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Ao se referir em antropologia forense seria no mesmo falar de identidade.

Cada
ser tem uma identidade individualizada quando comparada com outros do
mesmo gênero.
A questão de identidade está ligada ao homem, o objetivo é identificar um ser
humano e diferenciá-lo de todos os outros por meio de determinadas
características.
A antropologia forense é uma subespecialidade da antropologia biológica que utiliza os
conhecimentos da biologia do esqueleto humano e de outras ciências forenses na identificação
de cadáveres em avançado estado de decomposição, carbonizados ou gravemente mutilados e
restos esqueléticos e no esclarecimento da causa e circunstâncias da morte dos indivíduos. No
entanto, ao laboratório do antropólogo forense não chegam apenas casos forenses em sentido
restrito, isto é, aqueles casos que envolvem a identificação de cadáveres ou restos cadavéricos
humanos cujo intervalo post mortem seja inferior a 15 anos.

A perícia em antropologia forense

Quando uma análise antropológica é requisitada para a identificação de restos não


identificados, pode ser efetuada sobre “coisas” que, aparentado ser de natureza
biológica, não o são de fato, ou sobre material ósseo de natureza não humana ou mesmo
sobre material ósseo de natureza humana, mas de âmbito arqueológico. tal analise tem
como objetivo responde questões como: É osso? Se é osso… é humano? Se é osso
humano… é recente?Assim, antes de dar início à perícia antropológica em sentido
restrito, o antropólogo forense deverá avaliar a relevância médico-legal dos restos.

Quando o antropólogo verifica que, de fato, o caso apresenta relevância médico-legal,


que se trata, na realidade, de material ósseo humano recente e que se trata de um caso de
antropologia forense em sentido restrito, a fase seguinte do exame pericial será proceder
à estimativa dos quatro parâmetros que constituem o perfil biológico: sexo, idade à
morte, estatura e afinidades populacionais.

Estes parâmetros biológicos correspondem a uma identificação genérica, isto é, limitam


o grupo de potenciais suspeitos, excluindo todos aqueles que não se enquadrem no
perfil biológico definido.

O sexo deverá ser sempre o primeiro parâmetro biológico a ser estimado, pois os
métodos utilizados para a estimativa da idade à morte, a estatura e as afinidades
populacionais dependem do conhecimento deste parâmetro.

A diagnose sexual baseia-se no facto de existir dimorfismo sexual entre indivíduos do


sexo masculino e do sexo feminino, isto é, para cada região anatómica e/ou caraterística
existe uma forma tipicamente masculina e uma forma tipicamente feminina. Na
verdade, as formas tipicamente atribuídas a um dos sexos são resultados de frequências
estatísticas das mesmas, isto é, uma mesma região anatómica apresenta uma
variabilidade cujas formas extremas são mais frequentes num dos sexos.

A estimativa do sexo baseia-se, sobretudo, na análise macroscópica das características


morfológicas do crânio e da bacia e em carateristicas métricas de alguns ossos longos
dos membros e a fiabilidade da sua estimativa é maior em indivíduos adultos do que em
indivíduo jovens ou crianças.
Na estimativa da idade à morte há que ter em consideração se estamos perante
indivíduos adultos, adultos jovens ou crianças, pois cada um destes grupos requer a
análise macroscópica de indicadores diferentes. Assim, entre o nascimento e os 14 anos
é utilizada, sobretudo, a erupção e mineralização dentária, entre os 14 e os 20 anos é
utilizada o grau de união epifesiária dos ossos longos dos membros e o encerramento da
sincondrose esfeno-occipital e o último indicador será a união epifesiária da
extremidade esternal da clavícula que funde totalmente cerca dos 30 anos. A partir desta
idade, a estimativa da idade baseia-se, sobretudo na análise macroscópica dos processos
degenerativos que ocorrem ao nível da sinfise púbica, da superfície auricular do ilíaco e
da mineralização da cartilagem das 4ª costelas.

A estimativa da estatura consiste, simplesmente, na medição de um osso longo ou de


um conjunto de ossos longos e na incorporação dos valores dessas medidas em fórmulas
de regressão.

