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Introdução

Até este ponto, concentramo-nos de produtos finais, mercado de bens e serviços que as
empresas comercializam e os comsumidores adquirem. Neste capítulo, discutiremos
mercados de factores de produção: mercado de mão-de-obra, de matérias primas e de
outros insumos de produção. Muito do material já será familiar, porque as mesmas
forças que determinam a oferta e a demanda dos mercados de produtos também
influência os mercados de factores de produção.

Alguns mercados de produção são totalmente ou quase perfeitamente competitivos,


enquanto em outros os produtores têm poder de mercado; o mesmo ocorre com os
mercados de factores de produção. Os factores de produção para produzir um
determinado bem utilizamos os seguintes factores de produção: Trabalho, Terra e
Capital.

Factor de produção: é a relação entre a quantidade de insumo usados na produção de um


bem e a quantidade produzida desse mesmo bem.

Produto marginal do trabalho: é o aumento da quantidade produzida decorrente do uso


de uma unidade adicional de mão-de-obra.

Factor de produção a medida que a quantidade de insumo aumenta, a função de


produção vai se tornando menos inclinada, quase chegando a ficar horizontal, refletindo
a propriedade do produto marginal decrescente.

ESTRUTURAS DE FACTORES DE PRODUÇÃO

 Mercado de factor perfeitamente competitivo;


 Mercado nos quais os compradores de factores possuem poder de monopsônio;
 Mercado nos quais os vendedores de factores possuem poder de monopólio.

MERCADO DE FACTOR COMPETITIVO

Um mercado de factor competitivo é aquele em que há um grande número de


vendedores e de compradores de factor de produção, como trabalho ou matéria-prima.
Como nenhum vendedor ou comprador em particular pode influênciar o preço de
determinado factor, cada um deles se constitui em um aceitador de preços.

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Por exemplo: Quando as empresas individualmente adquirem madeira para construção
de casas, comprando pequenas frações da quantidade total da madeira disponível no
mercado, a decisão não terá nenhum impacto sobre o preço do produto. De igual modo,
se os fornecedores isoladamente controlarem uma pequena fração do mercado, as
decisões isoladas não infuenciarão o preço da madeira que eles vendem. Em vez disso ,
o preço da madeira ( e a quantidade total produzida ) será determinado pela oferta e
demanda agregado por madeira.

DEMANDA POR UM FACTOR DE PRODUÇÃO QUANDO UM FACTOR É


VARÍVEL

Da mesmo maneira que as curvas da demanda dos produtos acabados, resultantes dos
processos produtivos, as curvas da demanda por factores de produção apresentam
inclinação descendente. Entretanto, diferentemente do que ocorre com a demanda dos
consumidores por bens e serviços, as demandas por factor de produção são demandas
derivadas, pois dependem e derivam do nível de produção de uma empresa e dos custos
dos insumos. Ex: A demanda da Macrosoft Corporation por programadores é uma
demanda derivada, pois é função não só dos actuais salários dos programadores, mas
também de quantos Softwares a Macrosoft espera vender.

A demanda de factores de produção mostra de que forma uma empresa determina os


insumos de produção. A empresa obtém a produção utilizando dois insumos, Capital e
Trabalho ( K,L ), que podem ser contratados, respectivamente pelos preços r ( custo de
aluguel do K ) e W ( remuneração do W ). Supondo que a empresa já tem a fábrica e
equipamentos devidamente instalados ( como em uma análise de curto prazo ) e
necessita apenas decidir que quantidade de mão-de-obra deverá contratar.

Suponhamos que a empresa tenha contratado determinado número de trabalhadores e


queira saber se seria lucrativo contratar um trabalhador adicional. A contratação desse
trabalhador é justificada se a receita adicional decorrente da produção desse
trabalhador adicional for maior do que o custo. A receita adicional resultante de uma
unidade incremental de trabalho é a remuneração do trabalho. Assim, é lucrativo
contratar mais mão-de-obra se a receita do produto marginal do trabalho ( RMgP L ) for
pelo menos igual a remuneração.

