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ESCOLA DE ENGENHARIA
ENGENHARIA CIVIL
São Paulo
2013
JÉSSIKA MARIANA PACHECO
MARIANA PESTANA DE CARVALHO
TATIANA REIS KISHI
São Paulo
2013
JÉSSIKA MARIANA PACHECO
MARIANA PESTANA DE CARVALHO
TATIANA REIS KISHI
Aprovadas em
BANCA EXAMINADORA
___________________________________________________________________________
Profº. Me. Simão Priszkulnik – Orientador
Universidade Presbiteriana Mackenzie
___________________________________________________________________________
Profº. Dr. André Luiz de Lima Reda – Banca 1
Universidade Presbiteriana Mackenzie
___________________________________________________________________________
Profª. Drª. Terezinha Jocelen Masson – Banca 2
Universidade Presbiteriana Mackenzie
Àquele que sempre me deu forças para acreditar, mesmo quando tudo parecia ser impossível,
o meu Deus, meu melhor amigo, meu socorro presente, que me criou e formou.
Ao meu pai, João B. Pacheco, que plantou a semente do amor pela Engenharia Civil dentro
do meu coração.
À minha mãe, Marli O. S. Pacheco, meu exemplo de força, coragem e persistência.
Ao meu futuro esposo, Samuel Misko, pelo companheirismo, amor, compreensão e paciência
comigo, mesmo nos momentos mais difíceis.
A todos estes, dedico.
(Jéssika M. Pacheco)
A meus pais, Antonio Borba de Carvalho e Maria Clarisse Pestana de Carvalho, que fizeram
todo o possível para que eu chegasse até aqui, e sempre estiveram presentes, dando apoio e
suporte, sempre dispostos a suprir todas as minhas necessidades que estivessem ao seu
alcance. Espero que, de alguma forma, a conclusão desta etapa seja uma recompensa, um
motivo de orgulho para vocês.
(Mariana P. de Carvalho)
A Deus, que é a fonte de todo o saber e que nos capacitou com entendimento,
paciência e força para realizarmos este projeto. Pai, somos gratas por tudo!
À Escola de Engenharia Mackenzie, por dar o apoio necessário à realização do
nosso trabalho.
Ao nosso orientador, Prof. Mestre Simão Priszkulnik, por se aventurar conosco
num assunto tão complexo quanto este, insistir e acreditar que seríamos capazes de realizar
um trabalho com um significado tão positivo ao meio ambiente, que até daria “samba”! Foi
por seu “faro” e influência que conseguimos patrocínios para o desenvolvimento da pesquisa
experimental. Professor, muito obrigada por sua orientação e por esta oportunidade de
trabalharmos juntos!
Ao Prof. Dr. Eduardo Yoshimoto, que nos auxiliou na definição do traço em
massa da argamassa fotocatalítica.
Ao pessoal da CETESB, principalmente ao Eng. Mestre Fábio Ferling, a quem
tivemos a sorte de encontrar no decorrer desta pesquisa. Sempre foi solícito e disposto a
ajudar-nos de todas as formas, atuando como um co-orientador durante todo o processo.
À empresa Napro Eletrônica Industrial Ltda., por ter aprovado a colaboração à
realização deste trabalho e designado o Sr. Octavian Rusu para nos auxiliar. Agradecemos por
todas suas orientações, inclusive referentes à parte técnica de química, por toda a paciência
para responder nossos inúmeros e-mails e sanar nossas dúvidas.
Aos laboratoristas José Carlos Sobrinho, José Maria da Silva, Lázaro de Castro
e Ailton Pereira de Sousa, por todo o auxílio prestado durante os processos de moldagem e
cura dos corpos de prova. Meninos, muito obrigada pela colaboração de vocês!
À coordenação do curso de Química da Universidade Presbiteriana Mackenzie,
na pessoa da Profª. Drª. Márcia Guekezian, que gentilmente nos cedeu um espaço no
laboratório para realizarmos os ensaios. Também agradecemos aos laboratoristas Amarildo
Soares, Emerson Sousa, Silvio Cesar, Geraldo Gomes, Jakson S. Silva e Walter Silva, que
estiveram sempre disponíveis a nos auxiliar durante a realização do procedimento
experimental.
Ao Dr. Ivan Hernandez Romano, que, de última hora, nos auxiliou na etapa de
calibração do fotorreator com toda a disposição.
A todos que de alguma maneira estiveram presentes para nos auxiliar nesta
pesquisa, direta ou indiretamente, o nosso “muito obrigada”!
“Hasta la victoria, siempre!”