A análise das afinidades populacionais baseia-se no conceito de que diferentes grupos


humanos apresentam características ao nível esquelético que permitem diferenciar um
indivíduo pertencente a um grupo em relação a outro grupo. Subjacente a este conceito
reside o conceito de raça.

Falar de raças humanas pode parecer controverso, uma vez que muitos biólogos
defendem a não existência de raças quando aplicadas ao ser humano, no entanto, a
categorização de um ser humano em relação a um grupo de origem continua, ainda hoje
a ser bastante útil na eliminação de suspeitos e a informação quanto à “raça do
indivíduo” continua a ser solicitado pelos órgãos de investigação criminal e a verdade é
que são reconhecíveis caraterísticas esqueléticas, sobretudo ao nível da face e do crânio,
que permitem, de alguma forma, a categorização dos indivíduos como tendo uma
determinada afinidade populacional.

Claro que, apesar de tudo, as classificações podem acabar por apresentar algumas
imperfeições, pois dizer que um indivíduo é europeu não significa dizer que é branco e
também existem brancos africanos. Falar de afinidades populacionais é mais um termo
operacional e dever-nos-á remeter para uma origem ancestral quando a mobilidade
humana era bastante mais reduzida que atualmente, e para uma época pré-conquistas e
pré-colonização em que os diferentes grupos humanos eram mais homogéneos.

Embora tenham sido referidos apenas alguns dos principais métodos de análise
macroscópica dos parâmetros biológicos, existem métodos microscópicos, bioquímicos
e genéticos igualmente úteis quando a análise com recurso aos métodos macroscópicos
revela algumas dificuldades.

Posteriormente, o antropólogo forense verificará se existem alterações de natureza


morfológica ou patológica de caráter ante mortem e/ou procedimentos médico-
cirúrgicos suscetíveis de poderem ser utilizados como fatores de individualização.
Fraturas ante mortem com evidências claras de reação osteogénica, cavilhas
endomedulares ou outro material cirúrgico de osteossíntese, pace-makers cardíacos,
redes de herniorrafia ou semelhantes são alguns dos exemplos de evidências que podem
ser utilizadas como fatores de individualização.
No entanto, a identificação de restos cadavéricos só será conseguida se o perfil
biológico estimado e os fatores de individualização analisados no exame post mortem
puderem ser comparados com os dados ante mortem – registos clínicos, documentos de
identificação, testemunhos de familiares e amigos, etc – do indivíduo suspeito. Quando
os dados ante mortem coincidem com os dados post mortem diz-se que foi conseguida a
identificação positiva dos restos cadavéricos.

A identificação positiva também poderá ser conseguida através da análise de ADN e,


para isso, caberá ao antropólogo forense proceder à recolha de material biológico –
osso, unhas, cabelos, dentes ou outro – para futura confirmação de identidade. Embora a
genética forense possa, de alguma forma, parecer mais fiável que a antropologia forense
para proceder à identificação positiva, aquela apresenta também algumas limitações,
nomeadamente, contaminação do material biológico com ADN estranho, degradação do
material genético por ação de agentes tafonómicos agressivos como os raios ultravioleta
ou a inexistência de de ADN para comparação, seja do próprio seja de familiares mais
diretos.

Finalmente, o antropólogo forense analisará os restos esqueléticos com o intuito de


obter evidências que lhe permitam esclarecer a causa da morte e as circunstâncias em
que a morte possa ter ocorrido.

Embora pareça ser a parte mais interessante da investigação é necessário referir que, na
grande maioria das vezes, nem a causa da morte nem as circunstâncias da morte são
esclarecidas apenas com base na análise dos restos ósseos, pois para além do esqueleto
ser um sistema de suporte do corpo, encontrando-se coberto por tecido cutâneo, adiposo
e muscular, uma lesão óssea de natureza traumática, por si só, raramente será fatal,
sendo necessário perceber qual a tradução da gravidade de uma lesão óssea ao nível dos
tecidos moles, órgãos e vísceras adjacentes. Por outras palavras, ao antropólogo forense
caberá, a partir de uma lesão óssea, caraterizar a ação e/ou instrumento aplicado, a
direção e o sentido da força aplicada para que o patologista forense possa estimar as
lesões e a sua severidade ao nível dos tecidos moles, órgãos e vísceras. Deste modo,
caberá ao antropólogo forense categorizar as lesões como tendo sido produzidas por um
objeto ou ação contundente, objeto ou ação perfurante e objeto ou ação cortante, com o
objetivo de poder esclarecer a causa de morte.
Para além da identificação do instrumento e/ou ação produtora de determinada lesão, o
antropólogo forense deverá proceder à análise do padrão e distribuição dos
traumatismos ósseos. Neste âmbito, caberá ao antropólogo forense, determinar o
número de lesões ósseas, a sua sequência e o modo como todas elas se interrelacionam
no sentido de produzirem um quadro lesional compatível com uma de três hipóteses
explicativas para as circunstâncias de morte: homicídio, suicídio ou acidente.