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A receita do produto marginal do trabalho ( RMgPL ): é a produção adicional obtida
com a unidade adicional de mão-de-obra, multiplicada pela receita adicional decorrente
de uma unidade extra de produto. A produção adicional é dada pelo produto marginal
do trabalho (PMgL) e a receita adicional pela receita marginal (RMg)

Receita do produto marginal : receita adicional resultante da venda da produção criada


pelo emprego de uma unidade adicional de um insumo.

A receita do produto marginal nos informa quanto a empresa está disposto a pagar pela
contratação de uma unidade adicional de trabalho. Enquanto a receita do produto
marginal do trabalho for maior do que a remuneração do trabalho, a empresa deverá
contratar unidades adicionais de trabalho. Se a receita do produto marginal for inferior a
remuneração, a empresa deverá reduzir o número de trabalhadores. Somente quando a
receita do produto marginal for igual a remuneração é que a empresa terá finalmente
contratado a quantidade de trabalho capaz de maximizar os lucros.

RMgPL = w.

O gráfico abaixo ilustra a curva da demanda de mão-de-obra, DL, é a receita do produto


marginal do trabalho. Observe que a quantidade demandada de trabalhadores vai
aumentando à medida que a remuneração vai caindo. Como no mercado de mão-de-
obra é perfeitamente competitivo, a empresa poderá contratar tantos trabalhadores
quantos desejar pelo salário de mercado w̽ e não será capaz de afectar o salário de
mercado. A curva da oferta da mão-de-obra SL, com a qual a empresa se defronta é,
portanto, uma linha horizontal. A quantidade de mão-de-obra capaz de maximizar os
lucros da empresa, L̽, encontra-se no ponto de intersecção entre as curvas da oferta e
demanda.

No mercado competitivo de mão-de-obra, uma empresa se defronta com uma oferta


infinitamente elástica de L SL, e poderá contratar tantos trabalhadores quantos desejar,
pagando o salário w̽. A demanda da empresa que maximiza lucros contratará L̽ unidades
de trabalho no ponto em que a receita do produto marginal for igual a remuneração.

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Este gráfico, apresenta de que forma a quantidade demandada de trabalho varia quando
ocorre uma queda no salário de mercado, passando de w1 para w2. A remuneração
poderia diminuir se uma parte considerável das pessoas que estivessem entrando no
mercado de trabalho estivesse procurando emprego pela primeira vez. A quantidade de
mão-de-obra inicialmente demandada pela empresa, L1, encontra-se no ponto de
intersecção entre receita do produto marginal do trabalho e S1. Entretanto, quando a
curva da demanda do trabalho do trabalho se desloca de S1 para S2, a remuneração cai
de w1 para w2 e a quantidade de trabalho demandada aumenta de L1 para L2.

Um deslocamento da oferta de trabalho, quando a oferta de trabalho com a qual se


defronta a empresa é S1, a empresa contrata L1 unidades de trabalho pela remuneração
w1. Mas, quando o salário de mercado diminui e a oferta de trabalho se desloca para S2,
a empresa maximiza lucros ao escolher um nível de produção em que a receita marginal
seja igual ao custo margina.

A NATUREZA DAS PROCURAS DE FACTORES

A procura dos factores produtivos difere da procura dos bens de consumo em dois
aspectos importantes:

 As procuras dos factores são procuras derivadas;


 As procuras dos factores são procuras interdependentes.

AS PROCURAS DOS FACTORES SÃO PROCURAS DERIVADAS

Consideremos a procura de espaço para escritório por uma empresa que produz
Software informático. Uma empresa arrendará espaço de escritório para os seus
programadores, para pessoal de apoio aos clientes e para outros trabalhadores. De igual
modo, outras empresas, precisarão espaço para suas actividades.

Em cada região, haverá uma curva de procura com inclinação negativa para o espaço de
escritório, relacionando a renda cobrada pelos senhorios com a quantidade de espaço
pretendido pelas empresas – Quanto menor o preço, maior o espaço que as empresas
desejarão arrendar.

