art. 2º: Revogam-se as disposições em contrário.
Carta de lei, pela qual Vossa Alteza Imperial manda executar o decreto da
Assembleia Geral, que houve por bem sancionar declarando extinta a escravidão
no Brasil, como nela se declara.
5.1 - O samba
5.3 - Capoeira
A capoeira é uma dança de luta, ritualizada e estilizada, que tem sua própria
música e é praticada principalmente na cidade de Salvador, estado da Bahia. É
uma das expressões características da dança e das artes marciais brasileiras.
Evoluiu a partir de um estilo de luta originário de Angola. Nos primeiros anos da
escravidão havia lutas permanentes entre os negros e quando o senhor de
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5.4 - Candomblé
Festa religiosa dos negros jêje-nagôs na Bahia, mantida pelos seus descendentes
e mestiços, é um culto africano introduzido no Brasil pelos escravos. Algumas de
suas divindades são: Xangô, Oxum, Oxumaré e Iemanjá, representando esta, por
si só, um verdadeiro culto.
5.5. Pratos
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Feijoada com diversos acompanhamentos: arroz, mandioca frita, torresmo, laranja, caipirinha, entre
outros.
informa que os miolos iam para os hospitais, e que fígado, coração e tripas (de vaca,
bois e porcos) eram utilizados para se fazer o angu, comumente vendido
por escravas de ganho ou forras nas praças e ruas da cidade. Dessa prática, surge
o que, no Rio de Janeiro, se denomina "angu à baiana", principalmente porque leva,
em sua composição, o azeite de dendê (azeite de palma).
Portanto, a sua criação e nome tem relação com modos de fazer portugueses, das
regiões da Estremadura, das Beiras e de Trás-os-Montes e Alto Douro, que
misturam feijão de vários tipos - menos o feijão preto (de origem americana) -
linguiças, orelhas e pé de porco. De fato, os cozidos são comuns na Europa, como
o cassoulet francês, que também leva feijão no seu preparo. Na Espanha, o cozido
madrilenho e a fabada asturiana e, na Itália, a casseruola ou casserola milanesa são
preparados com grão-de-bico. Aparentemente, todos estes pratos tiveram evolução
semelhante à da feijoada, que foi incrementada com o passar do tempo, até se
transformar no prato da atualidade. Câmara Cascudo observou que sua fórmula
continua em desenvolvimento.
"O berimbau nada mais é do que um arco de madeira, vibrado por uma vareta. A
esse arco se junta a metade de uma cabaça, presa a ele por um cordão que
atravessa o fundo da mesma.
Com relação a este último auto, já mostrei o erro de alguns folcloristas, que o filiam
apenas à tradição natalina do boi do presépio, de origem peninsular e ao ciclo dos
vaqueiros de origem cabocla. O africano trouxe, ao meu ver, uma contribuição
fundamental. O totemismo do boi é largamente disseminado, entre vários povos
bantus (o boi Geroa, entre os Ba-Naneca, por exemplo). E toda a área oriental do
gado não teria exercido uma influência decisiva entre os povos bantus, com toda a
sua vida cultural girando em torno do complexo do gado?
5.8 - Influências
“Cada entidade tem uma comida especial que passou a constituir também um prato
característico da culinária brasileira, entre eles o acarajé e o abará, assim como o
dendê e a pimenta. O mais interessante é que o significado de qualquer alimento
vai além do que podemos ver”.
“Os ranchos são criados pelas negras baianas ligadas ao candomblé no final do
século XIX. Elas fixam residência no Rio de Janeiro, então capital do país, e são
muito festeiras. A partir de um determinado momento, o rancho, que antes
circulava no Natal, passa a sair pelas ruas no Carnaval. A multiplicação desses
ranchos, juntamente com os cordões - que eram blocos carnavalescos de negros,
mas um pouco menos organizados – é, certamente, uma das principais origens da
criação das escolas de sambas”.
RESOLVE
Art. 13° Aos conselhos de Educação dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios caberá aclimatar as Diretrizes Curriculares Nacionais instituídas por
esta Resolução, dentro do regime de colaboração e da autonomia de entes
federativos e seus respectivos sistemas.
Art. 15° Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.
Após a aprovação da lei 10.639, o CNE pediu à comissão que ampliasse o parecer
já em fase de elaboração, a fim de estabelecer as Diretrizes Curriculares para
implementação da lei. O parecer que contempla as Diretrizes e teve como relatora
a conselheira Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva, foi aprovado em 10 de março e
homologado em 19 de maio de 2004. A resolução 01 do Conselho Pleno do CNE
institui oficialmente as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das
Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e
Africana e foi publicada no Diário Oficial no dia 22 de junho de 2004.
Caro aluno acesse o material sugerido para complementar seus estudos sobre a
temática.
Disponível em:
Referências
CASCUDO, Luís da Câmara (1983). História da Alimentação no Brasil 2ª ed. Rio de Janeiro:
Itatiaia
DITADI, Carlos Augusto Silva - Cozinha Brasileira: Feijoada Completa- Revista Gula, n. 67,
Editora Trad, São Paulo. 1998.
EL-KAREH, Almir Chaiban - A vitória da feijoada - Niterói : Editora da UFF, 2012. ISBN 978-85-
228-0665-2.
ELIAS, Rodrigo - Breve História da Feijoada - Revista Nossa História, ano 1, n. 4, Editora Vera
Cruz, São Paulo. Fevereiro de 2004. http://www.scribd.com/doc/28427028/Historia-da-Feijoada
FIGUEIREDO, Guilherme - Comidas, Meu Santo - Rio de Janeiro, Editora Civilização Brasileira.
1964.
FRANÇA JÚNIOR, Joaquim José da. Política e Costumes; Folhetins Esquecidos (1867-1868).
Rio de Janeiro, Editora Civilização Brasileira, 1957. Coleção Vera Cruz, 6.
NAVA, Pedro, - Baú de Ossos, Memórias 1 - 4ª ed. Rio de Janeiro : Livraria José Olympio
Editora. 1974.
NAVA, Pedro, - Chão de Ferro, Memórias 3 - 4ª ed. Rio de Janeiro : Livraria José Olympio
Editora. 1976.
QUERINO, Manoel Raymundo, A Arte Culinária na Bahia- Papelaria Brasileira, Bahia, 1928.