No entanto, não se julgue que é possível – pelo menos, de uma forma segura – através
da análise de todos os quadros lesionais, esclarecer, cabalmente, todas as causas de
morte e todas as circunstâncias que rodeiam uma morte. O tecido ósseo reage de uma
forma muito monótona às agressões externas, mantendo-se intacto se o seu limiar de
elasticidade óssea não for ultrapassada ou fraturando se o seu limiar de plasticidade for
ultrapassado. Isto significa que, não só haverá sempre uma possibilidade de diferentes
eventos traumáticos produzirem quadros lesionais semelhantes, como também eventos
traumáticos semelhantes produzirem quadros lesionais diferentes. Tendo isto em
consideração, será de esperar que quadros lesionais mais complexos se apresentem mais
informativos quanto a uma causa e circunstância de morte, uma vez que tendem a
apresentar uma distribuição de traumatismos a que corresponderá um padrão lesional
mais ou menos caraterístico e, por isso, mais facilmente reconhecível e/ou atribuível a
um determinado tipo de evento traumático. Por outro lado, um quadro lesional mais
simples, embora possa fornecer indícios quanto ao tipo de objeto e/ou ação produtora de
lesão, pode acabar por não fornecer indícios sólidos quanto a prováveis causas e/ou
circunstâncias de morte. Para compreendermos esta ideia, atendamos nestes dois
cenários:

 Cenário 1
Cadáver esqueletizado encontrado em casa, no chão da sala, em decúbito dorsal,
vestido. Indivíduo do sexo feminino, idade superior a 60 anos, estatura entre 1,55 m e
1,65 m, caraterísticas faciais e cranianas atribuíveis a um indivíduo de origem europeia.
Prótese total da anca direita. Ossos leves. Fratura linear na região posterior do crânio
que segue desde a região posterior do foramen magnum, dirige-se para a sutura sagital,
percorrendo-a até sensivelmente a meio e terminando na região parietal direita, de
caraterísticas perimortais.

 Cenário 2

Cadáver esqueletizado encontrado numa zona de floresta, em decúbito ventral, vestido.


Indivíduo do sexo feminino, idade entre 30 e 40 anos, estatura entre 1,60 m e 1,70 m,
caraterísticas faciais e cranianas atribuíveis a um indivíduo de origem africana. Fratura
da arcada zigomática esquerda e dos ossos nasais, fratura com afundamento de formato
sensivelmente circular na região parietal direita com cerca de 3 cm x 3 cm, de
caraterísticas perimortais.

A análise do cenário 1 revela que, embora seja possível concluir pela existência de uma
ação e/ ou objeto contundente a atuar na região posterior do crânio, nada mais se poderá
concluir, uma vez que não é possível, apenas através da observação desta única lesão,
esclarecer nem a causa nem as circunstâncias da morte.

Por outro lado, a análise do cenário 2 revela informações respeitantes não apenas
relativamente a uma possível causa de morte – ação contundente no crânio, com
possíveis sequelas de elevada gravidade ao nível do encéfalo – como a possíveis
circunstâncias de morte – agressão física severa resultando na morte do indivíduo. A
construção de um possível cenário de agressão resulta da conjugação das lesões
observadas.