Mas há uma diferença essencial entre as procuras vulgares dos consumidores e a


procura de factores pelas empresas. Os consumidores procuram bens finais, como jogos
de computadores, pelo prazer ou utilidade directos que estes bens de consumo

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proporcionam. Pelo contrário, uma empresa não adquire factores, como espaço para
escritório, por proporcionar uma satisfação directa. Compra factores produtivos pela
produção e pela receita que pode alcançar com a utilização desses factores.

A satisfação está reelacionada com os factores, mas numa etapa avançada. A satisfação
que os consumidores têm com jogos de computador determina quantos jogos de
computador a empresa de Software pode vender, quantos empregados precisa, qual a
área de escritório de que necessita. Quanto maior for o sucesso da programação, maios
será a procura de escritório. Uma análise detalhada de procura de factores de portanto
reconhecer que a procura do consumidor determina em última instância a procura de
escritório pelas empresas.

Esta análise não se limita ao espaço para o escritório. A procura dos consumidores
determina a procura de todos os factores produtivos, incluindo terrenos para agricultura,
petróleo. A procura pela empresa de factores produtivos é derivada indirectamente da
procura pelo consumidor do seu produto final.

Os economistas falam portanto de procura de factores produtivos como procura


derivada. Isto significa que quando as empresas procuram um factor produtivo, fazem-
no porque esse factor lhes permite produzir um bem que os consumidores querem no
presente ou no futuro.

Os gráficos abaixo mostram como a procura de um dado factor, tal como terreno fértil
para milho, deve ser encarada como sendo derivada da curva de procura de milho pelo
consumidor. Da mesma forma, a procura de espaço para escritóro é derivada da procura
do consumidor de programas de computador e de todos os outros produtos e serviços
fornecidos pelas empresas que arrendam espaço de escritório.

A procura de factores produtivos é derivada da procura dos bens que eles fazem. A
curva da procura derivada do factor produtivo da procura derivada de terreno para milho
advém da curva da procura de bem final da procura da mercadoria de melho. Faça
desaparecer a curva da procura do bem final e a curva da procura derivada do factor
protutivo também desaparecerá. Se a curva da procura do bem final da mercadoria se

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torna mais rígida, o mesmo tende a acontecer com a curva da procura derivada de factor
produtivo da procura de factores.

PROCURA DOS FACTORES SÃO INTERDEPENDENTES

A produção é um trabalho de equipa. A serra por si só é inútil para cortar uma árvore.
Um trabalhador de mãos vazias é igualmente inútil. Em conjunto, o trabalho e a serra
podem perfeitamente cortar a madeira. Noutros termos, a produtividade de um factor,
como o trabalho, depende da quantidade dos outros factores disponíveis para funcionar.

Assim, em geral, é possível dizer quanto produto tem sido criado por um único factor
produtivo tomado isoladamente. Perguntar qual o factor mais importante, é como
perguntar quem é mais importante a gerar uma criança, se é a mãe ou o pai.

O Trabalho é mais um factor de produção abstrado. Os trabalhadores são pessoas que


querem bons empregos como salários elevados para que possam comprar as coisas que
precisam e desejam. Neste capítulo analisa a forma como os salários são fixos numa
economia de mercado. A primeira secção revê a oferta de trabalho e a determinação dos
salários em condições de concorrência. Segue-se uma descussão sobre alguns elementos
não concorrênciais dos mercados de trabalho, incluindo os sindicatos e o problema
dif+icil da discriminação do trabalho.

Os sindicatos têm, sem dúvidas, poder de mercado, por vezes, servem como monopólios
de oferta de trabalhadores. Os sindicatos negoceiam acordos colectivos de trabalho que
especificam quem pode ocupar certos lugares, qual o montante salarial e quais são as
condições de trabalho. E os sindicatos podem desidir sobre greves, retirar a sua oferta de
trabalho completamente e forçar até o encerramento de uma fábrica a fim de obter um
melhor acordo com o empregador.