(Che Guevara)
Na região metropolitana de São Paulo (RMSP), os óxidos de nitrogênio (NO x), originados por
ações antrópicas, estão entre os principais poluentes que contribuem para a diminuição da
qualidade do ar. Como suas emissões não podem ser mitigadas, uma forma de minorar a
concentração do poluente no ar é através da fotocatálise heterogênea, que é um processo
oxidativo avançado (POA). Utilizando-se um semicondutor, como o dióxido de titânio (TiO2),
o processo fotocatalítico é capaz de converter o NOx em íons de nitrato, que são substâncias
inócuas. Baseando-se nestas premissas, este trabalho avalia o grau de eficiência do TiO 2 em
película de revestimento de concretos na degradação de gases poluentes. Neste intento, foram
moldadas placas de concreto simples, revestidas com argamassa de 5 e 10 mm de espessura, e
com película de hidrofugante, impregnadas com três porcentagens de TiO2 (3, 6 e 10%). A
partir destas variáveis, ensaios foram realizados num aparato de teste, que simula as condições
reais de emissão, onde os gases poluentes passavam sobre a superfície da placa com
revestimento fotocatalítico num recipiente confinado. A avaliação dos resultados foi realizada
em tempo real por um analisador de gases disposto no final do sistema. À semelhança dos
estudos já realizados, este processo mostra-se promissor na degradação de NOx, de modo a
elevar a qualidade do ar na RMSP.
In the metropolitan area of São Paulo (MASP), the nitrogen oxides (NOx), caused by human
activities, are among the main pollutants contributing to the decrease in air quality. As
emissions cannot be mitigated, a manner to alleviate air pollution concentration is by
heterogeneous photocatalysis, which is an advanced oxidation process (AOP). Using a
semiconductor such as titanium dioxide (TiO2), the photocatalytic process is capable of
converting NOx into nitrate ions, which are innocuous substances. Based on these
assumptions, this study evaluates the efficiency of pollutants degradation by a TiO2 coating
on concrete. In this purpose, simple concrete slabs were molded, covered with 5 and 10 mm
thick mortar and hydrofugant impregnated with three different percentages of TiO2 (3, 6 and
10%). From these variables, experiments were performed in a test apparatus that simulates the
real emission conditions, where the pollutant gases passed over the surface of the concrete
slabs with photocatalytic coating in a confined recipient. The results evaluation was done in
real time by a gas analyzer disposed at the end of the system. Similarly to the existing studies,
this process demonstrates to be promisor in the degradation of NOx, capable to improve the
air quality in the MASP.
Figura 11 Pesagem do cimento (a) e agregados utilizados neste estudo (b) (acervo próprio,
2013) ................................................................................................................. 44
Figura 12 Mistura (a) e aspecto final do concreto (b) (acervo próprio, 2013)...................... 44
Figura 13 Determinação da massa específica (a) e moldagem dos corpos de prova (b)
(acervo próprio, 2013) ....................................................................................... 45
Figura 14 Pesagem dos materiais: cimento (a), pedrisco (b), dióxido de titânio (c) e água (d)
(acervo próprio, 2013) ....................................................................................... 46
Figura 15 Mistura da argamassa (a)e corpo de prova já revestido(b)(acervo próprio,2013) 46
Figura 16 Solução aquosa de TiO2 (a) e corpo de prova já tratado com hidrofugante (b)
(acervo próprio,2013) ........................................................................................ 47
Figura 17 Aparato de medição da atividade fotocatalítica (HÜSKEN et al., 2009) ............. 49
Figura 18 Analisador de gases utilizado neste estudo (acervo próprio, 2013) ..................... 50
Figura 19 Fotorreator utilizado nesta pesquisa (acervo próprio, 2013) ................................ 50
Gráfico 2 Velocidade média do vento na RMSP durante a Operação Inverno da CETESB
(maio a setembro) (CETESB, 2013)................................................................... 51
Gráfico 3 Umidade relativa do ar às 15h na Estação Mirante de Santana (maio a setembro)
(CETESB, 2013). ............................................................................................... 52
Gráfico 4 Ensaio de degradação de NOx para a placa de referência (CP 0) (acervo próprio,
2013) ................................................................................................................. 56
Gráfico 5 Ensaio de degradação de NOx para a placa CP 3 (acervo próprio, 2013) ............. 57
Gráfico 6 Ensaio de degradação de NOx para a placa CP 4 (acervo próprio, 2013) ............. 57
Gráfico 7 Ensaio de degradação de NOx para a placa CP 8 (acervo próprio, 2013) ............. 58
Gráfico 8 Ensaio de degradação de NOx para a placa CP 10 (acervo próprio, 2013) ........... 58
Gráfico 9 Ensaio de degradação de NOx para a placa CP 13 (acervo próprio, 2013) ........... 59
Gráfico 10 Ensaio de degradação de NOx para a placa CP 16 (acervo próprio, 2013) ........... 59
Gráfico 11 Ensaio de degradação de NOx para a placa CP 19 (acervo próprio, 2013) ........... 60
Gráfico 12 Ensaio de degradação de NOx para a placa CP 22 (acervo próprio, 2013) ........... 60
Gráfico 13 Ensaio de degradação de NOx para a placa CP 25 (acervo próprio, 2013) ........... 61
Gráfico 14 Ensaio de degradação de NOx para a placa CP 28 (acervo próprio, 2013) ........... 61
Gráfico 15 Ensaio de degradação de NOx para a placa CP 31 (acervo próprio, 2013) ........... 62