Mas o esclarecimento das circunstâncias da morte não ficará concluído sem que o
antropólogo forense se pronuncie acerca do tempo decorrido desde a morte, ou sobre o
intervalo post mortem. No entanto, a estimativa do intervalo post mortem com base na
decomposição cadavérica pode, em muitos casos, ser difícil pois esta resulta da
interação de diversos fatores e agentes tafonómicos, muitas vezes desconhecidos do
antropólogo forense. Tipicamente ocorre a esqueletização da cabeça, a mumificação dos
membros e a saponificação do tórax e abdómen, no entanto, nada impede a
saponificação ou a mumificação completa do cadáver, se as condições ambientais a isso
forem propícias. Também nada impede que ocorra esqueletização dos membros, a
saponificação da cabeça e a mumificação do tórax e abdómen ou qualquer outra
combinação, pois como foi dito, tudo depende da interação entre os diversos fatores e
agentes tafonómicos que interagem entre si e com o cadáver.

A existência de insetos e larvas de mosca no cadáver, pode permitir estimar um


intervalo post mortem muito aproximado à data real da morte. No entanto, a utilização
de insetos só é útil até cerca de 30 a 40 dias após o início da colonização do cadáver,
pois a partir daí a maioria das espécies de moscas sarcosaprófagas já completou o seu
ciclo de vida.
Ao antropólogo forense caberá recolher amostras de insetos e larvas de diferentes
espécies e em diferentes estádios de desenvolvimento para que depois sejam sujeitos a
perícia no âmbito da entomologia forense.

3. Considerações finais

O processo de investigação criminal engloba muitas etapas, muitos profissionais de


diferentes áreas e de

diferentes instituições e cada um desempenha um papel nesse processo.

No âmbito de uma perícia em antropologia forense dois profissionais deverão formar o


núcleo de uma equipa coesa, o antropólogo forense e o patologista forense, mas nunca
se deverá esquecer o elemento do órgão de investigação criminal, pois a perícia em
antropologia forense começa com o exame do local e é, muitas vezes, este profissional
que nos fornece a informação relativa ao local onde foram encontrados os restos
cadavéricos.

O antropólogo forense é um profissional com capacidades técnicas e científicas muito


especializadas, capaz de fornecer respostas em situações em que os cadáveres se
apresentam em condições extremas e o seu conhecimento da biologia do esqueleto
permite-lhe obter respostas onde outros profissionais não as encontram.

Em situações extremas, como cadáveres em adiantado estado de decomposição,


cadáveres carbonizados ou gravemente mutilados ou em situações de desastres de
massa, os conhecimentos, o treino, a experiência do antropólogo forense poderá fazer a
diferença entre a identificação de um cadáver e o esclarecimento da causa e
circunstâncias da morte ou o arquivamento de um caso.
1. Quanto à espécie.
A primeira questão a ser respondida pelo antropólogo forense é a espécie a ser
examinada. Por razões óbvias, precisa identificar o analisado como “humano”.
Alguns critérios podem ser usados como a verificação como a morfologia dos
ossos ou da avaliação dos Canais de Havers. Que são estruturas encontradas no
interior dos ossos e componentes estruturais dos mesmos. Ao olhar do
microscópio, podemos constatar que os ossos humanos têm forma elíptica ou
circular, diâmetro superior a 3μm e densidade de 8 a 10 por mm2. Os ossos
animais têm forma circular, diâmetro inferior a 25μm e densidade superior a
mencionada. Outro critério é a análise do sangue. A mais simples consiste na
procura dos cristais de Teichmann. Colocando o sangue sobre a lâmina com
solução de ácido acético glacial, e expondo-o ao calor de evaporação lenta
formam-se cristais em forma de charuto na cor marrom, perceptível ao
microscópio.
2. Quanto à raça.
No Brasil a identificação da raça do examinado constitui um problema, visto que
os brasileiros não se constituem de uma linhagem homogênea. A “mestiçagem”,
assim como é dita pela população em geral, é vista mesmo nos “caucasianos”
que vieram de Portugal, pois se deu em território português quando da invasão
dos “mouros”. Darcy Ribeiro diria que a força do povo brasileiro está justamente
na mescla de raças, o que em termos biológicos tem respaldo na diversidade que
aumenta significativamente as chances de preservação da prole. Mas a questão
da identificação da raça do examinado não serve para discriminá-lo, e sim para
diferenciá-lo, individuá-lo, dos outros. Como já é do conhecimento comum, não
existe “raça superior”. Os grupos étnicos brasileiros fundamentais são:
Caucasianos: Pele branca ou trigueira; cabelos lisos ou ondulados, loiros,
castanhos ou pretos; íris azul, verde, castanha; nariz alongado e narinas
delgadas.