O salário e benefícios são complementares dos trabalhadores sindicalizados são


determinado pela negociação colectiva. Processo de negociação entre os representantes
das empresas e dos trabalhadores com o objectivo de estabelrcer condições de emprego
mutuamente aceitáveis.

Os sindicatos ganham poder de de mercado ao obterem o monopólio legal de


fornecerem trabalhadores a uma empresa ou a um sector de actividade específicos.

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Usando este monopólio, obrigam as empresas a proporcionar salários, benefícios e
condições de trabalho que estão acima do nível concorrencial.

O recurso natural individualmente considerado mais valiosa é a TERRA. De acordo


com a lei, a propriedade de terra consiste num conjunto de direitos e obrigações, como o
direito a ocupar , cultivar, negar o acesso e construir. A menos que alguém queira pôr a
empresa a funcionar num balão, a terra é um facto de produção essencial para qualquer
actividade. O espaço invulgar da terra e a sua quantidade ser fixa e não reagir de todo
ao preço.

O factor de oferta da terra ser fixa tem uma consequencia muito importante.
Considerando o mercado de terra. Suponha que o governo introduz um imposto em %
sobre todas as rendas da terra, tendo o cuidado de assegurar que não são tributados os
edificios e beneficios. Havendo imposto, a procura total do uso da terra não se altera. A
um preço (incluindo imposto) não se alterá e terá de continuar a ser no ponto de
equilibrio de mercado original.

A DEMANDA POR MÃO-DE-OBRA

Os mercados de trabalho, como outros mercados da economia, são governados pelas


forças da oferta e demanda.

 A oferta e demanda por maças determinam o preço dessa fruta;


 A oferta e demanda por colhedores de maçãs determinam o preço
ou salário deles.

O mercado de trabalho é diferente da maioria dos outros mercados porque a demanda


por mão-de-obra é uma demanda derivada. Na maioria dos casos, o trabalho, em vez de
ser um bem final, pronto para ser desfrutado pelos consumidores, é um insumo na
produção de outros bens. Para entendermos a demanda por mão-de-obra, precisamos
focalizar as empresas que contratam a mão-de-obra e a utilizam para produzir bens para
venda. Examinando o elo entre a produção de bens e a demanda por mão-de-obra,
podemos entender a determinação dos salários de equilibrio.

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VALOR DO PRODUTO MARGINAL E A DEMANDA POR MÃO-DE-OBRA

Valor do produto marginal é o produto marginal de um insumo multiplicado pelo preço


do produto.

Uma empresa maximizadora de lucro está mais preocupada com o dinheiro do que com
as maçãs. Como resutado, ao decidir quantos trabalhadores a contratar, ela considera o
lucro que cada trabalhador proporcionará. Como o lucro é a receita total mesmo o custo
total, o lucro de cada trabalhador adicional é a sua contribuição à receita menos seu
salário.

Para encontrarmos a contribuição do trabalhador a receita, devemos converter o produto


marginal do trabalho ( medido em caixas de maçãs ) no valor de produto marginal ( que
é medida em kwanza ). Nós fazemos isso usando o preço das maçãs. Para continuarmos
o exemplo, se uma caixa de maçãs é vendida por 10kz e um trabalhador adicional
produzir 80 caixas, então ele produz receita de 800kz. O valor do produto marginal de
qualquer insumo é o produto marginal do insumo multiplicado pelo preço do mercado
de produto.

Supondo-se que o preço das maçãs seja de 10kz por caixa. Como o preço de mercado é
constante para as empresas competitivos, o valor do produto marginal diminui a medida
que o número de trabalhadores aumenta.

A DEMANDA DE MÃO-DE-OBRA

FACTORES QUE FAZEM O DESLOCAMENTO DA CURVA DA DEMANDA


DE MÃO-DE-OBRA

Curva da demanda por mão-de-obra reflete o valor do produto mardinal do trabalho.

