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APOSTILA - Processo Civil e Novo CPC - PGE-PGM 2015 PDF
APOSTILA - Processo Civil e Novo CPC - PGE-PGM 2015 PDF
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VOLUME II
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Nota da Redação:
Nesse segundo volume da Apostila de Temas Atuais de Processo Civil, escolhemos dois
temas muito importantes que constam no novo CPC, e que vêm sendo muito debatidos
pela doutrina: as “Normas Fundamentais do Processo Civil” e as “Demandas
Repetitivas”.
Lembrando sempre que procuramos fazer uma abordagem mais resumida, de forma a
otimizar os seus estudos. No entanto, não deixaremos de aprofundar em alguns pontos
específicos.
Em outras palavras, tal capítulo consagra, em sede infraconstitucional, uma série de direitos
fundamentais processuais, bem como procura concretizá-los.
Nessa linha, art. 1º do Novo CPC traz a constitucionalização do processo civil, na linha do
neoconstitucionalismo, prevendo que o processo deve ser ordenado e interpretado de acordo
com valores constitucionais.
Esse fenômeno já decorria da força normativa da CRFB, mas o legislador procurou trazer de
maneira mais evidente a relevância desses direitos fundamentais.
No entanto, a doutrina aponta que tal noção traz riscos como o subjetivismo e a falta de
segurança jurídica.
Assim, no novo CPC, exige-se com maior clareza a fundamentação das decisões, em especial
quando houver colisão entre normas (Ex: conflito entre direitos fundamentais).
Art. 489, § 2o No caso de colisão entre normas, o juiz deve justificar o objeto e os critérios gerais
da ponderação efetuada, enunciando as razões que autorizam a interferência na norma
afastada e as premissas fáticas que fundamentam a conclusão.
Art. 2o O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as
exceções previstas em lei.
Em virtude do princípio da inércia, a regra é que o processo só pode ser iniciado por iniciativa
da parte. No entanto, o atual CPC traz uma sempre comentada exceção legal, que é o caso do
inventário:
Art. 989. O juiz determinará, de ofício, que se inicie o inventário, se nenhuma das pessoas
mencionadas nos artigos antecedentes o requerer no prazo legal.
Art. 191. De comum acordo, o juiz e as partes podem fixar calendário para a prática dos atos
processuais, quando for o caso.
§ 1o O calendário vincula as partes e o juiz, e os prazos nele previstos somente serão modificados
em casos excepcionais, devidamente justificados.
§ 2o Dispensa-se a intimação das partes para a prática de ato processual ou a realização de
audiência cujas datas tiverem sido designadas no calendário.
No atual CPC, o mais próximo disso que temos é somente a questão dos prazos dilatórios e
prazos peremptórios. Enquanto os prazos peremptórios são aqueles que não admitem a sua
redução ou prorrogação, os prazos dilatórios são aqueles que podem estar sujeitos a
convenções entre as partes, podendo ser reduzidos ou ampliados.
ACPC, Art. 181. Podem as partes, de comum acordo, reduzir ou prorrogar o prazo dilatório; a
convenção, porém, só tem eficácia se, requerida antes do vencimento do prazo, se fundar em
motivo legítimo.
Art. 182. É defeso às partes, ainda que todas estejam de acordo, reduzir ou prorrogar os prazos
peremptórios. O juiz poderá, nas comarcas onde for difícil o transporte, prorrogar quaisquer
prazos, mas nunca por mais de 60 (sessenta) dias.
O Novo CPC vai além e traz, além da já vista possibilidade de fixação de calendários, uma
“cláusula geral das convenções processuais atípicas”. Nesse linha, o art. 190 do CPC também
permite ajuste e mudanças no procedimento pelas partes, através de negócios jurídicos
bilaterais que moldam o processo (no atual CPC já temos alguns exemplos, como a suspensão
convencional do processo e a cláusula de eleição de foro).
Art. 190. Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes
plenamente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da
causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou
durante o processo.
Parágrafo único. De ofício ou a requerimento, o juiz controlará a validade das convenções
previstas neste artigo, recusando-lhes aplicação somente nos casos de nulidade ou de inserção
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Didier, com base nesse artigo, diz que o NCPC seria um “código das partes”, se comparado ao
CPC de 1973, que dava uma ênfase maior ao protagonismo do juiz.
Sobre a arbitragem, a L13129 trouxe algumas novidades, inclusive trazendo um clausula geral
para arbitragem na administração publica.
Art 1º, § 1o A administração pública direta e indireta poderá utilizar-se da arbitragem para
dirimir conflitos relativos a direitos patrimoniais disponíveis.