monica_bellucci

Negróides: Pele negra; cabelos crespos; íris castanha ou preta; nariz pequeno,
largo e achatado, com narinas espessas e achatadas.
Sade

Indiano: Pele tendente ao avermelhado; cabelos lisos e pretos; íris castanha;


barba escassa; zigomas salientes e largos.

Concurso de beleza índia

É possível, também, pela estrutura dos ossos identificar a raça do indivíduo


estudado, utilizando para isso: a forma do crânio, os índices cefálicos, tíbio-
femural, rádio-umeral e o ângulo facial.
3. Quanto ao sexo.
Normalmente não há dificuldades do sexo do humano em estudo, mesmo nos
casos apontados como “genitália dúbia”. Além da constatação do sexo gonodal
(o masculino sendo portador de testículos e o feminino sendo portador de
ovários), alguns exames em corpos em avançado estado de decomposição
podem utilizar: a capacidade craniana como critério (1.400cm3 ou mais para os
homens e 1.300cm3 para as mulheres; o ângulo dos arcos superciliares
(salientes para os homens e suaves para as mulheres); ângulo subpubiano (em
formato de “V” para os homens e em formato de “u” para as mulheres); corpo do
púbis (triangular para os homens e quadrangular para as mulheres) entre
outros.

RX_ Quadril

4. Quanto à idade.
A idade tem relevância para a apuração não só da identidade, mas também com
a questão da capacidade de direitos e deveres. Em matéria penal, por exemplo,
a idade tem relevância para a averiguação da imputabilidade.
O método mais seguro para averiguar a idade é a radiografia dos ossos, vez que
identifica com grau de aproximação significativo. Existem tabelas que indicam a
idade aproximada pela morfologia e densidade dos ossos. A radiografia da mão
e pulso é indicada para verificar idades próximas dos 18 anos e a partir do 25 a
do crânio, devido a fusão dos ossos.
Os dentes são bons indicativos para idades até 18 anos, mas a sua precisão é
menor que a da radiografia.

raio_mão

A aparência também constitui elemento indicativo (assim como a pele, os olhos,


a calvície), embora sejam falhos em relação a outros métodos.
5. Quanto aos sinais individuais.
Existem mal-formações que identificam o sujeito. Podemos apontar a
polidactilia, o lábio leporino, as cicatrizes, as tatuagens.
Podem existir métodos modernos e precisos para a identificação do indivíduo,
mas nenhum que seja tão preciso, barato e tão difundido quanto a identificação
datiloscópica. Criada por Juan Vucetich em 1891 é o método oficial adotado no
Brasil desde 1903. Baseado na imutabilidade do desenho das papilas dérmicas
dos dedos, cada impressão revela um desenho único. Curioso que nenhum dedo
tem desenho igual a outro, assim como, obviamente, nenhum indivíduo tem o
desenho de sua papila dérmica igual à de outro. Ainda que seja irmão
univitelino! Assim, um exame genético que declare que se trata de um indivíduo
“A” pode ser negado em identidade por “B” em um exame datiloscópico.
Segundo os critérios estabelecidos por Vucetich, existem quatros tipos básicos
de desenhos: Arco, presilha externa, presilha interna e verticilo.

Tipos fundamentais
Arco
Verticilo

Presilha interna

Presilha externa

Outro modo de identificação é pela arcada dentária. Cada indivíduo apresenta


uma conformidade dentária única, assim como o desenho do palato.
Evidente que não podemos descartar a identificação por DNA (ácido
desoxirribonucléico) que transmite a característica física de cada indivíduo,
revelando, especialmente, as relações de parentesco com outros.
REFERÊNCIA

http://legalmedicine.wordpress.com/2009/07/02/aula-02-%E2%80%93-antropologia-forense/

http://agencia.fapesp.br/17328

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