O preço do produto: o valor do produto marginal é o produto margina multiplicada pelo


preço do produto de uma empresa. Assim, quando o preço do produto muda o valor do
produto marginal também muda e a curva da demanda de mão-de-obra se desloca. Um
aumento do preço de maças aumenta o valor do produto marginal (de cada trabalhador )
com isso, aumenta a demanda de mão-de-obra por parte das empresas que oferecem as
maçãs. Uma queda do preço de maçãs reduz o valor do produto marginal e a demanda
da mão-de-obra.

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Mudanças tecnológicas: o avanço da tecnologia aumenta o produto marginal do
trabalho, o que, por sua vez, aumenta a demanda de mão-de-obra. Esse avanço
tecnológico explica o crescimento persistente do número de empregados frente aos
salários crescente.

A oferta de outros factores: a quantidade disponível de um factor de produção pode


afectar o produto marginal de outros factores. Uma diminuição na oferta de um
determinado bem, por exemplo, reduzirá o produto marginal ( dos colhedores de maças)
é, com isso, a demanda por eles. Trataremos da ligação entre os factores de produção.

Esta gráfico mostra como o valor do produto marginal ( produto marginal multiplicado
pelo preço do produto ) depende de número de trabalhadores. A curva é descendente por
causa do produto marginal decrescente. Para as empresas competitivas maximizadoras
de lucro, esta curva de valor de produto marginal é também a curva da demanda de
mão-de-obra.

A OFERTA DE MÃO-DE-OBRA

FACTORES QUE FAZEM O DESLOCAMENTO DA CURVA DA OFERTA DA


MÃO-DE-OBRA

A curva da oferta de mão-de-obra desloca-se sempre que as pessoas alteram a


quantidade de trabalho que estão dispostas a realizar a um dado salário. Vamos
considerar alguns dos factos que podem causar tal deslocamento.

Mudança das preferências;

Mudança das oportunidades;

Imigração.

EQUILIBRIO NO MERCADO DE TRABALHO

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Até aqui, estabelecemos dois factores sobre como são determinados os salários nos
mercados de trabalho competitivos.

 O salário se ajusta para equilibrar a oferta e a demanda por mão-de-obra;


 O salário é igual ao valor do produto marginal do trabalho.

À primeira vista pode parecer supreendente que essas dois elementos ocorram
simultâneamente com o salário. Na verdade, não há nenhum mistério nisso, mas
entender por que não há nenhum ministério é umpeso importante para entender a
determinação do salário.

Como todos os preços, o preço do trabalho ( o salário ) depende da oferta e demanda.


Como a curva de demanda reflete o valor do produto marginal do trabalho, no equilibrio
os trabalhadores recebem o valor de sua contribuição marginal a produção de bens e
serviços.

O gráfico a baixo mostra o mercado de trabalho em equilibrio. O salário e a quantidade


de trablho ajustaram-se para equilibrar a oferta e a demanda. Quando o mercado está
nesse equilibrio, cada empresa comprou a quantidade de mão-de-obra que julgou ser
lucrativa ao salário de equilibrio.ou seja, cada empresa seguia a regra de maximização
do lucro: contratou trabalhadores até que o valor do produto marginal fosse igual ao
salário. Assim, o salário precisa ser igual ao valor do produto marginal do trabalho uma
vez que trousse a oferta e demanda ao equilibrio.

Isso nos apresenta uma ligação importante: qualquer evento que altere a oferta ou a
demanda de mão-de-obra deve alterar o salário de equilibrio e o valor do produto
marginal no mesmo mantendo porque eles devem sempre iguais.

DESLOCAMENTO DA OFERTA DE MÃO-DE-OBRA

Suponhamos que a imigração aumenta o número trabalhadores disposto a colher maças.