Gráfico 16 Ensaio de degradação de NOx para a placa CP 34 (acervo próprio, 2013) ........... 62
LISTA DE TABELAS
h+ Lacuna
pH Potencial hidrogênico
cm Centímetro
°C Graus Celsius
km Quilometro
hv Energia do fóton
m³ Metro cúbico
e- Elétron
E° (NHE) Eletrodo normal de hidrogênio
V Volt
eV Elétron-volt (unidade de medida de energia)
nm Nanometro
λ Comprimento de onda
h0 Constante de Planck
s Segundo
c Velocidade da luz
h Energia de ativação do TiO2
ebc- Elétron na banda de condução
hbv+ Lacuna na banda de valência
R Substrato
R+ Substrato oxidado
GHz Giga hertz
MHz Mega hertz
kHz Quilohertz
µm Micrometro
mm Milímetro
m Metro
L Litro
kg Quilograma
ppmv Partes por milhão em volume
W Watt
m² Metro quadrado
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 16
1.1 OBJETIVOS ......................................................................................................... 17
1.1.1 Objetivo geral ...................................................................................................... 17
1.1.2 Objetivos específicos ............................................................................................ 17
1.2 JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 17
1.3 METODOLOGIA ................................................................................................. 19
1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO ........................................................................... 20
2 REVISÃO DA LITERATURA .......................................................................... 21
2.1 QUALIDADE DO AR E POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA....................................... 21
2.1.1 Atmosfera ............................................................................................................. 21
2.1.2 Poluição do ar ...................................................................................................... 22
2.1.2.1 Principais poluentes ............................................................................................... 22
2.1.2.2 Fontes de emissão .................................................................................................. 23
2.1.2.3 Efeitos ................................................................................................................... 24
2.1.3 Padrões da qualidade do ar ................................................................................. 26
2.1.4 Legislação ............................................................................................................. 26
2.2 PROCESSOS OXIDATIVOS AVANÇADOS (POA) ........................................... 27
2.2.1 Fotocatálise heterogênea ..................................................................................... 30
2.2.2 Radiação solar (radiação eletromagnética) ........................................................ 33
2.3 DIÓXIDO DE TITÂNIO ....................................................................................... 34
2.3.1 Principais matérias primas para a produção de dióxido de titânio ................... 34
2.3.2 Processos de produção do dióxido de titânio ...................................................... 36
2.3.3 Aplicações gerais do dióxido de titânio ............................................................... 38
2.3.4 Dióxido de titânio como fotocatalisador ............................................................. 39
3 MATERIAIS E MÉTODOS................................................................................ 43
3.1 MOLDAGEM DAS PLACAS DE CONCRETO ................................................... 43
3.2 REVESTIMENTO FOTOCATALÍTICO .............................................................. 45
3.3 CONTROLE DAS PEÇAS .................................................................................... 47
3.4 EQUIPAMENTO PARA MEDIÇÃO DE ATIVIDADE FOTOCATALÍTICA ...... 49
3.5 CONDIÇÕES DE ENSAIO ................................................................................... 51
3.6 PROCEDIMENTO DE ENSAIO........................................................................... 54
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ....................................................................... 56
5 CONCLUSÃO ..................................................................................................... 64
REFERÊNCIAS .................................................................................................. 65
APÊNDICE .......................................................................................................... 70
16
1 INTRODUÇÃO
1.1 OBJETIVOS
1.2 JUSTIFICATIVA
LOH; JOHN, 2008). Buscando o maior rendimento, diferentes materiais com propriedades
fotocatalíticas são estudados.
Dentre eles, o dióxido de titânio é o mais abundante, de fácil obtenção, menor
custo e menor toxicidade, como discutido anteriormente. Por estas razões, este trabalho
procura avaliar o grau de eficiência do TiO2 em película de revestimento de concretos para a
degradação de gases poluentes.
1.3 METODOLOGIA
2 REVISÃO DA LITERATURA
2.1.1 Atmosfera
2.1.2 Poluição do ar
2.1.2.3 Efeitos
2.1.4 Legislação
λ= (2.1)
Sendo:
λ = comprimento de onda (nm);
h0 = constante de Planck = 4,136 x 10-15 (eV.s)
c = velocidade da luz = 2,998 x 108 (m/s)
h = energia de ativação do TiO2 = 3,2 (eV)
Fotoativação do semicondutor:
a radiação UV a ser utilizada deve ser a UV-A, pois sua absorção pelo O3 estratosférico é de
pequena intensidade e seu intervalo espectral é favorável à exigência de energia imposta pelo
TiO2.
