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Artigo Mesquita
Artigo Mesquita
JOÃO PESSOA - PB
2017
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Aprovado em:___/___/___
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JOÃO PESSOA - PB
2017
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SUMÁRIO
RESUMO ............................................................................................................... 03
ABSTRACT .......................................................................................................... 03
INTRODUÇÃO..................................................................................................... 04
1. O INÍCIO............................................................................................................ 05
2. AS GRANDES MESQUITAS.......................................................................... 06
4. O PODER E A MESQUITA............................................................................ 10
CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................... 11
REFERÊNCIAS.................................................................................................... 11
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RESUMO
A presente pesquisa tem o objetivo de analisar o local de culto mais conhecido para os
muçulmanos que é a mesquita em seus múltiplos aspectos. Pretendemos expor as
diversas utilizações que vai muito além de um simples local para oração, mas também
como local de aprendizado onde se deu o início da transição de uma tradição oral para
escrita e o desenvolvimento de uma arte que estava conectada e em continuidade com a
lei corânica como dimensão interna da mensagem islâmica. As mesquitas demonstram e
simbolizam o centro do poder muçulmano enquanto legitima as relações de poder em
uma construção com identidade religiosa, veremos então como se dá estas relações e
como seu estudo é fundamental para compreensão dos vários aspectos atribuídos à
mesquita e a educação Muçulmana.
Palavras-chaves: Islã, mesquita, Educação, poder muçulmano, arte islâmica.
ABSTRACT
This study aims to analyze the best known place of worship for Muslims is the mosque
in its many aspects. We intend to expose the various uses that goes far beyond a simple
place for prayer, but also as a place of learning where it began its transition from an oral
tradition to writing and the development of an art that was connected and in continuity
with the law Koranic as internal dimension of the Islamic message. Mosques
demonstrate and symbolize Muslim power center while legitimizing power relationships
in a building with religious identity, then we will see how is this relationship and how
their study is essential to understand the various aspects attributed to the mosque and
Muslim education.
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Graduado em Pedagogia pela UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ - UVA e Ciências
das Religiões – UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA – UFPB, integrante do grupo Raízes
(Cnpq).
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INTRODUÇÃO
templo ou igreja. No Alcorão é uma palavra genérica, empregada não somente para os
santuários muçulmanos, como também para o santuário cristão associado aos Sete
Adormecidos de Éfeso (sura 18:21/20) e ao templo judeu em Jerusalém (se adotarmos a
interpretação tradicional de sura 17:1). Ibn Khaldun (d.1406) usava essa palavra no
sentido genérico, incluindo até mesmo o templo de Salomão. O significado básico de
“sinagoga” e “igreja” (ekklesia) é reunião, o mesmo que jami, uma palavra que
progressivamente veio a ser usada para mesquita (CARRIKER, 2008).
Sem dúvida alguma Maomé sabia acerca de sinagogas e igrejas ou capelas, pois
elas são mencionadas no Alcorão (sura 20:40/41). Com a expansão do islamismo,
desenvolveram-se várias adaptações com santuários cristãos e judaicos. Em Damasco, a
tradição relata que a igreja de São João foi dividida, metade para os muçulmanos e
metade para os cristãos. Em qualquer evento, os dois centros de adoração ficavam ao
lado um do outro até que a igreja foi incorporada pela mesquita.
Em Hims, na Síria e em Dabil, na Armênia, muçulmanos e cristãos
compartilhavam os mesmos prédios. Omar, o segundo califa, edificou uma mesquita no
lugar do templo de Jerusalém, onde o Domo da rocha foi posteriormente construído.
1. O INÍCIO
em parte nas igrejas com planta baixa em forma de basílica tripartida com nave central
e duas naves laterais. As paredes externas da mesquita foram determinadas pelo formato
do templo cristão preexistente e o acesso era por meio de um portal no centro de um dos
lados menores, voltado para o leste. Quatro torres ou minaretes – ofereciam plataformas
elevadas nas quinas dos prédios, a partir dos quais o muezim podia convocar os fiéis
para rezar. O projeto genérico dessas torres talvez tenha se baseado em torres de
fortificação ou faróis anteriores, mas, quando foram usados em Damasco, os minaretes
se tornaram elementos padrão das mesquitas da sexta-feira subsequentes. Assim como
os campanários (torres de sino) ou as cúpulas altas das igrejas cristãs, os minaretes
servem para destacar a mesquita na paisagem. Muito tempo depois, algumas mesquitas
especialmente importantes passaram a ter minaretes múltiplos, mas, em geral, um
minarete bastava (CARRIKER, 2008).