§ 2o A autoridade ou o órgão competente da administração pública direta para a celebração de
convenção de arbitragem é a mesma para a realização de acordos ou transações.”
“Art. 2o .
§ 3o A arbitragem que envolva a administração pública será sempre de direito e respeitará o
princípio da publicidade.”
Em consonância com essa ideia de se estimular o consenso, o art. 334 do NCPC traz a
REFORMULAÇÃO DA FASE POSTULATÓRIA: no novo CPC, o réu será citado para comparecer a
uma audiência de conciliação ou mediação, e não para apresentar defesa.
Art. 334. Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de improcedência
liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de mediação com antecedência
mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de
antecedência.
Art. 165, § 2o O conciliador, que atuará preferencialmente nos casos em que não houver vínculo
anterior entre as partes, poderá sugerir soluções para o litígio, sendo vedada a utilização de
qualquer tipo de constrangimento ou intimidação para que as partes conciliem.
§ 3o O mediador, que atuará preferencialmente nos casos em que houver vínculo anterior entre
as partes, auxiliará aos interessados a compreender as questões e os interesses em conflito, de
modo que eles possam, pelo restabelecimento da comunicação, identificar, por si próprios,
soluções consensuais que gerem benefícios mútuos.
A doutrina tem se utilizado da expressão “Sistema multiportas” para designar esse fenômeno:
não basta disponibilizar um único caminho à pessoa; é preciso que sejam ofertadas várias
portas, vários caminhos que podem ser buscados pelo interessado, a depender do seu conflito.
OBS: Essa audiência não ocorrerá em casos de direito que não admitam transação, ou quando
o réu e o autor peticionarem dizendo que não têm interesse.
OBS²: não comparecendo as partes a essa audiência, o §8º estabelece que será considerado
um ato atentatório à dignidade da justiça e prevê uma multa que vai para o Estado (não
haverá revelia para o réu e arquivamento para o autor, assim como ocorre hoje).
Mais adiante, o art. 4º do Novo CPC trata do também já conhecido princípio da duração
razoável do processo.
Art. 4o As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito, incluída
a atividade satisfativa.
“Formalismo valorativo” -> há um valor na forma que deve ser considerado, não podendo esta
ser desconsiderada a qualquer preço.
Art. 5o Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se de acordo com a
boa-fé.
A boa-fé passa a ser uma norma FUNDAMENTAL do processo, e não apenas um dever das
partes e dos procuradores. Trata-se da boa-fé OBJETIVA, segundo a qual as partes devem ter
padrões de comportamento leais, não importando simplesmente a intenção do agente.
Temos alguns exemplos, como no caso de preclusão lógica e na interpretação do pedido.
De acordo com o STJ, a “nulidade de algibeira” ocorre quando a parte permanece em silêncio
no momento oportuno para se manifestar, deixando para suscitar a nulidade somente em
ocasião posterior. É uma técnica processual que tem sido rechaçada pela jurisprudência, como
se a parte "guardasse na gaveta" a nulidade para alegá-la em um momento que lhe fosse mais
conveniente.
O STJ rechaçou tal pretensão, mostrando-se mais uma vez contrário à chamada “nulidade de
algibeira”, tendo em vista que tal prática se mostra contrária aos deveres de boa-fé e lealdade
processual.
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Diretamente ligado à boa-fé, temos também o “dever de cooperação” (art. 6º do novo CPC),
que não era expressamente previsto no CPC atual.
Art. 6o Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo
razoável, decisão de mérito justa e efetiva.
Ainda que o processo seja um ambiente em que há um conflito de interesses, há um dever das
partes de atuar com uma conduta que auxilie minimamente a obtenção de uma solução justa.
Nessa linha, as partes poderiam ser instadas pelo juiz a produzir uma prova que elas nem
mesmo tinham o ônus de produzir.
Cooperação, então, seria a cooperação das partes para a obtenção de uma solução justa, a
partir de uma conduta ética.
Um exemplo prático de aplicação desse princípio é no caso da TEORIA DINÂMICA DO ÔNUS DA
PROVA, que, como vimos em outra apostila, foi incorporada ao novo CPC. O tema é forte
candidato a aparecer em sua prova e merece uma releitura.
O princípio da cooperação, de acordo com a doutrina, faz surgir deveres anexos de conduta
para as partes, para o juiz e para os demais sujeitos do processo.
De acordo com alguns autores, o “dever de veracidade” decorre desse dever de cooperação:
Art. 378. Ninguém se exime do dever de colaborar com o Poder Judiciário para o descobrimento da verdade.