Maia (2011) destaca em seu trabalho os óxidos de titânio com maior interesse
econômico, também matérias primas para a produção de dióxido de titânio (TiO 2), conforme
35
apresentados a seguir.
a) ilmenita (FeTiO3): é o mineral de titânio mais abundante. Possui cor preta, brilho
metálico a submetálico, é opaco e cristaliza no sistema hexagonal. Em sua
composição teórica, apresenta 53 % de TiO2 e 47% de óxidos ferrosos (FeO). Pode
apresentar-se junto a pequenas quantidades de magnésio e manganês (MAIA,
2001). A Figura 5 apresenta esquematicamente o minério ilmenita.
b) rutilo (TiO2): é o mais valorizado entre os minerais de titânio, por sua pureza e
elevado teor de titânio em sua composição. Pode se apresentar em cores desde
marrom avermelhado a vermelho escuro, pode ser transparente, translúcido ou
opaco, possui brilho adamantino a submetálico e cristaliza-se no sistema tetragonal
(BALTAR et al., 2008). Rutilo sintético também pode ser obtido do minério de
ilmenita, extraindo-se o ferro e mantendo a forma da partícula (CANDAL et al.,
2001). O rutilo é a forma cristalina mais estável de dióxido de titânio, e também a
mais utilizada industrialmente (LICCIULLI et al., 2008), e está representado na
Figura 4.
dissolvido em ácido sulfúrico, e a reação gera sulfatos de titânio, ferroso e férrico, sendo os
dois últimos são removidos por centrifugação. Posteriormente, a solução de sulfatos de titânio
é hidrolisada com soda cáustica e forma hidróxido de titânio, que é precipitado por hidrólise,
filtrado e calcinado. Este método produz anatásio e rutilo, porém caiu em desuso devido à
qualidade inferior do pigmento produzido e também da grande quantidade de resíduos
gerados (BALTAR et al., 2008).
No processo de cloretação, o rutilo reage com gás de cloro e produz
tetracloreto de titânio (TiCl4) e impurezas, que são removidas posteriormente. O tetracloreto
de titânio é oxidado a altas temperaturas para formar dióxido de titânio. Na cloretação, há
meios de controlar criteriosamente a granulometria das partículas e o tipo de cristal,
garantindo um pigmento com poderes de cobertura e tingimento eficientes (DUPONT, 2005).
Cada tonelada de cloreto produz de 5 a 6 toneladas de TiO2. Os rejeitos da cloretação são
hidróxido de ferro e cloreto de cálcio, que não causam problemas ambientais, por isso há
inclinação para se aumentar a utilização deste método. Hoje, 60% do titânio do mundo são
produzidos pelo processo cloreto (BALTAR et al., 2008).
Em ambos os processos, os produtos intermediários devem ser triturados para
apresentar o desempenho óptico desejado. Vários métodos de processamento podem ser
usados para modificar o TiO2, a escolha depende das exigências de uso do produto final.
Tratamentos com hidróxidos e óxidos e aditivos orgânicos podem ser utilizados para
potencializar o desempenho do pigmento, para destinações específicas (DUPONT, 2005).
Os fluxogramas das figuras 8, 9 e 10 apresentam as etapas de cada processo de
fabricação do dióxido de titânio e do acabamento da superfície do pigmento.
Minério de
titânio / H2SO4
Filtração TiO2
Solução Cristalização Precipitação Calcinação
e lavagem intermediário
Cristais de
sulfato ferroso
Filtração,
Modificação
lavagem e Trituração Compressão
da superfície
secagem
Composição de Armazenamento
Concentração
pasta líquida de pasta líquida
e carga
acabada
Aditivos
(Fonte: adaptado de DUPONT, 2005)
eficiência.
Outras aplicações envolvem borrachas para pneus, esmaltes para porcelanas,
fibras de vidro, soldas, capacitores de cerâmica, abrasivos, tinta de impressão, entre outros
(BALTAR et al., 2008).
processo fotocatalítico com TiO2 para remover a cor de um efluente sintético contendo
corantes de uma indústria de cosméticos, e verificaram que além de remover a cor, a
fotocatálise foi eficiente para tornar o efluente mais biodegradável, remover sua ecotoxicidade
e mineralizá-lo.
No tratamento de ar, pode-se encontrar diversos estudos para aplicações tanto
em ambientes internos ou externos. Lacey e Schirmer (2008) avaliaram a fotocatálise em
ambientes internos, onde constataram que é um excelente purificador de ar e desinfetante.
Através de um aparato para ensaio de degradação de óxidos de nitrogênio, Melo e Trichês
(2010) avaliaram a eficiência da aplicação na superfície de peças pré-moldadas em concreto
destinadas a áreas públicas, e concluíram que é possível converter 50% do poluente analisado
em materiais não nocivos.
Melo et al. (2011) avaliaram a eficiência de revestimentos fotocatalíticos de
dióxido de titânio em superfícies de pavimentos rígidos de dupla camada, testando duas
formas de TiO2 nanométrico: anatase e rutilo, com diferentes teores incorporados (3, 6 e
10%).
