Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Processo no 66.699/95
Rte.: Aluízio de Freitas Júnior
Rda.: Estaleiro XYZ S/A.
4. Atribuições do Reclamante:
· Efetuar montagens dos elementos metálicos e de cascos dos navios,
soldando ou rebitando.
· Montar as chapas da coberta, escotilhas e demais partes das
embarcações.
· Eventualmente fazer oxi-corte.
7. Quesitos do Reclamante:
1. Queira o Sr. Perito descrever, minuciosamente, as atividades do
Reclamante, informando, especificamente, o local de trabalho onde eram
as mesmas exercidas.
R. Eram as seguintes as atividades do Reclamante, que as exercia no
dique de reparos:
· Efetuar montagens dos elementos metálicos e de cascos dos navios,
soldando ou rebitando.
· Montar as chapas da coberta, escotilhas e demais partes das
embarcações.
· Eventualmente fazer oxi-corte.
2. O autor, no desempenho de suas atividades, fica exposto ao calor e
ruídos excessivos?
R. Sim, entretanto, é de se notar que os valores encontrados ultrapassam
minimamente os limites de tolerância, que o Reclamante, habitualmente,
utiliza protetores auditivos e que, é bem provável que se obtivessem
valores inferiores, caso a medição das temperaturas ocorresse em outra
ocasião.
3. Queira o Sr. Perito, após examinar os controles de freqüência, apontar o
número de horas suplementares trabalhadas pelo Reclamante,
diariamente.
R. Embora este quesito nada tenha de relevante em relação à
insalubridade pleiteada, objeto da presente perícia, pude observar, após
minucioso exame dos controles de freqüência, que o Reclamante laborava
uma média de 15 horas por mês, ou seja, menos de 1 hora por dia.
4. Confrontando a resposta oferecida ao quesito anterior com os
contracheques do autor, acostados aos autos, queira o “expert” informar se
as horas extraordinárias, laboradas pelo autor, eram corretamente
remuneradas pela Reclamada.
R. O cálculo do pagamento de horas extraordinárias seria pertinente em
uma perícia contábil, mas totalmente descabida nesta perícia de
insalubridade.
5. O Reclamante encontra-se exposto a radiações ionizantes acima dos
limites de tolerância?
R. Não. De acordo com o documento de fls. 37 e seguintes dos autos,
verifica-se que foi feita por órgão técnico (IRD/CNEN), a pedido da DRT,
uma determinação de níveis de radiações durante operações de solda,
para verificação se o ultravioleta resultante era ionizante e o resultado foi
negativo.
6. Queira o Sr. Perito informar se o trabalho do Reclamante é insalubre?
Em que grau?
R. Sim. Em grau médio.
7. Queira informar tudo o mais que possa elucidar a questão.
R. Nada mais a acrescentar.
8. Quesitos da Reclamada:
1. Queira o Sr. Perito informar qual o tempo de exposição do autor em
cada uma de suas atividades.
R. O autor fica exposto a diversos níveis de ruído e calor (conforme
descrito no corpo do laudo) durante toda a jornada laboral, com exceção
dos períodos de descanso (15 minutos em cada hora).
2. A Reclamada concede ao autor intervalo intra-jornada para descanso,
em local próprio?
R. Sim. 15 minutos em cada hora de trabalho em local com ruído e
temperatura amenos.
3. Em sendo positiva a resposta anterior, queira o Sr. Perito apontar o
regime de trabalho intermitente do Reclamante.
R. Trabalha 45 minutos e descansa 15 minutos, em cada hora de trabalho.
4. A Reclamada fornece equipamentos de proteção individual que
permitem neutralizar a ação do calor e ruído?
R. Fornece protetores auditivos.
5. O trabalho desenvolvido pelo Reclamante pode ser considerado
insalubre?
R. Sim.
9. Conclusão:
De acordo com as avaliações de ruído e calor, foram ultrapassados os
limites de tolerância em ambos os casos, tendo se caracterizado o trabalho
em condições de insalubridade em grau médio.
Rio de Janeiro, 27 de Agosto de 1999
Cynthia G. Tostes Malta
CREMERJ 52-36260-0