Nessa linha, o art. 379 do NCPC prevê a vedação a “não auto-incriminação” no processo civil:
Art. 379. Preservado o direito de não produzir prova contra si própria, incumbe à parte:
No entanto, há críticas na doutrina em relação a essa previsão. Nesse sentido, de acordo com
o Enunciado 51 do Fórum Permanente dos Processualistas, tal dispositivo precisa ser
interpretado no sentido de que o fato deve ter alguma repercussão na esfera penal, pois se em
todos os casos houvesse esse direito de não produzir provas contra si próprias, as partes
jamais colaborariam para o processo.
Ainda sobre o tema da cooperação, o art. 357 do NCPC prevê o chamado “SANEAMENTO
COOPERATIVO”, quando a causa apresentar complexidade.
Art. 357. Não ocorrendo nenhuma das hipóteses deste Capítulo, deverá o juiz, em decisão de saneamento e
de organização do processo:
§ 3o Se a causa apresentar complexidade em matéria de fato ou de direito, deverá o juiz designar
audiência para que o saneamento seja feito em cooperação com as partes, oportunidade em que o juiz, se
for o caso, convidará as partes a integrar ou esclarecer suas alegações.
- Dever de prevenção: antes de fulminar um ato processual eivado de nulidade, o juiz precisa
das às partes a oportunidade de corrigi-los (Ex: emenda à inicial -> no novo CPC, o juiz precisa
indicar com precisão qual o vicio que inquina a inicial). O tema será estudado adiante,
- Dever de consulta, advertência ou diálogo (art. 10 do NCPC). Também será estudado
adiante.
- Dever de auxílio: o juiz precisa cooperar com as partes quando estas se veem diante de um
obstáculo que as impedem de buscar seus direitos (Ex: dificuldade de qualificação do réu, art.
319, §1º).
De acordo com Leonardo Greco, a partir da leitura desse artigo, o contraditório passa a ter
uma nova finalidade no processo civil. Tradicionalmente, o contraditório era dividido no
binômio “informação” (direto de tomar ciência dos atos do processo) – “reação” (direito de
reagir ao ato de que tomaram ciência no processo). No Novo CPC, no entanto, o contraditório
passa ser PARTICIPATIVO: gera um dever de diálogo entre o juiz e as partes, devendo o juiz
permitir que as partes contribuam para a formação da decisão final; o contraditório não deve
ser uma mera formalidade.
Nessa linha, o art. 10 trouxe uma grande novidade, ao prever para o juiz um dever de
prevenção: o juiz, antes de decidir sobre questão que as partes não discutiram no processo,
tem o dever de preveni-las sobre isso.
“Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento do qual
não tenha dado às partes o direito de se manifestar, ainda que em relação a atos que poderia
decidir de ofício.”.
Ex: declaração de prescrição de ofício, sem que as partes tenham falado nada.
Ex²: conhecimento de uma falta de condição da ação, ainda que o réu não tenha alegado.
Ex³: “iuria novit curia” - com o novo CPC, para o juiz aplicar norma jurídica que não foi
discutida pelas partes no processo, precisa ouvi-las primeiro, ao contrário do que ocorre hoje.
NCPC, Art. 493. Se, depois da propositura da ação, algum fato constitutivo, modificativo ou
extintivo do direito influir no julgamento do mérito, caberá ao juiz tomá-lo em consideração, de
ofício ou a requerimento da parte, no momento de proferir a decisão.
Parágrafo único. Se constatar de ofício o fato novo, o juiz ouvirá as partes sobre ele antes de
decidir.
Assim, ainda que em matérias que o juiz pudesse decidir de ofício, o magistrado teria a
obrigação de ouvir as partes antes de decidir.
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Ainda acerca do contraditório, o art 9º estabelece que não é possível, como regra, a prolação
de decisões contrárias a uma parte sem que ela seja ouvida.
O art. 932, V, nessa linha, prevê que, para que seja dado provimento pelo relator a um recurso,
deve o mesmo permitir as contrarrazões ao recorrido.
Art. 9o Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida.
OBS: Greco diz que esse inciso II seria inconstitucional, pois o contraditório não poderia ser
postergado sem risco de inefetividade da decisão. Mas a doutrina majoritária tem entendido
que é constitucional.
Ainda sobre o tema, devem ser evitadas as comunicações fictas. É preciso um controle do
“grau de efetividade desses atos de comunicação”, conforme diz Greco.
OBS: ACPC, Art. 999, §1º - RE552998 -> o STF entendeu constitucional o dispositivo, que traz
uma hipótese de citação ficta para o herdeiro.