Mais da metade do espaço interno é ocupado por um pátio com arcadas – ou
sahn – que contém um pavilhão cupulado com fonte, para lavagens rituais, e um
pavilhão octogonal originariamente empregado para guarda do tesouro público. O salão
para culto coberto ou haram, se estende ao longo de toda parede sul. Duas colunatas
paralelas dividem longitudinalmente esse salão em três partes e perto do seu centro as
arcadas são interrompidas por um largo elemento transversal similar a uma nave central
com uma cúpula de madeira sobre seu vão central. Em projetos posteriores, esse
elemento se transformou na maqsura, uma área especial para procissões reservada para
o séquito do califa, o que justifica sua cúpula como elemento especial de arquitetura.
Como a parede sul é parede para o culto, a qibla, ela possui três nichos, mirhabs2, os
quais indicam a direção de Meca. Um púlpito elevado, o minbar, fica a direita do
mihrab central e dele são feitos os sermões, as leituras do Corão e as proclamações ou
os chamados públicos (FAZIO, 2011).
2. AS GRANDES MESQUITAS
2
Mihrab é um termo que designa um nicho em forma de abside numa mesquita. Tem como função
indicar a direcção da cidade de Meca (qibla), para qual os muçulmanos se orientam quando realizam as
cinco orações diárias (salat).
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anodizado desde 1967, chumbo dourado antes) que se ergue acima de duas colunatas
internas. Os brilhantes mosaicos e mármores do revestimento original das paredes
foram substituídos por ladrilhos geométricos de mármore durante o domínio turco, no
século XVI. Não obstante, o Domo tem uma leveza de toque compartilhada por poucos
edifícios europeus da Era das Trevas.
Contudo, as grandes mesquitas, naturalmente foram construídas em outros
lugares. A maior já construída foi a Grande mesquita de Samarra, Iraque (iniciada em
848 d.C.). Hoje restam apenas ruínas, mas também muito impressionante: uma muralha
exterior, de 155 m x 238 m, circundada por um salão de oração, sombreado por um
minarete gigantesco em espiral, no qual podiam subir cavalo e cavaleiro. É difícil
imaginar um grande espaço como este, quase militar, ecoando ao som do chamado do
muezin, as orações dos submissos e o fluxo da água. Para os árabes, povo do deserto, a
água sempre foi celebrada e é parte integrante do projeto de muitos edifícios árabes e
dos jardins e pátios que fluem deles e para eles. O principio do projeto de Samarra
foram levados por Ahmed Ibn Tulun para o Cairo, onde ele construiu a nova cidade no
fim do século IX, usando como modelo a pátria iraquiana. O edifício mais
impressionante que deixou foi a mesquita de Ibn Tulun (876-79), um espaçoso pátio ou
espaço para cortejos, feito de tijolo com estuque, provavelmente construído por artesãos
que haviam viajado do Iraque para o Egito (GLANCEY, 2011).
Na idade média, na Europa, um dos melhores lugares para se viver, sem dúvida
era a Andaluzia, domínio islâmico da Espanha meridional. Uma terra não só de
tolerância religiosa e intelectual, mas com jardins exuberantes, água corrente, Hammans
(banhos turcos) e uma grandiosa arquitetura que a Europa não experimentaria por muito
tempo.
Os invasores árabes, influenciados por Maomé, levaram a cabo suas jihads
(guerra santa) no norte da África, e foi apenas na batalha de Moussais-le-Bataille, perto
de Poitiers, em 732 d.C., que os franceses, liderados por Carlos Martelo, conseguiram
deter seu avanço, rumo a Paris. Levaram para Espanha, além de um alto nível de
civilização (para uma civilização que até pouco tempo era nômade) foi uma arquitetura
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4. O PODER E A MESQUITA
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BOURDIEU, Pierre. A Economia das Trocas Simbólicas. Trad. Sérgio Miceli et al. São
Paulo: Perspectiva, 1971.
ISKANDAR, Jamil Ibrahim. A mesquita – O berço das escolas árabes. Revista Litteris,
ISSN: 1983 7429, Nov. 2009.