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A ARTE BIZANTINA

A arte Bizantina teve seu auge no século VI d.C, e tendo como ponto de
partida a cidade de Ravena, a capital do Exarcado. Como o Cristianismo tornou-se
a religião oficial, e já que o Império Romano do Ocidente vivia crises, o Oriente
ficou responsável em criar uma arte cristã, que logo, marcaria a arte Bizantina; a
arte baseava-se em construções e igrejas criativas que procurava um maior
espaço que conseguisse reunir um considerável número de fiéis, apesar disso, a
grandiosidade também servia para representar a cristandade que possuía um rei
naquela época. Outro importante traço característico de igrejas bizantinas é sua
austeridade exterior, constituída de pedras e com destaque apenas para portas e
janelas.
A partir da metade do séc. IX d.C, a arte ficou centrada no monástico que
era nada mais que uma pequena cidade cercada de muros com uma só porta que
dava para um pátio aberto; a igreja localizava-se ao centro. Suas decorações
eram feitas em pedras coloridas e com molduras de portas e janelas em auto-
relevo.
Como forma de manifestar a hierarquia e transcendência que vivia os
súditos do império, as igrejas bizantinas utilizavam a forma e a cor. Assim, a
disposição e a decoração no interior das igrejas obedecia a uma cadência que
simbolizava a passagem do domínio da escuridão e do homem para o da luz e de
Deus. Do solo ao início dos arcos, correspondia à realidade terrestre e decorada
com temas mais próximos ao homem. Elementos da estrutura, como molduras,
representavam a passagem de uma realidade à outra. Os espaços arredondados,
correspondem ao mundo celestial e reservado às apresentações de divinos.
A genialidade artística bizantina foi representada por mosaicos, a arte
figurativa de mais alta expressão. Composta de pequenos fragmentos a arte
ganha profundidade que é realçada com o uso de cores.
Já nos primeiros séculos, a arte bizantina representava cenas periódicas
que porém não tinham sequer idéia de tempo ou de movimentos. A estrutura é
cuidadosamente desenhada representando os diferentes níveis sociais
separadamente e com detalhes como suas roupas; a autoridade máxima
encontra-se centralizada na figura e é representada por um halo na cabeça,
sugerindo condição ímpar de representante divino na terra.
O uso de imagem similar aos ídolos pagãos, foi considerado inadequado, e
no séc. VII d.C., surge a Questão Iconoclasta. Apesar disso, a igreja desenvolve
sua decoração como forma de representação de uma solução: iconografia
concentrada em temas e espaços. Cúpulas e absides eram reservadas para os
desenhos de Cristo, que dominaria toda a cena.
A imagem de Maria, em auto-relevo logo se espalhou por toda Europa Cristã e foi
tomada como modelo para a escultura medieval: pé na posição frontal, mão direita
apoiada no peito enquanto o braço esquerdo segura o Menino.
Outra criação original foi o ícone, a imagem realizada sobre uma técnica
que combina mosaico e pintura; o ícone que surge devido à Questão Iconoclasta,
expressa defesa da imagem como instrumento de devoção do divino,
transformando-a em objeto de devoção. Porém, sua imagem é mais centrada em
imagens de Cristo e da Virgem com o Menino;a arte parece menos racional e
realista mas apenas porque o objetivo mudara para persuadir o homem e glorificar
o poder de Deus e não com o intuito de demonstrar beleza.

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