ACPC, Art. 999. Feitas as primeiras declarações, o juiz mandará citar, para os termos do
inventário e partilha, o cônjuge, os herdeiros, os legatários, a Fazenda Pública, o Ministério
Público, se houver herdeiro incapaz ou ausente, e o testamenteiro, se o finado deixou
testamento.(Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)
§ 1o Citar-se-ão, conforme o disposto nos arts. 224 a 230, somente as pessoas domiciliadas na
comarca por onde corre o inventário ou que aí foram encontradas; e por edital, com o prazo de
20 (vinte) a 60 (sessenta) dias, todas as demais, residentes, assim no Brasil como no estrangeiro.
No novo CPC, o art. 626, §1º acaba com essa regra. Se a pessoa tem domicilio certo, não é
possível se estabelecer essa regra de citação ficta para o herdeiro.
Art. 626. Feitas as primeiras declarações, o juiz mandará citar, para os termos do inventário e da
partilha, o cônjuge, o companheiro, os herdeiros e os legatários e intimar a Fazenda Pública, o
Ministério Público, se houver herdeiro incapaz ou ausente, e o testamenteiro, se houver
testamento.
§ 1o O cônjuge ou o companheiro, os herdeiros e os legatários serão citados pelo correio,
observado o disposto no art. 247, sendo, ainda, publicado edital, nos termos do inciso III do art.
259.
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Por fim, o art. 12 do NCPC traz ainda uma importante regra: a necessidade de julgamento na
ordem cronológica de conclusão dos processos. Essa regra tem gerado discussões, pois
poderia gerar um problema de gestão judiciária na prática.
Pelo caput do art. 12, o que tem que ser na ordem cronológica é a sentença ou acórdão, não
estando abrangidas as decisões interlocutórias.
Porém, o próprio art. 12, em seu §2º, traz uma série de exceções (Ex: sentenças proferidas em
audiência).
O fundamento desse artigo, para a doutrina, seria a impessoalidade da jurisdição.
Art. 12. Os juízes e os tribunais deverão obedecer à ordem cronológica de conclusão para
proferir sentença ou acórdão.
§ 3o Após elaboração de lista própria, respeitar-se-á a ordem cronológica das conclusões entre
as preferências legais.
§ 4o Após a inclusão do processo na lista de que trata o § 1o, o requerimento formulado pela
parte não altera a ordem cronológica para a decisão, exceto quando implicar a reabertura da
instrução ou a conversão do julgamento em diligência.
§ 5o Decidido o requerimento previsto no § 4o, o processo retornará à mesma posição em que
anteriormente se encontrava na lista.
§ 6o Ocupará o primeiro lugar na lista prevista no § 1o ou, conforme o caso, no § 3o, o processo
que:
I - tiver sua sentença ou acórdão anulado, salvo quando houver necessidade de realização de
diligência ou de complementação da instrução;
II - se enquadrar na hipótese do art. 1.040, inciso II.
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Tentando otimizar o julgamento dessas demandas , o legislador passou a prever uma série de
mecanismos já no atual Código de Processo Civil, os quais iremos estudar neste tópico, em
conjunto com as alterações trazidas pelo novo CPC.
Art. 285-A. Quando a matéria controvertida for unicamente de direito e no juízo já houver sido
proferida sentença de total improcedência em outros casos idênticos, poderá ser dispensada a
citação e proferida sentença, reproduzindo-se o teor da anteriormente prolatada. (Incluído pela
Lei nº 11.277, de 2006)
Tal possibilidade é conferida ao juiz de 1ª instância quando verificar que a matéria já tenha
sido objeto de julgamento improcedente anterior, como forma de otimizar e dar celeridade
aos julgamentos posteriores.
Exemplo: Desaposentação -> o juiz entende que não é possível a desaposentação e já proferiu
sentença de total improcedência em casos anteriores. Como o tema recorrentemente volta a
aparecer para julgamento, o juiz aplica o art. 285-A e reproduz o teor da sentença anterior,
julgando de forma liminar a demanda repetitiva.
Observação nº1:
A doutrina entende que também seria possível a aplicação do art. 285-A quando a matéria
fosse de fato, mas não fosse controvertida.