A oferta de mão-de-obra desloca-se para direita, de O1 para O2. Ao salário inicial W1, a
quantidade de mão-de-obra ofertada agora excede a quantidade demandada. Esse

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excesso de mão-de-obra preciona para baixo o salário dos colhedores de maças e a
quantidade do salário de W1 para W2, por sua vez, faz co que seja lucrativo para as
empresas contratar mais trabalhadores. À medida que o número de trabalhadores
empregados em cada pomar aumenta, o produto marginal do trabalhador diminui e, co
ele, o valor do produto marginal. No novo equilibrio, tanto o salário como o valor do
produto marginal do trabalho são menores do que eram antes do influxo de novos
trabalhadores.

Quando a oferta de mão-de-obra aumenta de O1 para O2, talvéz por causa da imigração
de novos trabalhadores , o salário de equilibrio cai de W1 para W2. A esse salário menor,
as empresas empregam mais mão-de-obra, de modo que o emprego sobe de T1 para T2.
A variação do salário reflete uma mudança do valor do produto marginal do trabalho:
com mais trabalhadores, a produção adicional de um trabalhador extra é menor.

DESLOCAMENTO DA DEMANDA DE MÃO-DE-OBRA

Suponha agora que um aumento da popularidade das maças faça com que os preços
aumenta. Esse aumento de preços não altera o produto marginal do trabalho a qualquer
número dado no trabalhador, mas eleva o valor do produto marginal. Com o alto preço
das maças, contratar mais colhedores agora possa a ser lucrativo.

O gráfico abaixo mostra, quando a demanda por trabalho desloca-se de D1 para D2, o
salário de equilibrio aumenta de W1 para W2 e o emprego de equilibrio aumenta de T1
para T2. Mais uma véz, o salário e o valor do produto marginal do trabalho movem-se
juntos.

Quando a demanda de mão-de-obra aumenta de D1 para D2, talvéz por causa de um


aumento do preço do produto da empresa, o salário de equilibrio aumenra de W1 para
W2 e o emprego aumenta de T1 para T2. Novamente, a variação do salário reflete uma
mudança do valor do produto marginal do trabalho: com preço mais elrvado do produto,
a produção adicional de um trabalhador a mais é mais valiosa.

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Esta análise mostra que a prosperidade das empresas de um sector está, muitas vezes,
ligada à prosperidade dos trabalhadores desse sector. Quando o preço das maças sobe,
os produtores dessa fruta obtêm maiores lucros e os colhedores ganham salários
maiores. Quando o preço de maças cai, os produtores obtêm lucros menores e os
colhedores ganham salários menores. Os trabalhadores de campo petrolíferos, por
exemplo sabem por experiência própria que seus ganhos estão estreitamente
relacionados ao preço mundial de barril do petróleo.

A oferta e demanda de mão-de-obra determinam, juntas, o salário de equilibrio, e os


deslocamento da curva da oferta e demanda de mão-de-obra fazem com que o salário de
equilibrio se altere. Ao mesmo tempo, a maximização do lucro por parte das empresas
que demandam mão-de-obra garante que o salário de equilibrio seja sempre igual ao
valor do produto marginal do trabalho.

JOÃO LUIS CESAR DAS NEVES

A procura de factores produtivos é procura derivada. As empresas não procuram


trabalho pelo trabalho em sí, mais porque querem vender. No consumo, as pessoas
querem bens pelo bens em sí. No fundo, as empresas só querem factores porque as
pessoas querem bens. É a procura de bens que gera a oferta, a qual, por sua vez, gera a
procura de factores.

Vejamos como pensa o empresário, empregar uma unidade adicional de trabalho, terra
ou capital tem, como custos para a empresa, o preço desse factor ( salário, renda, juro ).
Por outro lado o benefício adicional de uma unidade de trabalho, terra ou capital é o
valor da produtividade marginal do factor, ou seja, o montante de bem adicional
produzido ( produtividade marginal física ), multiplicado pela receita marginal ( no
mercado competitivo, preço) desse montante adicional do bem. Como sempre o óptimo
dá-se quando existir igualdade entre os dois lados, ou seja, preço do factor, por

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exemplo; o salário (w), preço do trabalho, for igualmente ao produto da receita marginal
pela produtividade marginal físico do trabalho ( PmL)

W=PmL×Rm

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