Em suas análises de laboratório, concluíram que a forma de anatase, por
apresentar maior superfície específica, facilita a ativação do semicondutor, sendo, portanto
mais eficiente que a forma de rutilo. Foi também constatado que, para maiores teores de TiO 2
incorporados, maior é a eficiência da superfície na degradação do NO x.
O processo pode converter o poluente em uma taxa de até 95%. Beeldens
(2008) investigou a aplicação de dióxido de titânio na superfície de pavimentos de blocos pré-
moldados em concreto, através de um projeto em Leien of Antwerp (Bélgica), cujos
resultados, obtidos em laboratório e em campo, no eixo principal de uma faixa de
estacionamento, indicaram eficiência do processo na redução do NO x, o que contribui para a
mitigação da formação do ozônio. Rochetto (2012) desenvolveu um esquema experimental
em laboratório e analisou a eficiência da fotocatálise na degradação de hidrocarbonetos com
números de carbono variados, e obteve resultados satisfatórios na transformação desses gases.
Maggos et al. (2008) avaliaram a capacidade fotocatalítica de painéis
revestidos com argamassa modificada com dióxido de titânio, monitorando constantemente as
condições ambientais. Foram construídos dois desfiladeiros artificiais em menores
proporções, um cujas paredes foram revestidas com a argamassa fotocatalítica, e outro com
revestimento de argamassa convencional (painel de referência).
Uma tubulação localizada entre os painéis fazia a distribuição de NOx e O3, e
equipamentos especiais foram utilizados para fazer a medição da concentração dos gases.
41
Foram obtidos resultados positivos quanto ao nível de degradação. Além dos ensaios in situ,
Hunger et al. (2008) estudaram os limites cinéticos baseados em Langmuir-Hinshelwood e a
interferência das condições do meio no processo, e montaram um modelo matemático para
prever o desempenho do tratamento de ar por processos fotocatalíticos.
Avaliando a combinação de TiO2 com materiais de base silicone, Maranhão et
al. (2008) constataram sua eficiência em superfícies porosas que, segundo seus estudos
laboratoriais, potencializa a atividade fotocatalítica para aplicação em superfícies
autolimpantes. Fujishima, Rao e Tryk (2000) afirmam que a fotocatálise com TiO 2 pode ser
utilizada para matar bactérias e, consequentemente, preparar superfícies autoesterilizantes.
Brito (2008) estudou o tratamento do chorume do aterro sanitário de Limeira-
SP, combinando um pré-tratamento por filtração lenta com fotocatálise heterogênea com TiO 2
ou homogênea com peróxido de hidrogênio (H2O2). O tratamento fotocatalítico foi realizado
em um reator laboratorial de vidro Pyrex com capacidade volumétrica de 1,7 L, equipado com
refrigeração à água e recirculação do percolado. Verificou-se que aplicar filtração lenta
seguida de fotocatálise heterogênea reduz a coloração do percolado em até 65,71%, sob
condições ótimas de ensaio.
A fotocatálise homogênea foi ainda mais eficiente, apresentando redução na
coloração de até 90,7%. Moraes, Sirtori e Peralta-Zamora (2006) utilizaram a fotocatálise com
TiO2 como sistema de pré-tratamento de amostras de chorume do aterro sanitário de Caximba
(Curitiba-PR), e verificaram alterações substanciais no percolado (redução de cor, demanda
química de oxigênio e área espectral), capazes de aumentar significativamente a
biodegradabilidade do mesmo.
Outra aplicação promissora da fotocatálise com TiO2 se dá em tratamentos
antitumorais. Fujishima, Rao e Tryk (2000) destacam que há potencial uso em tratamentos
contra o câncer, desde que, enquanto o TiO2 em pó é adicionado ao tumor, haja possibilidade
de expô-lo à irradiação. Se houver meios de iluminar o tumor, as células cancerígenas podem
ser selecionadas e destruídas, ou, ao menos, ter seu crescimento inibido.
O Quadro 2, apresenta resumidamente algumas aplicações da fotocatálise com
dióxido de titânio.
42
3 MATERIAIS E MÉTODOS
a) cimento Portland: foi utilizado Cimento Portland Composto com Filer CP-II-F-32,
disponível no Laboratório de Ensaios de Materiais da Universidade Presbiteriana
Mackenzie. Este produto é normalizado pela ABNT NBR 11578:1991;
b) agregado miúdo: foi utilizada areia média quartzosa, de módulo de finura 2,08 e
dimensão máxima de 2,36 mm, fornecida pela empresa Pedrasil Comércio e
Logística Integrada Ltda.;
c) agregado graúdo: foi utilizada brita 1 de origem granítica, com módulo de finura
6,44 e dimensão máxima de 19 mm, fornecida pela empresa Pedrasil Comércio e
Logística Integrada Ltda.;
d) aditivo: para aumentar a trabalhabilidade do concreto, foi utilizado o aditivo
Adiment Premium Fast, fornecido pelo grupo Vedacit/Otto Baumgart.