“Apesar da previsão de que na demanda a matéria controvertida seja unicamente de direito, não
está afastada a aplicação do dispositivo legal quando nela também existir matéria de fato. A
essa conclusão se chega justamente pela própria previsão legal, que fala em “matéria
controvertida”, sendo legítimo concluir que, havendo questões de fato, desde que não
controvertidas, o requisito legal estará preenchido. Lembrando-se que o réu ainda não foi
citado, a única hipótese de questões de fato não controvertidas será a presunção de veracidade
pelo juiz de todos os fatos alegados pelo autor. Assim o fazendo, o juiz não prejudicará em nada
o autor no aspecto fático, visto que considerará verdadeiras todas as alegações de fato
constantes da petição inicial, sendo inviável deduzir dessa postura qualquer ofensa ao direito de
ampla defesa” (Daniel Amorim Assumpção Neves, Manual de Processo Civil)
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Observação nº2:
Apesar de a lei exigir que os casos de improcedência sejam “idênticos”, a melhor interpretação
é a de que tais casos sejam SIMILARES, pois se de fato fossem idênticos, deveria haver a
extinção do processo por litispendência ou coisa julgada.
“Não resta dúvida que por “casos idênticos” o intérprete deve entender casos similares, nos quais
a questão jurídica discutida é a mesma. Caso contrário, a interpretação literal do dispositivo
legal exigiria do juiz não um julgamento de improcedência liminar, mas um julgamento sem a
resolução do mérito por litispendência ou coisa julgada, formas de julgamento geradas pela
repetição de demandas idênticas” (Daniel Amorim Assumpção Neves, Manual de Processo Civil)
Observação nº 3º:
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) exige ainda a chamada “dupla conformidade”, ou seja, que
o teor da sentença esteja em consonância com o entendimento do tribunal de origem e com a
jurisprudência dos tribunais superiores. O tema foi noticiado no Informativo 524:
Assim, no caso da desaposentação, hoje já não seria mais possível a aplicação do art. 285-A,
pois o STJ recentemente pacificou seu entendimento pela viabilidade jurídica da mesma.
Julgado improcedente o pedido do autor liminarmente, com base no art. 285-A, poderá o
mesmo interpor recurso de Apelação, o qual terá efeito REGRESSIVO: o juiz poderá retratar-se
da decisão em 5 dias (não confundir com o indeferimento de petição inicial do art. 295, em
que o prazo para retratação é de apenas 48 horas).
Art. 285-A, § 1º Se o autor apelar, é facultado ao juiz decidir, no prazo de 5 (cinco) dias, não
manter a sentença e determinar o prosseguimento da ação. (Incluído pela Lei nº 11.277, de
2006)
§ 2º Caso seja mantida a sentença, será ordenada a citação do réu para responder ao recurso.
(Incluído pela Lei nº 11.277, de 2006)
Art. 296. Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar, facultado ao juiz, no prazo de 48
(quarenta e oito) horas, reformar sua decisão. (Redação dada pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994)
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Parágrafo único. Não sendo reformada a decisão, os autos serão imediatamente encaminhados
ao tribunal competente.
Art. 332. Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do
réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar:
§ 1o O juiz também poderá julgar liminarmente improcedente o pedido se verificar, desde logo, a
ocorrência de decadência ou de prescrição.
§ 2o Não interposta a apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado da sentença, nos
termos do art. 241.
§ 3o Interposta a apelação, o juiz poderá retratar-se em 5 (cinco) dias.
§ 4o Se houver retratação, o juiz determinará o prosseguimento do processo, com a citação do
réu, e, se não houver retratação, determinará a citação do réu para apresentar contrarrazões, no
prazo de 15 (quinze) dias.
As hipóteses de julgamento liminar ficarão restritas às listadas nos incisos I a IV do art. 332, a
exemplo do pedido que contrariar enunciado de súmula do STF ou do STJ. Também seria
possível o julgamento liminar caso o juiz verificasse a ocorrência de prescrição ou decadência.
O intuito do código é o de restringir as possibilidades de julgamento liminar às decisões
alinhadas ao entendimento dos tribunais superiores ou dos tribunais locais, não permitindo o
julgamento prima face somente diante de precedentes anteriores daquele juízo, como ocorre
como ocorre com o atual 285-A.
Observação:
É indispensável que esse julgamento liminar observe o já estudado “dever de prevenção”,
previsto no art. 10 do NCPC:
“Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento do qual
não tenha dado às partes o direito de se manifestar, ainda que em relação a atos que poderia
decidir de ofício.”.
Assim, antes de julgar improcedente o pedido, deve o órgão jurisdicional intimar o autor para
se manifestar, por força do contraditório, o que permitirá que o postulante alegue eventual
superação da súmula ou precedente invocado ou sustente que o caso não se amolda ao
paradigma utilizado pelo juízo.
A doutrina tem feito severas críticas a tal previsão, entendendo que o dever de prevenção
também deveria ser observado no caso de julgamento liminar pela ocorrência de prescrição ou
decadência, para permitir que o autor alegue uma eventual cause suspensiva ou interruptiva
do prazo, sem que tenha que interpor recurso de Apelação.