(a) (b)
(Fonte: acervo próprio, 2013)
(a) (b)
(Fonte: acervo próprio, 2013)
45
Figura 13 – Determinação da massa específica (a) e moldagem dos corpos de prova (b).
(a) (b)
(Fonte: acervo próprio, 2013)
Figura 14 – Pesagem dos materiais: cimento (a), pedrisco (b), dióxido de titânio (c) e água (d).
(a) (b)
(Fonte: acervo próprio, 2013)
47
Figura 16 – Solução aquosa de TiO2 (a) e corpo de prova já tratado com hidrofugante (b).
(a) (b)
(Fonte: acervo próprio, 2013)
O aparato para avaliar a degradação do NOx foi executado com base no projeto
esquematizado na Figura 16 .
O fotorreator utilizado neste estudo pode ser observado na Figura 18. Deve-se
destacar que este aparato foi desenvolvido especialmente para este estudo, em parceria com a
empresa Napro Eletrônica Industrial Ltda., sendo exclusivo no estado de São Paulo.
Sistema de
análise e Sistema de
aquisição de Célula do gases
dados fotorreator
Máxima
Máxima
Máxima
Máxima
Máxima
Máxima
Máxima
(W/m²)
(W/m²)
(W/m²)
(W/m²)
(W/m²)
(W/m²)
(W/m²)
(W/m²)
(W/m²)
(W/m²)
(W/m²)
(W/m²)
(W/m²)
(W/m²)
Média
Média
Média
Média
Média
Média
Média
188 677 200 729 264 884 -- -- 270 832 318 982 275 884
(Fonte: modificado de CETESB, 2008 apud MELO, 2011)
1º Estágio: tem duração de 5 min, sem incidência de radiação UV-A. O objetivo deste
estágio é comprovar que não ocorre degradação do NOx sem radiação UV-A.
2º Estágio: tem duração de 20 min, com incidência de radiação UV-A. O tempo de duração
deste estágio foi definido com base em ensaios realizados por Melo (2011),
55
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
TiO2: 3%
Espessura: 10 mm
Umidade: 50%
Degradação: 1,50 ppmv (5,68%)
TiO2: 6%
Espessura: 10 mm
Umidade: 65%
Degradação: 2,08 ppmv (8,31%)
TiO2: 10%
Espessura: 10 mm
Umidade: 65%
Degradação: 3,93 ppmv (15,19%)
TiO2: 3%
Espessura: 5 mm
Umidade: 54%
Degradação: 7,00 ppmv (26,67%)
TiO2: 6%
Espessura: 5 mm
Umidade: 66%
Degradação: 2,77 ppmv (11,07%)
TiO2: 10%
Espessura: 5 mm
Umidade: 65%
Degradação: 1,57 ppmv (6,27%)
Após a realização dos ensaios das placas revestidas com argamassa, examinou-
se a influência da aplicação de película de hidrofugante e solução aquosa de TiO 2. Os
resultados obtidos constam dos gráficos 11 a 16. Nota-se que, nas condições estudadas, a
utilização de hidrofugante não potencializou o processo fotocatalítico para a degradação de
gases quando comparado ao revestimento com argamassa, sendo os níveis de degradação
superiores para maior quantidade de demãos de solução de TiO 2.
TiO2: 3%
Demãos de solução de TiO2: 1
Umidade: 70%
Degradação: 0,92 ppmv (3,80%)
TiO2: 6%
Demãos de solução de TiO2: 1
Umidade: 62%
Degradação: 0,66 ppmv (2,66%)
TiO2: 10%
Demãos de solução de TiO2: 1
Umidade: 63%
Degradação: 1,57 ppmv
(6,34%)
TiO2: 3%
Demãos de solução de TiO2: 2
Umidade: 43%
Degradação: 2,46 ppmv (9,06%)
TiO2: 6%
Demãos de solução de TiO2: 2
Umidade: 40%
Degradação: 1,47 ppmv (5,45%)
TiO2: 10%
Demãos de solução de TiO2: 2
Umidade: 42%
Degradação: 1,12 ppmv (4,42%)
A partir da realização destes ensaios, nas condições desta pesquisa, foi possível
chegar aos seguintes apontamentos:
a) para as placas revestidas com argamassa fotocatalítica, quanto maior a espessura,
menor é o nível de degradação do NOx;
b) a umidade interfere sensivelmente no processo. Esperavam-se resultados melhores
para maiores porcentagens de TiO2 em menores espessuras de argamassa e com
duas demãos de solução aquosa de TiO2, porém a influência da variação da
umidade não permitiu observá-los;
c) em geral, pode-se observar que, quanto menor a umidade, maior a degradação;
d) o tratamento superficial com hidrofugante é menos eficiente que o revestimento
com argamassa fotocatalítica para a degradação de gases poluentes.
Os ensaios deste trabalho permitem comprovar a adequação do revestimento
fotocatalítico à base de TiO2 para a degradação de gases poluentes. Pode-se propor a aplicação
deste em pavimentos urbanos (especialmente em corredores de ônibus) e estacionamentos ou
garagens, pois a fonte de emissão do poluente encontra-se próxima à superfície tratada e a
taxa de fluxo é baixa, de modo que a eficiência do processo fica garantida.
64
5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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70
00:01:30 26,42 25,45 25,07 26,74 25,61 25,05 24,42 25,20 24,90 27,66 27,11 25,25 28,25
00:02:00 26,57 25,46 24,84 26,68 25,77 24,94 24,13 25,38 24,94 27,58 27,07 25,31 28,52
00:02:30 26,70 25,64 24,86 26,65 25,99 25,08 23,50 25,50 24,80 27,84 27,15 25,32 28,79
00:03:00 26,71 25,64 24,72 26,76 26,13 25,24 24,38 25,45 25,00 27,94 27,27 25,35 28,11
00:03:30 26,75 25,76 24,75 26,79 26,13 25,52 24,31 25,65 25,06 27,92 27,22 25,27 28,45
00:04:00 26,70 25,79 24,79 26,80 26,12 25,37 24,55 25,65 24,97 27,99 27,33 25,42 28,58
00:04:30 26,72 25,84 24,87 26,93 26,28 25,57 24,19 25,71 25,17 28,16 27,26 25,45 28,77
00:05:00 26,83 25,81 24,69 26,84 26,31 25,45 24,22 25,75 25,24 28,09 27,42 25,50 28,80
00:05:30 26,49 25,30 24,10 26,13 25,80 25,20 24,52 25,86 24,76 28,09 26,94 25,58 29,03
00:06:00 26,23 24,91 23,45 25,05 25,48 25,13 24,53 25,50 24,64 28,10 26,71 25,53 29,04
00:06:30 26,10 24,73 23,05 24,51 25,28 24,98 24,49 25,72 24,44 27,97 26,55 25,48 29,05
00:07:00 26,02 24,57 22,70 23,79 25,06 25,10 24,37 25,65 24,55 27,91 26,48 25,41 29,10
00:07:30 25,84 24,50 22,56 23,31 24,99 25,00 24,66 25,68 24,48 27,94 26,35 25,37 29,11
00:08:00 25,76 24,25 22,40 22,96 24,80 25,02 24,32 25,73 24,59 27,91 26,29 25,30 29,20
00:08:30 25,62 24,25 22,30 22,73 24,73 25,06 24,43 25,62 24,55 27,82 26,23 25,32 29,26
00:09:00 25,72 24,17 22,45 22,50 24,61 25,03 24,37 25,64 24,60 27,90 26,15 25,29 29,25
00:09:30 25,59 24,01 22,28 22,19 24,57 25,10 24,48 25,64 24,56 27,82 26,16 25,30 29,11
00:10:00 25,60 24,03 22,30 21,99 24,48 25,09 24,21 25,74 24,70 26,26 26,12 25,23 29,26
00:10:30 25,63 24,10 22,36 21,93 24,50 25,19 24,62 25,65 24,70 25,70 26,09 25,20 29,19
00:11:00 25,54 23,98 22,90 21,69 24,35 25,16 25,00 25,61 24,72 25,98 26,10 25,28 29,19
00:11:30 25,55 23,90 22,27 21,59 24,26 25,14 24,48 25,63 24,78 26,31 26,10 25,19 29,35
00:12:00 25,54 23,98 22,35 21,36 24,25 25,12 24,55 25,59 24,69 26,35 26,11 25,13 29,26
00:12:30 25,61 23,85 22,70 21,37 24,29 25,04 24,20 25,76 24,74 26,40 25,98 25,04 29,29
00:13:00 25,56 24,01 22,17 21,23 24,17 25,08 24,42 25,60 24,93 26,42 26,07 25,06 29,23
00:13:30 25,44 24,00 22,38 21,09 24,05 25,27 24,20 25,76 24,84 26,60 26,09 25,01 29,26
00:14:00 25,50 23,89 22,29 21,13 24,02 25,15 23,80 25,68 24,91 26,56 26,01 24,96 29,17
2º ESTÁGIO
00:14:30 25,59 23,86 22,35 20,98 24,06 25,08 24,29 25,59 24,78 26,46 26,06 24,92 29,14
00:15:00 25,59 24,00 22,42 20,78 24,05 25,14 24,28 25,74 24,83 26,60 26,03 24,89 29,21