2) Repercussão Geral:
A repercussão geral foi criada pela Emenda Constitucional nº 45 para tentar combater o
enorme número de recursos extraordinários julgados anualmente pelo STF, em consonância
com a ideia de jurisprudência defensiva.
O dispositivo veio a ser regulamentado pelo CPC, a partir da inserção dos arts. 543-A e 543-B:
CPC, Art. 543-A. O Supremo Tribunal Federal, em decisão irrecorrível, não conhecerá do recurso
extraordinário, quando a questão constitucional nele versada não oferecer repercussão geral,
nos termos deste artigo.
§ 3o Haverá repercussão geral sempre que o recurso impugnar decisão contrária a súmula ou
jurisprudência dominante do Tribunal.
§ 4o Se a Turma decidir pela existência da repercussão geral por, no mínimo, 4 (quatro) votos,
ficará dispensada a remessa do recurso ao Plenário.
Para definir se há ou não repercussão geral sobre a matéria, o STF deverá analisar existência,
ou não, de questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, que
ultrapassem os interesses subjetivos da causa. No entanto, conforme prevê o §3º, há uma
presunção de existência de repercussão geral sempre que o recurso impugnar decisão
contrária a súmula ou jurisprudência dominante do Tribunal.
Negada a existência de repercussão geral, tal decisão valerá para todos os recursos que
versarem sobre a mesma matéria, os quais devem ser indeferidos liminarmente pelo tribunal
de origem, salvo revisão de tese ou demonstração pelo recorrente de que o seu caso não se
amolda ao caso do julgado paradigma.
§ 5o Negada a existência da repercussão geral, a decisão valerá para todos os recursos sobre
matéria idêntica, que serão indeferidos liminarmente, salvo revisão da tese, tudo nos termos do
Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.
Art. 501. O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos
litisconsortes, desistir do recurso.
Para o tribunal, uma vez reconhecida a repercussão geral, o julgamento da causa transcenderá
aos interesses subjetivos das partes, de modo que estas não poderiam livremente dispor do
recurso. Para o STF, tal impossibilidade se aplica até mesmo nos casos de mandado de
segurança (o qual, conforme jurisprudência pacífica do STF, também admitiria desistência a
qualquer tempo).
“O impetrante pode desistir de mandado de segurança a qualquer tempo, ainda que proferida
decisão de mérito a ele favorável, e sem anuência da parte contrária. Com base nessa
orientação, o Plenário, por maioria, deu provimento a recurso extraordinário. Asseverou-se que o
mandado de segurança, enquanto ação constitucional, com base em alegado direito líquido e
certo frente a ato ilegal ou abusivo de autoridade, não se revestiria de lide, em sentido material.
Pontuou-se não se aplicar, ao mandado de segurança, a condição disposta na parte final do art.
267, § 4º, do CPC (“Art. 267. Extingue-se o processo, sem resolução de mérito: … § 4º Depois de
decorrido o prazo para a resposta, o autor não poderá, sem o consentimento do réu, desistir da
ação”). De igual forma, não incidiria o art. 269, V, do CPC (“Art. 269. Haverá resolução de mérito:
… V - quando o autor renunciar ao direito sobre que se funda a ação”). Destacou-se a viabilidade
de o direito ser discutido nas vias ordinárias desde que não houvesse trânsito em julgado da
decisão. Eventual má-fé do impetrante que desistisse seria coibida com instrumental próprio.
Vencidos os Ministros Luiz Fux, relator, e Marco Aurélio, que negavam provimento ao
extraordinário. Obtemperavam não ser razoável que se pudesse assentar a possibilidade de a
parte desistir do mandado de segurança, como regra geral, e disso obter benefícios contra o
Poder Público. Aduziam que, após a sentença de mérito, poder-se-ia apenas renunciar ao direito
em que se fundaria a ação. RE 669367/RJ, rel. orig. Min. Luiz Fux, red. p/ o acórdão Min. Rosa
Weber, 2.5.2013. (RE-669367)”.
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“O Tribunal, por maioria, resolveu questão de ordem no sentido de não admitir a desistência do
mandado de segurança, e afirmou a impossibilidade de desistência de qualquer recurso após o
reconhecimento de repercussão geral da questão constitucional, vencido o Ministro Marco
Aurélio, que admitia a possibilidade de desistência.”
Assim, à luz do atual CPC, reconhecida a repercussão geral sobre o tema, não se admite
desistência do recurso ou do mandado de segurança impetrado.
Art. 998. O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos
litisconsortes, desistir do recurso.
Parágrafo único. A desistência do recurso não impede a análise de questão cuja repercussão
geral já tenha sido reconhecida e daquela objeto de julgamento de recursos extraordinários ou
especiais repetitivos.
Em caso de desistência, de acordo com o novo CPC, apenas a questão jurídica será remetida
para julgamento pelos tribunais superiores, mas o recurso em si não será julgado.
Ex: o recorrente interpõe recurso extraordinário sustentando a inconstitucionalidade do
exame da OAB. No entanto, após o reconhecimento da repercussão geral, desiste do recurso
(o que, hoje, não seria permitido pelo STF). Nesse caso, à luz do novo CPC, de fato haverá a
desistência do recurso, mas a questão jurídica (constitucionalidade do exame de ordem) ainda
assim será analisada pelo STF.
Tal suspensão ocorrerá por no máximo 1 ano, prazo que o NCPC estipulou para a conclusão do
julgamento da questão com repercussão geral reconhecida.
§ 9o O recurso que tiver a repercussão geral reconhecida deverá ser julgado no prazo de 1 (um)
ano e terá preferência sobre os demais feitos, ressalvados os que envolvam réu preso e os
pedidos de habeas corpus.
À semelhança da repercussão geral para o recurso extraordinário, também foi inserido o art.
543-C no Código de Processo Civil, prevendo uma sistemática para o julgamento de recursos
especiais repetitivos no âmbito do STJ.
Art. 543-C. Quando houver multiplicidade de recursos com fundamento em idêntica questão de
direito, o recurso especial será processado nos termos deste artigo.
Por meio da sistemática do art. 543-C, denominada pela doutrina de “JULGAMENTO POR
AMOSTRAGEM”, o presidente do tribunal de origem admitirá um ou mais recursos
representativos da controvérsia por meio de decisão irrecorrível, encaminhando-os ao
Superior Tribunal de Justiça, enquanto os demais ficarão sobrestados até o pronunciamento
definitivo do STJ.
Se não for adotada esta providencia pelo presidente do Tribunal de origem, o próprio relator
do recurso no STJ pode determinar a suspensão dos recursos nos tribunais locais:
OBSERVAÇÃO:
De acordo com o STJ, a parte que teve seu processo sobrestado não poderá intervir nem como
assistente simples nem como amicus curiae no recurso especial paradigma que será analisado
pelo STJ, cabendo tão somente aguardar o julgamento deste.
“Não configura interesse jurídico apto a justificar o ingresso de terceiro como assistente simples
em processo submetido ao rito do art. 543-C do CPC o fato de o requerente ser parte em outro
feito no qual se discute tese a ser firmada em recurso repetitivo” (REsp 1.418.593-MS).
Por fim, importante mencionar que o §4º do art. 543-C também admite a intervenção de
amicus curiae nos julgamentos por amostragem:
Admite-se a desistência de recurso especial que tenha sido selecionado como representativo
da controvérsia repetitiva?
NÃO. O STJ também não admite desistência de recurso escolhido para decisão no julgamento
por amostragem (543-C), afirmando que, ao ser escolhido o recurso, surge um interesse
público que afasta o direito de desistir do processo (REsp 1.063.343-RS).
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Inicialmente, percebe-se que a seleção dos recursos paradigmas poderá ser feita tanto pelo
presidente do tribunal de origem quanto pelo vice-presidente. No entanto, tal seleção não
vincula o relator do recurso no STJ ou no STF, que poderá escolher outros recursos
representativos da controvérsia.
Art. 1.036. Sempre que houver multiplicidade de recursos extraordinários ou especiais com
fundamento em idêntica questão de direito, haverá afetação para julgamento de acordo com as
disposições desta Subseção, observado o disposto no Regimento Interno do Supremo Tribunal
Federal e no do Superior Tribunal de Justiça.
§ 1o O presidente ou o vice-presidente de tribunal de justiça ou de tribunal regional federal
selecionará 2 (dois) ou mais recursos representativos da controvérsia, que serão encaminhados
ao Supremo Tribunal Federal ou ao Superior Tribunal de Justiça para fins de afetação,
determinando a suspensão do trâmite de todos os processos pendentes, individuais ou coletivos,
que tramitem no Estado ou na região, conforme o caso.
§ 4o A escolha feita pelo presidente ou vice-presidente do tribunal de justiça ou do tribunal
regional federal não vinculará o relator no tribunal superior, que poderá selecionar outros
recursos representativos da controvérsia.
§ 5o O relator em tribunal superior também poderá selecionar 2 (dois) ou mais recursos
representativos da controvérsia para julgamento da questão de direito independentemente da
iniciativa do presidente ou do vice-presidente do tribunal de origem.