00:15:30 25,53 23,92 22,38 20,88 24,01 25,15 24,37 25,75 24,92 26,59 26,11 24,87 29,10
00:16:00 25,49 23,94 22,46 20,81 23,92 25,11 24,17 25,54 24,91 26,50 26,11 24,80 29,39
00:16:30 25,55 23,83 22,36 20,74 23,96 25,13 24,26 25,67 24,89 26,50 26,09 24,82 29,31
00:17:00 25,43 23,94 22,48 20,60 24,00 25,13 24,42 25,68 24,96 26,62 25,99 24,77 29,10
00:17:30 25,40 23,98 22,26 20,57 23,86 25,04 24,44 25,65 25,05 26,68 26,04 24,71 29,18
00:18:00 25,59 23,95 22,41 20,48 23,90 25,14 24,29 25,71 25,12 26,67 26,01 24,68 29,21
00:18:30 25,60 23,82 22,30 20,46 23,82 25,19 24,18 25,62 25,09 26,66 26,10 24,73 29,18
00:19:00 25,54 23,92 22,35 20,45 23,77 25,28 24,22 25,89 25,07 26,53 26,06 24,64 29,17
00:19:30 25,53 23,91 22,46 20,34 23,74 25,18 24,00 25,85 24,99 26,72 26,02 24,62 29,18
00:20:00 25,63 23,77 22,48 20,38 23,71 25,10 24,55 25,78 24,98 26,58 25,99 24,59 29,18
00:20:30 25,45 23,94 22,45 20,28 23,82 25,21 24,21 25,71 25,11 26,58 26,03 24,51 29,05
00:21:00 25,59 23,92 22,56 20,20 23,80 25,22 24,39 25,75 25,11 26,61 26,05 24,47 29,18
00:21:30 25,52 23,80 22,49 20,24 23,71 25,27 24,10 25,67 25,13 26,61 26,12 24,43 29,08
00:22:00 25,54 23,82 22,49 20,22 23,76 25,08 24,32 25,89 25,03 26,64 26,05 24,45 29,02
00:22:30 25,53 23,90 22,46 20,19 23,61 25,22 24,53 25,82 25,06 26,59 26,01 24,42 28,99
00:23:00 25,46 23,92 22,56 20,18 23,62 25,17 24,67 25,86 25,05 26,60 25,95 24,43 29,05
00:23:30 25,58 23,91 22,56 19,98 23,58 25,17 24,48 25,82 25,34 26,57 26,02 24,39 29,09
00:24:00 25,48 23,88 22,43 19,93 23,72 25,20 24,21 25,84 25,27 26,67 26,07 24,41 29,07
00:24:30 25,58 23,92 22,43 20,09 23,54 25,16 24,60 25,82 25,11 26,63 26,10 24,38 28,82
00:25:00 25,44 23,92 22,42 20,00 23,55 25,13 24,55 25,97 25,10 26,73 26,02 24,38 29,03
00:25:30 25,87 24,11 22,70 21,08 24,04 25,59 24,40 25,97 25,32 26,81 26,12 24,46 29,12
00:26:00 26,09 24,62 23,44 22,42 24,73 25,83 24,59 26,00 25,58 26,92 26,21 24,49 29,02
00:26:30 26,42 24,91 24,06 23,39 25,04 26,13 24,71 25,99 25,72 26,95 26,25 24,52 29,05
3º ESTÁGIO
00:27:00 26,51 25,15 24,63 23,89 25,49 26,22 24,47 25,99 25,92 26,97 26,34 24,58 28,98
00:27:30 26,49 25,39 24,95 24,52 25,65 26,37 24,41 26,00 25,82 27,14 26,58 24,62 29,05
00:28:00 26,66 25,33 24,99 24,92 25,75 26,40 24,39 26,00 25,85 27,14 26,65 24,69 29,05
00:28:30 26,71 25,61 25,21 25,39 25,85 26,55 24,72 26,00 26,01 27,26 26,79 24,73 28,99
00:29:00 26,80 25,73 25,13 25,62 25,99 26,42 24,69 26,16 25,92 27,18 26,88 24,79 29,01
00:29:30 26,84 25,83 25,26 25,92 26,08 26,44 24,58 26,00 25,94 27,12 26,95 24,89 29,05
00:30:00 26,90 25,85 25,39 26,27 26,18 26,40 24,49 26,09 25,90 27,25 27,00 25,25 28,94
Corpo de prova 3 4 8 10 13 16 19 22 25 28 31 34 0
% TiO2 3% 6% 10% 3% 6% 10% 3% 6% 10% 3% 6% 10% -
Espessura da argamassa (mm) 10 10 10 5 5 5 - - - - - - -
Demãos de solução TiO2 - - - - - - 1 1 1 2 2 2 -
Umidade (%) 50% 65% 65% 54% 66% 65% 70% 62% 63% 43% 40% 42% 49%
Degradação (ppm) 1,50 2,08 3,93 7,00 2,77 1,57 0,92 0,66 1,57 2,46 1,47 1,12 0,30
Degradação (%) 5,68% 8,31% 15,19% 26,67% 11,07% 6,27% 3,80% 2,66% 6,34% 9,06% 5,45% 4,42% 1,07%