§ 6o Somente podem ser selecionados recursos admissíveis que contenham abrangente
argumentação e discussão a respeito da questão a ser decidida.
Ademais, perceba que, feita a seleção dos recursos representativos da controvérsia, haverá a
suspensão do trâmite de TODOS os processos pendentes, individuais ou coletivos, que
tramitem no Estado ou na região, conforme o caso.
O novo CPC ainda prevê a chamada “DECISÃO DE AFETAÇÃO”, por meio da qual o relator do
tribunal superior deverá identificar com precisão a questão a ser submetida a julgamento, o
que será importante para delimitar o que será objeto de apreciação pelo plenário.
§ 2o É vedado ao órgão colegiado decidir, para os fins do art. 1.040, questão não delimitada
na decisão a que se refere o inciso I do caput.
Assim como ocorre no caso da repercussão geral, também há a previsão do prazo de 1 ano
para julgamento da questão afetada, findo o qual será determinado o prosseguimento das
ações que tinha sido suspensas.
§ 4o Os recursos afetados deverão ser julgados no prazo de 1 (um) ano e terão preferência sobre
os demais feitos, ressalvados os que envolvam réu preso e os pedidos de habeas corpus.
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Uma vez concluído o julgamento dos recursos afetados, os demais recursos versando sobre a
matéria controvertida restarão prejudicados ou serão julgados conforme a tese paradigma.
Perceba que o novo CPC destaca a importância da eficácia vinculante dos precedentes
judiciais, em especial os firmados em sede de julgamentos por amostragem.
Nessa linha, o novo CPC prevê inclusive a possibilidade de RECLAMAÇÃO para preservar a
autoridade das decisões firmadas com essa eficácia:
O tema tem sido muito discutido pela doutrina e certamente será cobrado em futuras provas
de Processo Civil.
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Para além das hipóteses de afetação dos recursos repetitivos e da repercussão geral, o novo
CPC ainda destaca o chamado “Incidente de resolução de demandas repetitivas”, com o intuito
de uniformizar os julgamentos de massa no âmbito de um mesmo TJ ou TRF. O procedimento
é regulamentado a partir do art. 976:
Tal incidente deve ser dirigido ao presidente do tribunal e pode ser suscitado pelo juiz ou pelo
relator (de ofício), pelas partes, ou pelo MP ou Defensoria Pública.
O art. 982 do NCPC também prevê a suspensão dos processos pendentes sobre a questão que
tramitem no âmbito do tribunal. Esta suspensão também se dará por no máximo 1 ano.
Uma vez julgado o incidente, a tese será aplicada a todos os processos que versem sobre a
mesma questão de direito no âmbito daquele tribunal, sendo cabível inclusive reclamação
para preservar a autoridade dessa decisão.
I - a todos os processos individuais ou coletivos que versem sobre idêntica questão de direito e
que tramitem na área de jurisdição do respectivo tribunal, inclusive àqueles que tramitem nos
juizados especiais do respectivo Estado ou região;
II - aos casos futuros que versem idêntica questão de direito e que venham a tramitar no
território de competência do tribunal, salvo revisão na forma do art. 986.
§ 2o Se o incidente tiver por objeto questão relativa a prestação de serviço concedido, permitido
ou autorizado, o resultado do julgamento será comunicado ao órgão, ao ente ou à agência
reguladora competente para fiscalização da efetiva aplicação, por parte dos entes sujeitos a
regulação, da tese adotada.
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O julgamento desse recurso especial ou extraordinário, no entanto, terá efeitos ERGA OMNES,
pois a tese firmada pelo STJ ou STF será estendida a todo o território nacional.
Observação:
A fim de compatibilizar os institutos do “incidente de resolução de demandas repetitivas” com
o “julgamento dos recursos por amostragem”, o NCPC prevê que é INCABÍVEL a instauração
do primeiro se a questão já tiver sido afetada para ser julgada na sistemática dos recursos
repetitivos pelos tribunais superiores. Trata-se de importante previsão, a fim de evitar que
uma orientação do TJ local firmada em sede de incidente de resolução de demandas
repetitivas divirja da orientação de um tribunal superior.
É isso aí pessoal!
Com isso, concluímos o estudo dos principais Temas de Processo Civil para
a nossa prova, sempre procurando fazer um estudo comparado entre o
atual código e o novo CPC.
Infelizmente é impossível esgotarmos a matéria em um curso de apenas
um mês, mas acreditamos ter trabalhado os principais assuntos que
podem ser cobrados em sua prova. Não obstante, não custa lembrar
acerca da necessidade de complementar os estudos com seus resumos
pessoais. Lembramos também que ainda trabalharemos outros temas em
nossos Simulados finais.